02/01/2014 - A Voz do Brasil
02/01/2014 - A Voz do Brasil
O número de mortes e acidentes em rodovias federais durante as festas de fim de ano caiu 10% em 2013, na comparação com o ano anterior. Os dados, divulgados hoje pela Polícia Rodoviária Federal, registraram cerca de 6,65 mil acidentes, contra mais de 7 mil em 2012. A partir de agora, os planos de saúde terão que ampliar a cobertura para tratamento contra o câncer. Foram incluídos na lista obrigatória 37 medicamentos orais para tratamento domiciliar da doença. As novas regras também obrigam os planos a cobrirem mais 50 tipos de exames, consultas e cirurgias. O Ministério da Integração Nacional autorizou hoje o repasse de recursos aos municípios de Querência (MT) e Trajano de Moraes (RJ), que foram atingidos por fortes chuvas nos últimos dias. O dinheiro deve ser usado para reconstruir, em um ano, locais que foram danificados por enxurradas e inundações. Tudo isso você ouviu nesta quinta-feira em A Voz do Brasil!
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Cai em 10% o número de acidentes e de mortes nas estradas neste fim de ano.
Apresentador Roberto Camargo: A partir de hoje, usuários de planos de saúde têm direito a 37 medicamentos orais para tratamento de câncer.
Kátia: Liberados mais recursos para municípios do Mato Grosso e do Rio de Janeiro atingidos por fortes chuvas nos últimos dias.
Roberto: Quinta-feira, 2 de janeiro de 2014.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Roberto: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Roberto: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Roberto Camargo, e Kátia Sartório.
Kátia: Olá, boa noite! Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Assista agora o nosso programa ao vivo, em vídeo, pela internet.
Roberto: Basta acessar agora www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.
Kátia: Menos mortes e acidentes nas rodovias federais brasileiras.
Roberto: Isso mesmo, Kátia. A queda foi de 10% durante as festas de fim do ano. Os dados foram divulgados hoje pela Polícia Rodoviária Federal.
Kátia: Foram registrados cerca de 6.650 acidentes contra 7.400 no ano passado.
Roberto: Além disso, cerca de 4.350 pessoas ficaram feridas.
Repórter João Pedro Neto: O final do ano foi marcado pelo grande movimento nas principais estradas federais do país e pela chuva em grande parte do território brasileiro. Ainda assim, o número de acidentes, mortos e feridos no período de festas caiu, segundo o balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal. Entre os dias 20 de dezembro de 2013 e 1º de janeiro foram registrados 6.651 acidentes e 379 mortes, uma queda de 10% em números absolutos em relação ao mesmo período do ano passado. O coordenador-geral de operações substituto da Polícia Rodoviária Federal, Stênio Pires, explica os motivos que levaram à queda nesses indicadores.
Coordenador-Geral de Operações Substituto da Polícia Rodoviária Federal - Stênio Pires: Nós tivemos uma fiscalização mais rigorosa por parte da Polícia Rodoviária Federal e, além disso, um trabalho integrado com os outros órgãos de fiscalização nas rodovias estaduais e nas vias municipais também. Além disso, o trabalho articulado com os outros Ministérios, como, por exemplo, o Ministério dos Transportes, com a implantação de radares ao longo das rodovias federais, o Samu, que ampliou o trabalho de rede de atendimento no caso de acidente e isso deu uma chance maior de sobrevida às vítimas de acidentes de trânsito, e o Ministério das Cidades com as campanhas educativas através da imprensa. Todo esse trabalho em conjunto trouxe um resultado bastante positivo no resultado da operação.
Repórter João Pedro Neto: Apesar do grande esforço na fiscalização, que envolveu mais de 10 mil policiais em todo o Brasil, aconteceram muitos acidentes nas rodovias. O estado de Minas Gerais foi o que mais sofreu com a violência nas estradas: foram 64 mortes e cerca de 1.100 acidentes. Em seguida aparece a Bahia, com 43 mortes, e o Paraná, com 30 mortes no período. A colisão frontal foi a principal causa de mortes nos acidentes. E apesar do rigor da Lei Seca, muita gente insistiu na mistura entre álcool e direção. Nos dois feriados, quase mil condutores foram multados por dirigir sob o efeito de álcool e 461 foram detidos por apresentarem índice superior ao permitido ou por recusarem fazer o teste do bafômetro, como afirma o coordenador-geral de operações substituto da Polícia Rodoviária Federal, Stênio Pires.
Coordenador-Geral de Operações Substituto da Polícia Rodoviária Federal - Stênio Pires: É bastante elevado o número de pessoas que se recusam ainda a fazer o teste. É ainda da cultura do brasileiro beber e dirigir. Até que a gente consiga mudar essa cultura, a fiscalização da Polícia Rodoviária Federal vai ficar rigorosa e com certeza ainda iremos flagrar muitos condutores conduzindo alcoolizados.
Repórter João Pedro Neto: A Polícia Rodoviária Federal também contabilizou as infrações flagradas, sem contar as multas aplicadas por radares. Foram quase 34 mil autuações. E as mais comuns foram as ultrapassagens proibidas, ausência de carteira de habilitação ou permissão para dirigir e falta de licenciamento do veículo. Reportagem, João Pedro Neto.
Kátia: A partir de hoje, quem tem plano de saúde e precisa de tratamento contra o câncer vai ter direito a uma cobertura maior.
Roberto: Os planos de saúde são obrigados a oferecer 37 medicamentos orais para tratamento do câncer em casa.
Kátia: As novas regras também obrigam os planos a cobrirem 50 tipos de exames, consultas e cirurgias.
Roberto: Também têm novos critérios para diagnóstico e tratamento de 29 doenças genéticas causadas por fatores ambientais ou hereditários que herdamos de nossos familiares.
Repórter Daniela Almeida: Há quase três anos, a professora Sara Hernandes descobriu que tinha câncer em uma das mamas. Pouco tempo depois, a doença atingiu outras partes do corpo, como a coluna. No histórico do tratamento dos tumores, a professora, de 51 anos, já passou por sessões de rádio e quimioterapia. Hoje, porém, os medicamentos injetáveis não surtem mais efeito e Sara precisa tomar outros remédios via oral. Mas o custo de nenhum deles é coberto pelo plano de saúde contratado. Somente em um dos remédios Sara gasta quase R$ 800,00 por mês.
Professora - Sara Hernandes: Além disso, não é só esse remédio que eu tomo. Eu tenho outros remédios que estão ligados ao meu problema. Então, assim, você tem uma série de outros gastos, além de alimentação. Você tem que ter uma boa alimentação, que senão o teu organismo não vai resistir a esse tratamento. Então pesa muito, é muito complicado.
Repórter Daniela Almeida: A partir de hoje, as despesas de Sara e de outros segurados de planos de saúde com medicamentos orais para câncer devem diminuir. Por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, os planos de saúde devem custear a compra de 37 medicamentos orais para tratamento domiciliar da doença. Na opinião do médico oncologista, Rafael Negreiros Botan, a terapia promove mais conforto ao paciente e reduz os casos de internação hospitalar.
Médico Oncologista - Rafael Negreiros Botan: Como regra geral é que as drogas orais, elas tendem a ter menos toxidade. Elas são mais aceitáveis, mais toleráveis. E fora a posologia, que é muito mais fácil. O paciente toma na sua casa, toma o seu comprimido diariamente sem qualquer intervenção venosa.
Repórter Daniela Almeida: E não são apenas os pacientes com câncer que vão ser beneficiados. A nova cobertura obrigatória dos planos de saúde, que começam a valer nesta quinta-feira, permite o acesso dos usuários a 50 novos exames, consultas e cirurgias. A medida vai atingir mais de 42 milhões de consumidores de planos de assistência médica. Entre as inclusões de novos procedimentos, estão 28 cirurgias por videolaparoscopia. O cirurgião Alexandre Chartuni acredita que o ato médico é menos invasivo e, por isso, reduz riscos para o paciente e o tempo de internação.
Cirurgião - Alexandre Chartuni: Você pode imaginar, por exemplo, um paciente com um câncer de colo, um câncer do intestino grosso, em que a gente tem que realizar a ressecção, a retirada de um pedaço do intestino grosso e dos linfonodos, que são aquelas línguas que recebem a possível disseminação do tumor, ela pode ser por via aberta, que é uma via tradicional, que geralmente a gente tem que usar um grande corte no abdômen, é uma cirurgia que demora em torno de tuas, três horas, e que demora, em termos de internação, cinco ou seis dias com o paciente dentro do hospital. Quando a gente faz a cirurgia por videolaparoscopia, apesar dos custos imediatos serem maiores, a gente consegue fazer a cirurgia em uma hora e meia, duas horas, e o tempo de internação às vezes pode ser encurtado para dois dias. Além, é claro, da gente pensar na parte estética, a gente pensa principalmente no tempo de recuperação do paciente. Menos dor pós-operatória significa uma recuperação mais rápida, um retorno mais precoce e mais rápido às atividades habituais do paciente.
Repórter Daniela Almeida: Para conhecer a lista completa das novas coberturas dos planos de saúde acesse o site da Agência Nacional de Saúde Suplementar, em www.ans.gov.br. Reportagem, Daniela Almeida.
Kátia: E falando ainda em saúde, Roberto, você sabia que a gente pode acompanhar o calendário de vacinação dos nossos filhos pelo telefone celular ou por tablets?
Roberto: Sei sim, Kátia. E esse aplicativo serve para acompanhar a vacinação de até 10 pessoas da família, incluindo os adultos.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): O calendário básico da vacinação infantil tem cerca de 13 vacinas. Algumas devem ser tomadas em mais de uma dose e precisam de reforço. Há também a suplementações vitamínicas. Cada dose tem o período certo para ser administrada. O Ministério da Saúde estima que 20% das crianças brasileiras estejam com pelo menos uma vacina em atraso. Para ajudar a organizar o calendário de vacinação de crianças e também de adultos, está disponível um aplicativo para usuários de smartfhones e tablets. É o “Vacinação em Dia”, do Ministério da Saúde. A ferramenta notifica o usuário sobre as campanhas de vacinação. Também é possível calcular quando a pessoa deve comparecer ao posto de vacinação para uma nova imunização. O aplicativo envia um lembrete por mensagem para o usuário, como explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde - Carla Domingues: Ele tem a finalidade de acompanhar o esquema vacinal de todas as pessoas e fazer um lembrete, que na medida que você toma a primeira dose, o aplicativo já te lembra quando você deve tomar a segunda, a terceira dose, e algumas até o reforço. Hoje o calendário de vacinação, principalmente da criança, é um calendário complexo. São 13 vacinas. Cada vacina tem duas, três doses, algumas ainda necessitam reforços com dois anos, com quatro anos. Então é fundamental que você tenha esse acompanhamento para você não esquecer de tomar a vacina, porque só com o esquema completo é que você vai estar devidamente protegido.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): A psicóloga Juliana Andrade é mãe da Amanda, de dois anos. Além de cuidar da filha, Juliana estuda para concursos e dá aula de gastronomia. Para ela, o aplicativo representa uma facilidade no dia a dia das mães para não esquecer e nem confundir as vacinas.
Psicóloga - Juliana Andrade: Eu achei muito prático. Eu acho que a mãe vai poder se lembrar das vacinas na data exata, não vai ficar com nenhuma vacina em falta. E está sempre com o celular na mão, né? Que a mãe nem sempre está com o caderninho da vacina, mas sempre o celular a mãe tem.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): No aplicativo estão disponíveis todas as vacinas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, e o usuário pode cadastrar até 10 carteiras de vacinação. Os calendários cadastrados podem ser impressos e enviados por e-mail, uma facilidade que ajuda a acompanhar o esquema vacinal, mas não substitui a carteira de vacinação. O aplicativo “Vacinação em Dia” é gratuito e funciona nos sistemas IOS e Android 2.2 ou superior. De Brasília, Carolina Becker.
Kátia: Para baixar o aplicativo “Vacinação em Dia”, basta acessar www.aplicativos.gov.br.
Roberto: E outras informações em www.saude.gov.br.
Kátia: Sete e doze, no horário brasileiro de verão.
Roberto: Quase sete mil profissionais levam atendimento básico de saúde para 23 milhões de brasileiros.
Kátia: Este é o balanço do Programa Mais Médicos em 2013.
Roberto: Os profissionais do programa estão em todos os estados e trabalham nas capitais, regiões metropolitanas, distritos indígenas e municípios.
Kátia: Quase metade deles atuam em municípios com mais de 20% da população em situação de extrema pobreza. Natália Koslyk.
Repórter Natália Koslyk: O estado que conta com o maior número de médicos é a Bahia, que recebeu 787 profissionais. Em segundo lugar está o estado de São Paulo, com 588 médicos. De acordo com o Ministério da Saúde, o "Mais Médicos" atingiu resultados importantes. Além de garantir que os profissionais de saúde chegassem até os municípios mais vulneráveis, como o semiárido nordestino e as comunidades quilombolas, o programa possibilitou a criação de mais de três mil vagas para a formação de médicos especialistas. Já está em curso a terceira fase de seleção do programa. Esses médicos devem iniciar suas atividades já em janeiro, se formados no Brasil, ou em fevereiro, se diplomados no exterior. Nessa etapa vão ser contemplados os municípios que ainda não receberam nenhum profissional. A meta é que até março o programa conte com 13 mil profissionais, expandindo a assistência para 45,5 milhões de brasileiros.
Roberto: Autorizado, hoje, pelo Ministério da Integração Nacional, o repasse de recursos aos municípios de Querência, no Mato Grosso, e de Trajano de Moraes, no Rio de Janeiro.
Kátia: As duas cidades foram atingidas por fortes chuvas nos últimos dias.
Roberto: O município mato-grossense vai receber mais de R$ 800 mil do governo federal.
Kátia: E a cidade fluminense, cerca de meio milhão de reais.
Roberto: O dinheiro deve ser usado para reconstruir locais que foram danificados por enxurradas e inundações.
Kátia: O prazo de execução das obras e serviços é de um ano.
Roberto: E ainda sobre enchentes, Kátia, depois que as águas baixam dá aquele alivio, mas também é hora de abrir os olhos para outros perigosos, não é verdade?
Kátia: Se é, Roberto. Eu lembro que quando eu era criança, eu morava lá em Cachoeira de Itapemirim, no Espírito Santo, às margens do Rio Itapemirim, e da varanda da nossa casa a gente acompanhava o rio subindo e depois descendo. Aí apareciam tantos bichos indiferentes: aranhas, escorpiões...
Roberto: E é sobre os cuidados com esses animais peçonhentos, Kátia, e também com a água que vai ser ingerida, que vamos receber dicas agora na reportagem de Vera Oliveira.
Repórter Vera Oliveira: Depois de uma enchente é preciso ter cuidado com a água que vai ser usada para beber. Isso porque ela foi contaminada pelas chuvas e deve ser tratada para ficar própria para o consumo das pessoas. O objetivo é evitar doenças como diarreias, hepatite ‘a’ e leptospirose. A analista técnica de políticas sociais do Vigiagua do Ministério da Saúde, Adriana Cabral, explica como as pessoas devem tratar da água.
Analista Técnica de Políticas Sociais do Vigiagua do Ministério da Saúde - Adriana Cabral: Filtrou, seja num filtro de barro ou com um pano limpo ou com um papel filtro, aí depois que filtra, aí sim vai usar o hipoclorito de sódio, né? Você não sabe se essa água foi tratada, pegou de algum poço, veio de algum caminhão-pipa. Aí usa o hipoclorito distribuído pela Secretaria de Saúde, que são duas gotinhas para cada litro. Depois que adiciona as gotas de hipoclorito tem que esperar meia hora de tempo de contato. Não adianta você adicionar as gotas e já consumir a água. Tem que esperar 30 minutos porque é o tempo que esse produto químico vai ter para fazer a desinfecção.
Repórter Vera Oliveira: O hipoclorito de sódio é um produto químico utilizado para retirar bactérias e vírus da água. Se não for possível comprar ou retirar hipoclorito de sódio nos postos e Secretarias de Saúde, é preciso ferver a água por cinco minutos depois de fazer a filtragem. Só assim você pode ter certeza que está bebendo uma água livre de impurezas e saudável. E as vítimas das enchentes também devem tomar cuidado com os animais peçonhentos. São principalmente aranhas e escorpiões que vivem entocados em locais secos e são expulsos pelas áreas, podendo aparecer nas casas das pessoas. O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovich, alerta que as vítimas das enchentes devem tomar diversos cuidados para evitar problemas provocados por esses animais.
Diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde - Cláudio Maierovich: Eles se escondem muito facilmente, então é preciso sempre ter uma observação para os cantos das casas, para se observar as roupas antes de vestir, observar especialmente sapatos antes de calçar, porque pode haver algum animal desses escondido nesses lugares. Este cuidado deve ser redobrado no caso das crianças, que muitas vezes não têm informação a respeito disso e nas crianças as picadas podem ser de maior gravidade.
Repórter Vera Oliveira: Maierovich orienta que é preciso sacudir os colchões antes de deitar, além de olhar atentamente toalhas e lençóis. Também é recomendável limpar o interior e os arredores da casa usando luvas, boatos de borrada e calças cumpridas. Ele explica que as picadas desses animais peçonhentos podem causar até a morte. Reportagem, Vera Oliveira.
Kátia: E enquanto algumas cidades sofrem com as chuvas, Roberto, outras tiveram problemas com a estiagem, a seca.
Roberto: Por isso, Kátia, o governo chegou ao final do ano passado com R$ 1,3 bilhão de créditos liquidados.
Kátia: Foram quase 115 mil operações de renegociação de dívidas de produtores rurais atingidos pela seca.
Roberto: A Bahia é o estado com o maior valor renegociado, com R$ 250 milhões.
Kátia: Em segundo lugar está o Piauí, com R$ 217 milhões, seguido de Minas Gerais, com R$ 211 milhões.
Roberto: Sete e dezessete, no horário brasileiro de verão.
Kátia: Na série de entrevistas com ministros sobre avanços e desafios do governo federal, vamos ouvir hoje a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário.
Roberto: A entrevista é do repórter Ricardo Carandina.
Repórter Ricardo Carandina: Quais foram os principais avanços nas políticas públicas para garantir os direitos das pessoas com deficiência agora em 2013?
Ministra dos Direitos Humanos - Maria do Rosário: Nós ampliamos a atuação do Viver sem Limites, um plano de ação que visa acessibilidade, direitos, cidadania, respeito e o enfrentamento ao preconceito diante das pessoas com deficiência. Nós trabalhamos para equiparmos as salas de aula, para garantirmos o acesso à educação, fizemos com que os veículos escolares adaptados chegassem aos municípios brasileiros. E também no que trata à questão da saúde, trabalhamos diretrizes terapêuticas para pessoas com transtorno espectro autista ou pessoas com Síndrome de Down, enfim, para que as pessoas com deficiência recebam desde o primeiro momento da sua vida o direito à dignidade no seu atendimento. O Viver sem Limites também trabalhou direitos na habitação e as moradias adaptáveis do Minha Casa, Minha Vida tem significado um avanço muito importante para as pessoas com deficiência.
Repórter Ricardo Carandina: Com relação aos direitos de crianças e adolescentes, ministra, quais foram os avanços em 2013?
Ministra dos Direitos Humanos - Maria do Rosário: Nós investimos ainda mais no enfrentamento à explosão sexual, enfrentamento à violência, otimizando o programa de ações integradas referenciais em todo o Brasil para a defesa de direitos das crianças e dos adolescentes. E nós estamos comemorando que em 2013 foi o nosso primeiro ano de equipagem dos Conselhos Tutelares. O governo federal equipou mil Conselhos Tutelares em todo o Brasil. Transformamos uma grande rede nacional de proteção dos direitos da criança e do adolescente com a qualificação dos Conselhos Tutelares.
Repórter Ricardo Carandina: E quais foram, ministra, os outros pontos de destaque nas políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria de Direitos Humanos em 2013?
Ministra dos Direitos Humanos - Maria do Rosário: Podemos comemorar um avanço importante na área de direitos humanos no que trata a criação do Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. E com o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à tortura nós estaremos solucionando muito brevemente aqueles peritos que poderão ingressar em qualquer instituição do Brasil para verificar as situações em que as pessoas estão lá dentro, seja o presídio, a delegacia, seja uma unidade de longa permanência de adolescentes ou de idosos, e que nós, como estado, precisamos assegurar que elas sejam percebidas também, sobretudo como seres humanos. A presidenta Dilma também estabeleceu um decreto que determina o Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo, que é voltado aos direitos das pessoas idosas, principalmente porque o Brasil vive um processo acelerado de longevidade, de envelhecimento humano, e nós não vemos isso com uma dificuldade. Quero, no entanto, dizer que nós temos grandes desafios pela frente. Avançarmos com a Comissão da Verdade, que conclui os seus trabalhos em 2014, no caminho realmente de conhecermos o que foi a nossa história, a formação da ditadura militar. Nós tivemos este ano a exumação de presidente João Goulart, como há muitas pessoas que buscam ainda os seus filhos desaparecidos, e nós, como governo, queremos oferecer essas respostas junto com a Comissão da Verdade. Além disso, nós precisamos também de um sistema efetivo que respeite a comunidade LBGT, que sofre muita violência e que nós estamos, como governo, abertos a trabalhar para a superação da violência que atinge a comunidade LBGT no Brasil.
Repórter Ricardo Carandina: Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, obrigado pela entrevista à Voz do Brasil.
Ministra dos Direitos Humanos - Maria do Rosário: Muito obrigada. Um excelente 2014, que seja um 2014 de muitas realizações e, por isso, para o Brasil, também de direitos humanos.
Kátia: Divulgado, hoje, o resultado da balança comercial em 2013.
Roberto: No último ano, as exportações brasileiras somaram mais de US$ 242 bilhões. Carolina Becker tem os detalhes.
Repórter Carolina Becker: A balança comercial de 2013 aponta um superavit de mais de US$ 2,5 bilhões. É a diferença entre o que foi exportado e importado pelo país. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as importações somaram mais de US$ 239 bilhões, puxados principalmente por bens de capital, como, por exemplo, equipamentos e ferramentas usados na produção e no crescimento do país. Já as vendas de bens para o exterior ultrapassaram US$ 242 bilhões. Houve crescimento de 1,8% nas importações de manufaturados, com destaque para automóveis, tratores, veículos de carga e plataformas de produção de petróleo. O secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, ainda destacou o aumento da exportação de produtos agrícolas.
Secretário de Comércio Exterior - Daniel Godinho: Foi um ano muito positivo, de recordes batidos em vários produtos importantes como a soja, o milho, a celulose, e a expectativa para o próximo ano é um aumento de safra desses produtos e, portanto, um aumento também de exportações agrícolas.
Repórter Carolina Becker: Ainda segundo o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, no ano passado a corrente do comércio, que é a soma entre as importações e as exportações, chegou a mais de US$ 481 bilhões, um crescimento de 2,6% em relação a 2012. Reportagem, Carolina Becker.
Kátia: Começaram hoje e seguem até o dia 19 de fevereiro as inscrições para o Programa Jovem Aprendiz dos Correios.
Roberto: Podem se o inscrever candidatos com 14 a 22 anos de idade, matriculados e frequentando a escola, caso não tenham terminado o ensino médio.
Kátia: O programa tem parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Senai, que capacita jovens no curso de auxiliar administrativo.
Roberto: A bolsa mensal é de R$ 318,26 e o participante ainda tem direito a vale-transporte, vale-alimentação e assistência médica e odontológica nos ambulatórios do Correios.
Kátia: Mais informações em www.correios.com.br.
Roberto: Começam no dia 6 de janeiro as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada, Sisu. Os estudantes interessados em conseguir uma vaga na universidade pública via esse sistema podem se inscrever até o dia 10 de janeiro pela internet, no endereço sisu.mec.gov.br.
Kátia: Só podem participar estudantes que fizeram o último Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, e que não tiraram zero na prova de redação.
Roberto: A consulta preliminar das vagas ofertadas pelo sistema já está disponível na página do Sisu na internet.
Kátia: A seleção para as vagas nas universidades é feita com base na nota obtida pelo candidato do Enem.
Roberto: Você ouvi-la hoje na Voz do Brasil.
Kátia: Cai em 10% o número de acidentes e de mortes nas estradas neste fim de ano.
Roberto: A partir de hoje, usuários de planos de saúde têm direito a 37 medicamentos orais para tratamento de câncer.
Kátia: Liberados mais recursos para municípios do Mato Grosso e do Rio de Janeiro atingidos por fortes chuvas nos últimos dias.
Roberto: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Nós voltamos amanhã. Uma boa noite.
Roberto: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.