02/10/2012 - A Voz do Brasil
02/10/2012 - A Voz do Brasil
Trezentos e um planos de saúde tiveram as vendas suspensas por, pelo menos, três meses. A punição é porque 38 operadoras descumpriram o prazo para consultas, exames, internações e cirurgias. Produção industrial cresceu 1,5% no mês de agosto em relação a julho. Pesquisa do IBGE mostra que dos 27 setores pesquisados, 20 apresentaram crescimento. A 3ª Cúpula América do Sul e Países Árabes aprovou hoje a Declaração de Lima. O documento aborda 70 itens sobre política, cooperação mútua, economia, cultura, recursos naturais, paz e desenvolvimento regional. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
A VOZ DO BRASIL - 02.10.2012
Apresentadora Kátia Sartório: A partir de sexta-feira, 300 planos de saúde não vão poder ser vendidos no país.
Apresentador Adalto Gouveia: Produção industrial aumenta 1,5% em agosto. É o terceiro crescimento seguido este ano.
Kátia: Na capital peruana, Dilma defende união de sul-americanos e árabes para fortalecer a economia dos países.
Adalto: Terça-feira, 02 de outubro de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Adalto: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Adalto: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Adalto Gouveia, e Kátia Sartório.
Kátia: A Voz do Brasil abre a edição de hoje noticiando que 301 planos de saúde tiveram as vendas suspensas por pelo menos três meses.
Adalto: A punição é porque 38 operadoras descumpriram o prazo para consultas, exames, internações e cirurgias.
Kátia: O anúncio foi feito hoje, pelo Ministério da Saúde e pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar, ANS. Carolina Monteiro tem os detalhes.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Os planos que não podem mais ser vendidos não atendiam aos prazos máximos para as marcações de consultas, exames e cirurgias. Oitenta deles serão suspensos pela primeira vez. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a suspensão da comercialização dos planos não traz prejuízo aos beneficiários, que já contrataram os serviços.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Todos os direitos de atendimento, todos os serviços e, sobretudo, o cumprimento dos prazos estão garantidos aos usuários que já têm esses planos. Quando o Ministério da Saúde proíbe a inclusão, a venda de novos beneficiários, isso permite que os planos de saúde tenham que reorganizar a sua rede para garantir o atendimento aos usuários que já tenham o plano hoje.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, recebeu mais de 10 mil reclamações por parte dos usuários de planos de saúde. Três vezes maior do que no início do ano. Denúncias que são fundamentais na hora de identificar quais as operadoras não cumprem a lei. Quem explica é o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: É muito importante que esses usuários ajudem a monitorar, registrar as suas queixas, porque essa queixa do usuário é que faz com que o Ministério da Saúde suspenda o direito de venda para os planos de saúde de novos beneficiários. No próximo ciclo de monitoramento, aquelas que continuarem não respeitando os prazos poderão sofrer uma direção técnica da ANS. Essa direção técnica vai estabelecer planos com essas operadoras para contratar mais médicos, contratar mais redes, contratar mais serviços.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): De acordo com o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Mauricio Ceschin, caso as operadoras não apresentem melhora no serviço, poderão sofrer interferência direta da ANS.
Presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar - Mauricio Ceschin: Caso identifique-se que isso não esteja ocorrendo, esse acompanhamento pode desembocar na liquidação extrajudicial desta operadora. Só para deixar claro o que é uma direção técnica e como ela é feita.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): A avaliação da ANS é constante e divulgada a cada três meses. O consumidor pode verificar a situação do plano de saúde na página da Agência na internet. O endereço é www.ans.gov.br. E, para denunciar, basta ligar no Disque ANS. O número é 0800-7019656. De Brasília, Carolina Monteiro.
Adalto: Quatorze porcento das empresas brasileiras desenvolveram ações de prevenção e cuidado à saúde das pessoas com Aids, no último ano.
Kátia: É o que mostra uma pesquisa divulgada hoje pelo Ministério da Saúde.
Adalto: Feito em parceria com o Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/Aids e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, o levantamento ouviu quase 2.500 pessoas, empresas, aliás, em todo o Brasil, e mostra que as de grande porte, com mais de 100 funcionários, representam a maioria das que desenvolveram ações em relação à doença.
Kátia: Para o diretor do departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, o resultado é positivo.
Diretor do departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde - Dirceu Greco: É importante saber que existe atividades, atividades espontâneas, dentro de cada estrutura, e o que... tirou, para nós, muito importante, que a maior parte delas, mesmo daquelas que não fazem... Por exemplo, 25% daquelas que dizem não fazer disseram que têm interesse, têm intenção de se realizar alguma coisa esse ano. Quer dizer, já é um bom caminho.
Adalto: Dirceu Greco ressalta que o Brasil é referência mundial em tratamento para a Aids e que também desenvolve políticas de combate ao preconceito, como a proibição de que as empresas exijam dos funcionários exames admissionais ou periódicos de HIV.
Kátia: Mas, segundo ele, é importante reforçar a necessidade de prevenir a doença. Por isso, explica que o Ministério da Saúde vai fazer uma grande mobilização nacional ainda este ano.
Diretor do departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde - Dirceu Greco: Vai ter uma grande mobilização nacional com uma semana de testagem no Brasil, que vai começar no dia 22 de novembro. O ministro participando, o secretário, o departamento, para levantar para as pessoas a necessidade de discutir sobre isso.
Kátia: A produção industrial cresceu 1,5% no mês de agosto em relação a julho.
Adalto: E, de acordo com a Pesquisa de Produção Industrial do IBGE, dos 27 setores pesquisados, 20 apresentaram crescimento.
Kátia: O destaque foi para a produção de bens duráveis, como automóveis, eletrodomésticos da linha branca e móveis. Icaro Matos explica.
Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): Com crescimento de 1,5% registrado em agosto, a produção industrial apresentou aumento pelo terceiro mês consecutivo, acumulando crescimento de 2,3% no período. Segundo o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo, o resultado mostra que a indústria está se recuperando das perdas acumuladas em março, abril e maio.
Gerente da Coordenação de Indústria do IBGE - André Macedo: A produção industrial, ela mostra um terceiro resultado positivo consecutivo, na passagem de julho para agosto. É um resultado favorável para o setor industrial, na medida em que esse avanço é o mais intenso, desde maio do ano passado, e faz com que, principalmente, o setor industrial suplante as perdas observadas em março, abril e maio.
Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): O estudo também mostra que o crescimento em agosto foi mais consistente que nos meses anteriores, pois registrou aumento na produção em 20 dos 27 setores pesquisados. O destaque foi para a produção de bens duráveis, como automóveis,
eletrodomésticos da linha branca e móveis, setores que recebem incentivos tributários do governo federal, como explica o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo.
Gerente da Coordenação de Indústria do IBGE - André Macedo: O perfil disseminado de crescimento, que atingiu a maior parte dos setores investigados, acaba revertendo uma situação que era observada nos meses de junho e julho, na medida em que, nesses meses anteriores, se tinha uma predominância de atividades em queda, mesmo com o setor industrial como um todo mostrando crescimento. Para esse mês de agosto há um espalhamento desses setores em expansão, mas com alguns destaques especialmente para aquelas atividades ligadas à produção de bens de consumo duráveis.
Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os resultados refletem o aquecimento da economia brasileira e mostram que a indústria já está se recuperando do mau momento pelo qual passou no primeiro semestre desse ano.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: O crescimento da produção industrial de 1,5% demonstra que nós já estamos com um gradual aquecimento da economia brasileira. Estamos deixando para trás a condição pior para a indústria. A indústria vem de um primeiro semestre fraco, porém, ela já está dando sinais de reação a vários elementos. Em primeiro lugar, a demanda está aumentando gradualmente; portanto, aumento de consumo de produtos industriais. Em segundo lugar, a exportação de manufaturados está também aumentando.
Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): A Pesquisa Mensal da Produção Industrial pode ser acessada no site: www.ibge.gov.br. De Brasília, Icaro Matos.
Kátia: Sete e nove.
Adalto: A III Cúpula América do Sul e Países Árabes, a chamada Aspa, aprovou hoje a Declaração de Lima.
Kátia: O documento, de 34 páginas, aborda 70 itens sobre política, cooperação mútua, economia, cultura, recursos naturais, paz e desenvolvimento regional.
Adalto: A presidenta Dilma Rousseff participou hoje do encontro, que reuniu em Lima, no Peru, chefes de estado e de governo, 32 países. Daniela Almeida está lá e tem as informações.
Repórter Daniela Almeida (Lima-Peru): Ao discursar na abertura da Aspa, a presidenta Dilma Rousseff pediu a união das nações sul-americanas e árabes para lidar com a crise econômica internacional. Dilma destacou que as medidas adotadas pelos países desenvolvidos para enfraquecer suas moedas privilegiam o mercado interno, prejudicando o comércio com nações em desenvolvimento, como é o caso do Brasil. Dilma ressalta a importância da união entre os integrantes da Cúpula América do Sul e Países Árabes para evitar que a crise das nações ricas se propague para o resto do mundo.
Presidenta Dilma Rousseff: A persistente crise econômica, originada nos países mais desenvolvidos, mas com efeitos que se propagam por todos os países, sem exceção, está trazendo novos desafios. As nações sul-americanas e as nações árabes precisam assegurar que as turbulências da economia internacional não criem obstáculos adicionais ao nosso desenvolvimento.
Repórter Daniela Almeida (Lima-Peru): Este foi o primeiro encontro da cúpula, desde o início da chamada Primavera Árabe, em 2011, quando começaram as revoltas populares em defesa da democracia e da liberdade. Dilma comparou os protestos às lutas já vividas por países sul-americanos.
Presidenta Dilma Rousseff: Nós, na América do Sul, vivemos, em um passado recente, processos semelhantes de luta pela democracia política e pela inclusão social. Algumas das situações no mundo árabe nos causam muita preocupação. A violência generalizada na Síria, por exemplo, é fonte de profunda tristeza para o Brasil, que abriga milhões de descendentes árabes. Inclusive, Sr. Presidente, o vice-presidente da República do Brasil é de origem árabe.
Repórter Daniela Almeida (Lima-Peru): Durante o discurso, Dilma reforçou, ainda, o pedido de reconhecimento da Palestina como Estado autônomo e independente.
Presidenta Dilma Rousseff: Apenas uma Palestina livre e soberana poderá atender aos legítimos anseios, inclusive de Israel, por paz com os seus vizinhos, segurança nas suas fronteiras e estabilidade política regional.
Repórter Daniela Almeida (Lima-Peru): Paralelo ao encontro de chefes de Estado, Dilma Rousseff manteve encontros bilaterais. O primeiro com o rei Abdullah II, da Jordânia, seguido da reunião com o presidente da Tunísia, Moncef Marzouki. De Lima, no Peru, Daniela Almeida.
Adalto: Dilma disse que o ritmo de crescimento da economia começou a acelerar e que foram gerados mais de 2 milhões de empregos, no ano passado, e mais de 1,4 bilhão até agosto deste ano.
Kátia: Esse foi um trecho da coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, que a presidenta Dilma participou hoje e respondeu à pergunta do contador André Ferreira, de Teresina, do Piauí, quando foi perguntado sobre as medidas que a presidenta planeja tomar para estimular o crescimento econômico brasileiro. Ainda, na coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, a presidenta Dilma foi questionada pelo morador de Guarulhos, em São Paulo, Juliano Moreira dos Santos, que pediu que a presidenta desse mais detalhes sobre o funcionamento das escolas públicas em tempo integral. Dilma informou que já existem 32 mil escolas com esse regime, em todo o país, como parte do Programa de Ensino Integral Mais Educação, e que a meta, segundo ela, é chegar a 60 mil colégios com ensino em tempo integral até 2014. E Giordano Frederico, que é estudante de Itabaiana, no Sergipe, perguntou à presidenta Dilma sobre as novidades nas obras do PAC, principalmente nas de transposição do rio São Francisco.
Adalto: A presidenta esclareceu que o projeto de integração do rio São Francisco está em obras em nove dos 16 lotes, com mais de quatro mil trabalhadores, número que deve subir para seis mil em breve.
Kátia: A coluna “Conversa com a Presidenta” é publicada toda semana, em vários jornais do país e, também, no Blog do Planalto, em blog.planalto.gov.br.
Adalto: E quem quiser mandar perguntas para a presidenta Dilma pode enviar e-mail para regional.empresa@presidencia.gov.br.
Kátia: Refugiados, Adalto, são pessoas que deixam o país em que nasceram e vão para outras nações por motivos de perseguição política, religiosa ou por questões de etnia, por exemplo.
Adalto: É, e aqui, no Brasil, Kátia, segundo o Comitê Nacional para Refugiados, cerca de 4.500 pessoas vivem nessa situação.
Kátia: E, em Manaus, capital do Amazonas, terminou hoje a 4ª Oficina sobre Trabalho e Emprego para Solicitantes de Refúgio e Refugiados, que busca aumentar e melhorar as possibilidades da inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
Adalto: Então, vamos saber mais na entrevista que a jornalista Gisele Pimenta fez hoje com o coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego, Paulo Sérgio de Almeida.
Repórter Gisele Pimenta: O que pode contribuir para essa qualificação profissional e para essa inserção dessas pessoas no mercado de trabalho?
Coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Sérgio de Almeida: Primeiro, passa pelo próprio desconhecimento, muitas vezes, do que é o refugiado. Muitas vezes as pessoas confundem o refugiado com fugitivo, com uma pessoa que tem algum tipo de problema com a Justiça, que não é o caso. Você desmistificar o que é o refúgio é um primeiro passo para que não haja nenhum tipo de problemas com essas pessoas em serem, por exemplo, discriminadas, né, quando se identificam como refugiados. Depois, você tem uma série de outras questões, como, por exemplo, o aprendizado do idioma, que é um fator de limitação. Então, precisam ter aí acesso a mecanismos, né, de ensino do português, para que possam melhorar a sua condição de inserção no mercado de trabalho, né? Buscar, então, sensibilizar as empresas, os setores de governo que atuam na intermediação de mão de obra, que atuam na qualificação de mão de obra, de forma que essas pessoas, elas sejam visíveis para essas entidades e, com isso, venha aumentar as suas chances de emprego.
Repórter Gisele Pimenta: Quais são os caminhos que esses refugiados precisam trilhar para se inserirem no mercado de trabalho, a quem eles podem procurar?
Coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Sérgio de Almeida: Eles, como refugiados, eles têm igualdade de direitos com os brasileiros, né? Então, eles devem buscar as unidades do Sistema Nacional de Emprego para que possam se cadastrar no Sistema Sine e, com isso, poderem, através desse sistema, conseguir uma vaga no mercado de trabalho. O desafio nosso é que esse sistema possa identificar essas pessoas e, portanto, e ter uma atenção diferenciada quando essas pessoas buscam o Sistema Nacional de Emprego.
Repórter Gisele Pimenta: Qual o balanço que fica dessa oficina sobre o trabalho e emprego para solicitantes de refúgio e refugiados?
Coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Sérgio de Almeida: O estado do Amazonas é um estado importante, tem desenvolvido alguns mecanismos interessantes do ponto de vista da qualificação profissional, da oferta de cursos de idioma. E o evento foi muito importante porque, pela primeira vez, reuniu as áreas de qualificação, que hoje estão aqui presentes, com as entidades integrantes do Sistema Nacional de Emprego, o Sine, de forma que se contrata... Esse compartilhamento de informação possa caminhar para a construção de protocolos específicos de atendimento e, com isso, você ter uma melhora na inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
Repórter Gisele Pimenta: Paulo Sérgio de Almeida, coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego, muito obrigada por sua entrevista à Voz do Brasil.
Coordenador-geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego - Paulo Sérgio de Almeida: Eu é que agradeço a oportunidade.
Kátia: Foi instalada hoje uma comissão mista de reavaliação de informações, instituída pela Lei de Acesso à Informação. Quem tem informações agora sobre essa comissão é a Luciana Vasconcelos, que está aqui, no estúdio, ao vivo, com a gente. Boa noite, Luciana.
Repórter Luciana Vasconcelos (ao vivo): Boa noite, Kátia. Kátia, a comissão é a última instância de recursos para os pedidos de informação. Ela vai julgar também pedidos sobre classificação ou reavaliação de documentos classificados. É formada por sete Ministérios mais o Gabinete de Segurança Institucional, Advocacia-Geral da União e Controladoria-Geral da União. Hoje também foi apresentado um balanço sobre os pedidos recebidos por todo o governo federal, desde que a Lei de Acesso à Informação entrou em vigor, no dia 16 de maio. O Poder Executivo já registrou mais de 36 mil demandas, das quais quase 34 mil foram respondidas. Os demais ainda se encontram no prazo legal para resposta. A Superintendência de Seguros Privados responde pelo maior número de pedidos. Na sequência, está o Instituto Nacional do Seguro Social, o INSS. Kátia.
Kátia: Obrigada, Luciana Vasconcelos, pelas informações ao vivo, aqui na Voz do Brasil.
Adalto: Sete e dezoito.
Kátia: Prefeituras de todo o país têm até o fim do mês, dia 31 de outubro, para informar o número de crianças que recebem o Bolsa-Família e que estão matriculadas em creches públicas ou conveniadas.
Adalto: Isso mesmo, Kátia. O governo federal precisa saber quantas crianças de até quatro anos de idade são beneficiárias do programa para repassar recursos adicionais de 50% do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, Fundeb, a essas instituições, por meio do Brasil Carinhoso.
Repórter Mara Kenupp (Águas Lindas de Goiás-GO): Na casa de Ronânia Carvalho, moradora do município de Águas Lindas de Goiás, a 40 quilômetros de Brasília, o dia começa de madrugada. São quatro filhos para colocar roupa, pentear cabelo, dar o café da manhã e preparar as mochilas. Os mais velhos, de cinco, sete e oito anos, vão para a escola. A caçula, de três anos, Ronânia deixa na creche, que fica a dois quilômetros de casa. Tudo isso ela faz antes de ir trabalhar o dia inteiro como babá. A rotina é cansativa, mas, segundo Ronânia Carvalho, compensa.
Ronânia Carvalho: Ela fica lá tranquila, não tem preocupação porque lá é um lugar bem seguro, né?
Repórter Mara Kenupp (Águas Lindas de Goiás-GO): A creche é fundamental para Ronânia Carvalho, que não tem com quem deixar a filha Isabela, de três anos de idade. Além da menina, os funcionários cuidam de mais 129 crianças de zero a quatro anos de idade. E a maioria é beneficiária do Bolsa-Família. A garotada brinca, estuda, almoça, lancha e participa de atividades em tempo integral, mas nem todas as crianças do município têm a mesma oportunidade. É que, segundo a diretora da creche, Marilda dos Santos, faltam vagas.
Diretora da creche - Marilda dos Santos: A procura aqui é grande, tanto quanto pela manhã quanto pela tarde. Sempre tem mães procurando por vagas. O município está muito carente em questão relacionada a creches. Nós só temos essa. Nós fazemos cadastro reserva. Só que, com o passar do tempo, nós observamos que tinha muitas crianças, e as mães ligando sempre, sempre. Então, nós paramos a fazer o cadastro reserva.
Repórter Mara Kenupp (Águas Lindas de Goiás-GO): A prefeitura de Águas Lindas de Goiás faz um levantamento do número de crianças de zero a quatro anos, beneficiárias do Bolsa-Família na cidade, para solicitar repasse financeiro do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, por meio do Programa Brasil Carinhoso. Com o dinheiro, vai poder ampliar o número de vagas e contratar novos funcionários, como explica o diretor de Gestão e Acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Marcelo Cabral.
Diretor de Gestão e Acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Marcelo Cabral: Tendo um incentivo de recursos a mais para isso, a chance de ele criar uma creche onde tenha essa população mais pobre, seja ele ou seja uma rede conveniada, é maior. Então, expandir o serviço que é necessário para o público que mais necessita.
Repórter Mara Kenupp (Águas Lindas de Goiás-GO): A ação é válida para municípios de todo o país. Todos têm até o dia 31 de outubro para garantir mais recursos para creches. O registro do número de crianças deve ser feito no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação. Outras informações em www.mec.gov.br. De Águas Lindas de Goiás, Mara Kenupp.
Adalto: Profissionais de saúde podem se candidatar a voluntários em atendimentos de emergência à população indígena.
Kátia: Isso mesmo, Adalto. A Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde está cadastrando profissionais interessados, e quem for convidado a trabalhar como voluntário vai auxiliar aos cerca de 15 mil trabalhadores que compõem as equipes de saúde indígena dos 34 distritos sanitários especiais indígenas no Brasil.
Repórter Isabela Azevedo: Cento e cinquenta profissionais de saúde já se cadastraram voluntariamente no projeto. Entre as especialidades para as quais existe mais demanda estão Medicina, Enfermagem, Odontologia e Psicologia. As despesas com o transporte dos voluntários para as aldeias serão arcadas pelo Ministério da Saúde, que aceita inscrições de profissionais de todo o país. Quando houver uma situação de emergência em áreas habitadas por índios, os voluntários serão convocados, como explica o secretário especial de Saúde Indígena, Antonio Alves de Souza.
Secretário especial de Saúde Indígena - Antonio Alves de Souza: Por ser uma área difícil, uma área que exige uma qualificação profissional, uma dedicação, então é um ato de humanidade, não é? Então, vai ser importante porque nós podemos enfrentar determinados episódios, surtos, e saná-los rapidamente, se nós tivermos um número maior de pessoas trabalhando conosco, nos assessorando nesse enfrentamento.
Repórter Isabela Azevedo: A dentista Clarissa de Oliveira, de 24 anos, e moradora de Brasília, está animada com a possibilidade de trabalhar como voluntária em comunidades indígenas.
Dentista - Clarissa de Oliveira: Eu acho muito válida essa questão de você dar um atendimento, levar uma informação, querendo ou não, para uma população que não está nos grandes centros, em grandes cidades. E a parte de ser voluntária porque eu realmente tenho interesse nessa área. Então, não interessa se eu estou recebendo para isso ou não. E, além disso, eu trabalhando com população indígena, eu vou estar ganhando muito mais do que eles, com a cultura deles.
Repórter Isabela Azevedo: O profissional de saúde interessado em atuar como voluntário em comunidades indígenas deve enviar currículo e contatos pessoais para: curriculo.sesai@saude.gov.br. Não há data-limite para se inscrever. De Brasília, Isabela Azevedo.
Kátia: Órgãos de Defesa Civil de 286 municípios estão dispensados de apresentar CNPJ próprio para adesão ao Cartão de Pagamento de Defesa Civil.
Adalto: Nessas cidades, os gestores podem abrir a conta no CNPJ da prefeitura.
Kátia: A lista de municípios contemplados está em www.integracao.gov.br.
Adalto: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Kátia: A partir de sexta-feira, 300 planos de saúde não vão poder ser vendidos no país.
Adalto: Produção industrial aumenta 1,5% em agosto. É o terceiro crescimento seguido esse ano.
Kátia: Na capital peruana, Dilma defende união de sul-americanos e árabes para fortalecer a economia dos países.
Adalto: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Uma boa-noite.
Adalto: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.