03/01/17 - A VOZ DO BRASIL

Apresentador Nazi Brum: Em Brasília, 19 horas.

"Está no ar a Voz do Brasil - As notícias do Governo Federal que movimentaram o país no dia de hoje."

Apresentadora Gabriela Mendes: Boa noite.

Nazi: Boa noite para você que nos acompanha em todo o país.

Gabriela: Terça-feira, três de janeiro de 2017.

Nazi: E vamos ao destaque do dia.

Gabriela: Governo Federal vai investir mais um bilhão e 800 milhões de reais no sistema prisional brasileiro.

Nazi: E durante visita a presídios de Manaus, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, confirma auxílio ao governo do Amazonas na transferência de presos e na identificação de corpos após rebeliões.

Gabriela: Você também vai ouvir na Voz do Brasil de hoje.

Nazi: Carteira de vacinação em dia. Ministério da Saúde amplia vacinação contra meningite e o HPV, que causa o câncer de colo do útero. Repórter Gabriela Noronha.

Repórter Gabriela Noronha: A vacina contra meningite C agora está disponível para adolescentes de 12 e 13 anos. Além disso, os meninos foram incluídos na vacinação contra o papiloma vírus humano, o HPV.

Gabriela: As férias estão aí e muitos pais estão programando as viagens do filho.

Nazi: A partir de que idade a criançada pode viajar sozinha e quais são os documentos que é possível levar? A Voz do Brasil responde.

Gabriela: Hoje na apresentação, Gabriela Mendes e Nazi Brum.

Nazi: Para assistir a gente ao vivo na internet, basta clicar www.voz.gov.br.

Gabriela: Os líderes da rebelião em unidades de detenção em Manaus vão ser transferidos para presídios federais. Essas foi uma das decisões acertadas numa reunião entre o governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, e o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes.

Nazi: O ministro visitou os presídios de Manaus para ver de perto a situação e ainda anunciou a liberação de mais dinheiro para vagas e aumentar a segurança nas prisões do país. É mais um bilhão e 800 milhões de reais para os estados.

Repórter Paulo La Salvia: Com a rebelião no presídio Anísio Jobim em Manaus registrando 56 mortes, além de fugas e mais quatro mortes em outra unidade prisional do estado num período de 24 horas, o ministro da Justiça visitou o Amazonas entre ontem e esta terça-feira. Alexandre de Moraes foi ao presídio Anísio Jobim e à Defensoria Pública do Estado, e se reuniu com o governador José Melo de Oliveira e o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fortes, além de promotores estaduais. O ministro anunciou que assim que os líderes da rebelião forem identificados, o que deve ocorrer até o fim dessa semana, eles vão ser transferidos para presídios federais. Alexandre de Moraes lembrou que na semana passada foram liberados um bilhão e 200 milhões de reais para melhorar o sistema prisional. Cada estado vai receber 45 milhões de reais, o que vai permitir a construção de pelo menos mais um presídio em cada unidade da federação. Além de criar mais vagas, as novas unidades vão contribuir para que tragédias como a do Amazonas sejam evitadas.

Ministro da Justiça e Cidadania - Alexandre de Moraes: Isso vai possibilitar também que nós possamos partir para um segundo ponto essencial no sistema penitenciário, que é a separação em presídios em virtude do crime, da gravidade do crime, em virtude da reincidência, algo que a Constituição já determina desde 88, infelizmente isso não vem sendo realizado.

Repórter Paulo La Salvia: Com o dinheiro, também vão ser comprados 3 mil scanners. Esses aparelhos permitem fiscalizar as pessoas que entram nos presídios sem a necessidade de revistas vexatórias. O ministro da Justiça e Cidadania Alexandre de Moraes adiantou também a liberação de mais recursos para o sistema prisional este ano.

Ministro da Justiça e Cidadania - Alexandre de Moraes: Vamos até o final desse semestre, desse primeiro semestre de 2017 liberar novamente agora um bilhão e 800 milhões de reais, completando 3 bilhões, o maior repasse financeiro para o sistema penitenciário da história brasileira, mas feito junto com os estados, para que União e estados possam mudar a mentalidade do sistema prisional brasileiro.

Repórter Paulo La Salvia: O ministro também disse que dois peritos da Polícia Federal foram cedidos para apoiar o trabalho do Instituto Médico Legal do Amazonas na identificação dos corpos dos mortos durante a rebelião e que o governo prepara o lançamento do Plano Nacional de Segurança Pública. Reportagem: Paulo La Salvia.

Gabriela: E o ano começa com um novo calendário de vacinação na rede pública de saúde.

Nazi: Além das vacinas tradicionais, o Ministério da Saúde ampliou a imunização contra meningite e HPV.

Gabriela: E no caso do HPV, vai ser a primeira vez que o meninos vão ter acesso na rede pública à vacina.

Repórter Gabriela Noronha: O choro de Felipe de apenas 2 meses é por uma boa causa. Hoje ele tomou quatro vacinas de uma vez em um posto de saúde em Brasília. A mãe, Marlúcia Lopes, sabe que a vacinação previne doenças e vai ajudar Felipe a crescer saudável. Por isso, segundo ela, o cartão do filho está sempre atualizado.

Entrevistada - Marlúcia Lopes: É muito importante, né? Para a saúde deles. Dá dó, né? Quatro vacinas de uma vez, mas tem que dar para imunizar, né? Contra as doenças que estão aí.

Repórter Gabriela Noronha: O cartão de vacinas é indispensável não só para crianças, como também para adolescentes, adultos e idosos. E para manter o documento em dia, todos devem ficar atentos às mudanças no calendário de vacinação em 2017. A partir deste ano, a vacina contra meningite C, que era aplicada em crianças entre 3 meses e 4 anos, agora está disponível para adolescentes de 12 e 13 anos. Além disso os meninos foram incluídos na vacinação contra o papiloma vírus humano, o HPV. O Brasil será o primeiro país da América do Sul e o 7º do mundo a oferecer essa vacina para meninos de 12 a 13 anos em programas nacionais de imunização. Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a ampliação no quadro de vacinas se deve à economia feita pelo governo nos últimos meses do ano passado.

Ministro da Saúde - Ricardo Barros: Com um bilhão e 900 milhões de economia e eficiência que fizemos nesses primeiros 200 dias de administração, reaplicamos tudo em mais serviços de saúde.

Repórter Gabriela Noronha: Para a ampliação da vacina contra a meningite C, foram adquiridas 15 milhões de doses. A meta é vacinar 80% do público alvo, formado por mais de 7 milhões de adolescentes. No caso da vacinação contra HPV, a expectativa é imunizar mais de 3 milhões e 600 mil meninos em 2017. Reportagem: Gabriela Noronha.

Nazi: A Anvisa, Agência Nacional de Bigilância Sanitária, atualizou as regras para produtos bronzeadores. A ideia é definir as diferenças entre cada um e dar mais tranquilidade aos consumidores.

Gabriela: Pois é, Nazi, e a atenção especial é com os aceleradores de bronzeado. Como a maioria não tem fator de proteção solar, esses produtos vão ser obrigados a dizer na embalagem que não são protetores solares.

Repórter Natália Melo: Com a chegada do verão, muita gente quer aproveitar para reforçar o bronzeado. A carioca Erica Reis, que foi curtir uma praia com a família, diz que não dá para vacinar na hora de escolher um bronzeador.

Entrevistada - Erica Reis: Pode dar uma alergia, sei lá, um machucado. O sol pode piorar.

Repórter Natália Melo: Nem todo mundo sabe, mas os produtos usados para bronzear a pele podem ter funções diferentes. Por isso a Anvisa vai exigir classificação específica dos bronzeadores. O chamado ativador de bronzeado, por exemplo, usado para escurecer a pele por meio de aplicação externa, deve alertar no rótulo que não é um protetor solar. O gerente-geral de Cosméticos da Anvisa, João Tavares, fala sobre a medida.

Gerente-geral de Cosméticos da Anvisa - João Tavares: Os bronzeadores que são considerados protetores solares, eles devem atender à norma de protetor solar e ter registro, como os próprios protetores solares, esse procedimento já era feito, porém ainda faltava deixar claro na nossa regulamentação. E os produtos relacionados a bronzeamento que não são protetores solares, que é o bronzeador simulatório e o acelerador de bronzeado continuam isentos de registro, porém têm frases de advertências para que a população saiba que não é um protetor solar.

Repórter Natália Melo: A dermatologista Luna Azulai explica a diferença entre o bronzeador e o protetor solar.

Dermatologista - Luna Azulai: O bronzeador pode acelerar um tanto a pigmentação natural da pele que você conseguirá se fizer uma exposição solar gradual. E o protetor solar, ele tem outro entendimento e ele tem uma regra de estabelecimento de quanto que ele protege. Então aquele número que existe, 30, 40, 50, aquilo é proteção com relação ao ultravioleta D.

Repórter Natália Melo: O pequeno Yuri já aprendeu a lição e sabe que com o sol não se brinca. Se não...

Entrevistado - Yuri: Pode acontecer que a gente não pode, não consegue dormir. A gente não consegue comer direito com a testa ardendo, com tudo ardendo.

Repórter Natália Melo: As empresas responsáveis pelos aceleradores de bronzeado já regularizados pela Anvisa têm até junho para adequar os rótulos às novas regras. Reportagem: Natália Melo.

Nazi: A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres condenou a chacina ocorrida no dia 31 de dezembro em Campinas, São Paulo.

Gabriela: O autor dos crimes cometeu suicídio após matar 12 pessoas, entre elas a ex-mulher e o próprio filho.

Nazi: Para a secretaria, o crime foi motivado pelo machismo e ódio contra as mulheres.

Repórter José Luiz Filho: O crime foi na noite de 31 de dezembro, durante uma festa em que Isamara Filier, ex-mulher de Sidney Araújo, autor da chacina, celebrava a passagem de anos com parentes, amigos e o filho de oito anos. A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres do Ministério da Justiça e Cidadania divulgou nota de repúdio. Segundo a secretaria, o feminicídio é a expressão maior do ódio contra as mulheres. Tanto Isamara, quanto as demais mulheres da chacina foram vítimas de feminicídio, seja esse direto ou por conexão. Na nota, a secretaria ainda afirma que tragédias como essa infelizmente são constantes no país. Segundo os dados do Atlas da Violência 2016, 13 mulheres são assassinadas todos os dias no Brasil, o que coloca o país no quarto lugar no ranking da violência contra a mulher. Diante deste quatro, o estado não pode e não se omite em enfrentar todas as formas de violência contra as mulheres por meio de sua política nacional e por meio de sua avançada legislação, que conta com exemplos mais efetivos com as leis Maria da Penha e do Feminicídio. José Luiz Filho para a Voz do Brasil.

Gabriela: Agora são 19 horas e 11 minutos pelo horário brasileiro de verão.

Nazi: A Voz do Brasil vai falar sobre as regras para crianças e adolescentes viajarem sozinhos, seja de ônibus ou avião.

Gabriela: É daqui a pouco. Não saia daí.

"Você na Voz do Brasil."

Nazi: A proposta da reforma da previdência feita pelo governo já foi enviada ao Congresso Nacional. As sugestões de mudança estão deixando muitos ouvintes aqui na Voz do Brasil com dúvidas.

Gabriela: E aqui no quadro 'Você na Voz', vamos responder os ouvintes.

Nazi: E um deles é o Edgar Neto de Fortaleza, Ceará. Vamos ouvir.

Ouvinte - Edgar Neto: Olá. Aqui é o Edgar Neto, de Fortaleza, Ceará. Eu gostaria de saber se essa reformulação da aposentadoria afeta aqueles que têm o tempo de trabalho reduzido por conta da periculosidade ou por conta da radioatividade.

Gabriela: E quem traz a resposta para o Edgar e outros ouvintes é a repórter Natália Koslyk. Boa noite, Natália.

Repórter Natália Koslyk: Boa noite ao pessoal do estúdio e a todos aos ouvintes que participam com a gente aqui na Voz do Brasil. Nós conversamos com o secretário de Políticas de Previdência Social, Benedito Brunca, para saber como ficam as regras para as pessoas que trabalham com algum risco para a saúde. Vamos ouvir.

Secretário de Políticas de Previdência Social - Benedito Brunca: Não é possível, já desde 1995, conceder essas aposentadorias especiais por categoria profissional, porque não é porque é médico ou porque é enfermeiro que automaticamente, pela nomenclatura, já se tem direito ao benefício. O direito ao benefício decorre da exposição e das documentações que são exigidas para comprovar a efetiva exposição a esses agentes nocivos, físicos, químicos e biológicos.

Repórter Natália Koslyk: Alguns ouvintes também perguntaram sobre a aposentadoria no caso dos vigilantes, se há alguma regra especial para essa categoria. O secretário Benedito Brunca reforça.

Secretário de Políticas de Previdência Social - Benedito Brunca: Não, não existe, como mencionei, nenhuma distinção por categoria profissional.

Repórter Natália Koslyk: O auxílio-doença também deixou muitos ouvintes que recebem o benefício em dúvida. O Claudemir Alves, por exemplo, está afastado do trabalho há dez anos por conta de um acidente de trânsito. Ele quer saber se esse tempo será contabilizado no cálculo para a aposentadoria dele.

Secretário de Políticas de Previdência Social - Benedito Brunca: Ele é somado ao tempo da aposentadoria, porque durante o período em que ele recebe o auxílio-doença, ele continua considerando um limite de 91% do valor que ele recebia, considerando, inclusive, a própria noção de que mesmo afastado, ele continuaria contribuindo, digamos assim, então quem está em auxílio-doença continua amparado e vai contar esse tempo que decorra da licença da atividade que ele exerça.

Repórter Natália Koslyk: O Robson Luiz Miranda de Nova Iguaçú no Rio de Janeiro também está afastado pelo auxílio-doença, e agora quer dar entrada no pedido de aposentadoria por invalidez. Caso a reforma seja aprovada, Robson, a aposentadoria só será de 100% para incapacidade definitiva decorrente exclusivamente de acidente do trabalho. Para os outros casos, o cálculo é proporcional ao tempo de contribuição. Por hoje é só, voltamos ao estúdio.

Nazi: Obrigado, Natália. E você que tem dúvidas sobre algum programa do Governo Federal, mande a sua pergunta aqui para a Voz do Brasil.

Gabriela: Basta gravar uma mensagem e mandar para o nosso e-mail, voz@ebc.com.br, ou no WhatsApp: 61 99862 7345.

Nazi: E a nossa produção vai procurar a resposta para você. Participe!

Gabriela: Depois de receber o maior reajuste médio da história, de 12,5%, o Bolsa Família vai ganhar neste ano o reforço de outros programas sociais.

Nazi: É o caso do Criança Feliz e de ações que vão estimular os beneficiários a abrirem o próprio negócio e gerarem renda.

Repórter Carolina Graziadei: O Criança Feliz já conta com a adesão de todos os estados e 480 municípios. O programa vai estimular e acompanhar o desenvolvimento integral das crianças de baixa renda com ações nas áreas da saúde, educação, assistência social e cultura. As famílias receberão visitas periódicas de profissionais que vão mostrar aos pais a melhor maneira de estimular o desenvolvimento dos filhos nos primeiros mil dias de vida da criança. Passada a fase de implantação, 2017 será um ano em que as ações vão chegar nas casas das pessoas. Para o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, o programa tem o potencial de se tornar a maior ação de desenvolvimento social e econômico do país.

Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário - Osmar Terra: Essas crianças vão ser acompanhadas para que elas sejam estimuladas, tenham as mesmas oportunidades daquelas crianças filhas de famílias que têm mais recursos, para elas poderem chegar na escola em igualdade de condições e poderem ter uma escolaridade maior que as dos seus pais, ter uma renda no futuro maior que as dos seus pais e ajudar toda a sua família a sair da pobreza.

Repórter Carolina Graziadei: 2017 também será o ano de implantação da Estratégia Nacional de Inclusão Social e Produtiva. As ações vão ajudar na criação de uma porta de saída do Bolsa Família. Jovens e adultos vão receber qualificação profissional, estímulo ao empreendedorismo e à inovação, e terão acesso a linhas de crédito para abrirem o próprio negócio. O ano que passou foi marcado ainda pelo maior reajuste da história do Bolsa Família. O ministro Osmar Terra afirma que o reajuste foi concedido para tentar amenizar os efeitos da inflação e é uma demonstração de que a área social é uma prioridade.

Ministro do Desenvolvimento Social e Agrário - Osmar Terra: São famílias que vivem numa situação muito difícil, próxima à pobreza extrema, então elas precisavam de alguma maneira ter reajustada, a inflação comeu aí boa parte do valor do programa, e essas famílias estavam tendo dificuldade inclusive de comprar, de botar comida na mesa.

Repórter Carolina Graziadei: Aumento que o beneficiário percebeu e que ajuda a melhorar a alimentação das famílias, como conta a Gislaine de Carvalho, de Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Entrevistada - Gislaine de Carvalho: Você vai no mercado hoje em dia, você não compra nada. Mas com esse dinheiro a mais, um pouquinho, ajuda mais na hora da gente comprar as coisas. Principalmente para eles, porque esse dinheiro eu uso mais para os meus filhos mesmo, então é uma coisa que me ajuda bastante.

Repórter Carolina Graziadei: O controle sobre o uso dos recursos públicos foi aperfeiçoado. O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário passou a contar com seis bases de dados para o cruzamento de informações. Isso melhorou o controle de entrada e permanência no Bolsa Família. Tudo para garantir que o dinheiro do programa vá para quem realmente precisa. De Brasília, Carolina Graziadei.

Gabriela: Não foram apenas os setores de turismo, bares, restaurantes e hotéis que comemoraram o movimento durante as olimpíadas do Rio de Janeiro.

Nazi: Pois é, Gabriela, a demanda por voos nacionais e internacionais também cresceu.

Repórter Eduardo Biagini: Durante os jogos olímpicos, mais de um milhão e 600 mil pessoas passaram pelos aeroportos do Rio de Janeiro. Esse número representa um aumento de mais de 23% em comparação com o mesmo período de 2015. A maior alta foi de voos internacionais, com 311 mil passageiros, um aumento de mais de 30% em comparação ao ano anterior. Entre os aeroportos brasileiros, o de Congonhas, em São Paulo, foi o que apresentou a maior quantidade de voos de passageiros domésticos com destino ao Rio de Janeiro. 326 mil pessoas viajaram da capital paulista para a sede das olimpíadas. Já no exterior, considerando voos com origem ou destino na cidade do Rio de Janeiro durante o evento, os Estados Unidos foram o país com a maior quantidade de passageiros transportados, seguidos da Argentina e do Chile. Os números fazem parte de um relatório da ANAC, Agência Nacional de Aviação Civil. Foram contados os voos entre os dias 3 e 23 de agosto do ano passado. Eduardo Biagini para a Voz do Brasil.

Nazi: Em Brasília, 19 horas e 19 minutos no horário brasileiro de verão.

Gabriela: Para a criançada, as férias escolares são sinônimo de viagem.

Nazi: Para os pais, planejar esses passeios é fundamental para o descanso não se transforme em dor de cabeça.

Gabriela: Uma das providências que não deve ser deixada de lado é a autorização para crianças que vão viajar sozinhas ou sem a companhia de um parente próximo.

Repórter Roberto Camargo: Maria Julia tem 11 anos e foi passar férias no Rio de Janeiro. Como viajou sem os pais, precisou de uma autorização para embarcar no aeroporto de Brasília. A mãe dela, a corretora de imóveis Virna Muricy, conta que na vara da infância e da juventude, que emite as permissões para menores que viajam desacompanhados dos pais, o procedimento é simples e rápido.

Corretora de imóveis - Virna Muricy: Eu tenho o costume de sempre fazer esse procedimento com a minha filha, a Maria Julia. Ela hoje está com 11 anos, então ela precisa de autorização e eu sempre venho aqui na vara da infância e juventude do aeroporto porque eu acho supertranquilo, é bem vazio, sai rápido a documentação e prontamente ela embarca sem maiores problemas.

Repórter Roberto Camargo: Nas viagens dentro do Brasil, a autorização emitida na vara da infância é necessária para crianças de até 11 anos de idade que viajam sem os pais ou sem parentes próximos, como avós, tios e irmãos maiores de 18 anos. Se a viagem for para outro país, adolescentes de até 17 anos também precisam de autorização quando não viajam com o pai e a mãe, como explica Marcos Barbosa, supervisor da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.

Surpervisor da Vara da Infância e Juventude do DF - Marcos Barbosa: Nas viagens internacionais, é necessária a autorização tanto para criança, quanto adolescente. Se essa criança ou adolescente for viajar na companhia de apenas um dos pais ao exterior, o outro deverá conceder a autorização. Se for na companhia de avós, tios, vizinhos e empresa de viagem, ambos os pais terão que autorizar essa viagem.

Repórter Roberto Camargo: Marcos Barbosa também explica o que os pais devem fazer para emitir a autorização.

Surpervisor da Vara da Infância e Juventude do DF - Marcos Barbosa: Para requerer a autorização de viagem nacional para a criança, um dos pais deverá comparecer à vara da infância portando seu documento pessoal e o documento da criança. Certidão de nascimento e se já tiver a identidade, traga a identidade também.

Repórter Roberto Camargo: As autorizações de viagens internacionais também podem ser emitidas na vara da infância e da juventude. Os pais também devem comparecer com documentos próprios e da criança ou adolescente. Em todos os casos, os documentos devem ser originais ou cópias autenticadas. Reportagem: Roberto Camargo.

Nazi: Os moradores da cidade de Goiás voltaram a se encontrar no Mercado Municipal.

Gabriela: O local histórico foi todo reformado e entregue à população.

Nazi: A obra custou dez milhões de reais, recursos do PAC Cidades Históricas.

Repórter Alessandra Bastos: A arquitetura barroca e tradições seculares. A cidade de Goiás, também conhecida como Goiás Velho, é reconhecida como patrimônio mundial pela Unesco, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura. A cidade se desenvolveu ao redor do Rio Vermelho, quando ainda no século 18 os bandeirantes descobriram um rio bastante rico em ouro. Com a extração, cresceram os mercados. O comércio se desenvolveu nos fundos das residências, até que em 1926 foi inaugurado o Mercado Municipal de Goiás. Nos últimos dois anos, o mercado passou por uma reforma. E este mês, foi entregue novamente à população da cidade de Goiás pelo Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Beatriz Otto, técnica do Iphan em Goiás, conta que é o conjunto arquitetônico mais representativo da cidade.

Técnica do Iphan - Beatriz Otto: A região onde está o mercado sempre foi o local, o comércio na cidade. E desde então é o principal ponto de encontro dos moradores e dos turistas.

Repórter Alessandra Bastos: A reforma custou dez milhões de reais e foi feita com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC Cidades Históricas, criado há três anos para restaurar 425 locais históricos tombados pelo Iphan. 26 obras já foram entregues e 65 estão em execução. Restaurar os locais históricos não beneficia somente a cultura do país, mas também a economia. É o que ressalta o diretor do PAC Cidades Históricas do Iphan, Robson Almeida.

Diretor do PAC Cidades Históricas - Robson Almeida: Acho superimportante isso. É uma mudança de cultura que o nosso país está vivendo. Centros históricos na maioria das vezes são cidades de médio e pequeno porte, então são cidades que ainda têm uma qualidade de vida que pode ser potencializada com o patrimônio.

Repórter Alessandra Bastos: Um dos desafios nesse tipo de obra é modernizar o local respeitando o projeto original, como explica Beatriz Otto.

Técnica do Iphan - Beatriz Otto: Acessibilidade, rotas de pânico e fuga em caso de incêndios, questões de vigilância sanitária, o acesso à internet, câmeras de segurança, sistema de som. Então tudo isso é possível, sim, você incorporar ao edifício. O bem tombado em momento algum está congelado para receber essas melhorias.

Repórter Alessandra Bastos: Para os próximos anos, o Iphan estuda criar uma linha de crédito específica para os próprios moradores das cidades históricas preservarem os locais. Reportagem: Alessandra Bastos.

Gabriela: E essas foram as notícias do Governo Federal.

Nazi: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite.

Gabriela: Boa noite e até amanhã.