03/05/2016 - A Voz do Brasil

Tocha Olímpica chega em Brasília, primeira cidade do país da rota de revezamento que percorrerá 300 municípios brasileiros até chegar no Rio de Janeiro em agosto. Novo Plano Safra oferecerá crédito recorde de R$ 30 bilhões para agricultores familiares. Juristas defendem Dilma Rousseff perante comissão especial que analisa processo de impeachment no Senado. Tudo isto você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

03/05/2016 - A Voz do Brasil

Tocha Olímpica chega em Brasília, primeira cidade do país da rota de revezamento que percorrerá 300 municípios brasileiros até chegar no Rio de Janeiro em agosto. Novo Plano Safra oferecerá crédito recorde de R$ 30 bilhões para agricultores familiares. Juristas defendem Dilma Rousseff perante comissão especial que analisa processo de impeachment no Senado. Tudo isto você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

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Publicado em 09/12/2016 15:45

Locutora: A EBC, Empresa Brasil de Comunicação, informa: Vem aí a voz do Brasil.

Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília.

Apresentadora Helen Bernardes: Fogo olímpico está em solo brasileiro e a Voz do Brasil começa uma viagem junto com a tocha que vai passar por mais de 300 cidades em todo país.

Luciano: E ao receber a tocha olímpica, a presidenta Dilma afirma que o país está pronto para realizar os melhores jogos da história.

Helen: 30 milhões de reais, juros mais baixos e investimentos em assistência técnica. Lançado hoje o Plano Safra da Agricultura Familiar.

Luciano: No Senado, juristas defendem o mandato da presidenta Dilma e afirmam que não há crime para impeachment.

Helen: Terça-feira, 3 de maio de 2016.

Luciano: Está no ar a sua voz.

Helen: A nossa voz.

Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite, aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.

Helen: Olá, boa noite. Você pode acompanhar a Voz do Brasil do Poder Executivo ao vivo em vídeo pela internet.

Luciano: É só acessar www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

"Revezamento da tocha."

Helen: Ela finalmente chegou ao Brasil e já passa pelas ruas da capital, Brasília.

Luciano: O fogo olímpico aceso na Grécia é o símbolo da grande festa que vai unir o Brasil de norte a sul e o mundo inteiro.

Helen: E foi em voo direto de Genebra, na Suíça, que trouxe o maior símbolo dos jogos.

Luciano: A repórter Paola de Orte estava lá, bem cedinho, no aeroporto.

Repórter Paola de Orte: Às cinco da manhã, jornalistas já aguardavam no aeroporto de Brasília a chegada da tocha olímpica. Eu entre eles. Todos estávamos curiosos. A cada avião que passava, um suspense. "É a tocha?" A certeza veio com a aproximação dos caças da Força Aérea Brasileira, e às sete e 26 da manhã, a tocha estava em solo brasiliense. Eram quase oito horas da manhã quando o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, desceu do avião carregando a lanterna que trazia a chama olímpica. Foi uma cerimônia rápida, autoridades, fotos, um corre-corre de jornalistas. Foi quando percebi no pátio quase vazio a presença do piloto que havia trazido a tocha. O comandante Ramon não escondeu a emoção.

Piloto - Ramon Bel: Não tenho palavras para descrever a emoção de participar de um evento olímpico, de trazer a tocha para o Brasil, de participar desse momento grandioso e convidar a todos que participem, que se engajem para nós mostremos ao mundo que esse Brasil tem jeito, e a gente vai fazer uma olimpíada fantástica.

Repórter Paola de Orte: E tive mais emoções no caminho da tocha. Chegando no centro da capital, uma pequena multidão me alertou para um brasileiro especial. E lá estava ele, Vanderlei Cordeiro de Lima, medalha de bronze nas olimpíadas de Atenas de 2004, saindo da Catedral de Brasília com a tocha olímpica.

Corredor - Vanderlei Cordeiro de Lima: Estou muito feliz por esse momento, e fazer com que realmente essa tocha possa contagiar cada um dos brasileiros que vai acompanhar os jogos olímpicos, que é o maior evento da face da terra, e estamos aí.

Repórter Paola de Orte: A tocha ainda tinha um longo percurso pela capital. O dia de emoções estava só começando. Reportagem: Paola de Orte.

Helen: Isso mesmo, só começando, porque saindo do aeroporto numa lamparina, o fogo olímpico chegou ao Palácio do Planalto.

Luciano: Lá a presidenta Dilma Rousseff recebeu a lanterna e acendeu a primeira tocha em solo brasileiro.

Helen: E se deu início ao revezamento por mais de 300 cidades do país até chegar ao Rio de Janeiro no dia cinco de agosto.

Repórter Nei Pereira: O hino nacional foi cantado e tocado pela associação Orquestra Meninos do Itapoã, no Distrito Federal. Muita alegria para receber a tocha tem um significado especial: O Brasil é o primeiro país da América do Sul a sediar os jogos olímpicos, e já inovou antes mesmo da competição iniciar, como destacou o presidente do Comitê Organizador Local Rio 2016, Carlos Nuzman.

Presidente do COB - Carlos Arthur Nuzman: Os primeiros jogos olímpicos e paraolímpicos da América do Sul serão os mais inclusivos, economicamente sustentáveis e comprometidos com um legado visível, transformador.

Repórter Nei Pereira: Os grandes investimentos no esporte começaram com os jogos Panamericanos de 2007, como frisou o ministro do Esporte, Ricardo Leyser.

Ministro do Esporte - Ricardo Leyser: Nessa década, que foi a década de ouro do esporte brasileiro, nós conseguimos radicalmente transformar a situação do esporte brasileiro.

Repórter Nei Pereira: Segundo a presidenta Dilma Rousseff, se depender do planejamento, o Brasil está pronto para fazer os mais bem sucedidos jogos da modernidade.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Estamos preparados para atender as mais elevadas expectativas durante os jogos, trabalhamos muito para isso, contamos com a conhecida hospitalidade e alegria do povo brasileiro, assim seremos, sem sombra de dúvida, nós, o povo brasileiro, os melhores anfitriões que as olimpíadas já conheceram.

Repórter Nei Pereira: Ao comentar o momento político, a presidenta apontou a capacidade do Brasil de receber os jogos mesmo com instabilidades.

Presidente da República - Dilma Rousseff: O Brasil será capaz de, mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história e da história da democracia do nosso país, saberá conviver, porque criamos todas as condições para isso, com a melhor recepção de todos os atletas, e de todos os visitantes, estrangeiros. Tenho certeza que um país cujo povo sabe lutar pelos seus direitos e que preza e sabe proteger sua democracia é um país onde as olimpíadas terão o maior sucesso nos próximos meses.

Repórter Nei Pereira: A pira olímpica foi acesa pela presidenta Dilma Rousseff na rampa do Palácio do Planalto. A primeira a conduzir a tocha foi a bicampeã olímpica e capitã da seleção brasileira de vôlei, Fabiana Claudino. A escolha marcou a vida dela para sempre.

Jogadora de Vôlei - Fabiana Claudino: Fico super feliz de ser a primeira mulher, ser a mulher negra a estar representando acho que a minha raça, então eu fico super feliz, porque às vezes eu acho que por nosso povo negro às vezes falta um pouco mais de oportunidades.

Repórter Nei Pereira: Tanto atletas como torcedores estão na expectativa que essa seja a melhor olimpíada para o Brasil. O nadador Thiago Pereira afirma que os competidores esperam que o povo brasileiro faça diferença incentivando cada atleta.

Nadador - Thiago Pereira: Vamos dar muito, nadar muito, correr muito, jogar muito, vamos brigar por cada gota de suor ou cada milésimo de segundo, centésimo de segundo para a gente alcançar aí o melhor resultado para o nosso Brasil.

Repórter Nei Pereira: Reportagem: Nei Pereira.

Luciano: Do Palácio do Planalto, a tocha seguiu o seu caminho pelas ruas da capital.

Helen: O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, a Catedral e o lago Paranoá foram alguns dos pontos turísticos por onde ela passou, carregada por atletas e muitos, muitos brasileiros.

Repórter Taíssa Dias: A sirene anunciava a chegada do comboio. Os caminhões que acompanham a chama olímpica se preparavam para esperar a descida da tocha do Palácio do Planalto. Em frente, na Praça dos Três Poderes, a criançada que veio com as escolas para ver o símbolo das olimpíadas mal podia esperar.

Entrevistada: Eu estou muito ansiosa para ver.

Repórter Taíssa Dias: E como é que você acha que é a tocha?

Entrevistada: Eu acho que ela é bem bonita, que eu nunca vi, é a primeira vez.

Repórter Taíssa Dias: A Esquadrilha da Fumaça dançou no céu. O revezamento da tocha no Brasil tinha começado. Das mãos da jogadora de vôlei Fabiana Claudino, o fogo foi passado para Arthur de Mello, primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber a medalha Fields, considerada o prêmio Nobel da matemática. Correndo de condutor em condutor, seguiu pela Esplanada dos Ministérios. Nas mãos de Paula Pequeno, bicampeã olímpica de vôlei, entrou na Catedral de Brasília e saiu carregada por um herói da maratona, Vanderlei Cordeiro, que repetiu o aviãozinho, gesto que eternizou a medalha de bronze conquistada em Atenas em 2008. Quem viu disse que não vai esquecer.

Entrevistada: Muito emocionante vendo Vanderlei, tirando selfie com Vanderlei, acompanhando.

Entrevistada: Corri atrás dela lá embaixo até aqui em cima, ela é bem bonita, e a gente já dá pra sentir o calor, a energia, e a força das olímpiadas que traz ao nosso país, a gente já fica emocionado.

Repórter Taíssa Dias: O comboio do fogo olímpico seguiu pelas ruas de Brasília e chegou a um dos cartões postais da cidade, a Ponte JK. A tocha desceu de rapel dos arcos da ponte e navegou pelas águas do lago Paranoá. O velejador Felipe Rondina foi um dos condutores.

Velejador - Felipe Rondina: Primeiro dia da tocha, carregando ela aqui em Brasília, principalmente no lago Paranoá, que é onde eu pratico meu esporte, então fiquei muito feliz e muito lisongeado de poder carregar a tocha.

Repórter Taíssa Dias: Depois do lago, um trajeto diferente. De helicóptero, a chama olímpica chegou ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e desceu de rapel nas mãos do bombeiro militar Haudson Alves. No meio do campo, foi recebida por um velho conhecido dos brasileiros. Lúcio, capitão da seleção brasileira pentacampeã de futebol de 2002, recebeu o símbolo olímpico na arena que vai sediar jogos das olimpíadas. Com a tocha, ele caminhou entre as bandeiras carregadas por alunos do colégio militar. Os estudantes representaram cada um dos países que vão participar dos jogos olímpicos e teve até grito de guerra. Reportagem: Taíssa Dias.

Luciano: Daqui a pouco a presidenta Dilma vai se encontrar com militares aqui em Brasília para mais uma cerimônia na recepção da tocha.

Helen: A gente volta então com a repórter Taíssa Dias, que está acompanhando esse evento. Boa noite, Taíssa. Como é que vai ser essa cerimônia e para onde a tocha segue depois?

Repórter Taíssa Dias (ao vivo): Boa noite Helen, Luciano, e a todos ouvintes da Voz do Brasil, a cerimônia da União das Américas que acabou de começar aqui no quartel general do exército celebra a chegada da chama olímpica em Brasília e o início do revezamento no Brasil. Participam, além da presidenta Dilma Rousseff, o presidente do Comitê Organizador dos ogos olímpicos Rio 2016 Carlos Arthur Nuzman, o presidente da Organização Desportiva Panamericana, Julio César Maglione, entre outras autoridades. Aqui várias tochas vão ser acesas ao mesmo tempo para simbolizar o espírito de união das olimpíadas. Mais cedo o fogo olímpico esteve, além do centro de Brasília, em outras regiões do Distrito Federal. Em Taguatinga, a tocha passou a pé pela Praça do Relógio, um lugar bem movimentado, e foi recebida com festa. Percorrou também outras avenidas por lá e seguiu em comboio para o Riacho Fundo 1, onde passou pelo Regimento de Polícia Montada da Polícia Militar do Distrito Federal. A ação teve a participação de um cadeirante, um cavaleiro, um aluno de ecoterapia e uma amazona, e depois daqui da cerimônia de União das Américas, a tocha segue trajeto até a Esplanada dos Ministérios onde uma festa para celebrar a passagem do fogo olímpico já começou. Apresentações musicais gratuitas estão acontecendo por lá, e a noite termina com show da cantora baiana Daniela Mercury. Ao vivo, Taíssa Dias.

Luciano: E a tocha segue pelo Brasil, são mais de 300 cidades no roteiro do revezamento.

Helen: Na nossa série especial, "No caminho da tocha", nós vamos conhecer hoje um pouco sobre o que o estado de São Paulo está preparando para receber o símbolo olímpico.

Luciano: São Paulo é o penúltimo estado por onde o fogo olímpico vai passar.

Repórter Leonardo Meira: Inaugurado na década de 50 para comemorar os 400 anos de São Paulo, o Ibirapuera é xodó dos paulistanos. O esporte faz parte do dia a dia do parque e também de outro lugar bem pertinho dali. É o complexo desportivo Constâncio Vaz Guimarães. O lugar é usado por atletas de alto rendimento e também recebe jovens que vêm do interior do estado para morar na capital. É o caso da Larissa Peres do Patrocínio, tem 15 anos e saiu no início do ano das casas dos pais.

Entrevistada - Laríssa Peres do Patrocínio: Pensei que ia ser difícil, mas é que estou me adaptando com as meninas, com o técnico. A gente tem um grande apoio.

Repórter Leonardo Meira: O esporte é só uma das mil faces dessa metrópole que anda apressada para o futuro, mas sabe de onde vem. Na capital existem mais de 30 bens culturais tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN. No bairro da Luz, bem no centro, a estação é marca do início da era industrial. E o Museu de Arte de São Paulo, MASP, uma cidade que respira criação, e são esses contrastes que enriquecem a vida paulistana que a tocha olímpica vai encontrar ao passar por ali, como destaca o arquiteto do IPHAN Marcos Carrilho.

Arquiteto do IPHAN - Marcos Carrilho: A partir do século 19 que nós assistimos as grandes transformações da cidade de São Paulo que geraram essa metrópole que nós conhecemos hoje.

Repórter Leonardo Meira: Na área de segurança, o Centro Integrado de Comando e Controle funciona 24 horas, sete dias por semana, foi criado para coordenar as ações de segurança na copa do mundo e hoje é usado para monitorar o dia a dia da cidade. É a partir do centro que vai ser coordenada a passagem da tocha olímpica por 46 municípios paulistas ao longo de 13 dias. A segurança vai ser garantida pelo trabalho conjunto, explica Celso Perioli, que coordena o centro e também o Comitê Estadual de Segurança Pública e Defesa Civil dos jogos olímpicos.

Coordenador do CICC - Celso Perioli: São Paulo não deixa de ser uma das cidades mais importantes do mundo, e a gente vê isso, o turistas vai enxergar isso também, e vai querer, é claro, estar presente aqui para conhecer a cidade, não só a sua gastronomia e outros pontos que são importantes nessa cidade.

Repórter Leonardo Meira: Conhecida pelo histórico de lutas sindicais e também como polo de produção de automóveis, São Bernardo do Campo fica pertinho da capital. É uma das 83 cidades onde a tocha olímpica vai pernoitar. Não é exagero dizer que a cidade é a casa do esporte. A Arena Caixa ajuda a entender o porquê. O complexo inaugurado em 2014 é um dos mais modernos da América Latina. Jéssica Reis, do atletismo, está na briga para participar da primeira olimpíada da carreira. É só elogios para a estrutura de treinamento.

Atleta - Jéssica Reis: Quando saiu essa pista assim foi uma emoção muito grande para todo mundo, porque era uma coisa que a gente esperava e sonhava muito, sabe, com tudo isso.

Repórter Leonardo Meira: Depois de São Paulo, a tocha segue para o Rio de Janeiro. Reportagem: Leonardo Meira.

Luciano: Sete e 16.

Helen: 30 bilhões de reais, esse é o total de recursos que vão ser disponibilizados para a agricultura familiar na Safra 2016, 2017.

Luciano: O plano anunciado hoje prevê juros mais baixos aos produtores, investimentos em assistência técnica e mais apoio à comercialização.

Helen: O repórter Paulo La Salvia vai contar para a gente os detalhes desse plano ao vivo. Boa noite, Paulo.

Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Boa noite Helen, Luciano, ouvintes da Voz do Brasil. É isso mesmo, Helen, vão ser 30 bilhões de reais por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf, com juros de 2,5% ao ano, uma taxa 3% menor do que da Safra anterior. O plano garante também 500 milhões de reais para comercialização dos produtos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA, e coloca em funcionamento a Agência Nacional de Assitência Técnica Rural, que vai apoiar a produção orgânica de 600 mil agricultores assentados da reforma agrária, e junto com o Planto Safra, ocorreu o lançamento do Plano Nacional para a Juventude Rural, pelo qual 30% dos novos lotes da reforma agrária vão ser destinados até 2019 aos agricultores jovens do país. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, destacou o aumento dos recursos para financiar a agricultura familiar e a produção agroecológica nos últimos anos.

Ministro do Desenvolvimento Agrágrio - Patrus Ananias: Nossa intenção é garantir que os alimentos que o povo brasileiro consome diariamente sejam mais baratos, mais acessíveis, mais saudáveis e produzidos de forma sustentável.

Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): A presidenta Dilma Rousseff lembrou os avanços que a agricultura familiar teve no Brasil com apoio do Governo Federal, e ressaltou o papel dos agricultores familiares no país.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Agricultor familiar é um produtor de respeito. É um produtor capaz de fazer a diferença, de gerar emprego, de gerar renda em proporções extremamente estratégicas para o nosso país.

Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): A reforma agrária também vai ganhar impulso com propriedades que vão ser destinadas ao programa pelo Fundo Nacional Anti-drogas, e com a oficialização do Direito dos Acampados Pela Terra no país. Ao vivo, Paulo La Salvia.

Luciano: E pensar a produção desde o plantio até a colheita significa pensar também investimentos para produzir mais e melhor.

Helen: É uma fórmula que para o pequeno produtor significa apostar e sonhar alto, além de contar com aquele empurrãozinho, né?

Luciano: Nós fomos conhecer essa fórmula nas propriedades do seu Idalécio Barbetta, que abandonou a cidade natal em Santa Catarina para investir em um mercado que não era muito explorado aqui na capital do país, a produção de orgânicos.

Repórter Nei Pereira: Cenoura, alface, couve, brócolis, repolho e mais 30 variedades de hortaliças e verduras. E para produzir tudo isso, o trabalho começa cedo nas chácaras do agricultor Idalécio Barbetta. São duas propriedades de dois hectares cada uma na comunidade de Tororó, que fica no Distrito Federal. A produção vem aumentando a cada ano, e para financiar os investimentos, Idalécio conta com o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, o Pronaf. O maior benefício, juros baixos.

Agricultor - Idalécio Barbetta: Porque se fosse depender dos bancos convencionais, é difícil o agricultor pegar um financiamento e pagar quase que o dobro no que equivale ao plano do Pronaf, né? No meu caso eu peguei, o último que eu acionei, eu peguei 127 mil, né? Adquiri uma máquina nova, e pude investir ainda parte dos recursos dentro da propriedade também nova que eu adquiri aqui perto.

Repórter Nei Pereira: Toda produção do Idalécio é de produtos orgânicos. Agora todo processo de produção passou a ser mecanizado. A irrigação é automatizada, e onde não tinha nada, hoje produz toneladas e toneladas de alimentos.

Agricultor - Idalécio Barbetta: Se fosse fazer com recursos próprios, ia demandar muito mais tempo, e assim eu consegui fazer ao longo de um ano, eu fiz uma propriedade que não existia nada em cima, hoje já tá produzindo 35 itens diferentes lá.

Repórter Nei Pereira: Assim como Idalécio, o Pronaf ajuda famílias de todo o país a financiar a produção agrícola. Para a safra 2015/2016, foram quase 29 bilhões de reais e as taxas de juros variam entre meio e 5,5% ao ano. Reportagem: Nei Pereira.

Helen: E durante o lançamento do Plano Safra para Agricultura Familiar, a presidenta Dilma mais uma vez explicou porque não há razões para o pedido de impeachment que tramita no senado.

Luciano: Ela reafirmou que vai lutar contra o processo que pede o seu afastamento.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Eu quero compartilhar com vocês a minha preocupação. De fato, nós vivemos tempos muito estranhos, tempos difíceis. Tempos politicamente conturbados. Nesses tempos, a democracia brasileira sofre um assalto. Nesse processo, eu estou sendo vítima de uma fraude, uma fraude que é um impeachment sem causa. Falar... falar que porque eu fiz no ano de 2015 seis decretos de crédito suplementar e um Plano Safra, nesse Plano Safra, era o Banco do Brasil que emprestava dinheiro para o Tesouro e não vice-versa, é uma inverdade. É uma mentira, mas uma mentira absolutamente contra a experiência histórica do Brasil.

Luciano: Sete e 22.

Helen: A comissão especial do Senado que discute o processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff ouve três convidados indicados pelo governo.

Luciano: Ao vivo do Senado, o repórter Ricardo Carandina tem mais informações. Boa noite, Carandina.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): Olá, Luciano. Muito boa noite a você, à Helen e aos ouvintes da Voz do Brasil. Olha, a reunião começou perto das dez e meia da manhã e os debates ainda não terminaram na comissão. O professor de direito Ricardo Lodi Ribeiro disse que mesmo eventuais irregularidades na prestação de contas não são necessariamente atos ilícitos ou crimes.

Professor de Direito da UERJ- Ricardo Lodi Ribeiro: Nós temos que distinguir o que que é prestação de contas da Presidência da República e crime de responsabilidade. Na verdade, fato é que nós podemos ter a rejeição das contas da Presidência da República, porque ela responde por toda administração federal, sem que nenhum ato por ela praticado possa ser inquinado de ilícito.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): E o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcello Lavenère, afirmou que não existe crime que justifique o afastamento da presidenta.

Ex-presidente da OAB - Ricardo Lavenère: Neste caso agora não há crime nenhum a justificar o afastamento da presidenta da república, e se não há, por que é que estamos aqui discutindo esse impeachment? Porque diferentemente do que aconteceu com Collor, em que esse, o pedido de impeachment surgiu a partir de uma denúncia espontânea, nova, que ninguém esperava, do seu próprio irmão, aqui nós estamos diante de uma manobra urdida muito tempo antes do começo desse impeachment. Vossas Excelências sabem, senhores senadores, de que houve um inconformismo, senhoras senadoras, muito grande com o resultado das eleições.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): O parecer do relator da comissão do Senado vai ser apresentado amanhã e votado pelos senadores que fazem parte da comissão na sexta-feira. Ao vivo, Ricardo Carandina.

Helen: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Luciano: Fogo olímpico está em solo brasileiro e a Voz do Brasil começa viagem junto com a tocha, que vai passar por mais de 300 cidades em todo país.

Helen: E ao receber a tocha olímpica, presidenta Dilma afirma que o país está pronto para realizar os melhores jogos da história.

Luciano: 30 bilhões de reais, juros mais baixos e investimentos em assistência técnica, lançado hoje Plano Safra da Agricultura Familiar.

Helen: E no Senado, juristas defendem o mandato da presidenta Dilma, e afirmam que não há crime para impeachment.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Helen: Produção: EBC Serviços.

Luciano: Quer saber mais sobre o Governo Federal? Assista a TV NBR e acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.

Helen: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite para você e até amanhã.