03/12/2013 - A Voz do Brasil

A idade e o tempo de contribuição para aposentadoria vão ser menores para pessoas com deficiência. Decreto regulamentando lei foi assinado hoje (3) pela presidenta Dilma Rousseff. Na próxima semana, profissionais do programa Mais Médicos começam a trabalhar em aldeias. Mais de 200 mil índios podem ser beneficiados. A revisão cadastral do programa Bolsa Família deve ser feita a cada dois anos. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está convocando, por meio de cartas, todos os beneficiários que não fizeram nenhuma atualização de dados no Cadastro Único desde 31 de dezembro de 2010. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

03/12/2013 - A Voz do Brasil

A idade e o tempo de contribuição para aposentadoria vão ser menores para pessoas com deficiência. Decreto regulamentando lei foi assinado hoje (3) pela presidenta Dilma Rousseff. Na próxima semana, profissionais do programa Mais Médicos começam a trabalhar em aldeias. Mais de 200 mil índios podem ser beneficiados. A revisão cadastral do programa Bolsa Família deve ser feita a cada dois anos. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) está convocando, por meio de cartas, todos os beneficiários que não fizeram nenhuma atualização de dados no Cadastro Único desde 31 de dezembro de 2010. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

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Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Gláucia Gomes: Idade e tempo de contribuição para aposentadoria vão ser menores para pessoas com deficiência.

Apresentador Luciano Seixas: Na próxima semana, profissionais do "Mais Médicos" começam a trabalhar em aldeias. Mais de 200 mil índios podem ser beneficiados.

Gláucia: Beneficiário do Bolsa-Família deve ficar atento: o prazo para recadastramento termina dia 13 de dezembro.

Luciano: Terça-feira, 3 de dezembro de 2013.

Gláucia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Gláucia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Gláucia Gomes.

Gláucia: Olá, boa noite! Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet. E daqui a pouco você vai poder acompanhar a participação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, aqui no estúdio da Voz do Brasil.

Luciano: Então acesse agora www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Gláucia: O Brasil tem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, segundo dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

Luciano: E hoje, quando se comemora o Dia Internacional de Luta de Pessoas com Deficiência, essa parte da população conquistou o direito de se aposentar com menor idade e tempo de contribuição.

Repórter Eduardo Biagini (Brasília-DF): O assistente administrativo Alexandre Magno convive com uma paralisia na perna direita, sequela de um traumatismo craniano. Por conta dela, têm dificuldades para andar. Mas a deficiência não o impediu de trabalhar e há 10 anos Alexandre está no mercado de trabalho. O assistente afirma que nunca teve um tratamento diferente por causa de sua deficiência.

Assistente Administrativo - Alexandre Magno: Nunca senti dificuldade para arrumar emprego, nunca tive dificuldade nenhuma para viver o meu dia a dia. Eu faço tudo, não me atrapalha de nada.

Repórter Eduardo Biagini (Brasília-DF): Alexandre faz parte dos cerca de 325 mil brasileiros com deficiência que trabalham com carteira assinada e que agora têm a possibilidade de se aposentar mais cedo e com menor tempo de contribuição. Em cerimônia no Palácio do Planalto nessa terça-feira, a presidenta Dilma Rousseff assinou um decreto que regulamenta a lei que assegura condições especiais para a aposentadoria do trabalhador com deficiência. Esta lei havia sido sancionada em maio deste ano. Para a presidenta Dilma, o decreto é mais que uma garantia previdenciária.

Presidenta Dilma Rousseff: Nós regulamentamos, através de decreto, uma lei que é um compromisso que nós temos no que se refere às ações e às políticas em favor da cidadania plena, da autonomia, da capacidade de viver com qualidade de milhões de brasileiros e brasileiras que são pessoas com deficiência. Isso significa um passo bastante importante nesse momento que nós estamos tratando de uma questão como é do direito ao descanso depois de uma vida de trabalho.

Repórter Eduardo Biagini (Brasília-DF): O decreto especifica os critérios para o tempo de contribuição para a aposentadoria, que poderá ser reduzido em até 10 anos, conforme o grau de deficiência. Para deficiência grave, o tempo será de 25 anos de contribuição para homens e 20 anos para mulheres. Para deficiência moderada, de 29 anos para homens e 24 para mulheres. E para deficiência leve, a contribuição será de 33 anos para homens e 28 anos para mulheres. Já no caso de aposentadoria por idade, ela será aos 60 anos de idade para homens e 55 anos de idade para mulheres, desde que cumprido o tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. Ainda de acordo com o decreto, o segurado deve passar por um processo de avaliação, que vai comprovar a existência e o grau da deficiência. Com a colaboração de Mara Kenupp, de Brasília, Eduardo Biagini.

Gláucia: Setenta e quatro centros especializados em reabilitação serão habilitados. Também serão financiados a construção de 88 novas unidades. O anúncio foi feito hoje, em São Paulo, pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Luciano: O ministro Padilha também anunciou a habilitação e construção de 37 oficinas ortopédicas, entrega de 88 veículos adaptados e recursos para aquisição de equipamentos, reformas e ampliações de serviços já existentes.

Gláucia: A ideia é ampliar o acesso do brasileiro com deficiência. O investimento total vai ser de R$ 546 milhões.

Luciano: A revisão do cadastro do Programa Bolsa-Família deve ser feita a cada dois anos. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome está convocando, por meio de cartas, todos os beneficiários que não fizeram nenhuma atualização de dados do Cadastro Único desde 31 de dezembro de 2010.

Gláucia: Ao vivo, aqui no estúdio, a ministra Tereza Campello. Boa noite, ministra.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello (ao vivo): Boa noite, boa noite ouvintes. É uma alegria estar aqui de novo falando do Bolsa-Família e a melhor forma da gente falar com o nosso beneficiário é através da Voz do Brasil. Obrigado pela oportunidade.

Gláucia: Ministra, o que é o processo de revisão cadastral e qual a importância dessa atualização para o programa?

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello (ao vivo): Bom, a cada dois anos todos os beneficiários do Bolsa-Família têm que atualizar o cadastro. Por quê? Porque essa família pode ter mudado de endereço, pode ter mudado o telefone, pode ter mais pessoas morando com a família, pode ter nascido uma criança, quer dizer, pode ter mudado a situação da família e pode ter mudado inclusive a sua renda. Então nós convocamos todos os beneficiários, isso não acontece todo ano para todo mundo, a cada dois anos os beneficiários têm que se recadastrar. E isso para nós é superimportante para conhecer a situação do beneficiário e para ele também se manter em contato com a gente.

Luciano: E o que o beneficiário precisa levar para fazer o recadastramento, ministra?

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello (ao vivo): A coisa mais importante é levar um documento com foto, certo? Quem é o titular do cartão, esse tem que levar um documento com foto, de preferência levar o CPF, outros documentos que ele tenha na mão. Esses dois ele tem que levar. Agora se puder levar também... Tem que levar o comprovante de endereço. Se puder levar documentos de outras pessoas da família, onde a criança está matriculada para a gente confirmar se a informação que nós temos sobre a escola está correta, e nós estamos pedindo também para aqueles que têm telefone, que têm telefone celular, não é obrigado a dar essa informação, mas essa é uma informação importante para a gente. Por quê? Porque a gente pode se comunicar em outras oportunidades com o beneficiário. Então se for no Cras, aqueles que vão agora atualizar o seu cadastro, e puder, leva também o número de telefone.

Gláucia: Ministra, eu queria que a senhora deixasse um recado para que as famílias pudessem se cadastrar para não perder o benefício ou para não ter esse benefício bloqueado.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello (ao vivo): Olha, a primeira coisa. Todo mundo... A gente está mandando carta para todo mundo, como o Luciano disse. Nós informamos os nossos beneficiários através do extrato bancário, estamos com uma vasta campanha de rádio, então você já deve ter escutado na rádio esse chamamento, e mandamos uma cartinha para cada beneficiário que está em fase de atualização cadastral. Quem não recebeu a cartinha, tiver alguma dúvida, liga no nosso 0800: 0800-7072003. Não é para ir no Cras todo mundo, não é para ir na prefeitura todo mundo, porque tem muita gente que não tem que fazer a atualização cadastral. Quem recebeu a cartinha e já foi no Cras no último período ou já foi na prefeitura, que teve gente que foi a semana passada, não precisa se preocupar. Já fez a atualização, recebeu a cartinha, fica tranquilo que o seu Bolsa-Família está garantido. Mas quem recebeu a carta e ainda não fez a atualização cadastral tem que procurar a prefeitura até o dia 13, que é sexta-feira da semana que vem. Isso é muito importante. Eu queria aproveitar e fazer um chamamento para os nossos gestores municipais, que são os servidores da prefeitura, que nos ajudam no cadastramento, para que estejam atentos. Nós vamos ter um período agora, faltam só duas semanas, eu queria pedir uma atenção especial, a colaboração de todo mundo, e para os beneficiários que precisam atualizar o cadastro, nós queremos que todo mundo que tem direito mantenha o seu benefício. Vá a um Cras, vá à prefeitura e atualize o seu cadastro.

Luciano: Repetindo o telefone: 0800-7072003. Não é isso, ministra?

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello (ao vivo): Isso mesmo, Luciano.

Luciano: Muito obrigado pela sua presença ao vivo, aqui na Voz do Brasil, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello (ao vivo): Obrigado vocês. Boa noite, compareçam à prefeitura e atualizem o cadastro.

Gláucia: Sete e nove, no horário brasileiro de verão.

Luciano: A rodovia BR 280, no Estado de Santa Catarina, vai ser duplicada. A obra vai facilitar o acesso ao porto de São Francisco do Sul e beneficiar os municípios da região norte do estado.

Gláucia: A duplicação vai ter investimentos do governo federal de quase R$ 1 bilhão.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Uma reivindicação de duas décadas de Santa Catarina começa a virar realidade. A rodovia BR 280, no norte do estado, vai ser duplicada. A ordem de serviço foi assinada no Palácio do Planalto nesta terça-feira. Vão ser duplicidades quase 75 quilômetros entre os municípios de Jaraguá do Sul e São Francisco do Sul. O investimento na duplicação da BR 280 é de R$ 972 milhões. O ministro dos Transportes, César Borges, apontou os benefícios com a duplicação.

Ministro dos Transportes - César Borges: É uma estrada importante para a economia de Santa Catarina, que vai dar mais segurança aos usuários, vai desafogar o tráfego, vai permitir o acesso a esse importante porto de São Francisco do Sul.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A presidenta Dilma Rousseff pediu agilidade para a construção total da obra.

Presidenta Dilma Rousseff: Eu estive em Santa Catarina a semana passada e lá em Santa Catarina eu participei, junto com o governador Colombo, de um momento especial para o porto de São Francisco do Sul. Nós ampliamos a movimentação de cargas no porto. E ao produzir essa movimentação de cargas, nada mais justo do que se avalie e se olhe a questão do acesso ao porto. E, hoje, o que nós estamos fazendo aqui com a duplicação da BR 280 é justamente ampliar o acesso ao porto. Por isso, podem ter certeza que nós estaremos sempre de olho nessa rodovia para ver com que as obras se desenrolem o mais rápido possível, mesmo considerando a complexidade de algumas.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A duplicação da BR 280, em Santa Catarina, vai contar ainda com 31 viadutos, quatro pontes e dois túneis. A previsão é que a obra esteja concluída em 2016. De Brasília, Paulo La Salvia.

Luciano: Mais de 49 profissionais do Programa Mais Médicos começam a atender populações indígenas na semana que vem.

Gláucia: Com isso, já são 124 novos médicos reforçando o atendimento aos indígenas no país.

Luciano: A saúde indígena é o tema de uma conferência que começou nesta segunda-feira e vai até sexta, aqui em Brasília.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): São mais de 305 povos. A população indígena no país é de quase 900 mil pessoas, de acordo com dados do IBGE. Esta é a 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, que reúne representantes de todo o país para discutir como melhorar o atendimento a essa população. Jocenir Unikui veio do Acre para participar.

Indígena - Jocenir Unikui: Nós, povo indígena, não somos técnicos, somos costumes tradicionais, mas a tecnologia hoje, como o médico, ela é uma figura importante para a comunidade. É por isso que estamos aqui em Brasília reivindicando para a comunidade uma melhoria da saúde do nosso povo.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Em 2010 foi criada a Secretaria Especial de Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde. A criação da pasta foi uma demanda das conferências anteriores e, em dois anos e meio, o orçamento da Secretaria aumentou mais de 90%, chegando a R$ 920 milhões, como explica Antonio Alves de Souza, da Secretaria Especial de Saúde Indígena.

Secretário da Secretaria Especial de Saúde Indígena - Antonio Alves de Souza: Eles consideram hoje uma das maiores conquistas do subsistema de atenção à saúde indígena a criação da Sesai. Por quê? No âmbito do Ministério, junto com as demais Secretarias que têm a incumbência de definir políticas para os povos, o povo brasileiro de uma forma geral, estamos lá como Sesai compartilhando ideias, reivindicações e recebendo o apoio dessas Secretarias que cuidam da urgência e da emergência, que cuidam do medicamento, da assistência farmacêutica, que cuidam da gestão participativa.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Atualmente, 16 mil trabalhadores de saúde atendem a população indígena, entre médicos, enfermeiros, dentistas e agentes sanitários, com atendimentos de atenção básica de saúde. Setenta e cinco profissionais do Programa Mais Médicos já atuam nas aldeias e, a partir da próxima semana, outros 49 vão reforçar o atendimento em 16 distritos sanitários especiais indígenas. Com isso, o Programa Mais Médicos vai beneficiar mais de 200 mil indígenas. A Conferência Nacional de Saúde Indígena segue até esta sexta-feira. De Brasília, Priscila Machado.

Gláucia: Quarenta e dois municípios foram pré-selecionados para a implantação de cursos de medicina por instituições privadas.

Luciano: Foram selecionados municípios dos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Gláucia: A partir de agora, os municípios vão receber a visita da comissão de especialistas para verificar a estrutura de equipamentos públicos e os programas de saúde existentes no município, conforme o projeto apresentado na pré-seleção.

Luciano: Caso o município não tenha sido pré-selecionado, o prazo para recurso é de cinco dias. A portaria do Ministério da Educação foi publicada hoje, no Diário Oficial da União.

Gláucia: Nos nove primeiros meses desse ano, o Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, teve um crescimento de 2,4%, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Luciano: Já nos últimos 12 meses o PIB registrou um crescimento de 2,3%. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE.

Repórter Leonardo Meira (São Paulo-SP): O Produto Interno Bruto, PIB, aumentou 2,4% de janeiro a setembro deste ano, em comparação com o mês mesmo período do ano passado. Um dos destaques, segundo a pesquisa do IBGE, é a agropecuária, que cresceu 8,1%. Já a indústria teve aumento de 1,2%, enquanto o setor de serviços teve um incremento de 2,1%. Em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou os resultados.

Ministro da Fazenda - Guido Mantega: É um crescimento maior do que do ano passado. O crescimento do PIB do ano passado foi revisto de 0,9% para 1% e este ano nós estaremos crescendo mais do que o ano passado. Portanto, a economia brasileira está numa trajetória de crescimento gradual.

Repórter Leonardo Meira (São Paulo-SP): Os dados do IBGE mostram aumento no consumo das famílias, que representa 60% do Produto Interno Bruto. O crescimento foi de 2,3% entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período de 2012. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o aumento neste consumo deve contribuir para um PIB maior.

Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Como caiu a inadimplência e o comprometimento da renda, a tendência é que o crédito vá voltando. Com a volta do crédito você vai ter um aumento do consumo das famílias e isto vai melhorar o resultado do serviço. Portanto, com essa recuperação você tende a ter um PIB maior.

Repórter Leonardo Meira (São Paulo-SP): O PIB apresentou queda de 0,5% do segundo para o terceiro trimestre de 2013, mas na comparação com o terceiro trimestre do ano passado houve aumento de 2,2%. Entre julho e setembro desse ano, o PIB brasileiro somou mais de R$ 1,2 bilhão. Desse total, o governo usou 19% para investimentos no país. De São Paulo, Leonardo Meira.

Luciano: Sete e dezessete, no horário brasileiro de verão.

Gláucia: Uma avaliação internacional, feita com estudantes de 65 países, constatou que o Brasil foi o que mais avançou no desempenho em matemática desde 2003.

Luciano: A pesquisa, divulgada hoje, faz parte do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, Pisa, na sigla em inglês.

Repórter Ana Gabriela Sales (Brasília-DF): O desempenho dos estudantes brasileiros de 15 anos em matemática saltou de 356 pontos, em 2003, para 391, em 2012. O resultado coloca o Brasil em primeiro lugar no avanço da pontuação. Países como França e Canadá tiveram redução no desempenho dos estudantes no período. De acordo com a pesquisa da OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, melhorias no sistema educacional e nas condições econômicas, sociais e culturais dos estudantes do Brasil contribuíram para o resultado. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, atribui a evolução a iniciativas como a Olimpíada da Matemática, que estimula o aprendizado dos alunos.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: São mais de 20 milhões de estudantes que participam, é a maior Olimpíada de Matemática no mundo, e seguramente esse entusiasmo, esse estímulo, gerou um avanço que é esse: nós fomos o país que mais melhorou em matemática. Seguramente a Olimpíada foi fundamental.

Repórter Ana Gabriela Sales (Brasília-DF): Os dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes apontam ainda que o Brasil foi o segundo país que mais incluiu alunos nas escolas, atrás apenas da Indonésia. Foram 420 mil matrículas a mais no ensino médio entre 2003 e 2012. No estudo da OCDE, o Brasil também foi o que mais avançou no investimento em educação de 2000 a 2010. Para o ministro da Educação, o resultado demonstra o esforço do país em promover a inclusão dos alunos, mesmo com menos recursos que os países mais ricos.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: Nós somos um país que a riqueza por habitantes é menos de 1/3 dos países que nós estamos aí nessa amostra. E, portanto, o que nós investimos em educação, apesar de ser o estado que mais investe, é 28% do que eles investem em média. Apesar disso, nós somos o país que mais avançou em matemática, que é o foco da análise desse ano, nos últimos 10 anos.

Repórter Ana Gabriela Sales (Brasília-DF): O Pisa avalia 65 países e territórios a cada três anos nas áreas de leitura, matemática e ciências. O foco da edição de 2012 foi a matemática. O melhor desempenho na disciplina foi de Xangai, na China. No Brasil, que ficou na posição nº 58, quase 20 mil alunos de escolas públicas e privadas participaram da avaliação. De Brasília, Ana Gabriela Sales.

Gláucia: O Brasil ainda tem cerca de 300 mil professores da educação básica que não possuem curso superior.

Luciano: E para diminuir esse número, o governo federal desenvolve, desde 2009, o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, Parfor.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Ana Angélica Paixão é professora da educação básica e desde que terminou o antigo magistério está em sala de aula, há 18 anos. Agora, voltou aos bancos da escola como aluna. Ela está fazendo licenciatura no curso de formação do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, o Parfor, e já está cheia de expectativa.

Professora - Ana Angélica Paixão: A mudança é completa, né, do que a gente vem fazendo até hoje, porque a experiência desse curso em relação à base teórica vem realmente a fortalecer os nossos ganhos futuros.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O grande desafio do Parfor é formar e atualizar esses professores para que a escola fique atrativa e consiga segurar esses estudantes em sala de aula. O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, que foi criado em 2009, é conduzido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, e tem hoje cerca de 58 mil professores em formação, De acordo com a coordenadora-geral de formação de professores do ensino básico da Capes, Carmem Moreira, para 2014 serão oferecidas quase 40 mil vagas.

Coordenadora-Feral de Formação de Professores do Ensino Básico da Capes - Carmem Moreira: Nós temos hoje no Brasil cerca de 300 mil professores que atuam na rede pública e ainda não têm a formação superior. E temos um convite a todos vocês, professores, que ainda não se formaram, para que entram na Plataforma Freire e conheçam o Parfor, porque nós temos hoje uma oferta de quase 40 mil vagas em 95 instituições de ensino superior em todo o Brasil.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Para participar do programa, o educador precisa estar no exercício da atividade, vinculada a uma rede pública estadual, municipal ou do Distrito Federal, e não ter curso de licenciatura. A pré-inscrição dos educadores vai até o dia 13 de janeiro de 2014. O curso começa no segundo semestre do ano que vem. Mais informações sobre o Parfor na página da Capes, na www.capes.gov.br. De Brasília, Cleide Lopes.

Gláucia: Hoje é o Dia Nacional de Combate à Pirataria, e para comemorar a data a Receita Federal vai realizar durante toda essa semana mutirões de destruição de produtos falsificados.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Produtos impróprios para o consumo ou que não atendam às normas da Vigilância Sanitária e da Defesa Agropecuária são o alvo do mutirão da Receita Federal. Até o fim desta semana serão destruídas 5.500 toneladas de produtos, o equivalente a R$ 280 milhões. O material vem de apreensões realizadas em atividades de combate ao contrabando, descaminho e outras práticas ilegais, como explica o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto.

Secretário da Receita Federal - Carlos Alberto Freitas Barreto: Nós estamos destruindo CDs e DVDs piratas. Temos muitos falsificados em termos de brinquedos, pilhas, isqueiros, relógios. Tem também apreensão de agrotóxico, que são, portanto, objeto de destruição, produtos químicos, entre outros produtos condenados por não atender às normas de Vigilância Sanitária ou Defesa Agropecuária.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Além da destruição, há outras destinações para os produtos aprendidos. Trinta e cinco por cento do material é doado para entidades sem fins lucrativos ou a prefeituras de pequeno porte, 15% dos produtos são leiloados e os recursos são destinados para a Seguridade Social e para o Tesouro Nacional. Outros 15% são incorporados a órgãos públicos e 35% dos produtos são destruídos. Segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Freitas Barreto, os processos beneficiam a sociedade e protegem a indústria nacional.

Secretário da Receita Federal - Carlos Alberto Freitas Barreto: O ganho aí para a sociedade é enorme, vocês tenham certeza, que nós estamos evitando que tenhamos aí o ingresso no mercado nacional de bens e mercadorias prejudiciais à saúde. E, principalmente, assegurando que as nossas indústrias tenham o seu mercado preservado e, portanto, preservando também emprego e geração de renda.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Ainda segundo o secretário, resíduos de materiais destruídos também são reaproveitados. Bebidas alcoólicas, por exemplo, são transformadas em álcool em gel, pneus são usados na fabricação de cimento e os cigarros são usados na produção de adubos. De Brasília, Carolina Becker.

Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Gláucia: Idade e tempo de contribuição para aposentadoria vão ser menores para pessoas com deficiência.

Luciano: Na próxima semana, profissionais do "Mais Médicos" começam a trabalhar em aldeias.

Gláucia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Voltamos amanhã. Boa noite!

Gláucia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.