04/03/2016 - A Voz do Brasil

Apresentadora Helen Bernardes: Presidenta Dilma critica vazamentos de investigações e esclarece fatos de suposta delação do senador Delcídio do Amaral.

Apresentador Luciano Seixas: Em pronunciamento a Presidenta também critica medidas adotadas pela Justiça Federal no Paraná.

Helen: E o combate ao Aedes avança, 59 milhões de casas foram visitadas pelos agentes de saúde, isso significa 90% das residências do país.

Luciano: Mais uma forma de produzir energia. Brasil lança projeto inédito no mundo de geração solar em hidrelétricas.

Helen: Sexta-feira, 4 de março de 2016.

Luciano: Está no ar a sua voz.

Helen: A nossa voz.

Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.

Helen: Olá, boa noite. Acompanhe a Voz do Brasil do Poder Executivo, ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Helen: A gente começa a Voz do Brasil hoje com a nota oficial da Presidenta Dilma Rousseff em relação às medidas decididas pela Justiça Federal a pedido do Ministério Público e executadas hoje pela Polícia Federal.

Luciano: Dilma afirma que sempre garantiu autonomia dos órgãos responsáveis por investigações de atos de improbidade e de corrupção, mas sempre exigiu o respeito à lei e aos direitos de todos os investigados.

Helen: Para a Presidenta, neste momento é necessário ponderar que todos os agentes públicos, independentemente do poder em que atuam, devem ter profundo senso de responsabilidade em relação ao cumprimento das competências constitucionais.

Luciano: Para Dilma é necessário que as investigações prossigam para a final punição de quem deve ser punido.

Helen: Na nota a Presidenta afirma ainda que vazamentos ilegais, pré-julgamentos antes do exercício do contraditório e da ampla defesa não contribuem para a busca de verdade, eles apenas servem para animar a intolerância e retóricas antidemocráticas.

Luciano: E a Presidenta Dilma Rousseff também falou hoje à tarde. Nós vamos agora ao vivo ao Palácio do Planalto com o repórter Ricardo Carandina, que acompanhou. Boa noite, Carandina.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): Olá, Luciano, boa noite a ouvinte. Exato, a Presidenta Dilma Rousseff fez um pronunciamento em que falou sobre as medidas adotadas hoje pela Justiça Federal na Operação Lava Jato.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Eu quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo com o fato de o ex-Presidente Lula, Luiz Inácio Lula da Silva, que por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar esclarecimentos perante às autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar mais um outro depoimento.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): A Presidenta também comentou reportagem publicada ontem que afirma que em uma suposta delação premiada o senador Delcídio do Amaral teria feito acusações ao governo. A Presidenta rebateu as afirmações atribuídas ao senador e criticou o vazamento de informações da Justiça pela imprensa.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Eu quero também manifestar não só meu inconformismo com o vazamento ilegal dos termos de uma hipotética delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral. Manifesto minha indignação com os termos das denúncias que teriam sido firmados nesta delação. Em 2014, eu quero lembrar aos senhores, que o prestei informação detalhadas à Procuradoria-Geral da República a respeito dos fatos relativos à aquisição da Refinaria de Pasadena pela Petrobras. Essas informações foram exaustivas e embasadas em atas de reunião do Conselho de Administração da Petrobras. Com base nesses documentos que nós enviamos à Procuradoria, o Sr. Procurador-geral da República, Dr. Rodrigo Janot, determinou o arquivamento da investigação afirmando taxativamente que: "Não é possível imputar o cometimento de delito de nenhuma espécie aos membros do Conselho de Administração".

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): A Presidenta Dilma também rebateu a informação de que teria interfiro no Poder Judiciário.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Também nessa hipotética delação o senador Delcídio do Amaral teria afirmado que meu governo teria feito gestões junto ao Poder Judiciário para mudar os rumos da Operação Lava Jato. Em nota o presidente da Suprema Corte desmentiu essa absurda versão. Na mesma linha, teria o senador Delcídio do Amaral afirmado que diretamente eu teria tentado negociar de forma imoral a nomeação de ministros do STJ para conseguir a libertação de investigados que se encontravam presos preventivamente. Eu quero declarar que jamais falei com o senador a esse respeito, aliás, do ponto de vista institucional não teria nenhuma razão de pedir a um senador para conversar com um juiz. O ministro Marcelo Navarro, o presidente do STJ Francisco Falcão, os desembargadores Newton Trisotto e Nelson Schaefer negaram peremptoriamente a existência de quaisquer tratativas do governo a respeito.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): A Presidenta também contestou a informação, igualmente atribuída ao senador Delcídio, de que teria havido interferência indevida na CPI dos bingos em 2006 com o objetivo de proteger da primeira candidatura dela à Presidência da República em 2010.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Esta afirmação não precisa de testemunhos para ser desmentida, ela se desmente pela própria temporalidade, pelos fatos, os dados, o tempo. A CPI dos bingos teve início em 29 de junho de 2005, e foi encerrada em 20 de junho de 2006, ou seja, ela foi aberta praticamente a uma semana da minha posse como ministra-chefe da Casa Civil e distante quatro anos da minha indicação à Presidência da República.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): Por fim, a Presidenta lamentou as afirmações atribuídas ao senador Delcídio, que ela classificou como ataque pessoal e ao governo motivado por vingança.

Presidente da República - Dilma Rousseff: Acredito ser lamentável que ocorra ilegalmente o vazamento de uma hipotética delação premiada que, se chegou a ser feita, teve como motivo único a tentativa de atingir a minha pessoa e o meu governo, provavelmente pelo desejo de vingança, pelo imoral e mesquinho desejo de vingança e de retaliação de quem não defendeu quem não poderia ser defendido pelos atos que praticou.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): A Presidenta fez a declaração acompanhada de 12 ministros. Ao vivo, Ricardo Carandina.

Helen: E a Presidenta recebeu hoje governadores e representantes de prefeitos no Palácio do Planalto.

Luciano: E uma carta, a Confederação Nacional dos Municípios fez uma série de reivindicações e apoiou medidas de ajuste fiscal do governo.

Helen: Os prefeitos defendem, por exemplo, debates sobre a reforma da Previdência e a recriação da CPMF, a Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira com a partilha da alíquota para estados e municípios.

Luciano: Sete e nove.

Helen: Mais de 59 milhões de residências já foram visitadas em todos o país pelas equipes que combatem a mosquito Aedes aegypti.

Luciano: E a mobilização vai continuar intensa nos próximos quatro meses, período considerado de grande reprodução do mosquito transmissor da Dengue, febre Chikungunya e Zika vírus.

Repórter Rafael Gasparoto: De acordo com o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira, a primeira fase da Mobilização Nacional de Combate ao Aedes aegypti já visitou quase 90% de todos os imóveis brasileiros entre os primeiros dias de janeiro e 29 de fevereiro.

Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Neilton Oliveira: Nós alcançamos 59... mais de 59 milhões de imóveis visitados, dos quais 48 milhões e 200 mil foram inspecionados, vistoriados e onde foi necessário houve destruição dos criadouros do mosquito.

Repórter Rafael Gasparoto: Durante as visitas, 1 milhão e 600 mil imóveis tinham focos do Aedes aegypti, o que representa pouco mais de 3% dos locais vistoriados. Dez estados superaram suas metas de visitação. Proporcionalmente, Pernambuco realizou o maior número de visitas, seguido por Rondônia e Mato Grosso do Sul. Em números absolutos Minas Gerais registrou o maior número de inspeções, com quase 8 milhões de vistorias. O secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira, explica quais serão as próximas etapas da mobilização.

Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Neilton Oliveira: Até junho a gente vai fazer o segundo, terceiro e quarto ciclo das visitas aos imóveis. Então, nós queremos chegar a este final com menos tenho um 1% dos imóveis de todo o país com a presença do Aedes aegypti.

Repórter Rafael Gasparoto: Mais informações sobre mobilizações e formas de se prevenir do Aedes aegypti podem ser consultadas em: www.combateaedes.saude.gov.br. Reportagem, Rafael Gasparoto.

Helen: E em duas comunidades do Rio de Janeiro a maior parte dos mosquitos Aedes aegypti não transmite doenças.

Luciano: Isso mesmo, nada de Dengue, febre Chikungunya, Zika vírus e febre amarela.

Helen: Isso é possível porque uma pesquisa da Fundação Instituto Oswaldo Cruz está modificando o mosquito com uma bactéria. Saiba agora como é funciona essa pesquisa que pode ser ampliada para todo o país.

Repórter Carolina Rocha: A pesquisa estuda a reprodução de mosquitos infectados pela bactéria wolbachia, que bloqueia a transmissão dos vírus da Dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela. O trabalho foi desenvolvido na Austrália e chegou ao Brasil em 2011, quando o país entrou para o projeto internacional Erradicar a Dengue. E o cruzamento da mosquitos brasileiros e australianos apresentou resultados, como explica o especifico dor da Fiocruz, Luciano Moreira.

Pesquisador da Fiocruz - Luciano Moreira: Vimos também que a wolbachia no mosquito brasileiro também bloqueia os vírus que circulam aqui, e a partir do momento que a gente teve todas as informações a gente foi para campo.

Repórter Carolina Rocha: Para aumentar a população de Aedes aegypti que não transmite doenças foi preciso o apoio da comunidade. A agente de saúde de Jurujuba, no Rio de Janeiro, Bárbara Lima, ajudou a conquistar o apoio da população.

Agente de saúde - Bárbara Lima: Quando eles deram a palestra e explicaram o que eles iam fazer eu, assim, consegui aceitar porque eu aprendi como que ia ser, eu vi todo o processo que eles têm.

Repórter Carolina Rocha: Foram soltos mosquitos adultos e espalhados 130 dispositivos contendo ovos do Aedes aegypti com a bactéria nas casas dos moradores. E depois de 30 semanas 80% dos mosquitos encontrados nos bairros já registram a presença da bactéria no organismo, ou seja, não transmitem doenças. O resultado obtido foi considerado um sucesso, como afirma o pesquisador Luciano Moreira, da Fiocruz.

Pesquisador da Fiocruz - Luciano Moreira: Está mostrando que é um sucesso, não é, deu certo. E agora o próximo passo seria para a gente fazer uma expansão do projeto. A gente já está em negociações, conversas com o Ministério da Saúde que é nosso financiador desde o início e também financiadores do exterior para tentar ver a possibilidade de expansão.

Repórter Carolina Rocha: A bactéria wolbachia é encontrada naturalmente em metade dos insetos do mundo, incluindo nos mosquitos do tipo culex, os famosos pernilongos. Segundo os pesquisadores, a bactéria não causa danos ao meio ambiente e nem aos seres humanos. Reportagem, Carolina Rocha.

Luciano: O Brasil conta a partir de hoje com um projeto inovador para produzir energia.

Helen: Instalar captadores de energia solar em cima de lagos de hidrelétricas.

Luciano: A iniciativa foi lançada hoje na Usina de Balbina, a pouco mais de 200 quilômetros do Manaus, no Amazonas.

Helen: De acordo com o Ministério de Minas e Energia, é o primeiro projeto desse tipo do mundo.

Luciano: O repórter Paulo La Salvia acompanhou esse lançamento e conta como isso vai funcionar.

Repórter Paulo La Salvia: O projeto vai funcionar da seguinte forma, a radiação do sol vai captada por placas e transferida por cabos até o centro de eletricidade, que depois é conectado a linhas de transmissão do sistema interligado nacional responsável distribuição de energia no país. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, esteve no lançamento do projeto e explicou que a ideia é aproveitar os reservatórios das usinas para produzir energia solar associada à hidráulica, a partir da água, e no futuro realizar leilões para contratar essa produção em maior escala.

Ministro de Minas e Energia - Eduardo Braga: É um projeto de geração híbrida que utiliza a capacidade dos reservatórios das nossas hidrelétricas, utiliza a nossa infraestrutura ociosa em subestação e linha de transmissão existentes fazendo com que nós tenhamos eficiência enérgica, segurança enérgica, melhor gestão hídrica dentro dos nossos reservatórios, e, ao mesmo tempo, baratear a energia para que a tarifa de energia elétrica seja mais barata em nosso país.

Repórter Paulo La Salvia: Outro projeto de geração da energia solar igual ao da hidrelétrica de Balbina entra em operação na Usina de Sobradinho, na Bahia, ainda neste mês. Os investimentos do Governo Federal nas duas iniciativas somam R$100 milhões. De Manaus, no Amazonas, Paulo La Salvia.

"Olimpíadas 2016 - Somos todos Brasil".

Helen: Embora os homens sejam maioria entre os atletas que participam das Olimpíadas, você sabia que duas modalidades olímpicas são exclusivamente disputadas por nós, mulheres? São elas a ginástica rítmica e o nado sincronizado.

Luciano: Nesta semana o Rio de Janeiro recebe um evento teste do nado sincronizado, um verdadeiro balé realizado na água.

Helen: É, e o evento é para valer, hein, tem vaga para as Olimpíadas em disputa.

Luciano: O Brasil, por ser país-sede, já está garantido nas duas categorias do nado sincronizado: o dueto e a equipe. E em equipe vai ser a primeira vez que a gente participa dos jogos.

Repórter Carolina Rocha: A música começa antes mesmo de as nadadoras entraram na piscina. A emoção dá o tom da apresentação. As duas bailarinas aquáticas exibem ritmo e movimentos na água e deixam os torcedores surpresos. O nado sincronizado é a união entre a dança e a natação e conquistou o posto de esporte olímpico 32 anos atrás. Nesta semana o Rio de Janeiro recebe um evento teste da modalidade, que vai avaliar as instalações do Parque Aquático Maria Lenk, para primeiros Jogos Olímpicos a serem realizados na América do Sul. A técnica da seleção, Maura Xavier, conta que as atletas brasileiras estão de olho nas apresentações das possíveis adversárias no evento teste.

Técnica da seleção - Maura Xavier: Justamente para a gente já focar o nosso treinamento em cima do que a gente está vendo aqui, não é? O que é que o adversário tem de melhor do que a gente, o que é que ele tem mais fraco para a gente melhorar.

Repórter Carolina Rocha: São mais de 120 nadadoras que vão poder conhecer o local onde vão ser realizadas as provas olímpicas. Por ser país-sede, o Brasil já garantiu a participação nas provas de dueto e equipe. É a primeira vez que o país vai participar das provas de equipes nas Olimpíadas. A atleta Maria Bruno treina com a seleção e fala da emoção de ter a chance de defender o Brasil em casa pela primeira vez em uma Olimpíada.

Atleta - Maria Bruno: Nossa, é um muito emocionante! Tenho certeza que vai ser, assim, um marco histórico no esporte, no nado sincronizado brasileiro, e a gente sente um orgulho enorme de poder apresentar em casa, nesse parque aquático que a gente treina todos os dias, acho que vai ser bem mais gostoso.

Repórter Carolina Rocha: As atletas que vão defender o Brasil nos Jogos ainda não foram convocadas oficialmente, mas toda as nadadoras que treinam para a seleção possuem o bolsa-atleta do Governo Federal nas categorias internacional e pódio. Somados, os investimentos chegam a mais de R$478 mil por ano. A atleta Lara Teixeira conta como o apoio do Governo Federal ajudou a mudar a trajetória do esporte no Brasil.

Atleta - Lara Teixeira: Realmente a gente consegue agora ter um foco maior dentro só de treinar e de competir, a gente, que realmente não tinha uma ajuda de custo de nenhum lugar, acho que o bolsa-atleta veio para agregar nesse sentido, a gente ser atleta e só pensar no treinamento.

Repórter Carolina Rocha: Entre 2010 e 2015 o Ministério do Esporte celebrou convênios com a confederação responsável pela modalidade, que somam cerca de R$5,5 milhões. Reportagem, Carolina Rocha.

Helen: E você que mora no Rio de Janeiro ou vai estar no fim da semana por lá, pode assistir algumas das melhores atletas da modalidade, de graça.

Luciano: Basta ir no Parque Aquático Maria Lenk que fica na Barra da Tijuca.

Helen: As apresentações no sábado e domingo começam a partir das 11h.

Luciano: Sete e dezenove.

Helen: Os canais de televisão do Poder Executivo já podem ser sintonizados na TV aberta na cidade de São Paulo.

Luciano: E ainda no primeiro semestre deste ano as cidades de Belo Horizonte e Porto Alegre também vão receber aos sinais.

Repórter Leonardo Meira: As transmissões acontecem no sinal digital, que garante melhor qualidade de som e imagem. A Empresa Brasil de Comunicação, EBC, é quem opera o formato multiprogramação, pois todas as emissoras ocupam a mesma faixa. Para sintonizar basta ter antena compatível com esse tipo de sinal. O vice-presidente de Relacionamento e Gestão da EBC, Mário Maurici de Lima Morais, destaca que os inscritos no Cadastro Único de programas sociais do Governo Federal verão ganhar o equipamento.

Vice-presidente de Relacionamento e Gestão da EBC - Mário Maurici de Lima Morais: São vários milhões de pessoas com o Cadastro Único da União e do bolsa-família que vão poder ter acesse através dessa caixinha.

Repórter Leonardo Meira: O secretário-executivo da Secretaria De Comunicação Social da Presidência da República, Olavo Noleto, acredita que a novidade representa a democratização no acesso à informação.

Secretário-executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República - Olavo Noleto: A população tem que ter o direito de escolher esse trabalho, essa linguagem, esse jeito de fazer. A NBR, com o seu papel, com a sua força, vai levar esse direito à informação para a casa dos brasileiros e das brasileiras.

Repórter Leonardo Meira: A ideia é implantar os canais do Poder Executivo em todos os municípios com população acima de 100 mil habitantes até 2019. A TV Brasil, emissora pública, ocupa o canal 3 .1, as emissoras do Poder Executivo aparecem na sequência, a NBR funciona no canal 3.2, TV Escola no 3.3 e Canal Saúde 3 .4. Reportagem, Leonardo Meira.

Helen: O Dia Mundial da Vida Selvagem foi comemorado esta semana, uma data que foi criada pelas Nações Unidas para celebrar a fauna e a flora do mundo, e também chamar a atenção para a importância da conservação da natureza.

Luciano: E aqui no Brasil, mais de 2.100 espécies de plantas e outros 173 animais estão na lista da ameaçados de extinção, ou seja, correm o risco de desaparecer.

Helen: A papagaio-de-peito-roxo é uma dessas espécies. Em Santa Catarina existe um trabalho para devolver na natureza essas aves que foram mantidas em cativeiro.

Luciano: A gente foi acompanhar de perto esse trabalho e o retorno de quatro papagaios à floresta.

Repórter Nei Pereira: Esse é canto da liberdade de sete papagaios-de-peito-roxo que foram devolvidos à natureza. Eles foram soltos no Parque Nacional das Araucárias, que fica nos municípios de Ponte Serrada e Passos Maia, no Oeste de Santa Catarina. Essas aves eram mantidas em cativeiro e foram apreendidas por agentes ambientais. Antes de serem devolvidos à natureza, os papagaios passaram por um período de readaptação. Vanessa Kanaan é uma das responsáveis pelo projeto, ela se emociona a cada papagaio-do-peito-roxo devolvido à floresta.

Ambientalista - Vanessa Kanaan: Para a gente que acompanha o processo todo e vê um papagaio chegar muito acostumado a humanos, muitas vezes em estado de saúde bastante debilitado, e hoje eles voltaram para o lugar daonde eles nunca deveriam ter saído.

Repórter Nei Pereira: Desde 2011, o número de aves que voltaram à vida selvagem chegou a 83 no Parque Nacional das Araucárias. Essa espécie de papagaio era encontrada desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Estima-se que existam cerca 2.500 em vida livre no Brasil. O desmatamento e a captura levaram a espécie quase à extinção. Edmir Guimarães é um dos proprietários da área abrangida pelo parque, ele conta que no passado era comum ver bandos deles sobrevoando a região.

Entrevistado - Edmir Guimarães: Tinha bastante. Quando eu era criança tinha bastante.

Repórter Nei Pereira: O diretor do Ministério do Meio Ambiente, Ugo Vercillo, que participou da soltura dos papagaios, destaca que a ação une governos e sociedade.

Diretor do Ministério do Meio Ambiente - Ugo Vercillo: O Brasil tem um programa de conservação da espécie ameaçada chamado Pró-Espécies, onde tem como um dos instrumentos os planos de ação, que são ferramentas que unem sociedade e o poder público em uma causa de recuperar as espécies que estão em extinção.

Repórter Nei Pereira: Espécies de planta ameaçadas como araucária, imbuia e xaxim, são encontradas na reserva ambiental, segundo o coordenador regional no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Daniel Penteado, a criação de parques como o das Araucárias evitou a destruição do que sobrou de floresta nativa.

Coordenador regional no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Daniel Penteado: Foram criadas unidades importantes em remanescentes que estavam sendo praticamente exterminados. Nós estamos reintroduzindo uma espécie que foi extinta localmente.

Repórter Nei Pereira: Para que as ações ambientais no parque tenham sucesso como a soltura dos papagaios, é preciso conscientizar a população. O roxinho, como eles chamam por aqui, já é um símbolo da região. A projeto também leva renda para mulheres agricultoras do entorno do parque. A artesã Josi Telles faz parte do grupo de mulheres de geração de trabalho e renda Amigos do Roxinho.

Artesã - Josi Telles: Consegue ganhar mais um pouco, não é, então está ajudando bastante.

Repórter Nei Pereira: A soltura dos roxinhos, além de garantir a espécie, vai trazer mais vida para o Parque Nacional das Araucárias. E para quem visita à região, poderá aproveitar o canto e a beleza que esses animais trazem à paisagem. Reportagem, Nei Pereira.

Helen: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Luciano: Presidenta Dilma critica vazamentos de investigações e esclarece fatos de suposta delação do senador Delcídio do Amaral.

Helen: E em pronunciamento a Presidenta também critica medidas adotadas pela Justiça Federal no Paraná.

Luciano: Mais uma forma de produzir energia. Brasil lança projeto inédito no mundo de geração solar em hidrelétricas.

Helen: E este foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Luciano: Produção: EBC Serviços.

Helen: Quer saber mais informações sobre o Governo Federal? Assista à TV NBR e acesse: www.brasil.gov.br. Uma boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até segunda.