04/06/2014 - A Voz do Brasil
04/06/2014 - A Voz do Brasil
Brasil é o único país do mundo a assumir uma meta de compensação de gases do efeito estufa para um grande evento, como a Copa do Mundo. Mais de um milhão de estudantes já se inscreveram no Sisu desse ano. Prazo termina nesta quarta-feira, às 23h59 (horário de Brasília). Mais de dez mil presos e egressos do sistema prisional já fizeram cursos do Pronatec. Meta do programa é atender 55 mil pessoas desse público nesse ano. Tudo isso você ouviu nesta quarta-feira (4) em A Voz do Brasil.
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Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Brasil é o único país do mundo a assumir uma meta de compensação de gases do efeito estufa para um grande evento como a Copa do Mundo.
Apresentador Luciano Seixas: Mais de 1 milhão de estudantes já se inscreveram no Sisu desse ano. O prazo termina hoje, às 11h59 da noite.
Kátia: Mais de dez mil presos e egressos do sistema prisional em todo o país já fizeram cursos do Pronatec, e a meta é atender 55 mil, este ano.
Luciano: Quarta-feira, 4 de junho de 2014.
Kátia: Está no ar a sua Voz.
Luciano: A nossa Voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Olá. Boa noite. Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Assista o nosso programa ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse agora: www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.
>> “A Voz na Copa”.
Kátia: O Ministério do Meio Ambiente entregou essa semana o selo de baixo carbono para 11 empresas que doaram crédito de carbono para compensar emissões ocasionadas pela Copa do Mundo desse ano.
Luciano: O Brasil, Kátia, é o único país que assumiu uma meta de compensação de gases do efeito estufa para um grande evento, mesmo antes de ele começar.
Kátia: As empresas que receberam o selo doaram no total 420.500 toneladas de carbono equivalente. Com essas doações, Luciano, foi possível, não só compensar, mas ultrapassar o total de emissões diretas, que são aquelas sobre as quais temos responsabilidade, como hospedagem, construção e mobilidade.
Luciano: E também parte das emissões indiretas, das quais não temos responsabilidade durante a realização do evento, que são as geradas pelo transporte aéreo internacional e aquelas não relacionadas a roteiros definidos dentro das cidades-sede.
Kátia: Essa compensação tem como objetivo minimizar o impacto gerado pela produção de bens e prestação de serviços, como obras, uso de energia nos estádios e deslocamento de veículos oficiais, por exemplo, que geram gases de efeito estufa e interferem no aquecimento global.
Luciano: Empresas e organizações interessadas em doar crédito de carbono para a Copa têm até o dia 18 de julho para aderir ao programa.
Kátia: Basta entrar na página do Ministério do Meio Ambiente e pegar o termo do acordo e seguir o protocolo, preenchendo a intenção de doação, em www.mma.gov.br.
Luciano: Lá também está a lista das empresas que receberam selo de baixo carbono.
Kátia: O Ministério do Meio Ambiente explica que emissão de carbono é um termo genérico para emissão de gases de efeito estufa, grupo de gases que causam aquecimento e mudança no sistema climático do planeta.
Luciano: E, ainda no tema Copa e sustentabilidade, Kátia, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente vai financiar o trabalho de catadores em seis cidades, que vão receber os jogos da Copa do Mundo.
Kátia: A ideia é que o material recolhido no entorno dos estádios seja destinado à reciclagem. O investimento será de R$ 2 milhões.
Luciano: A repórter Carolina Becker traz mais informações na entrevista com o gerente de projeto da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Rocha.
Repórter Carolina Becker: Como que vai ser o trabalho desses catadores?
Gerente de projeto da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente - Eduardo Rocha: Os catadores serão colaboradores das prefeituras. Então, eles integrarão e se articularão com as prefeituras para fazer a coleta seletiva nas áreas de entorno e nas áreas de Fan Fest da Copa do Mundo.
Repórter Carolina Becker: De que forma esses R$ 2 milhões vão ser investidos?
Gerente de projeto da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente - Eduardo Rocha: Serão aplicados recursos na capacitação, no treinamento dos catadores, na aquisição de uniformes, de equipamentos de proteção individual, em ações de comunicação sobre a coleta seletiva e, por fim, a remuneração pelo serviço prestado pelo catador.
Repórter Carolina Becker: Então, eles vão ser remunerados tanto pelo trabalho como pelo material?
Gerente de projeto da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente - Eduardo Rocha: Exatamente. Serão remunerados pelo trabalho prestado, pelo dia que ele trabalhará, e pelo material vendido, que é a fonte de renda comum e do dia a dia dele.
Repórter Carolina Becker: Por que apenas seis cidades-sedes participam?
Gerente de projeto da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente - Eduardo Rocha: São as cidades que adotaram o modelo proposto pelo Ministério do Meio Ambiente. As demais cidades têm modelos próprios e particulares, que não optaram pelo modelo proposto pelo governo federal.
Kátia: E atenção: durante a Copa do Mundo, não vai ser obrigatório que as rádios veiculem “A Voz do Brasil”, às sete da noite.
Luciano: De acordo com uma Medida Provisória, publicada hoje no Diário Oficial da União, as emissoras vão poder transmitir o programa entre sete e dez da noite, durante todo o Mundial de Futebol, de 12 de junho a 13 de julho.
Kátia: A Medida Provisória diz ainda que, em casos excepcionais de interesse público, o horário de transmissão do programa também pode ser flexibilizado por um tempo determinado.
Luciano: Nesses casos, quem vai autorizar a mudança são os ministros da Casa Civil e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Kátia: Mas, independente do horário de transmissão durante a Copa, Luciano, a gente continua fazendo o programa ao vivo, às sete da noite, de segunda à sexta-feira.
Luciano: E, na contagem regressiva para a Copa do Mundo, Kátia, faltam oito dias para o Mundial de Futebol.
Kátia: Sete e seis.
Luciano: O último balanço da segunda edição desse ano do Sistema de Seleção Unificada, Sisu, divulgado pelo Ministério da Educação, registrou mais de 1,97 milhão de inscritos até as seis horas da tarde de hoje.
Kátia: O número ultrapassa a marca total da mesma edição do ano passado, quando foram registrados cerca de 788 mil candidatos.
Luciano: Os candidatos interessados em concorrer a vagas em mais de 1400 cursos disponíveis na educação superior pública têm até às 11h59 dessa quarta-feira para se inscreveram no sistema on-line.
Kátia: O endereço é sisu.mec.gov.br.
Luciano: Nessa edição, são 51 mil vagas, em 67 instituições de ensino federais e estaduais. Pode participar quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, do ano passado e não tirou zero na redação.
Kátia: O Brasil tem, hoje, cerca de 570 mil pessoas aprisionadas em delegacias, presídios e colônias agrícolas.
Luciano: E, para que esses homens e mulheres tenham melhores oportunidades de emprego e renda, quando deixarem o sistema penitenciário, foi criado no ano passado, pelos Ministérios da Justiça e da Educação, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego específico para detentos, o Pronatec Prisional.
Kátia: E esse ano, Luciano, a meta é atender 55 mil inscritos em todo o país.
Luciano: E é bom lembrar, Kátia, que, para cada 12 horas de frequência escolar em cursos do Pronatec, o preso tem um dia da pena descontado.
Repórter Daniela Almeida: O Pronatec Prisional oferece vagas em 600 cursos de até 160 horas para a população carcerária, além dos presos provisórios e egressos, aqueles que deixaram o sistema penitenciário. A coordenadora-geral de Reinserção Social e Ensino do Departamento Penitenciário Nacional, o Depen, do Ministério da Justiça, Mara Fregapani Barreto, explica como as vagas são ofertadas.
Coordenadora-geral de Reinserção Social e Ensino do Depen, do Ministério da Justiça - Mara Fregapani Barreto: A oferta do Pronatec, por exemplo, para pessoas em regime fechado ou em regime provisório, eles têm que ser ofertados dentro dos estabelecimentos penais. As pessoas que já estão no regime semiaberto, no aberto ou os egressos, esses, sim, podem ser inseridos em cursos no meio aberto, e eles vão ingressar nas vagas nos cursos existentes.
Repórter Daniela Almeida: Mateus Carlos Moreira, de 20 anos, cumpre pena há dois anos. Dentro da penitenciária, ele só pensa em ocupar o tempo ocioso para tentar mudar de vida. Mateus avançou nos estudos do Ensino Médio e recentemente foi aluno do curso de copeiro do Pronatec Prisional.
Mateus Carlos Moreira: O curso é bastante efetivo, professor bastante competente. Profissionalizado na área. Explica bem. Ajudou bastante. Creio que, se eu precisar, eu vou me dar bem nessa área, porque foi um curso bastante eficaz.
Repórter Daniela Almeida: As aulas do Pronatec Prisional são dadas por instrutores dos institutos federais e do Sistema S, como Senai e Senac. Os cursos são disponibilizados de acordo com a necessidade de mão de obra de cada região. A diretora executiva da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal, Verlúcia Moreira Cavalcante, explica por que é importante que os detentos se qualifiquem.
Diretora executiva da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal - Verlúcia Moreira Cavalcante: Hoje a Funap possui 66 contratos no meio externo com administração pública que empregam os apenados que recebem a progressão de regime. Essa capacitação vem a melhorar o encaminhamento desse pessoal que trabalha fora. Eles não vão só trabalhar na parte de conservação e limpeza; eles podem trabalhar em áreas diversificadas, com a melhor qualificação, melhor perfil profissional.
Repórter Daniela Almeida: O Pronatec Prisional tem a adesão de todos os estados mais o Distrito Federal. Até o momento, o programa já beneficiou com qualificação profissional mais de dez mil presos e ex-detentos. Reportagem: Daniela Almeida.
Kátia: O governo decidiu reduzir o Imposto sobre Operações Financeiras, IOF, para empréstimos externos feitos por bancos e por empresas.
Luciano: De acordo com o Ministério da Fazenda, as novas regras vão facilitar a tomada de crédito em outros países e a entrada de investimentos no país.
Repórter Carolina Rocha: O decreto passa valer a partir de hoje. Bancos e empresas que tomarem dinheiro emprestado no exterior não vão precisar pagar IOF se o prazo para quitar a dívida for maior que 180 dias. Se o período for menor, a taxa de 6% continua valendo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou a medida.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: É claro que isso vai favorecer a tomada de crédito no exterior. Então, bancos, instituições financeiras, de modo geral, e as empresas poderão ter acesso a capitais até com 360 dias de empréstimo ou até menos, até 181 dias, sem pagar o IOF. Abaixo de 180 dias, continua pagando normalmente 6% de IOF.
Repórter Carolina Rocha: O ministro Guido Mantega explicou que essa medida foi possível porque o câmbio brasileiro, ou seja, o preço das moedas estrangeiras com relação ao Real, vem se estabilizando ao longo dos últimos seis meses. Mantega disse que a mudança no prazo para o IOF não deve afetar a inflação.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Nós não administramos câmbio tendo em vista a inflação, mas o câmbio em si tem que ter o seu modelo, o seu equilíbrio. Em relação à inflação, a inflação está caindo, principalmente inflação de alimentos. Em abril caiu; em maio está caindo, e vai continuar caindo em junho.
Repórter Carolina Rocha: O ministro da Fazenda ainda afirmou que o Brasil está entre os cinco países do mundo que mais atraem investimento estrangeiro direto, que vai para o setor produtivo da economia. Reportagem: Carolina Rocha.
Luciano: Quem acompanha esportes tem uma ideia dos altos salários que alguns jogadores de futebol, vôlei, basquete, por exemplo, recebem todos os meses.
Kátia: Mas, antigamente, essa não era a realidade. Muitos ex-atletas dependem, hoje, da aposentadoria da Previdência para viver.
Luciano: Para facilitar a concessão desses benefícios, o Ministério da Previdência Social permite que outros documentos, além da carteira de trabalho, possam ser apresentados para comprovar o vínculo empregatício.
Kátia: E, hoje, ex-jogadores de futebol estiveram aqui em Brasília, na sede do Ministério, para o anúncio oficial dessas mudanças.
Repórter João Pedro Neto: Um time de craques. Wilson Piazza, um dos principais zagueiros da Copa de 1970; Raul Plassmann, um dos maiores goleiros do Brasil; ou ainda o tricampeão mundial Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha, um dos grandes artilheiros do futebol brasileiro. Quando o assunto é futebol, eles são referência. Dadá, eterno craque da bola, mostra que não perdeu o jeito com as palavras.
Dadá Maravilha: Deus, muito obrigado por ter feito o Dadá essa máquina de fazer gols. Em todos os lugares que passei no Brasil, eu sou ídolo, e, hoje, eu sou rei Dadá.
Repórter João Pedro Neto: Além da paixão, para esses ex-atletas profissionais, o futebol era também a profissão deles. É o que lembra Wanderley Alves de Oliveira, o Delei, ex jogador do Fluminense.
Wanderley Alves de Oliveira: Profissão doída. Normalmente você leva algumas sequelas. Enfim... Não é tão fácil como muitos dizem.
Repórter João Pedro Neto: No entanto, muitos ex-esportistas tinham dificuldade para ter os direitos previdenciários reconhecidos, mas, desde maio deste ano, eles já podem requerer a aposentadoria, por exemplo, com documentos como contratos e declarações de entidades. Isso porque foi flexibilizada a regra que exigia somente a carteira de trabalho para a concessão do benefício, o que muitos não tinham, e qualquer atleta, de qualquer modalidade, com vínculo profissional, tem direito à cobertura da Previdência Social, como explica a chefe da Divisão de Reconhecimento Inicial do Direito, do Ministério da Previdência Social, Isabel Cristina Sobral.
Chefe da Divisão de Reconhecimento Inicial do Direito, do Ministério da Previdência Social - Isabel Cristina Sobral: Um atleta brasileiro, hoje, ele se filia a uma entidade esportiva, e ele, filiado a essa entidade esportiva, contratado por essa entidade, ele tem todas as responsabilidades, em termos de contribuições previdenciárias, como qualquer outro empregado.
Repórter João Pedro Neto: O caminho para qualquer atleta ou ex-atleta solicitar benefícios previdenciários são as agências da Previdência Social. Reportagem: João Pedro Neto.
Luciano: Sete e quatorze.
Kátia: A mamografia é um exame que pode ser feito de graça, pelo SUS, por mulheres de todas as faixas etárias para descobrir e tratar o mais rápido possível o câncer de mama.
Luciano: E, segundo dados da Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, entre 2007 e 2013, o número de brasileiras que fizeram mamografia aumentou 9,7%.
Kátia: E uma das iniciativas que ajudam a aproximar as mulheres do exame são as Carretas da Mulher, como são conhecidas as unidades móveis que rodam todo o país e oferecem, além de mamografias, ecografias e exames de Papanicolau, que previne o câncer de colo de útero.
Luciano: A repórter Ana Gabriella Sales foi conhecer de perto a Carreta da Mulher aqui do Distrito Federal e traz mais detalhes.
Repórter Ana Gabriella Sales: O câncer de mama é o mais comum em mulheres do mundo todo, segundo o Inca, Instituto Nacional de Câncer.
Aqui, no Brasil, o Instituto estima que, em 2014, ocorram 57 mil novos casos. Ou seja, a cada 100 mil mulheres brasileiras, 56 devem desenvolver a doença esse ano. Para a médica mastologista, Fernanda Salum, a prevenção e o diagnóstico precoce ainda são o melhor remédio.
Médica Mastologista – Fernanda Salum: Detectando a doença no início, existe uma chance muito maior de cura e de tratamentos menos mutilantes. Uma vez que você pega o câncer de mama inicial, você pode promover o tratamento, geralmente, sem retirar a mama da paciente.
Repórter Ana Gabriella Sales: Projetos itinerantes, como a Carreta da Mulher, do Distrito Federal, com investimentos do Sistema Único de Saúde, oferecem a mamografia e outros exames de graça para a comunidade local. São 100 atendimentos por dia. A cuidadora de idosos, Maria Francisca de Aguiar, de 41 anos, aproveitou a oportunidade.
Cuidadora de Idosos – Maria Francisca de Aguiar: Eu decidi porque é importante. Estava sentindo dores. Então, se você puder vim sempre, é bom para evitar problemas maiores.
Repórter Ana Gabriella Sales: A dona de casa Maria do Carmo Soares, que já teve casos de câncer de mama na família, também recomenda a prevenção.
Dona de casa - Maria do Carmo Soares: Eu faço esse exame periodicamente e digo para todo mundo que faça, porque qualquer coisa pode trazer um câncer e a gente perde a vida, por descuido.
Repórter Ana Gabriella Sales: A Pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, revela que o número de mamografias aumentou quase 10%, de 2007 para 2013. No ano passado, 78% das mulheres de 50 a 69 anos afirmaram ter feito o exame.
Para Patrícia Chueiri, coordenadora-geral de Atenção à Pessoa com Doenças Crônicas, do Ministério da Saúde, a maior conscientização e a ampliação dos investimentos em mamógrafos contribuíram para esse aumento.
Coordenadora-Geral de Atenção à Pessoa com Doenças Crônicas, do Ministério da Saúde - Patrícia Chueiri: Um dos principais fatores foi a ampliação do acesso. Então, aumentou, nos últimos anos, o número de mamógrafos no Brasil. Além disso, a gente tem um investimento maior em campanhas para as mulheres na faixa etária onde esse exame tem impacto na mortalidade, que é entre 50, 69 anos. Então, eu acho que aumento dessas campanhas também tem colaborado com o aumento do número de exames.
Repórter Ana Gabriella Sales: De 2011 a 2014, o governo federal vai investir um total de R$ 4,5 bilhões no diagnóstico precoce, tratamento e ampliação da rede de assistência às pacientes. Reportagem: Ana Gabriella Sales.
Kátia: Moradores do bairro de Jacintinho, em Maceió, Alagoas, uma das comunidades mais vulneráveis da cidade, contam agora com o acesso facilitado a serviços como assistência jurídica gratuita, orientação e atendimento ao trabalhador, emissão de documentos, atendimento ao consumidor, informações sobre direitos e mecanismos judiciais e extrajudiciais.
Luciano: É a Casa de Direitos, do Ministério da Justiça, que dá à população mais carente acesso a serviços públicos que promovam a cidadania e o acesso à justiça.
Kátia: Sobre esse assunto, a jornalista Beatriz Amiden conversou com o secretário de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, Flávio Caetano. Vamos ouvir.
Repórter Beatriz Amiden: Secretário, o que é esse projeto e quais são os serviços oferecidos?
Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça - Flávio Caetano: O projeto da Casa de Direitos é um projeto que cria um equipamento que une acesso à justiça e cidadania. Nós temos como núcleo da Casa de Direitos a justiça comunitária, que é a mediação de conflitos, feita pela própria comunidade, com vistas a prevenir a violência e evitar que um maior número de processos sejam levados à Justiça. Na Casa de Direitos, nós unimos trabalhos do próprio Ministério da Justiça, além de outros: o Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público, Registro Civil. Então, depende do estado em que nós vamos, nós podemos colocar outros serviços.
Repórter Beatriz Amiden: Quem administra e financia essas Casas?
Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça - Flávio Caetano: A Casa de Direitos é financiada pelo Ministério da Justiça e ela é administrada pelo estado, que celebra conosco um convênio. E quem faz a reforma do espaço físico é a Caixa Econômica Federal.
Repórter Beatriz Amiden: Qual o cronograma para a instalação de novas Casas do Brasil?
Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça - Flávio Caetano: Nós estamos com mais duas Casas previstas para esse ano, no segundo semestre. A primeira será em João Pessoa, na Paraíba, e a segunda em Aracajú, no estado do Sergipe.
Repórter Beatriz Amiden: Como que a população mais carente se beneficia com a instalação dessas casas?
Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça - Flávio Caetano: A nossa preocupação com a Casa de Direitos é garantir que a Justiça vá aonde o povo está. Nós levamos a Casa de Direitos nos lugares mais longínquos e nas comunidades mais vulneráveis do Brasil. Por quê? Nós queremos que o povo tenha acesso à Justiça. Por isso que levamos lá esse projeto de mediação de conflitos, onde todas as questões do dia a dia do cidadão podem ser resolvidas. Um problema de vizinhança, um problema de direito de família, problemas de direitos do consumidor. Tudo pode ser resolvido dentro da Casa de Direitos.
Repórter Beatriz Amiden: Como que a população chega a essas Casas? É só se dirigir à Casa, e ela vai ter o atendimento?
Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça - Flávio Caetano: A Casa funciona diariamente, e o cidadão, comparecendo à Casa, ele tem acesso aos serviços e aí ele vai usufruir daquele que ele tiver interesse.
Repórter Beatriz Amiden: Eu conversei com Flávio Caetano, secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça. Secretário, obrigada pela sua entrevista à Voz do Brasil.
Secretário de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça - Flávio Caetano: Obrigado. Estou sempre à disposição.
Luciano: Essa Casa de Direitos de Alagoas é a segunda inaugurada no país. A primeira funciona na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, desde novembro do ano passado.
Kátia: E, até o final desse ano, a Secretaria de Reforma do Judiciário, do Ministério da Justiça, quer construir mais duas unidades: uma em Sergipe e outra na Paraíba.
Luciano: E, em Alagoas, o fornecimento de remédio para tratamento de pacientes com câncer, atendidos pelo SUS, na Santa Casa de Misericórdia, em Maceió, vai ser garantido.
Kátia: Esse e outros direitos dos pacientes com câncer foram conseguidos na Justiça, por meio de uma ação da Advocacia-Geral da União, AGU.
Luciano: Os advogados da União também conseguiram garantir o acesso a serviços que a entidade vinha descumprindo, como diagnóstico e tratamento oncológico, além de atendimento 24 horas no local.
Kátia: A decisão determina ainda que a Santa Casa de Misericórdia atenda os pacientes no prazo máximo de 60 dias e implante o Sistema de Informações Ambulatoriais para ressarcimento pelos medicamentos utilizados.
Luciano: Mais de R$ 9,6 milhões. Este é o valor que vai para o estado da Bahia e para o município de Itabuna, para ações e serviços de saúde. A portaria com a liberação dos recursos foi publicada no Diário Oficial da União de hoje. Os recursos são do Ministério da Saúde, para ser incorporados ao limite financeiro anual para atenção à saúde da população, para procedimentos de média e alta complexidade.
Kátia: Esses tipos de procedimento, Luciano, são aqueles que envolvem alta tecnologia e alto custo e permitem o acesso a serviços qualificados, como cirurgias, diálise, para quem tem doença renal crônica, e quimioterapia e radioterapia, para pacientes de câncer.
Luciano: O prefeito de Itabuna, Claudevani Moreira Leite, destaca quantos municípios no entorno de Itabuna vão ser beneficiados com os recursos.
Prefeito de Itabuna - Claudevani Moreira Leite: Nós temos aqui, em média, 30 cidades em torno de Itabuna. Agora, que são atendidas no nosso hospital de base, se a gente for ampliar para o hospital de base, que também é mantido pelos recursos das médias complexidades, nós atendemos mais de 120 municípios. Aproximadamente 1 milhão de pessoas, nesse entorno, nessa cidade. Para a semana, precisamente, esses recursos já chegam e vão ajudar por demais aqui, não só a nossa cidade, mas todas essas cidades, toda essa população enorme, que depende muito desses recursos.
Kátia: E sete cidades da Bahia e 51 de Minas Gerais, que estão sofrendo com a seca, tiveram reconhecida a situação de emergência, hoje, pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional.
Luciano: A relação dos municípios que constam na portaria publicada no Diário Oficial da União de hoje pode ser conferida em www.in.gov.br.
Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Luciano: Brasil é o único país do mundo a assumir uma meta de compensação de gases do efeito estufa para um grande evento como a Copa do Mundo.
Kátia: Mais de 1 milhão de estudantes já se inscreveram no Sisu desse ano. O prazo termina hoje, às 11h59 da noite.
Luciano: Dez mil presos e egressos do sistema prisional em todo o país já fizeram cursos do Pronatec, e a meta é atender 55 mil, este ano.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil.
Kátia: Quer saber mais sobre serviços e informações do governo federal? Acesse: www.brasil.gov.br. Boa noite.
Luciano: Fique agora com o Minuto do TCU. Em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.