04/10/2016 - A Voz do Brasil
Aumenta média das notas de redação e ciências humanas de estudantes que fizeram o Enem. Por outro lado diminui o desempenho dos alunos das escolas públicas e governo reforça a necessidade de reforma no Ensino Médio. Facilitar a adoção de crianças no país. Ministério da Justiça abre debate para mudanças na lei.
04/10/2016 - A Voz do Brasil
Aumenta média das notas de redação e ciências humanas de estudantes que fizeram o Enem. Por outro lado diminui o desempenho dos alunos das escolas públicas e governo reforça a necessidade de reforma no Ensino Médio. Facilitar a adoção de crianças no país. Ministério da Justiça abre debate para mudanças na lei.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 15:45
Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite em Brasília.
Apresentadora Helen Bernardes: Aumenta média das notas de redação e ciências humanas de estudantes que fizeram o ENEM.
Luciano: Por outro lado, diminui o desempenho dos alunos das escolas públicas e governo reforça necessidade de reforma no ensino médio.
Helen: Facilitar adoção de crianças no país. O Ministério da Justiça abre o debate para mudanças na lei.
Luciano: Terça-feira, 4 de outubro de 2016.
Helen: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Helen: A Voz do Brasil!
Luciano: Boa noite, aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.
Helen: O governo aposta na reforma do ensino médio como forma de melhorar o desempenho das escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM.
Luciano: É que o Ministério da Educação divulgou hoje as notas do ENEM por escola, revelando um número menor de instituições públicas com bom desempenho no exame.
Helen: Por outro lado, quando se avalia o número de todos os estudantes de escolas públicas e privadas, houve um melhor desempenho dos alunos em duas áreas.
Repórter Gabriela Noronha: O desempenho dos alunos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio de 2015 foi melhor do que em 2014, segundo os resultados apresentados pelo Ministério da Educação e Cultura nesta terça-feira, os estudantes também melhoraram a média em ciências humanas. Nas outras áreas do conhecimento, no entanto, as médias caíram de um ano para o outro. Em uma análise que considera apenas a nota das provas objetivas, neste ano, das cem escolas com maior média no ENEM 2015, 97 são privadas. Num universo de mil escolas, somente 49 são da rede pública. Para Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o INEP, a lista não é ranking, e o desempenho deve ser avaliado dentro de contextos que permitam comparar semelhanças e diferenças entre as escolas.
Presidente do INEP - Maria Inês Fini: Acabamos de falar que o nível socioeconômico é um fator determinante para o aluno ter sucesso, não que a escola não seja. Tanto é que o outro fator é a formação adequada para o professor.
Repórter Gabriela Noronha: Para Maria Helena de Castro, secretária executiva do Ministério da Educação e Cultura, o resultado é mais uma justificativa para as mudanças anunciadas pelo governo para a reforma do ensino médio.
Secretária executiva do Ministério da Educação e Cultura - Maria Helena de Castro: Mais uma vez reforça a proposta de reforma do ensino médio, a urgência da reforma. A reforma vai promover maior equidade na oferta do sistema.
Repórter Gabriela Noronha: A estudante Larissa Paixão fez a prova do ENEM 2015. Com a nota, ela garantiu vaga no curso de medicina em uma instituição de ensino superior pública de Brasília. Para Larissa, aluna de escola pública, a dedicação aos estudos é que faz toda a diferença no resultado final.
Estudante - Larissa Paixão: Se você tem um sonho, basta se dedicar que pelo ENEM você consegue, sim, alcançá-lo, independente da faculdade que você queira.
Repórter Gabriela Noronha: Os dados divulgados hoje reúnem as notas de mais de um milhão e 200 estudantes de cerca de 15 mil escolas do país que prestaram ENEM no ano passado. Reportagem: Gabriela Noronha.
Luciano: E entre as escolas públicas com boa classificação no ENEM, a qualificação de professores e o comprometimento dos alunos são citados como essenciais para se obter bons resultados.
Helen: É, a Voz do Brasil foi saber de perto a receita em duas escolas públicas que foram destaque nas notas do exame.
Repórter Carolina Becker: Mateus Oliveira está no terceiro ano do ensino médio, se preparando para cursar economia. Ele estuda no colégio de aplicação da Universidade Federal do Pernambuco, uma das dez escolas públicas com maiores médias nas provas objetivas do ENEM, o Exame Nacional do Ensino Médio.
Estudante - Mateus Oliveira: A estrutura do colégio é simples, mas os professores, eles têm uma capacidade muito boa, tem uma formação excelente, né? A maioria são doutores, e eles também têm uma liberdade muito grande com os alunos e incentivam bastante o pensamento crítico.
Repórter Carolina Becker: O colégio de Mateus teve a terceira maior média entre as escolas públicas e está entre as cem maiores médias junto às escolas privadas. O vice-diretor do colégio, Medson Góis, disse que o desempenho é visto com alegria e reflete o comprometimento de toda equipe.
Vice-diretor do Colégio de Aplicação da UFP - Medson Góis: Isso reflete o engajamento e o comprometimento da equipe de professores, né? Apesar desses resultados positivos, nós sabemos que há muito ainda no cenário das escolas públicas, os obstáculos a serem vencidos, e isso também traz para a comunidade escolar esse debate, o que que a gente ainda precisa fazer?
Repórter Carolina Becker: O colégio Politécnico da Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul também está entre os dez melhores resultados de escolas públicas. Jorge Pereira, de 17 anos, é ex-aluno do colégio. Ele passou no ENEM no ano passado e hoje está estudando medicina na Universidade Federal de Santa Maria.
Estudante - Jorge Pereira: Trouxe outros professores de outros lugares para dar aula de redação para ajudar a gente. A escola também, ela incentiva bastante a gente fazer um monte de olimpíada de química, matemática, física durante os três anos de ensino médio.
Repórter Carolina Becker: Para o diretor do colégio, Valmir Aita, o desempenho da escola demonstra que é possível manter a qualidade no ensino público.
Diretor do Colégio Politécnico de Santa Maria - Valmir Aita: Eu acho que em termos de educação, né? As pessoas é que fazem a diferença. Então acredito que seja o grande diferencial, a qualificação dos docentes, servidores técnico-administrativos, e um comprometimento que os alunos têm também, né?
Repórter Carolina Becker: As notas das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio de 2015 estão disponíveis na internet no endereço portal.inep.gov.br. Reportagem: Carolina Becker.
Luciano: Os resultados alcançados pelos atletas brasileiros nos jogos olímpicos e paralímpicos no Rio de Janeiro foram os melhores já conseguidos pelo país.
Helen: E a partir daí, o que será o futuro do esporte?
Luciano: Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, incentivar novas gerações de atletas dentro das escolas é um dos caminhos.
Repórter Natália Melo: Agora o governo já começa a preparação para atender a próxima geração de atletas. No Rio de Janeiro, o futuro do esporte no país após os jogos foi tema de um seminário que contou com a presença de quem entende do assunto. Ouro no boxe, o medalhista olímpico Robson Conceição falou sobre a importância de programas do governo, como o Bolsa Atleta, para que assim como ele outros também possam subir no pódio.
Boxeador - Robson Conceição: Eu fui contemplado com o Bolsa Atleta, e graças ao Bolsa Atleta, eu pude continuar me mantendo, e temos uma... um sonho de continuar seguindo.
Repórter Natália Melo: E o governo quer oferecer ainda mais oportunidades para os brasileiros, além de garantir a manutenção do Bolsa Atleta e do Bolsa Pódio, Picciani afirmou que uma das propostas é criar parcerias entre os ministérios do Esporte e da Educação para incentivar jovens atletas.
Ministro do Esporte - Leonardo Picciani: O Brasil tem um grande número de escolas que não contam com infraestrutura de esportes. Não tem uma quadra, não tem uma pista de atletismo, não tem um ginásio, enfim, não tem equipamento. Então em algumas cidades, onde nós temos a rede nacional de treinamento, nós podemos, sim, uma parceria com a educação, com o Ministério da Educação, abrindo esses equipamentos para o uso das escolas.
Repórter Natália Melo: Ainda segundo o ministro, o governo estuda mudanças na lei de incentivo ao esporte, que estimula pessoas e empresas a fazerem doações a projetos esportivos em troca de incentivos fiscais.
Ministro do Esporte - Leonardo Picciani: A gente leve ao congresso essas notificações de aumentar de 1% para 3% o limite. A lei Rouanet da Cultura é 4%, então por que o esporte não pode ser 3%? E o esporte fica 1% só, então eu acho que é possível.
Repórter Natália Melo: Os jogos Rio 2016 renderam um resultado inédito da história do esporte brasileiro. Foram 19 medalhas conquistadas nas olimpíadas e 72 nas paralimpíadas. Reportagem: Natália Melo.
Luciano: Sete e 9.
"Criança Feliz: Primeira infância"
Helen: Estimular a criançada e contribuir para o seu desenvolvimento nos primeiros anos de vida.
Luciano: Para isso, amanhã o governo lança uma nova ação, o programa Criança Feliz.
Helen: É, e ontem você ouviu aqui na Voz do Brasil que um projeto piloto já está funcionando no sul do país. Hoje a gente mostra que na região norte essa ideia também é uma realidade. Vamos ouvir.
Repórter Roberto Camargo: Bater palmas, conversar, cantar, brincar. Coisas muito simples, mas que podem ser significativas no desenvolvimento da criança. Já Alva Freitas, que é mãe de dois filhos, não se preocupava tanto com isso. Ela que mora em Boa Vista, em Roraima, e recebe o Bolsa Família, participa de um programa municipal, Família que Acolhe. Lá ela tem todo o apoio em serviços de saúde, educação, e assistência social. E não é só isso. Desde os primeiros dias de vida dos seus pequenos, tem orientações para estimular o desenvolvimento das crianças.
Entrevistada - Alva Freitas: Eles apoiam muito a gente nesse processo de formação da criança, como a gente deve lidar com os nossos filhos, na criação de hoje em dia. Então a gente recebendo mais um apoio, mais um ensino, se torna mais fácil para a gente, mãe.
Repórter Roberto Camargo: Experiência que serve como piloto para o novo programa que o governo vai lançar, o programa Criança Feliz. A ideia é promover o desenvolvimento infantil nos primeiros três anos de vida. Cerca de quatro milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família têm filhos de zero a três anos. De acordo com o ministro de Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, ao focar nessa faixa etária, o primeira infância vai favorecer a rede socioassistencial e ajudar na redução da pobreza.
Ministro de Desenvolvimento Social e Agrário - Osmar Terra: Uma família muito pobre, que vive num ambiente miserável, ela tem poucos estímulos para as crianças pequenas. A tendência é essa criança ter uma dificuldade cognitiva maior. Vai sair da escola mais cedo, vai ter um salário pequeno e vai criar seus filhos na pobreza. Quando você interfere exatamente naquele momento em que ela desenvolve as suas competências, tu vai ter uma criança mais competente, mais capaz de aprender na escola, provavelmente com uma profissão melhor que as dos seus pais e vai ajudar a romper esse ciclo.
Repórter Roberto Camargo: Segundo o ministro, entre as principais ações estarão as visitas domiciliares. A previsão do governo é que o programa custe cerca de 2 bilhões de reais por ano. Reportagem: Roberto Camargo.
Luciano: Portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, estrutura fundamental para o Brasil que produz. Isso mesmo, para as empresas, ter tudo isso bem desenvolvido significa que o produto vai chegar ao consumidor sem grandes esforços.
Helen: E não é só isso não. Para as empresas, reduzir burocracias e ter acesso a novas tecnologias significa também competitividade na hora de exportar.
Luciano: Se tudo isso caminha, no final o empresário ganha e a população também. Com maior produção, tem mais vagas de emprego e produtos mais baratos no mercado.
Helen: E onde queremos chegar? Ou melhor, isso é onde o governo quer chegar. Um fórum que reúne vários ministérios, empresários e trabalhadores quer trazer ideias para que tudo isso saia do papel.
Repórter João Pedro Neto: O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, explicou que as discussões no Fórum de Desenvolvimento Produtivo vão buscar o consenso e focar em três grandes áreas.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Dentro do fórum, vão ter três grupos de discussões, um de infraestrutura, um de melhorias de exportações, e o outro, melhoria do ambiente de negócios.
Repórter João Pedro Neto: Um dos principais pontos discutidos nesta terça-feira, segundo o ministro Marcos Pereira, foi a necessidade de buscar soluções para os acordos de leniência. Esses acordos preveem que as empresas envolvidas em atos de corrupção colaborem com as investigações e reparem o dano financeiro causado ao setor público, mas estabelecem que elas não sejam impedidas, por exemplo, de participar de licitações e executar obras para o governo.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Houve um consenso de que nós devemos identificar quais são as principais dificuldades que se tem hoje para avançar nesse tema, vamos discutir isso nas próximas duas semanas, e então com um consenso levar nossa opinião para o Congresso, para o presidente da Câmara, para o presidente do Senado.
Repórter João Pedro Neto: Também estão em discussão, segundo o presidente da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, pontos como a revisão da lei de licitações, e das restrições para a compra de terras por estrangeiros no Brasil. Reportagem: João Pedro Neto.
Luciano: E o ministro do Comércio Exterior, Indústria e Serviços, Marcos Pereira, também comentou os resultados da produção industrial divulgados hoje pelo IBGE.
Helen: Os dados mostram redução de 3,8% na atividade das indústrias do país.
Luciano: Segundo ele, o governo está trabalhando para melhorar os números da indústria até o começo do ano que vem.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Eu quero crer que para o final do ano, o início do ano, esses números já vão ser melhores, nós já estamos trabalhando de forma bastante intensa lá no Ministério para trazer em até 60 dias um trabalho de desburocratização, porque muitos temas da burocracia fazem com que o custo Brasil se eleve, tire a competitividade, diminua também a produtividade dessas empresas e o crescimento dessas empresas.
Luciano: E um dos grandes fatores para a economia ir bem é a confiança.
Helen: É, com o cenário mais previsível, estável, o empresário se sente mais confiante, seguro para fazer investimentos, produzir mais, comprar máquinas, e como consequência, gerar empregos.
Luciano: Com confiança na economia, o consumidor também deixa as incertezas de lado e começa a gastar mais, compra um produto que precisa, faz uma viagem que estava planejando. Isso também faz com que o empresário produza mais, contrate mais para atender a demanda.
Helen: E o aumento nos níveis de confiança de empresários e consumidores são fundamentais para a retomada do crescimento do país.
Luciano: Foi o que falou o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn durante uma reunião hoje com senadores.
Repórter Eduardo Biagini: A economia brasileira já dá sinais de recuperação, essa é a avaliação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que falou durante a reunião da comissão de assuntos econômicos no Senado. Para o presidente do Banco Central, o aumento da confiança de empresários e consumidores favorece a retomada do crescimento.
Presidente do Banco Central - Ilan Goldfajn: Os indicadores de confiança de empresários e consumidores estão subindo há alguns meses. A disposição para investir e para consumir depende da recuperação da confiança. Consequentemente, a retomada do crescimento também depende dessa confiança.
Repórter Eduardo Biagini: O presidente do Banco Central afirmou que a inflação do país tem apresentado tendência para ficar próximo à da meta central, que é de 4,5% a partir do ano que vem. Apesar dos relatórios do Banco Central já mostrarem uma desaceleração da inflação, o presidente garantiu que a decisão sobre a taxa Selic, a taxa básica de juros, que influencia de forma direta em empréstimos pessoais e financiamento de carros e casas, por exemplo, vai continuar levando em conta o controle da inflação.
Presidente do Banco Central - Ilan Goldfajn: Inflação baixa e estável é condição necessária para a retomada da confiança, porque preserva o poder de compra dos indivíduos, e das firmas. Com confiança, indivíduos e firmas voltarão a assumir riscos, aumentando o consumo e investimento, com isso colaborando para a retomada do crescimento.
Repórter Eduardo Biagini: A taxa Selic está em 14,25% ao ano. Ilan Goldfajn afirmou que o Banco Central tem conduzido a política monetária do país de forma a garantir a retomada do crescimento com o controle da inflação. Com locução de Eduardo Biagini, reportagem: Paola de Orte.
Luciano: Sete e 17.
Helen: Adotar uma criança é uma forma de garantir a ela o direito à convivência familiar e comunitária.
Luciano: Mas fatores como a diferença de perfil entre quem deseja adotar e as crianças à espera de pais adotivos tornam a adoção demorada e difícil.
Helen: E para revisar as regras, e agilizar esse processo, o Ministério da Justiça e Cidadania abriu hoje um debate público sobre os procedimentos legais da adoção.
Repórter Beatriz Amiden: Danilo e Raíssa moram em Brasília e já são casados faz sete anos. Sempre desejaram ter filhos, e a realização desse sonho veio há três meses com um casal de irmãos que eles adotaram.
Entrevistado - Danilo: A gente foi habilitado no processo de adoção e a gente ficou aguardando na fila, até que a gente foi chamado pela Vara da infância. Foi uma ligação muito emocionante, a gente estava aqui em casa de manhã.
Entrevistada - Raíssa: Quando a gente recebe a ligação da Vara, e fala assim: "Olha, a gente tem um casal de irmãos para apresentar para vocês", eu encostei na porta, "então vamos lá, né? Vamos conhecer". É uma coisa que você espera tanto e é tanto tempo, que quando acontece, você não sabe como é que age, né?
Repórter Beatriz Amiden: O quarto de hóspedes na casa do Danilo e da Raíssa agora virou o quarto das crianças, cheio de roupas e brinquedos. Mas o processo de adoção não foi nada fácil. Muita demora e burocracia. E é justamente para ajudar famílias como essa que foi aberto um debate público sobre as regras de adoção, como explica Clarissa de Oliveira, diretora de assuntos legislativos do Ministério da Justiça e Cidadania.
Diretora de assuntos legislativos do Ministério da Justiça e Cidadania - Clarissa de Oliveira: A gente vai processar todas as contribuições recebidas, aquelas que tiverem maior consenso serão incorporadas ao texto final que será remetido ao Congresso Nacional ainda este ano. Esperamos que há um prazo definido para a finalização do processo de adoção, né? Que propusemos inicialmente em 120 dias, prorrogável por 240, a critério da autoridade judicial.
Repórter Beatriz Amiden: No Brasil, são 137 mil pretendentes à adoção e 27 mil crianças aptas a serem adotadas. A ideia é que depois dessas mudanças, mais famílias como a do Danilo e da Raíssa possam estar completas e felizes.
Entrevistada - Raíssa: Você morre de cansaço, tem duas pessoinhas pondo a casa abaixo! Mas quando chega a noite, te dá um beijo, te dá um abraço de boa noite, aí sim, aí tudo fecha. Aí tudo vale a pena.
Repórter Beatriz Amiden: Para contribuir com o debate público, basta acessar a página do Ministério da Justiça e Cidadania na internet, www.justica.gov.br. O prazo vai até o dia quatro de novembro. Reportagem: Beatriz Amiden.
Luciano: Você já parou para pensar que a água não é necessária apenas para a gente beber, tomar banho, lavar, cozinhar, ou fazer a irrigação de plantações?
Helen: É, a água também é elemento fundamental para a indústria, para produzir diversos produtos.
Luciano: Por exemplo, para fazer uma calça jeans, você sabe quantos litros de água são usados? 11 mil litros!
Helen: E para fazer apenas um litro de cerveja? 155 litros! É muita água.
Luciano: Para que as indústrias de todo o país usem a água de forma mais racional e sustentável, o governo fechou um acordo com a Confederação Nacional da Indústria.
Helen: A ideia é criar alternativas para evitar que esse bem precioso seja consumido sem controle.
Luciano: Boas alternativas não faltam. O repórter Leonardo Meira foi conhecer uma delas em São Paulo, que transforma água do esgoto em água usada para fabricar pneus, por exemplo.
Repórter Leonardo Meira: A água é fundamental não só para o ser humano, animais e plantas, mas também para várias atividades da indústria. Não é à toa que o setor responde por 17% de toda água consumida no Brasil. Fica atrás apenas da irrigação e do uso da população nas cidades. Em tempos de mudança climática, nem de longe dá para pensar em esbanjar. Para promover o uso racional e sustentável, governo e iniciativa privada firmaram um acordo de cooperação. Gustavo Fontenele, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior explica que nessa primeira fase vão ser elaboradas alternativas e estudos para que o uso da água seja mais eficiente na indústria.
Entrevistado - Gustavo Fontenele: Por agora, o que se vai fazer? Vão se desenvolver os estudos para que eles possam ser apresentados para as empresas. É justamente um uso mais inteligente da água, fazendo com que se use as quantidades necessárias sem desperdício, retirando menos da natureza, reduzindo o custo para as indústrias, reduzindo o custo para os consumidores, e sobretudo, deixando mais água em abundância para outros usos que sejam necessários.
Repórter Leonardo Meira: Já existem exemplos de boas iniciativas espalhadas pelo país. Uma delas é o projeto Aquapolo em São Paulo, pioneiro na América Latina e um dos dez maiores do mundo. Desde 2012, parte do esgoto da estação de tratamento do ABC paulista é amarzenada e tratada em oito tanques. A água, antes turva e poluída, sai límpida e pronta para ser utilizada em 14 indústrias, como explica o diretor do projeto, Marcos Asseburg.
Diretor do Projeto Aquapolo - Marcos Asseburg: O grande cliente nosso é o polo petroquímico, então são indústrias petroquímicas, mas hoje também outros tipos de atividades, como fabricação de pneus, indústrias de tubo, e outros, vem agregando também ao projeto, vem aderindo ao projeto Aquapolo.
Repórter Leonardo Meira: Cada litro de água produzido na Aquapolo equivale a um litro de água potável economizado para o consumo humano, cerca de 900 milhões de litros de água de reuso são produzidos todo o mês. A tecnologia de ponta transforma o esgoto em matéria prima para a indústria, que ganha na economia e também na produtividade, destaca Marcos.
Diretor do Projeto Aquapolo - Marcos Asseburg: Hoje o nosso custo é inferior a um custo de uma água potável. E somaria também a questão da qualidade, porque a nossa água, a água que nós produzimos, ela é feita conforme a qualidade necessária para as aplicações dos processos industriais. Ela é até melhor do que a água potável para certos usos industriais.
Repórter Leonardo Meira: Segundo um relatório da Agência Nacional de Água, ANA, cerca de 12% de toda água doce do planeta está aqui no país. Reportagem: Leonardo Meira.
Helen: Mais de dois bilhões de reais em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Centro-oeste estão assegurados para investidores que têm interesse em desenvolver projetos na região.
Luciano: 31 milhões já foram autorizados para o setor turístico, para a construção de um restaurante e na ampliação das instalações de um complexo hoteleiro em Goiás.
Helen: É, a malha rodoviária também está sendo beneficiada com obras na BR 050, principal via de ligação entre as regiões centro-oeste e sudeste. Mais de 200 quilômetros de rodovias estão sendo recuperados e duplicados.
Luciano: A produção de celulose de eucalipto em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, também vai investir com o dinheiro do fundo e pode gerar 40 mil empregos diretos e indiretos, além de estimular pequenos e médios produtores da região.
Helen: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Luciano: Aumenta média das notas de redação e ciências humanas de estudantes que fizeram o ENEM.
Helen: Por outro lado, diminui o desempenho dos alunos das escolas públicas, e o governo reforça a necessidade de reforma no ensino médio.
Luciano: Facilitar a adoção de crianças no país. Ministério da Justiça abre debate para mudanças na lei.
Helen: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Luciano: Produção: EBC Serviços.
Helen: Siga a Voz do Brasil no Twitter, twitter.com/avozdobrasil.
Luciano: Quer saber mais sobre o Governo Federal? Assista a TV NBR, e acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.
Helen: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite para você e até amanhã.
Apresentadora Helen Bernardes: Aumenta média das notas de redação e ciências humanas de estudantes que fizeram o ENEM.
Luciano: Por outro lado, diminui o desempenho dos alunos das escolas públicas e governo reforça necessidade de reforma no ensino médio.
Helen: Facilitar adoção de crianças no país. O Ministério da Justiça abre o debate para mudanças na lei.
Luciano: Terça-feira, 4 de outubro de 2016.
Helen: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Helen: A Voz do Brasil!
Luciano: Boa noite, aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.
Helen: O governo aposta na reforma do ensino médio como forma de melhorar o desempenho das escolas públicas no Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM.
Luciano: É que o Ministério da Educação divulgou hoje as notas do ENEM por escola, revelando um número menor de instituições públicas com bom desempenho no exame.
Helen: Por outro lado, quando se avalia o número de todos os estudantes de escolas públicas e privadas, houve um melhor desempenho dos alunos em duas áreas.
Repórter Gabriela Noronha: O desempenho dos alunos na redação do Exame Nacional do Ensino Médio de 2015 foi melhor do que em 2014, segundo os resultados apresentados pelo Ministério da Educação e Cultura nesta terça-feira, os estudantes também melhoraram a média em ciências humanas. Nas outras áreas do conhecimento, no entanto, as médias caíram de um ano para o outro. Em uma análise que considera apenas a nota das provas objetivas, neste ano, das cem escolas com maior média no ENEM 2015, 97 são privadas. Num universo de mil escolas, somente 49 são da rede pública. Para Maria Inês Fini, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, o INEP, a lista não é ranking, e o desempenho deve ser avaliado dentro de contextos que permitam comparar semelhanças e diferenças entre as escolas.
Presidente do INEP - Maria Inês Fini: Acabamos de falar que o nível socioeconômico é um fator determinante para o aluno ter sucesso, não que a escola não seja. Tanto é que o outro fator é a formação adequada para o professor.
Repórter Gabriela Noronha: Para Maria Helena de Castro, secretária executiva do Ministério da Educação e Cultura, o resultado é mais uma justificativa para as mudanças anunciadas pelo governo para a reforma do ensino médio.
Secretária executiva do Ministério da Educação e Cultura - Maria Helena de Castro: Mais uma vez reforça a proposta de reforma do ensino médio, a urgência da reforma. A reforma vai promover maior equidade na oferta do sistema.
Repórter Gabriela Noronha: A estudante Larissa Paixão fez a prova do ENEM 2015. Com a nota, ela garantiu vaga no curso de medicina em uma instituição de ensino superior pública de Brasília. Para Larissa, aluna de escola pública, a dedicação aos estudos é que faz toda a diferença no resultado final.
Estudante - Larissa Paixão: Se você tem um sonho, basta se dedicar que pelo ENEM você consegue, sim, alcançá-lo, independente da faculdade que você queira.
Repórter Gabriela Noronha: Os dados divulgados hoje reúnem as notas de mais de um milhão e 200 estudantes de cerca de 15 mil escolas do país que prestaram ENEM no ano passado. Reportagem: Gabriela Noronha.
Luciano: E entre as escolas públicas com boa classificação no ENEM, a qualificação de professores e o comprometimento dos alunos são citados como essenciais para se obter bons resultados.
Helen: É, a Voz do Brasil foi saber de perto a receita em duas escolas públicas que foram destaque nas notas do exame.
Repórter Carolina Becker: Mateus Oliveira está no terceiro ano do ensino médio, se preparando para cursar economia. Ele estuda no colégio de aplicação da Universidade Federal do Pernambuco, uma das dez escolas públicas com maiores médias nas provas objetivas do ENEM, o Exame Nacional do Ensino Médio.
Estudante - Mateus Oliveira: A estrutura do colégio é simples, mas os professores, eles têm uma capacidade muito boa, tem uma formação excelente, né? A maioria são doutores, e eles também têm uma liberdade muito grande com os alunos e incentivam bastante o pensamento crítico.
Repórter Carolina Becker: O colégio de Mateus teve a terceira maior média entre as escolas públicas e está entre as cem maiores médias junto às escolas privadas. O vice-diretor do colégio, Medson Góis, disse que o desempenho é visto com alegria e reflete o comprometimento de toda equipe.
Vice-diretor do Colégio de Aplicação da UFP - Medson Góis: Isso reflete o engajamento e o comprometimento da equipe de professores, né? Apesar desses resultados positivos, nós sabemos que há muito ainda no cenário das escolas públicas, os obstáculos a serem vencidos, e isso também traz para a comunidade escolar esse debate, o que que a gente ainda precisa fazer?
Repórter Carolina Becker: O colégio Politécnico da Universidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul também está entre os dez melhores resultados de escolas públicas. Jorge Pereira, de 17 anos, é ex-aluno do colégio. Ele passou no ENEM no ano passado e hoje está estudando medicina na Universidade Federal de Santa Maria.
Estudante - Jorge Pereira: Trouxe outros professores de outros lugares para dar aula de redação para ajudar a gente. A escola também, ela incentiva bastante a gente fazer um monte de olimpíada de química, matemática, física durante os três anos de ensino médio.
Repórter Carolina Becker: Para o diretor do colégio, Valmir Aita, o desempenho da escola demonstra que é possível manter a qualidade no ensino público.
Diretor do Colégio Politécnico de Santa Maria - Valmir Aita: Eu acho que em termos de educação, né? As pessoas é que fazem a diferença. Então acredito que seja o grande diferencial, a qualificação dos docentes, servidores técnico-administrativos, e um comprometimento que os alunos têm também, né?
Repórter Carolina Becker: As notas das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio de 2015 estão disponíveis na internet no endereço portal.inep.gov.br. Reportagem: Carolina Becker.
Luciano: Os resultados alcançados pelos atletas brasileiros nos jogos olímpicos e paralímpicos no Rio de Janeiro foram os melhores já conseguidos pelo país.
Helen: E a partir daí, o que será o futuro do esporte?
Luciano: Para o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, incentivar novas gerações de atletas dentro das escolas é um dos caminhos.
Repórter Natália Melo: Agora o governo já começa a preparação para atender a próxima geração de atletas. No Rio de Janeiro, o futuro do esporte no país após os jogos foi tema de um seminário que contou com a presença de quem entende do assunto. Ouro no boxe, o medalhista olímpico Robson Conceição falou sobre a importância de programas do governo, como o Bolsa Atleta, para que assim como ele outros também possam subir no pódio.
Boxeador - Robson Conceição: Eu fui contemplado com o Bolsa Atleta, e graças ao Bolsa Atleta, eu pude continuar me mantendo, e temos uma... um sonho de continuar seguindo.
Repórter Natália Melo: E o governo quer oferecer ainda mais oportunidades para os brasileiros, além de garantir a manutenção do Bolsa Atleta e do Bolsa Pódio, Picciani afirmou que uma das propostas é criar parcerias entre os ministérios do Esporte e da Educação para incentivar jovens atletas.
Ministro do Esporte - Leonardo Picciani: O Brasil tem um grande número de escolas que não contam com infraestrutura de esportes. Não tem uma quadra, não tem uma pista de atletismo, não tem um ginásio, enfim, não tem equipamento. Então em algumas cidades, onde nós temos a rede nacional de treinamento, nós podemos, sim, uma parceria com a educação, com o Ministério da Educação, abrindo esses equipamentos para o uso das escolas.
Repórter Natália Melo: Ainda segundo o ministro, o governo estuda mudanças na lei de incentivo ao esporte, que estimula pessoas e empresas a fazerem doações a projetos esportivos em troca de incentivos fiscais.
Ministro do Esporte - Leonardo Picciani: A gente leve ao congresso essas notificações de aumentar de 1% para 3% o limite. A lei Rouanet da Cultura é 4%, então por que o esporte não pode ser 3%? E o esporte fica 1% só, então eu acho que é possível.
Repórter Natália Melo: Os jogos Rio 2016 renderam um resultado inédito da história do esporte brasileiro. Foram 19 medalhas conquistadas nas olimpíadas e 72 nas paralimpíadas. Reportagem: Natália Melo.
Luciano: Sete e 9.
"Criança Feliz: Primeira infância"
Helen: Estimular a criançada e contribuir para o seu desenvolvimento nos primeiros anos de vida.
Luciano: Para isso, amanhã o governo lança uma nova ação, o programa Criança Feliz.
Helen: É, e ontem você ouviu aqui na Voz do Brasil que um projeto piloto já está funcionando no sul do país. Hoje a gente mostra que na região norte essa ideia também é uma realidade. Vamos ouvir.
Repórter Roberto Camargo: Bater palmas, conversar, cantar, brincar. Coisas muito simples, mas que podem ser significativas no desenvolvimento da criança. Já Alva Freitas, que é mãe de dois filhos, não se preocupava tanto com isso. Ela que mora em Boa Vista, em Roraima, e recebe o Bolsa Família, participa de um programa municipal, Família que Acolhe. Lá ela tem todo o apoio em serviços de saúde, educação, e assistência social. E não é só isso. Desde os primeiros dias de vida dos seus pequenos, tem orientações para estimular o desenvolvimento das crianças.
Entrevistada - Alva Freitas: Eles apoiam muito a gente nesse processo de formação da criança, como a gente deve lidar com os nossos filhos, na criação de hoje em dia. Então a gente recebendo mais um apoio, mais um ensino, se torna mais fácil para a gente, mãe.
Repórter Roberto Camargo: Experiência que serve como piloto para o novo programa que o governo vai lançar, o programa Criança Feliz. A ideia é promover o desenvolvimento infantil nos primeiros três anos de vida. Cerca de quatro milhões de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família têm filhos de zero a três anos. De acordo com o ministro de Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, ao focar nessa faixa etária, o primeira infância vai favorecer a rede socioassistencial e ajudar na redução da pobreza.
Ministro de Desenvolvimento Social e Agrário - Osmar Terra: Uma família muito pobre, que vive num ambiente miserável, ela tem poucos estímulos para as crianças pequenas. A tendência é essa criança ter uma dificuldade cognitiva maior. Vai sair da escola mais cedo, vai ter um salário pequeno e vai criar seus filhos na pobreza. Quando você interfere exatamente naquele momento em que ela desenvolve as suas competências, tu vai ter uma criança mais competente, mais capaz de aprender na escola, provavelmente com uma profissão melhor que as dos seus pais e vai ajudar a romper esse ciclo.
Repórter Roberto Camargo: Segundo o ministro, entre as principais ações estarão as visitas domiciliares. A previsão do governo é que o programa custe cerca de 2 bilhões de reais por ano. Reportagem: Roberto Camargo.
Luciano: Portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, estrutura fundamental para o Brasil que produz. Isso mesmo, para as empresas, ter tudo isso bem desenvolvido significa que o produto vai chegar ao consumidor sem grandes esforços.
Helen: E não é só isso não. Para as empresas, reduzir burocracias e ter acesso a novas tecnologias significa também competitividade na hora de exportar.
Luciano: Se tudo isso caminha, no final o empresário ganha e a população também. Com maior produção, tem mais vagas de emprego e produtos mais baratos no mercado.
Helen: E onde queremos chegar? Ou melhor, isso é onde o governo quer chegar. Um fórum que reúne vários ministérios, empresários e trabalhadores quer trazer ideias para que tudo isso saia do papel.
Repórter João Pedro Neto: O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, explicou que as discussões no Fórum de Desenvolvimento Produtivo vão buscar o consenso e focar em três grandes áreas.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Dentro do fórum, vão ter três grupos de discussões, um de infraestrutura, um de melhorias de exportações, e o outro, melhoria do ambiente de negócios.
Repórter João Pedro Neto: Um dos principais pontos discutidos nesta terça-feira, segundo o ministro Marcos Pereira, foi a necessidade de buscar soluções para os acordos de leniência. Esses acordos preveem que as empresas envolvidas em atos de corrupção colaborem com as investigações e reparem o dano financeiro causado ao setor público, mas estabelecem que elas não sejam impedidas, por exemplo, de participar de licitações e executar obras para o governo.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Houve um consenso de que nós devemos identificar quais são as principais dificuldades que se tem hoje para avançar nesse tema, vamos discutir isso nas próximas duas semanas, e então com um consenso levar nossa opinião para o Congresso, para o presidente da Câmara, para o presidente do Senado.
Repórter João Pedro Neto: Também estão em discussão, segundo o presidente da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, pontos como a revisão da lei de licitações, e das restrições para a compra de terras por estrangeiros no Brasil. Reportagem: João Pedro Neto.
Luciano: E o ministro do Comércio Exterior, Indústria e Serviços, Marcos Pereira, também comentou os resultados da produção industrial divulgados hoje pelo IBGE.
Helen: Os dados mostram redução de 3,8% na atividade das indústrias do país.
Luciano: Segundo ele, o governo está trabalhando para melhorar os números da indústria até o começo do ano que vem.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Eu quero crer que para o final do ano, o início do ano, esses números já vão ser melhores, nós já estamos trabalhando de forma bastante intensa lá no Ministério para trazer em até 60 dias um trabalho de desburocratização, porque muitos temas da burocracia fazem com que o custo Brasil se eleve, tire a competitividade, diminua também a produtividade dessas empresas e o crescimento dessas empresas.
Luciano: E um dos grandes fatores para a economia ir bem é a confiança.
Helen: É, com o cenário mais previsível, estável, o empresário se sente mais confiante, seguro para fazer investimentos, produzir mais, comprar máquinas, e como consequência, gerar empregos.
Luciano: Com confiança na economia, o consumidor também deixa as incertezas de lado e começa a gastar mais, compra um produto que precisa, faz uma viagem que estava planejando. Isso também faz com que o empresário produza mais, contrate mais para atender a demanda.
Helen: E o aumento nos níveis de confiança de empresários e consumidores são fundamentais para a retomada do crescimento do país.
Luciano: Foi o que falou o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn durante uma reunião hoje com senadores.
Repórter Eduardo Biagini: A economia brasileira já dá sinais de recuperação, essa é a avaliação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, que falou durante a reunião da comissão de assuntos econômicos no Senado. Para o presidente do Banco Central, o aumento da confiança de empresários e consumidores favorece a retomada do crescimento.
Presidente do Banco Central - Ilan Goldfajn: Os indicadores de confiança de empresários e consumidores estão subindo há alguns meses. A disposição para investir e para consumir depende da recuperação da confiança. Consequentemente, a retomada do crescimento também depende dessa confiança.
Repórter Eduardo Biagini: O presidente do Banco Central afirmou que a inflação do país tem apresentado tendência para ficar próximo à da meta central, que é de 4,5% a partir do ano que vem. Apesar dos relatórios do Banco Central já mostrarem uma desaceleração da inflação, o presidente garantiu que a decisão sobre a taxa Selic, a taxa básica de juros, que influencia de forma direta em empréstimos pessoais e financiamento de carros e casas, por exemplo, vai continuar levando em conta o controle da inflação.
Presidente do Banco Central - Ilan Goldfajn: Inflação baixa e estável é condição necessária para a retomada da confiança, porque preserva o poder de compra dos indivíduos, e das firmas. Com confiança, indivíduos e firmas voltarão a assumir riscos, aumentando o consumo e investimento, com isso colaborando para a retomada do crescimento.
Repórter Eduardo Biagini: A taxa Selic está em 14,25% ao ano. Ilan Goldfajn afirmou que o Banco Central tem conduzido a política monetária do país de forma a garantir a retomada do crescimento com o controle da inflação. Com locução de Eduardo Biagini, reportagem: Paola de Orte.
Luciano: Sete e 17.
Helen: Adotar uma criança é uma forma de garantir a ela o direito à convivência familiar e comunitária.
Luciano: Mas fatores como a diferença de perfil entre quem deseja adotar e as crianças à espera de pais adotivos tornam a adoção demorada e difícil.
Helen: E para revisar as regras, e agilizar esse processo, o Ministério da Justiça e Cidadania abriu hoje um debate público sobre os procedimentos legais da adoção.
Repórter Beatriz Amiden: Danilo e Raíssa moram em Brasília e já são casados faz sete anos. Sempre desejaram ter filhos, e a realização desse sonho veio há três meses com um casal de irmãos que eles adotaram.
Entrevistado - Danilo: A gente foi habilitado no processo de adoção e a gente ficou aguardando na fila, até que a gente foi chamado pela Vara da infância. Foi uma ligação muito emocionante, a gente estava aqui em casa de manhã.
Entrevistada - Raíssa: Quando a gente recebe a ligação da Vara, e fala assim: "Olha, a gente tem um casal de irmãos para apresentar para vocês", eu encostei na porta, "então vamos lá, né? Vamos conhecer". É uma coisa que você espera tanto e é tanto tempo, que quando acontece, você não sabe como é que age, né?
Repórter Beatriz Amiden: O quarto de hóspedes na casa do Danilo e da Raíssa agora virou o quarto das crianças, cheio de roupas e brinquedos. Mas o processo de adoção não foi nada fácil. Muita demora e burocracia. E é justamente para ajudar famílias como essa que foi aberto um debate público sobre as regras de adoção, como explica Clarissa de Oliveira, diretora de assuntos legislativos do Ministério da Justiça e Cidadania.
Diretora de assuntos legislativos do Ministério da Justiça e Cidadania - Clarissa de Oliveira: A gente vai processar todas as contribuições recebidas, aquelas que tiverem maior consenso serão incorporadas ao texto final que será remetido ao Congresso Nacional ainda este ano. Esperamos que há um prazo definido para a finalização do processo de adoção, né? Que propusemos inicialmente em 120 dias, prorrogável por 240, a critério da autoridade judicial.
Repórter Beatriz Amiden: No Brasil, são 137 mil pretendentes à adoção e 27 mil crianças aptas a serem adotadas. A ideia é que depois dessas mudanças, mais famílias como a do Danilo e da Raíssa possam estar completas e felizes.
Entrevistada - Raíssa: Você morre de cansaço, tem duas pessoinhas pondo a casa abaixo! Mas quando chega a noite, te dá um beijo, te dá um abraço de boa noite, aí sim, aí tudo fecha. Aí tudo vale a pena.
Repórter Beatriz Amiden: Para contribuir com o debate público, basta acessar a página do Ministério da Justiça e Cidadania na internet, www.justica.gov.br. O prazo vai até o dia quatro de novembro. Reportagem: Beatriz Amiden.
Luciano: Você já parou para pensar que a água não é necessária apenas para a gente beber, tomar banho, lavar, cozinhar, ou fazer a irrigação de plantações?
Helen: É, a água também é elemento fundamental para a indústria, para produzir diversos produtos.
Luciano: Por exemplo, para fazer uma calça jeans, você sabe quantos litros de água são usados? 11 mil litros!
Helen: E para fazer apenas um litro de cerveja? 155 litros! É muita água.
Luciano: Para que as indústrias de todo o país usem a água de forma mais racional e sustentável, o governo fechou um acordo com a Confederação Nacional da Indústria.
Helen: A ideia é criar alternativas para evitar que esse bem precioso seja consumido sem controle.
Luciano: Boas alternativas não faltam. O repórter Leonardo Meira foi conhecer uma delas em São Paulo, que transforma água do esgoto em água usada para fabricar pneus, por exemplo.
Repórter Leonardo Meira: A água é fundamental não só para o ser humano, animais e plantas, mas também para várias atividades da indústria. Não é à toa que o setor responde por 17% de toda água consumida no Brasil. Fica atrás apenas da irrigação e do uso da população nas cidades. Em tempos de mudança climática, nem de longe dá para pensar em esbanjar. Para promover o uso racional e sustentável, governo e iniciativa privada firmaram um acordo de cooperação. Gustavo Fontenele, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior explica que nessa primeira fase vão ser elaboradas alternativas e estudos para que o uso da água seja mais eficiente na indústria.
Entrevistado - Gustavo Fontenele: Por agora, o que se vai fazer? Vão se desenvolver os estudos para que eles possam ser apresentados para as empresas. É justamente um uso mais inteligente da água, fazendo com que se use as quantidades necessárias sem desperdício, retirando menos da natureza, reduzindo o custo para as indústrias, reduzindo o custo para os consumidores, e sobretudo, deixando mais água em abundância para outros usos que sejam necessários.
Repórter Leonardo Meira: Já existem exemplos de boas iniciativas espalhadas pelo país. Uma delas é o projeto Aquapolo em São Paulo, pioneiro na América Latina e um dos dez maiores do mundo. Desde 2012, parte do esgoto da estação de tratamento do ABC paulista é amarzenada e tratada em oito tanques. A água, antes turva e poluída, sai límpida e pronta para ser utilizada em 14 indústrias, como explica o diretor do projeto, Marcos Asseburg.
Diretor do Projeto Aquapolo - Marcos Asseburg: O grande cliente nosso é o polo petroquímico, então são indústrias petroquímicas, mas hoje também outros tipos de atividades, como fabricação de pneus, indústrias de tubo, e outros, vem agregando também ao projeto, vem aderindo ao projeto Aquapolo.
Repórter Leonardo Meira: Cada litro de água produzido na Aquapolo equivale a um litro de água potável economizado para o consumo humano, cerca de 900 milhões de litros de água de reuso são produzidos todo o mês. A tecnologia de ponta transforma o esgoto em matéria prima para a indústria, que ganha na economia e também na produtividade, destaca Marcos.
Diretor do Projeto Aquapolo - Marcos Asseburg: Hoje o nosso custo é inferior a um custo de uma água potável. E somaria também a questão da qualidade, porque a nossa água, a água que nós produzimos, ela é feita conforme a qualidade necessária para as aplicações dos processos industriais. Ela é até melhor do que a água potável para certos usos industriais.
Repórter Leonardo Meira: Segundo um relatório da Agência Nacional de Água, ANA, cerca de 12% de toda água doce do planeta está aqui no país. Reportagem: Leonardo Meira.
Helen: Mais de dois bilhões de reais em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Centro-oeste estão assegurados para investidores que têm interesse em desenvolver projetos na região.
Luciano: 31 milhões já foram autorizados para o setor turístico, para a construção de um restaurante e na ampliação das instalações de um complexo hoteleiro em Goiás.
Helen: É, a malha rodoviária também está sendo beneficiada com obras na BR 050, principal via de ligação entre as regiões centro-oeste e sudeste. Mais de 200 quilômetros de rodovias estão sendo recuperados e duplicados.
Luciano: A produção de celulose de eucalipto em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, também vai investir com o dinheiro do fundo e pode gerar 40 mil empregos diretos e indiretos, além de estimular pequenos e médios produtores da região.
Helen: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Luciano: Aumenta média das notas de redação e ciências humanas de estudantes que fizeram o ENEM.
Helen: Por outro lado, diminui o desempenho dos alunos das escolas públicas, e o governo reforça a necessidade de reforma no ensino médio.
Luciano: Facilitar a adoção de crianças no país. Ministério da Justiça abre debate para mudanças na lei.
Helen: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Luciano: Produção: EBC Serviços.
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Luciano: Quer saber mais sobre o Governo Federal? Assista a TV NBR, e acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.
Helen: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite para você e até amanhã.