04 DE OUTUBRO DE 2018 - PODER EXECUTIVO

Destaques da Voz do Brasil: 30 anos da Constituição Cidadã. Em entrevista exclusiva à Voz do Brasil, presidente Michel Temer, que trabalhou para elaborar a Constituição, relembra fatos e curiosidades daquela época. Vamos falar deste importante documento, que garante, direitos trabalhistas e acesso à educação e à saúde. Mais escolas em tempo integral. Governo libera R$ 600 milhões para o Novo Ensino Médio. E faltando 1 mês para o Enem, a gente traz dicas para a reta final de preparação.

04 DE OUTUBRO DE 2018 - PODER EXECUTIVO

Destaques da Voz do Brasil: 30 anos da Constituição Cidadã. Em entrevista exclusiva à Voz do Brasil, presidente Michel Temer, que trabalhou para elaborar a Constituição, relembra fatos e curiosidades daquela época. Vamos falar deste importante documento, que garante, direitos trabalhistas e acesso à educação e à saúde. Mais escolas em tempo integral. Governo libera R$ 600 milhões para o Novo Ensino Médio. E faltando 1 mês para o Enem, a gente traz dicas para a reta final de preparação.

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Duração:

Publicado em 05/10/2018 12:23

Apresentador Nasi Brum: Em Brasília, 19h.

 

"Está no ar a Voz do Brasil. As notícias do Governo Federal que movimentaram o país no dia de hoje".

 

Apresentadora Gabriela Mendes: Olá. Boa noite.

 

Nasi: Boa noite para você que nos acompanha em todo o país.

 

Gabriela: Quinta-feira, 4 de outubro de 2018.

 

Nasi: E vamos ao destaque do dia.

 

Nasi: Trinta anos da Constituição Cidadã.

 

Gabriela: Em entrevista exclusiva à Voz do Brasil, Presidente Michel Temer, que trabalhou para elaborar a Constituição, relembra fatos e curiosidades daquela época.

 

Presidente Michel Temer: Foi um trabalho de que participou toda a sociedade. Quando se fala Constituição Cidadã é porque ela, na verdade, trouxe para o seu interior, né, as tendências da sociedade.

 

Nasi: Vamos falar deste importante documento que garante direitos trabalhistas e acesso à educação e à saúde. Luciana Collares de Holanda.

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: Saúde é direito de todos e dever do Estado. E para garantir acesso integral, universal e de graça para todos os brasileiros, criou o Sistema Único de Saúde.

 

Gabriela: E você também vai ouvir na Voz do Brasil.

 

Nasi: Mais escolas em também integral.

 

Gabriela: Governo libera R$ 600 milhões para o novo ensino médio. Luana Karen.

 

Repórter Luana Karen: A previsão é de que sejam criadas 100 mil novas vagas em 312 escolas em todo o país.

 

Nasi: E faltando um mês para o Enem, a gente traz dicas para a reta final de preparação.

 

Gabriela: Hoje, na apresentação da Voz do Brasil, Gabriela Mendes e Nasi Brum.

 

Nasi: E, para assistir gente, ao vivo, na internet, basta acessar www.voz.gov.br .

 

Gabriela: Há 30 anos o Brasil promulgava a nova Constituição.

 

Nasi: O conjunto de leis e normas do país garantiu direitos ao cidadão, como o acesso à saúde e à educação.

 

Gabriela: E para lembrar a data, a Voz do Brasil entrevistou, com exclusividade, o presidente Michel Temer.

 

Nasi: Em 1988 Temer era deputado constituinte e atuou para elaborar a Constituição.

 

Gabriela: Em entrevista à repórter Danielle Popov, Temer lembra de fatos e curiosidades de três décadas atrás.

 

Nasi: Durante a conversa você também vai ouvir trechos de frases históricas de um Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte.

 

Repórter Danielle Popov: O senhor era deputado constituinte, ajudou, né, na trabalhou na elaboração da Constituição Federal. Então, quais as memórias mais vivas que o senhor tem daquela época?

 

Presidente Michel Temer: A alegria cívica que eu tive e até, eu diria, alegria profissional porque eu dava aulas de direito constitucional. Então, eleito que fui para a constituinte, foi meu primeiro mandato como deputado federal, né? Então, tanto da visão pessoal, eu tive uma sensação de participante, né, de um processo de criação do novo Estado Brasileiro. Nós costumamos dizer que toda vez que você tem uma nova Constituição, você tem um novo Estado. Então, juridicamente o Estado Brasileiro existe a partir da 5 de outubro de 88.

 

"Hoje, 5 de outubro de 1988, no que tange a Constituição, a nação mudou".

 

Repórter Danielle Popov: Nesse momento particular, né, quais as discussões, o que mais se destacava nas discussões entre os parlamentares, quais as maiores dificuldades de consenso entre os deputados constituintes?

 

Presidente Michel Temer: Quando a constituinte foi instalada, decidiu-se que para ser ela revelador de toda a vontade popular, de todos os segmentos da população nós deveríamos começar do marco zero, e foi a partir daí que se criaram as chamadas comissões permanentes, não é? Você discutir esses temas não era fácil. E discutiu-se com a maior tranquilidade durante um bom período, e, produziu-se, como disse há pouco, um novo Estado Brasileiro. E, afinal, redigiu-se texto constitucional, que depois foi aprovado pelo Plenário da Constituinte, e foi uma festa.

 

"Declaro promulgada o documento da liberdade".

 

Presidente Michel Temer: Você imagine quando depois de um ano meio, e, olhe, um ano e meio, vou dizer a vocês, um ano e meio em que nós trabalhávamos também nos finais da semana, praticamente dia e noite, aliás, dia e noite mesmo porque muitas vezes ia até 2h, 3h. E o Dr. Ulysses, que comandava a constituinte, tendo ao seu lado ao relator Bernardo Cabral, eu me lembro muito das expressões dele, a todo momento ele dizia: "Vamos votar. Vamos votar. Vamos votar". Porque o voto, às vezes, era nominal. Então, era trabalhoso, né? Você não tinha nem votação... a votação eletrônica, né? Voto nominal, é chamado um por um para votar cada tema da Constituição. E isto importou num trabalho de mais de ano e meio, e, portanto, foi um trabalho de que participou toda a sociedade. Quando se fala Constituição Cidadã é porque ela, na verdade, trouxe para o seu interior, né, as tendências da sociedade.

 

Repórter Danielle Popov: Eu ia perguntar justamente sobre esse termo, né, da Constituição Federal Brasileira, conhecida, né, chamada de Constituição Cidadã. A que se refere esse termo do documento? Qual a importância de designá-la como uma Constituição Cidadã?

 

Presidente Michel Temer: É porque ela atendeu a todas as postulações da sociedade. É claro que ela começou atendendo um princípio fundamental, que era o restabelecimento na democracia no nosso país. Ela conseguiu trazer para o seu texto tanto os princípios do liberalismo, como os princípios do que vamos chamar de socialismo, por exemplo, os direitos dos trabalhadores.

 

"E é só cidadão que ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa".

 

Presidente Michel Temer: Elencadas no texto constitucional, ninguém pode modificar. Uma lei comum, uma portaria, ou, o que seja, não pode modificar o que já está na Constituição. Até direito convenhamos, direito à alimentação, direito à moradia são estabelecidos no texto... hoje estabelecidos no texto constitucional. Então, ela foi um amalgamo, uma mistura dos princípios do liberalismo com os princípios do estado social. Acho que isso é uma coisa que permitiu a sobrevivência da Constituição Federal.

 

Gabriela: E a entrevista com o Presidente Michel Temer continua amanhã.

 

Nasi: Temer vai falar da importância da Constituição para os dias atuais e o desafio para definir novas leis que tragam o Brasil para o século XXI.

 

Gabriela: E uma das conquistas que veio com a Constituição de 1988 foi o acesso universal e gratuito à saúde a todos os brasileiros.

 

Nasi: Uma pesquisa recente mostrou que mais de 75% dos idosos do país dependem exclusivamente dos serviços prestados no Sistema Único de Saúde.

 

Gabriela: Isso dá a ideia da dimensão do SUS, um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo.

 

Nasi: A educação também passou a ser dever do Estado, inclusive, para quem não teve acesso ao ensino na idade certa.

 

Gabriela: E é sobre esses e outros direitos sociais da Constituição que nós preparamos uma reportagem especial. Vamos ouvir.

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: Foram 20 meses de trabalho para o nascimento da Constituição. A Assembleia Nacional Constituinte, convocada em 1985, era composta por com 559 parlamentares, entre deputados federais e senadores. Os brasileiros também contribuíram, e, muito, nesse processo, durante cinco meses foram recebidas sugestões que chegavam de todas as partes do país. Ao todo, mais de 72 mil vindas dos cidadãos, e o resultado foi o documento que ficou conhecido como Constituição Cidadã. O professor de direito constitucional, Eduardo Mendonça, explica.

 

Professor de direito constitucional - Eduardo Mendonça: Ela é uma Constituição muito ambiciosa no reconhecimento de direitos. E, por outro lado, ela tentou trazer formas de efetivar esses direitos, formas de tornar esses direitos exigíveis perante o Poder Judiciário.

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: O dia 5 de outubro de 1988 amanheceu chuvoso na capital do país, mas a mudança de planos nas comemorações não alterou em nada a euforia pelas mudanças que viriam com a promulgação da nova Carta. A sessão solene no Congresso Nacional foi marcada por discursos intensos e muita emoção, como o de Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Nacional Constituinte.

 

"Declaro promulgado o documento da liberdade, da dignidade, da democracia, da justiça social do Brasil. Que Deus nos ajude que isto se cumpra".

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: A partir das 3h50 da tarde daquele 5 de outubro, os brasileiros passariam a contar com direitos fundamentais garantidos em várias áreas. A educação passou a ser dever de Estado sendo, inclusive, ampliada. A licença paternidade, por exemplo, que não existia, permitiu que os pais se dediquem aos filhos recém-nascidos nos primeiros dias de vida, entre outros direitos trabalhistas que passaram a existir. O auxiliar de departamento financeiro, Edeilton Wellington da Silva, trabalha há oito anos com a carteira assinada e comemora os benefícios de ter os direitos garantidos.

 

Auxiliar de departamento financeiro - Edeilton Wellington da Silva: Eu acho importante tanto para garantir o seguro tanto do empresário, como, principalmente do empregado, né?

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: A Constituição diz ainda que saúde é direito de todos e dever do Estado, e para garantir acesso integral, universal e de graça para todos os brasileiros criou o Sistema Único de Saúde, um dos maiores sistemas públicos do mundo. Cristiano Ramos conviveu com a realidade da saúde antes do SUS, ele descobriu que é portador do vírus HIV há 32 anos, dois anos antes da Constituição. Hoje ele tem carga viral indetectável, ou seja, não transmite o vírus, nem sofre as consequências dele no organismo, isso graças ao coquetel que toma todos os dias, medicação que é distribuída de graça pelo Sistema Único de Saúde.

 

Entrevistado - Cristiano Ramos: Essa é uma conquista importante que salvou muitas vidas. O Brasil é um dos cinco países no mundo que ofertam gratuitamente o coquetel e isso tem sido um diferencial na política brasileira de combate à Aids.

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: Ao longo desses 30 anos a Constituição Federal sofreu alterações, elas vieram por meio de emendas constitucionais e reescrevem 99 aspectos importantes, mas a parte mais central, que trata dos direitos fundamentais e da organização dos poderes está preservada. O professor de direito constitucional, Eduardo Mendonça, destaca que mesmo com as mudanças no Brasil e no mundo, a Constituição Brasileira não se tornou ultrapassada.

 

Professor de direito constitucional - Eduardo Mendonça: Ela tem sinais do tempo, mas, no geral, acho que ela foi a Constituição que nos tirou de um regime militar e nos trouxe 30 anos de democracia. Não reconhecer isso seria muito injustiça com ela.

 

Repórter Luciana Collares de Holanda: A nova carta também garantiu ao brasileiro o pleno acesso à cultura e conferiu ao Estado a obrigação de proteger todos os tipos de manifestações tipicamente nacionais, como a indígena, a popular e a afrobrasileira. Reportagem, Luciana Collares de Holanda.

 

Nasi: E para celebrar os 30 anos da nossa Constituição, foi realizada em Brasília uma sessão solene na sede do Supremo Tribunal Federal.

 

Repórter João Pedro Neto: Na sessão especial do STF, o Presidente Michel Temer disse que não há caminho fora da Constituição e que é preciso preservá-la. Ele ressaltou que o texto constitucional deu o caminho para criação de políticas públicas no país.

 

Presidente Michel Temer: Quando você pega os chamados direitos sociais, é longo capítulo os direitos trabalhistas, até direitos do tipo, até num primeiro momento ridicularizados, como credito à alimentação, direito à moradia, que são normas programáticas, mas que, sendo programáticas, impedem qualquer política pública divergente daquela norma programática.

 

Repórter João Pedro Neto: A Constituição de 1988 é a segunda que mais tempo vigorou no país e marcou a passagem entre o regime militar e a democracia no Brasil. Michel Temer lembrou ainda que a Constituição deixa claro que o titular da soberania do país é o povo.

 

Presidente Michel Temer: Nós estamos exercendo a soberania que não é nossa, soberania do povo, isso tenho dito, é uma trivialidade quase porque nós somos autoridades constituídas. O único titular do poder do nosso sistema é o povo.

 

Repórter João Pedro Neto: A celebração pelos 30 anos do texto constitucional contou também com o lançamento de um selo comemorativo dos Correios e um carimbo em alusão à data, além de uma edição especial da Constituição de 88. Reportagem, João Pedro Neto.

 

Gabriela: E, na sua opinião, como a Constituição mudou a sua vida e a realidade do país?

 

Nasi: Grave uma mensagem e mande para o nosso WhatsApp 61-99862-7345. Eu vou repetir 61-99862-7345.

 

Gabriela: A sua mensagem vai aparecer amanhã, ao vivo, aqui na Voz do Brasil.

 

Nasi: Daqui a pouco a gente vai trazer detalhes do trabalho de indígenas como brigadistas.

 

Gabriela: Eles protegem as terras onde vivem o seu povo, de incêndios.

 

Nasi: R$ 600 milhões vão ser investidos para implementar o novo ensino médio no país.

 

Gabriela: Parte dos recursos vai servir para qualificar professores e adaptar a estrutura de escolas que passam a oferecer ensino em tempo integral.

 

Nasi: A estimativa do Ministério da Educação é de que sejam criadas 100 mil vagas.

 

Repórter Luana Karen: É com muito estudo que Maiara Cordeiro está construindo o futuro. A aluna do segundo ano do ensino médio de uma escola pública de Brasília passa a maior parte do dia em sala de água.

 

Estudante - Maiara Cordeiro: O ensino integral está me ajudando muito, porque eu tenho muita dificuldade em algumas matérias e ele está me ajudando nisso. E dando reforço para o Enem, me ajudando a aprender uma nova língua.

 

Repórter Luana Karen: A ampliação de oferta de escolas em tempo integral, como a da Maiara, ganhou novo impulso com a reforma do ensino médio, que também prevê a flexibilização do currículo e a ampliação da carga horária. Deixar os alunos mais tempo na escola tem um custo, para ajudar na implementação do novo ensino médio e para ampliar o número de escolas em tempo integral o Governo Federal está destinando mais R$ 600 milhões. O professor e economista-chefe do Instituto Ayrton Senna, Ricardo Paes de Barros, destacou o montante destinado à educação.

 

Professor e economista - Ricardo Paes de Barros: Talvez não exista outro país no mundo que os gastos com educação estejam crescendo tão rapidamente quanto eles estão crescendo no Brasil. Nós estamos conscientemente, deliberadamente promovendo esse aumento do gasto em educação, porque a gente entende que a educação é um direito humano fundamental. A base para você vivenciar todos outros direitos humanos, e, acima de tudo, o que vai garantir que os brasileiros e cada brasileiro possa sonhar e realizar os seus sonhos.

 

Repórter Luana Karen: O ministro da Educação, Rossieli Soares, explica também vão ser aplicados recursos na avaliação do programa de ensino em tempo integral.

 

Ministro da Educação - Rossieli Soares: Nós teremos as vagas para as escolas e teremos escolas que não vão receber o programa, que vão estar sendo todo tempo comparadas, para a gente poder dizer o que é que o tempo integral está agregando na aprendizagem, o que é que está melhorando a vida do jovem, o que é que realmente de resultado nós temos.

 

Repórter Luana Karen: O Presidente Michel Temer lembrou que investir em educação é respeitar a Constituição Federal.

 

Presidente Michel Temer: A Constituição não usou um meio termo, educação é direito de todos e dever do Estado. Esta é a regra fundante daquilo que deve gerir, reger a atividade de todos aqueles que se dedicam a esse setor do poder público. Educação é um dos principais temas que preocupam o governo, e, que, sobre preocuparem, têm gerado medidas como está que agora nós estamos aqui todos aplaudindo.

 

Repórter Luana Karen: Dos R$ 600 milhões anunciados nesta quinta-feira, R$ 400 milhões vão para a implementar do novo ensino médio em cerca de 5 mil escolas públicas até 2020. O dinheiro deve ser usado para adequar a infraestrutura das escolas, comprar equipamos e implantar projetos pedagógicos, por exemplo. Outro R$ 200 milhões serão investidos na ampliação das escolas em tempo integral e na avaliação do programa. A previsão é de que sejam criadas 100 mil novas vagas em 312 escolas em todo o país. Reportagem, Luana Karen.

 

Gabriela: E está chegando o dia. Falta exatamente um mês para o Enem.

 

Nasi: E a nossa repórter Cleide Lopes conversou com estudantes e professores e dá dicas para essa última etapa da preparação.

 

Repórter Cleide Lopes: A estudante brasiliense, Thaís Sabatovski, vai fazer o Enem pela terceira vez. A um mês das provas, ela diz que a ansiedade faz parte, mas garante que está preparada.

 

Estudante - Thaís Sabatovski: Sempre tem o nervosismo de não dar tempo de fazer a redação, a gente errar uma questão ali por besteira, de não conseguir fazer os cálculos, mas eu acredito que eu estou bem preparada. Vai dar para passar.

 

Repórter Cleide Lopes: A edição de 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, recebeu mais de 6,770 milhões inscrições. Este é o segundo ano em que as provas são aplicadas em dois domingos. Fábio Santos é professor de história de um cursinho preparatório em Brasília e dá dicas para quem quer sair bem das provas.

 

Professor de história - Fábio Santos: A manutenção da calma nesse momento seria extremamente importante. Tentar consolidar aquilo que já foi aprendido, rever as provas anteriores dos últimos quatro, cinco certames do Enem. Em caso de algum tipo de dúvida surgida, sanar essas dúvidas, que também são importantes.

 

Repórter Cleide Lopes: Para evitar problemas, a orientação da diretora de Avaliação da Educação Básica do Inep, Luana Bergmann, é que os estudantes fiquem atentos aos locais onde as provas serão realizadas.

 

Diretora de Avaliação da Educação Básica do Inep - Luana Bergmann: Verifiquem onde vão fazer a sua prova, se vão precisar viajar, se não, e conhecem o endereço, se já foram lá alguma vez, e que façam esse trajeto, testem quanto tempo ele leva para chegar no local de prova, para que não tenha nenhuma surpresa no domingo de realização.

 

Repórter Cleide Lopes: Até o dia 22 de outubro serão divulgados os locais onde as provas serão realizadas. As informações estarão disponíveis na página do participante, no site do Inep, em www.inep.gov.br/participante. Reportagem, Cleide Lopes.

 

Gabriela: E para ampliar a acessibilidade e a inclusão, a partir de hoje, a videoprova em Libras do Enem de 2017 pode ser acessada pelo site do Inep.

 

Nasi: Essa opção permite que surdos e deficientes auditivos estudem pelas provas anteriores em formato adequado, e, assim, se preparem melhor para o exame.

 

Gabriela: Para garantir que todos os eleitores do país votem com segurança neste domingo, o Centro Integrado de Comando e Controle das Eleições começou a funcionar hoje, em Brasília.

 

Nasi: O centro vai coordenar as ações de 280 mil profissionais em todo o país, responsáveis em combater os crimes eleitorais.

 

Repórter Márcia Fernandes: A sala equipada com um telão e monitores foi usada na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas do Rio, em 2016, para monitorar a segurança desses eventos. Agora, vai ser usada também nos dois turnos das eleições. Com algumas ligações, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, conversa por videoconferência com representantes da segurança da Bahia, Rio de Janeiro, Amazonas e Rio Grande do Sul.

 

Ministro da Segurança Pública - Raul Jungmann: Pois não. Estamos lhe ouvindo. Poderia dar um panorama dos preparativos para a segurança e tranquilidade do pleito?

 

Repórter Márcia Fernandes: De forma integrada, o centro está pronto para garantir a segurança na distribuição das urnas, o controle do trânsito e a prevenção a situações de emergência. E, não é só isso, o centro está conectado a uma outra central, que entrou em funcionamento nesta semana. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que as atribuições de cada centro são bem específicas.

 

Ministro da Segurança Pública - Raul Jungmann: Lá é investigação. Aqui é ordem pública, segurança pública, segurança ostensiva, segurança das vias, segurança no trânsito, segurança no transporte, segurança nos locais de votação.

 

Repórter Márcia Fernandes: O Centro Integrado de Comando e Controle coordena o trabalho de 280 mil profissionais, de 26 estados e do Distrito Federal. São integrantes das Polícias Civis e Militares dos estados, do Corpo de Bombeiros, Guardas Municipais, órgãos de trânsito, Polícia Federal e Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança, todos em cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral, as Forças Armadas e também a Agência Brasileira de Inteligência. O centro vai funcionar 24 horas por dia até segunda-feira, dia 8. Depois, no segundo turno das eleições, volta a funcionar entre os dias 22 e 29 de outubro. Reportagem, Márcia Fernandes.

 

Gabriela: Eles reúnem tudo o que é necessário para a atividade, vivem em contato com a natureza, conhecem os caminhos que levam às aldeias e querem, mais do que ninguém, proteger sua terra e seu povo.

 

Nasi: Atualmente 800 indígenas atuam como brigadistas, protegendo uma área onde vivem cerca de 100 mil pessoas.

 

Gabriela: São mais de 20 milhões de hectares de vegetação nativa, uma área equivalente ao tamanho do estado do Paraná.

 

Repórter Graziela Mendonça: Donizete Ratauare Javaé, de 22 anos, já possui uma grande responsabilidade, ajudar a combater incêndios na terra indígena Parque do Araguaia, onde mora, em Tocantins. Pela terceira vez ele está atuando como brigadista do Centro Nacional de Prevenção aos Incêndio Florestais, o Prevfogo. E o serviço não é pouco, agora mesmo Donizete está em operação, ajudando a controlar o fogo na região, junto com outros 77 índios.

 

Entrevistado - Donizete Ratauare Javaé: Na maioria das vezes os combates são noturnos. Tem dia que tem três focos, quatro focos, cada foco em torno de dois quilômetros, três quilômetros, quatro quilômetros de linha de fogo.

 

Repórter Graziela Mendonça: Assim como Donizete, cerca de 800 indígenas trabalham como brigadistas em todo o país. Eles já são mais de metade do efetivo de brigadistas do Prevfogo e protegem uma área de mais de 20 milhões de hectares de queimadas e incêndios. O coordenador do Prevfogo, Gabriel Zacharias, explica a importância de envolver os indígenas nesse trabalho.

 

Coordenador do Prevfogo - Gabriel Zacharias: Eles moram ali. Então, eles têm um bom conhecimento, eles têm um controle do que acontece, de como eles podem trabalhar na área. Muitas vezes, o fogo é originário de dentro da própria terra indígena, uma roça que foi feita sem um controle, os próprios brigadistas já vão orientando a comunidade.

 

Repórter Graziela Mendonça: Os indígenas participam de uma seleção, passam por treinamento e são contratados temporariamente pelo governo, uma oportunidade de proteger a sua terra e receber por isso, como explica Donizete.

 

Entrevistado - Donizete Ratauare Javaé: A gente aprende sobre o uso do fogo, sobre o manejo integrado do fogo, sobre o uso correto das ferramentas. E quando a gente trabalha no que gosta e ainda é pago, é muito gratificante.

 

Repórter Graziela Mendonça: Além de combater o fogo, os brigadistas indígenas também fazem um trabalho de educação ambiental e prevenção de incêndios nas aldeias. Segundo o coordenador estadual do Prevfogo no Tocantins, Pedro Paulo Xerente, as ações já estão surtindo efeito nessas comunidades.

 

Coordenador estadual do Prevfogo - Pedro Paulo Xerente: Você chega nas aldeias, as crianças estão falando que quando crescer querem ser um brigadista, porque eles veem o lindo trabalho que os indígenas fazem de ir apagar o fogo, retornam para suas aldeias todos sujos de carvão, às vezes dormem no mato. É um trabalho educativo e um espelho para as gerações novas.

 

Repórter Graziela Mendonça: Nos últimos cinco anos o Prevfogo já contratou mais de 3,3 mil índios como brigadistas. Reportagem, Graziela Mendonça.

 

Nasi: E essas foram as notícias do Governo Federal.

 

Gabriela: Fique agora com as Notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite.

 

Nasi: Boa noite para você e até amanhã.

 

"A Voz do Brasil, Governo Federal".