05/01/2012 - A Voz do Brasil

O governo federal liberou um crédito extraordinário de R$ 482.850.000,00 para obras de prevenção de desastres naturais e de defesa civil. O Ministério da Saúde enviou hoje para os municípios mais afetados pelas chuvas na região serrana e no noroeste do estado do Rio de Janeiro remédios como antibióticos, antiinflamatórios, medicamentos contra parasitas, analgésicos, além de ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras e seringas que podem atender 30.000 pessoas durante 1 mês. A medida faz parte das ações da Força Nacional do SUS. As famílias brasileiras encerraram o ano de 2011 mais otimistas. É o que aponta o Índice de Expectativas das Famílias, calculado pelo Ipea, e que analisa itens como a situação econômica e social do país, mercado de trabalho e decisões de consumo. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

05/01/2012 - A Voz do Brasil

O governo federal liberou um crédito extraordinário de R$ 482.850.000,00 para obras de prevenção de desastres naturais e de defesa civil. O Ministério da Saúde enviou hoje para os municípios mais afetados pelas chuvas na região serrana e no noroeste do estado do Rio de Janeiro remédios como antibióticos, antiinflamatórios, medicamentos contra parasitas, analgésicos, além de ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras e seringas que podem atender 30.000 pessoas durante 1 mês. A medida faz parte das ações da Força Nacional do SUS. As famílias brasileiras encerraram o ano de 2011 mais otimistas. É o que aponta o Índice de Expectativas das Famílias, calculado pelo Ipea, e que analisa itens como a situação econômica e social do país, mercado de trabalho e decisões de consumo. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Gláucia Gomes: Governo libera R$ 482 milhões para a prevenção de desastres naturais.

Apresentador Luciano Seixas: Ministério da Saúde envia quatro toneladas de medicamentos para vítimas das enchentes no Rio de Janeiro.

Gláucia: Famílias brasileiras estão mais otimistas em relação à economia no país, revela pesquisa do Ipea.

Luciano: Quinta-feira, 5 de janeiro de 2012.

Gláucia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Gláucia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Gláucia Gomes.

Gláucia: Um decreto publicado hoje no Diário Oficial da União liberou crédito extraordinário no valor de R$ 482,85 milhões para obras de prevenção de desastres naturais e de Defesa Civil.

Luciano: O Ministério da Integração Nacional vai ficar com a maior parte, quase R$ 444 milhões. Já o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação vai receber R$ 6 milhões para a implantação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais.

Gláucia: E para o Ministério da Defesa foi destinado R$ 32,924 milhões para cooperação em ações de Defesa Civil.

Luciano: A jornalista Raquel Mariano conversou com o diretor do Departamento de Articulação e Gestão da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Cristiano Heckert, sobre a liberação desse dinheiro.

Repórter Raquel Mariano: Como esse dinheiro vai ser utilizado?

Diretor do Departamento de Articulação e Gestão da Secretaria Nacional de Defesa Civil - Cristiano Heckert: Esse dinheiro, ele é dividido em várias rubricas orçamentárias. Existe uma rubrica que é para resposta a situações de desastres, então é um dinheiro voltado para assistência imediata à população afetada, compra de alimentos, de água potável, abrigo às pessoas que estão desalojadas ou desabrigadas, remoção de escombros, recuperação emergencial de infraestrutura. Existe uma rubrica específica para isso e a gente está, nesse momento, interagindo com os estados mais castigados, principalmente Minas Gerais, Rio de Janeiro, já devem estar encaminhando entre hoje e amanhã os seus pedidos, aqui, para o Ministério da Integração Nacional, para que a gente possa ir providenciando o repasse desses recursos. Depois, existe um segundo conjunto de recursos, também previsto nessa medida provisória, para reconstrução de infraestrutura danificada. Então, esse é o dinheiro que vai ser usado para reconstruir uma ponte que caiu, recuperar uma estrada que foi destruída, projetos, assim, de maior tempo de maturação. E um terceiro conjunto de projetos é para a prevenção de desastres. Então, é aquela verba que vai ser aplicada em todo o país para evitar a ocorrência de futuros desastres. O governo federal tem trabalhado de forma bem... buscando enfatizar a prevenção a desastres. Então, o Cenad recebe os alertas meteorológicos de diversas instituições que acompanham aí os fenômenos climáticos, não é, e trabalha esses dados, e repassa essas informações e articula com as Defesas Civis locais para, sempre que possível, desocupar uma área de risco antes que venha uma chuva, ou um alagamento, procurando atuar de forma proativa. Nós fizemos vários simulados, também, ao longo de 2011, preparando essa comunidade, treinando para enfrentar essas situações. Fazemos capacitação, foram mais de 6 mil pessoas capacitadas o ano passado. Então, um conjunto de ações, além das próprias obras estruturantes que buscam proteger a população e evitar ocorrências de desastre.

Repórter Raquel Mariano: Eu conversei com Cristiano Heckert, diretor do Departamento de Articulação e Gestão da Defesa Civil. Cristiano, muito obrigada pela sua entrevista na “Voz do Brasil”.

Diretor do Departamento de Articulação e Gestão da Secretaria Nacional de Defesa Civil - Cristiano Heckert: Obrigado vocês. Boa noite.

Gláucia: O Ministério da Saúde enviou, hoje, uma ajuda emergencial para os municípios mais afetados pelas chuvas na região serrana e no noroeste do estado do Rio de Janeiro.

Luciano: São quatro toneladas de produtos que são usados em casos de desastres. Entre eles, remédios como antibióticos, anti-inflamatórios, medicamentos contra parasitas, analgésicos, além de ataduras, esparadrapos, luvas, máscaras e seringas.

Gláucia: O material pode atender 30 mil pessoas durante um mês. A medida faz parte das ações da Força Nacional do SUS.

Luciano: No Rio de Janeiro, seis municípios decretaram situação de emergência após as enchentes provocadas pela chuva, segundo a Defesa Civil do Estado. Em todo o estado do Rio, 22.800 pessoas foram afetadas pela chuva.

Gláucia: E, em Minas Gerais, subiu para 71 o número de cidades que decretaram estado de emergência, e oito pessoas morreram vítimas da chuva.

Luciano: O superintendente operacional da Defesa Civil de Minas Gerais, major Arruda, explica como está sendo feito o trabalho para ajudar a população do estado a enfrentar as fortes chuvas.

Superintendente operacional da Defesa Civil de Minas Gerais - major Arruda: Trata-se de uma situação que inspira muito cuidado. E a Defesa Civil do Estado, junto com todas as Secretarias, estão fazendo frente a toda a resposta, ou seja, está dando todo o apoio nas respostas dos municípios atingidos pelas chuvas, seja com equipe, seja com desobstrução de vias, seja com vacinação, medicamentos, e até mesmo com uma coordenação da Defesa Civil naquela região que foi mais afetada em Minas Gerais, que nós chamamos, na região da Zona da Mata, Campo das Vertentes. Estamos já trabalhando no sentido do relatório de avaliação de danos ser homologado e reconhecido pelo governo federal para que esses municípios fiquem aptos à captar recursos do governo federal para planos de reconstrução, e estamos fazendo frente, também, a alertas meteorológicos em outras regiões do estado que podem vir a cometer acontecimento de chuvas.

Gláucia: No Espírito Santo, as chuvas já afetaram 25 municípios do interior do estado.

Luciano: As áreas estão sendo vistoriadas e monitoradas pelas Defesas Civis Municipais e Estadual para detectar áreas de risco e dar o suporte necessário à população atingida.

Gláucia: E os segurados da Previdência Social de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, que por causa das chuvas não conseguiram ser atendidos nas agências do INSS na data agendada para o requerimento de um benefício, terão seus direitos garantidos.

Luciano: Nos casos em que o atendimento não foi possível, o segurado deve ligar para a central 135 e agendar nova data. A medida vale para todos os municípios onde foi decretado estado de emergência.

Gláucia: A presidenta Dilma Rousseff chegou em Brasília, após recesso, por volta das 5h da tarde à base aérea de Brasília. De lá, Dilma foi para o Palácio da Alvorada, onde passou o resto do dia sem compromissos oficiais, mas recebeu a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Luciano: Dilma Rousseff chegou da Bahia, onde passou dez dias de descanso na base naval de Aratu. Segundo a assessoria de imprensa da Presidenta, ela deve voltar ao trabalho, no Palácio do Planalto, na próxima semana.

Gláucia: Ainda segundo a assessoria, durante o recesso, a Presidenta acompanhou de perto a situação das chuvas e dos estados atingidos pelas enchentes. De lá, Dilma conversou por telefone com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia.

Luciano: Para monitorar as áreas atingidas pelas fortes chuvas, as Defesas Civis estão em alerta. O trabalho conta com apoio de radares e outros equipamentos que medem o índice de chuvas e o nível dos córregos e dos rios.

Gláucia: Hoje, no programa “Bom Dia, Ministro”, Aloizio Mercadante, da Ciência, Tecnologia e Inovação, informou que o governo está investindo cada vez mais em políticas de prevenção.

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação – Aloizio Mercadante: Temos feito alerta diário. Ontem, por exemplo, nós estávamos com alerta na grande Vitória. Temos feito alerta na grande Belo Horizonte... As chuvas, em Minas Gerais, atingiram 800 milímetros no mês de dezembro. É o maior volume de chuvas, o governador Anastasia me disse, do último século em Minas Gerais. E, no entanto, nós tivemos um número de vítimas bastante reduzido. O que o Ministério faz? Ele faz esse alerta. Os radares estão integrados, hoje, nesse sistema, os satélites, e os pluviômetros e hidrômetros. Então, o Brasil precisa entender que nós precisamos criar uma cultura de prevenção.

Gláucia: O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, também disse que o programa “Ciências Sem Fronteiras” tem recebido um número de inscrições acima do esperado. Segundo ele, nas últimas 48 horas, foram mais de 7 milhões de acessos ao portal do programa.

Gláucia: São 75 mil bolsas de estudo para alunos brasileiros de graduação e pós-graduação em instituições internacionais. Os primeiros 1.500 bolsistas já viajaram para os Estados Unidos para começar os cursos.

Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação – Aloizio Mercadante: Nos Estados Unidos, negociamos 18 mil bolsas para esses próximos três anos; na França, 10 mil bolsas; na Inglaterra, 10.200; na Alemanha, 10 mil; na Itália, 6 mil. E, agora, esse novo edital que nós estamos fazendo, que tem 12 mil inscritos, são para esses países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Itália. E, posteriormente, nós vamos fazer um novo edital para países como China, Coreia, Holanda, Canadá, Bélgica, enfim, outros países que têm as melhores universidades do mundo.

Luciano: Mais informações pela internet, no endereço: www.cienciasemfronteiras.gov.br.

Gláucia: Sete e onze no horário brasileiro de verão.

Luciano: O programa “Brasil Profissionalizado” começa, este ano, com nove convênios assinados com as redes estaduais para construção e ampliação de escolas técnicas.

Gláucia: As parcerias vão garantir investimentos no valor de R$ 358 milhões.

Luciano: O repórter Paulo La Salvia conversou com o coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Marcelo Camilo Pedra, e tem os detalhes.

Repórter Paulo La Salvia: Como que vão ser distribuídos estes recursos?

Coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação - Marcelo Camilo Pedra: Esses recursos serão aplicados cerca de 191 milhões na construção de novas escolas técnicas estaduais e na ampliação de três escolas técnicas. O restante do recurso será usado para compra de mobiliários, equipamentos e instalação de laboratórios técnicos.

Repórter Paulo La Salvia: Quantos alunos, ao todo, vão ser beneficiados?

Coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação - Marcelo Camilo Pedra: Com esse volume de recursos de 2011, a gente acredita que cerca de 50 mil alunos: 30 mil alunos serão a partir das novas escolas construídas e 20 mil alunos que já estão cursando e serão beneficiados também.

Repórter Paulo La Salvia: Agora, o programa “Brasil Profissionalizado” existe desde 2007. Qual que é o balanço que você pode fazer do programa nestes quatro anos de execução?

Coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação - Marcelo Camilo Pedra: Bem, é um balanço muito positivo, nós chegamos, esse ano de 2011, a 2 bilhões de investimentos, incluindo construção de 203 escolas novas, incluindo ampliação de pouco mais de 500 escolas técnicas, instalação de mais de 1.700 laboratórios, compra de livros técnicos de diversas áreas. A execução do programa apresenta algumas dificuldades em alguns estados, em outros estados ele é um pouco mais rápido, mas ainda sim o programa apresenta um êxito muito satisfatório.

Repórter Paulo La Salvia: Agora, três estados, apenas três estados do país não fazem parte do programa. A ideia do Ministério da Educação é que eles também entrem para o programa nos próximos anos?

Coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação - Marcelo Camilo Pedra: Sim, o Ministério da Educação está de portas abertas a todos os estados da Federação. Hoje, apenas, três estados não fazem parte do programa, o estado do Rio de Janeiro, do Amazonas e de Rondônia, mas assim que esses estados desejarem, eles podem apresentar as propostas ao Ministério da Educação e, se tudo der certo, a gente conseguir, também, entrar nesses estados.

Repórter Paulo La Salvia: “A Voz do Brasil” conversou com exclusividade com Marcelo Camilo Pedra, coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação. Muito obrigado pela entrevista, Marcelo.

Coordenador-geral de Fortalecimento das Redes de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação - Marcelo Camilo Pedra: Eu que agradeço a oportunidade.

Gláucia: Em novembro do ano passado, a produção das indústrias do país cresceu 0,3% na comparação com outubro. O dado foi divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE.

Luciano: Entre as 18 áreas que apresentaram crescimento industrial estão máquinas e equipamentos, veículos automotores e vestuário. A leve alta da produção industrial foi registrada após três meses de queda, como destaca o pesquisador do IBGE, André Macedo.

Pesquisador do IBGE - André Macedo: Esse acréscimo na produção é precedido de três resultados negativos que acumularam uma perda 2,6%. Para o resultado de novembro, observa-se um predomínio de taxas positivas entre as categorias de uso e as atividades, a única exceção é... Entre as categorias de uso fica exatamente com bens de consumo duráveis, que mostra uma perda de 0,8%. E, por outro lado, bens de consumo duráveis, com expansão de 2,2%; bens de capital, com acréscimo de 1,6%; e bens intermediários, com um acréscimo de 0,5%, completam os resultados positivos entre as categorias de uso.

Gláucia: As famílias brasileiras encerraram o ano de 2011 mais otimistas, é o que o aponta um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, e divulgado hoje.

Luciano: O chamado “Índice de Expectativas das Famílias”, calculado pelo Ipea, analisa itens como a situação econômica e social do país, mercado de trabalho e decisões de consumo. Saiba mais informações na reportagem de Ricardo Carandina.

Repórter Ricardo Carandina (Salvador-BA): O levantamento mostrou que o índice de otimismo dos brasileiros, em dezembro de 2011, foi de 67,2 pontos numa escala que vai de zero a 100. O número é 3,5 pontos maior que o registrado no mês anterior, e igual ao recorde alcançado pela pesquisa em janeiro do ano passado. O Centro-Oeste foi a região mais otimista, 77 pontos, e o Norte a região que apresenta o menor índice, 61,2 pontos. Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, explica por que as famílias brasileiras estão otimistas.

Presidente do Ipea - Marcio Pochmann: Em primeiro lugar, a confiança de que o país seguiu crescendo ainda num ritmo menor, e, com esse crescimento, a ampliação dos postos de trabalho, acompanhado da elevação da renda, especialmente dos segmentos que constitui a base da pirâmide social. E, ao mesmo tempo, o fato de que em dezembro, o mês em que se recebe o 13º salário, e que se ampliam as vagas, especialmente vagas temporárias, dando a perspectiva de que esse tipo de situação possa se ter continuidade ao longo do ano de 2012.

Repórter Ricardo Carandina (Salvador-BA): A pesquisa “Índice de Expectativa das Famílias” mostra, ainda, que para a maioria dos entrevistados a situação financeira melhorou, 78% disseram estar melhor do que um ano antes, e 86% acham que a situação vai melhorar ainda mais nos próximos 12 meses. Com relação ao trabalho, 57% das famílias não têm expectativa de melhora, mas a maioria também não tem medo de perder o emprego, quase 79% dos chefes de domicílios se sentem seguros. O estudo revela, ainda, que 57% das famílias afirmam que é um bom momento para adquirir bens duráveis, como eletrodomésticos e automóveis. De Salvador, Ricardo Carandina.

Gláucia: Hoje, no Brasil, existem mais de 6 milhões de pessoas com deficiência visual, e quase 600 mil são completamente cegas.

Luciano: Os dados fazem parte do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

Gláucia: Uma das grandes conquistas da população que sofre com problemas de visão é o sistema em braile, que permite que os cegos leiam e escrevam.

Luciano: O Ministério da Educação distribui livros em braile nas escolas, mas, para isso, é preciso que o professor responda corretamente o Censo Escolar.

Gláucia: A repórter Priscila Machado nos mostra agora como o sistema em braile pode mudar a vida de uma pessoa.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): É uma combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas. Pelo sistema em braile, o deficiente pode ler e escrever. Seu José da Silva tem 54 anos, perdeu a visão aos 15 e logo abandonou os estudos. Nunca mais leu e nem escreveu, até 2008, quando conheceu o braile.

José da Silva: Eu era um anônimo, na verdade. Era, como dizem, um ilustre desconhecido. E, hoje, depois que eu comecei a ler o braile, lendo outros livros, fora a Bíblia, ler outros livros também que eu pego lá na biblioteca, então, realmente, a minha vida mudou. Eu dei um salto no tempo.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O sistema surgiu por volta de 1829 e foi desenvolvido por um cego, Louis Braille, que perdeu a visão aos 3 anos. Para o Seu José, a leitura em braile permite a inclusão na sociedade e a cidadania das pessoas cegas.

José da Silva: Eu amo muito a lei. Tudo que for pertencer à lei, eu gosto muito. Então, o meu sonho é ser advogado, porque a oratória para mim é muito fácil.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação distribui obras em braile para estudantes com deficiência visual. Entre 2009 e 2010, foram mais de 88 mil publicações entregues em todo o país, como explica Joiran Medeiros da Silva, coordenador-geral da Política Pedagógica da Educação Especial do Ministério da Educação.

Coordenador-geral da Política Pedagógica da Educação Especial do Ministério da Educação - Joiran Medeiros da Silva: Há possibilidade de lançamento, inclusive, do portátil braile, que é um sistema também que transcreve em tempo real o livro. Ele é filmado, mas ele tem o caráter acessível digital, mas ele tem o caráter também em formato braile, onde ele possa ter, nas escolas, a partir deste ano, 2º semestre deste ano, o acesso a essa tecnologia, que é de transcrição mais atual do braile.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Para receber as obras em braile, o MEC precisa ser informado do número de alunos com problemas de visão. Por isso, é importante que os professores informem quantos são cegos ou têm deficiência visual pelo Censo da Educação. De Brasília, Priscila Machado.

Luciano: Mais de mil cidades brasileiras vão receber recursos extras do Ministério da Saúde para ações de combate à dengue.

Gláucia: Serão investidos mais de R$ 92 milhões nos municípios que tiveram seus projetos de combate à doença selecionados pelo Ministério da Saúde. O objetivo do repasse adicional é qualificar ainda mais as estratégias de combate ao mosquito Aedes Aegypti.

Luciano: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta quais foram os critérios para selecionar os municípios beneficiados pelo recurso.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O Ministério da Saúde criou uma nova política de recursos para a dengue que é poder aumentar em até 20% os recursos para os municípios de mais possibilidade ou probabilidade de epidemia da dengue desde que eles venham a cumprir as recomendações do Ministério da Saúde, cumprir visitas domiciliares, mobilização da comunidade, treinamento dos seus profissionais e organização do serviço de saúde.

Gláucia: Para conhecer os estados contemplados pelos recursos direcionados para as ações de combate à dengue, basta acessar www.saude.gov.br.

Luciano: Os aparelhos de micro-ondas devem ficar mais seguros e econômicos.

Gláucia: É que os fabricantes vão ter que fixar nos eletrodomésticos a etiqueta que indica o consumo de energia, além de seguir novas regras, como limite de temperatura e proteção contra choque elétrico. A determinação é do Instituto Nacional de Metrologia, o Inmetro.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O micro-ondas é um eletrodoméstico essencial em muitas cozinhas nos dias de hoje. Na casa do radialista José Machado e da psicóloga Sônia Prado, ele é usado para descongelar alimentos e esquentar o leite.

Psicóloga - Sônia Prado: Eu, como trabalho fora, chego em casa, rapidamente esquento o leite, não tenho mais que sujar a leiteira, principalmente, é só a canequinha.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Mas apesar da praticidade, o eletrodoméstico esconde alguns perigos se for usado de forma inadequada. Foi o que aconteceu com o José.

Radialista - José Machado: Já levei alguns sustos, né, quando da primeira vez que eu fui assar um frango, que eu pus alumínio nas pontinhas, nas extremidades do frango, que ele ficou “tac-tac-tac-tac”. Eu levei um susto lascado.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Com o objetivo de prevenir acidentes foram criadas novas regras de segurança e eficiência energética para a fabricação desse eletrodoméstico. Assim como já ocorrem em outros produtos da linha branca, como geladeiras e fogões, os micro-ondas receberão a etiqueta nacional de conservação de energia, para que na hora da compra o consumidor saiba qual é o modelo mais econômico. Serão avaliados ainda analisados requisitos de segurança, tais como limite de temperatura máxima do aparelho, riscos de incêndio e danos mecânicos durante o funcionamento e proteção contra choque elétrico. As empresas fabricantes terão um ano para se adaptar às novas regras. O comércio também vai ter um prazo para esvaziar os estoques antigos. Mas, a partir do dia 1º de julho de 2014, só sairão das lojas micro-ondas com a nova etiqueta. A fiscalização será feita pelos órgãos do Inmetro, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade, Tecnologia, nos estados. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: Os interessados em uma bolsa do Programa Universidade para Todos, o Prouni, já podem consultar a relação das universidades e centros universitários que participam do programa, na internet.

Gláucia: Estão sendo oferecidas para este semestre 195 mil bolsas.

Luciano: As inscrições abrem no dia 14 e vão até o dia 19 de janeiro.

Gláucia: Todas as informações estão na página eletrônica do Ministério da Educação, no www.mec.gov.br.

Luciano: E, amanhã, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, deve viajar a Mato Grosso do Sul para acompanhar as ações de fiscalização contra a febre aftosa na fronteira com o Paraguai.

Gláucia: O Ministério da Agricultura reforçou a fiscalização no Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para evitar a entrada da aftosa no Brasil.

Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Gláucia: Governo libera R$ 482 milhões para a prevenção de desastres naturais.

Luciano: Ministério da Saúde envia quatro toneladas de medicamentos para vítimas das enchentes no Rio de Janeiro.

Gláucia: Famílias brasileiras estão mais otimistas em relação à economia no país, revela pesquisa do Ipea.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Gláucia: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.