05/10/2011 - A Voz do Brasil

A presidenta Dilma Rousseff segue a viagem por 3 países da Europa. Hoje, em Sófia, capital da Bulgária, a presidenta se encontrou com o presidente, Georgi Parvanov, e o primeiro-ministro do país, Boyko Borissov e defendeu a aproximação comercial e cooperação entre os 2 países, em áreas como educação, ciência e tecnologia. Os municípios com áreas rurais ou consideradas de difícil acesso vão receber equipes móveis dos Centros de Referência de Assistência Social, os CRAS, a partir do mês que vem para realizar a busca ativa dos moradores extremamente pobres dessas regiões e incluí-las em programas sociais, como o Bolsa Família. Os Correios anunciaram operação especial para garantir distribuição dos cartões de inscrições das provas do Enem que vão ser aplicadas este mês. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

05/10/2011 - A Voz do Brasil

A presidenta Dilma Rousseff segue a viagem por 3 países da Europa. Hoje, em Sófia, capital da Bulgária, a presidenta se encontrou com o presidente, Georgi Parvanov, e o primeiro-ministro do país, Boyko Borissov e defendeu a aproximação comercial e cooperação entre os 2 países, em áreas como educação, ciência e tecnologia. Os municípios com áreas rurais ou consideradas de difícil acesso vão receber equipes móveis dos Centros de Referência de Assistência Social, os CRAS, a partir do mês que vem para realizar a busca ativa dos moradores extremamente pobres dessas regiões e incluí-las em programas sociais, como o Bolsa Família. Os Correios anunciaram operação especial para garantir distribuição dos cartões de inscrições das provas do Enem que vão ser aplicadas este mês. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Edla Lula: Presidenta Dilma quer ampliar a cooperação com a Bulgária e países do leste europeu.

Apresentador Luciano Seixas: Centros de Referência de Assistência Social vão ganhar mais de 1.400 equipes móveis, para buscar e incluir famílias em programas sociais.

Edla: Correios anunciam operação especial para garantir distribuição de cartões de inscrição das provas do Enem, que vão ser aplicadas este mês.

Luciano: Quarta-feira, 5 de outubro de 2011.

Edla: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Edla: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.

“Presidenta Dilma, viagem à União Europeia”.

Edla: A presidenta Dilma segue a viagem por três países da Europa.

Luciano: Hoje, em Sófia, capital da Bulgária, a presidenta se encontrou com o presidente Georgi Parvanov e o primeiro-ministro do país, Boyko Borissov.

Edla: Dilma Rousseff defendeu a aproximação comercial e a cooperação entre os dois países em áreas como educação, ciência e tecnologia.

Luciano: De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o comércio entre Brasil e Bulgária chegou a US$ 113 milhões este ano, até o mês de agosto.

Edla: A repórter Aline Bastos está em Sófia e tem mais informações.

Repórter Aline Bastos (Sófia-Bulgária): Em reunião, Dilma Rousseff e Georgi Parvanov acertaram detalhes sobre a aproximação entre Brasil e Bulgária. Firmaram acordos de cooperação econômica e também na área de tecnologia de informação e comunicação. O búlgaro Parvanov deixou claro que a visita de Dilma Rousseff já era esperada e ele acredita que os empresários brasileiros vão encontrar aqui diferentes oportunidades de investimentos. A presidenta Dilma disse estar feliz em visitar a terra natal do pai, Pedro Rousseff, e quer traduzir o carinho do povo búlgaro em gestos concretos de aproximação.

Presidenta Dilma Rousseff: Tanto no que se refere à agricultura, à ciência e tecnologia, a todos os setores da tecnologia da informação, como a comunicação, e também tenho certeza que há uma grande possibilidade de estreitamento das nossas relações através da educação.
A Bulgária tem profissionais, professores e pesquisadores na área de ciências exatas, Matemática, Medicina e Engenharia, e, ao mesmo tempo, o Brasil também tem seus institutos, suas especialidades e seus avanços nessa área. É um campo, sem sombra de dúvida, importante para que nós colaboremos.

Repórter Aline Bastos (Sófia-Bulgária): Dilma Rousseff também teve encontros com o primeiro-ministro búlgaro, Boyko Borissov, e a presidenta da Assembléia Nacional, Tsetska Tsacheva. Na passagem por Sófia, a presidenta brasileira encerrou o Fórum Empresarial Brasil/Bulgária, já que, segundo ela, além dos vínculos emocionais e afetivos que tem com o país, o Brasil vê na Bulgária um parceiro estratégico na região dos Bálcãs, como explica o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade.

Presidente da Confederação Nacional da Indústria - Robson Andrade: Se empresas brasileiras vêm para a Bulgária, como é o caso, por exemplo, Embraer... Quer dizer, se empresas desse porte vêm para a Bulgária, para atuar no setor mineral, que é um setor importante na Bulgária e que o Brasil tem muita tecnologia, eu acho que aí você pode começar a facilitar a entrada de empresas brasileiras no mercado europeu e no leste europeu.

Repórter Aline Bastos (Sófia-Bulgária): Em 2007, a Bulgária ingressou no bloco da União Europeia. Com o Brasil, as trocas comerciais atingiram US$147 milhões, no ano passado. Agora, os dois países querem ampliar o comércio. A Bulgária quer vender mais fertilizantes para o Brasil, e os brasileiros, por sua vez, querem fortalecer investimentos em áreas como educação, energia e transporte, com a venda de ônibus e aviões. Em junho, a Bulgária passou a operar com quatro aeronaves da Embraer. Quem detalha é o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais - Marco Aurélio Garcia: A Bulgária é um país de liderança na região dos Bálcãs, aqui. É um país com o qual nós tivemos uma relação econômica melhor, que se perdeu um pouco em função da crise de 2008 e, inclusive, do próprio ingresso da Bulgária na União Europeia, e nós estamos vislumbrando a possibilidade de recompor essa relação econômica, seja do ponto de vista comercial, seja do ponto de vista de investimentos recíprocos.

Repórter Aline Bastos (Sófia-Bulgária): A Bulgária é um país do leste europeu, tem 110 mil quilômetros quadrados, o equivalente ao estado de Pernambuco. Tem 7 milhões de habitantes, é uma república parlamentarista, de religião cristã ortodoxa e índice de alfabetização superior a 98%. De Sófia, na Bulgária, Aline Bastos.

Luciano: Amanhã, ainda na Bulgária, a presidenta visita Gabrovo, a cidade natal do pai dela, Pedro Rousseff.

Edla: Municípios com áreas rurais ou consideradas de difícil acesso vão receber equipes móveis nos Centros de Referência de Assistência Social, os Cras, a partir do mês que vem.

Luciano: As equipes vão ser responsáveis pela busca ativa dos moradores extremamente pobres dessas regiões para incluí-las em programas sociais como o Bolsa-Família.

Edla: E as Secretarias Municipais de Assistência Social têm até o próximo dia 29 para se inscreverem.

Luciano: A repórter Angélica Coronel entrevistou a coordenadora-geral da Secretaria de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Maria do Socorro Tabosa. Vamos ouvir.

Repórter Angélica Coronel: Esse prazo, de 29 de outubro, qual é a importância dele?

Coordenadora-geral da Secretaria de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Maria do Socorro Tabosa: Dia 29 de outubro é o prazo final para o gestor municipal, ou seja, o secretário de Assistência Social do município ou do DF realizar o Aceite da expansão dos serviços assistenciais de 2011. Ou seja, dia 29, o Termo de Aceite para a expansão do Paif, que é executado no Cras, e a expansão dos serviços executados por equipes volantes, encerra, sem possibilidade de prorrogação. Então, o gestor que não fizer, realizar esse Aceite, a gente vai considerar como desistência.

Repórter Angélica Coronel: Como é que vão funcionar essas equipes volantes?

Coordenadora-geral da Secretaria de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Maria do Socorro Tabosa: A ideia é que o Cras que tenha essas características de um território com alta dispersão populacional ou área rural seja adicionado uma equipe a mais. No caso nosso, aqui, está previsto um psicólogo e um assistente social e dois técnicos de nível médio, que vai se deslocar nesse território e vai atender às famílias que estão mais longínquas, que têm dificuldade de acessar este Cras.

Repórter Angélica Coronel: Quais são as prefeituras que podem fazer, as secretarias que podem se inscrever, digamos, para ter esses centros volantes e qual vai ser o estímulo que o Ministério vai dar, o estímulo financeiro, para a implementação dessas unidades volantes?

Coordenadora-geral da Secretaria de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Maria do Socorro Tabosa: O principal critério é essa dispersão populacional, né? São Cras que têm uma área de abrangência de até 700 quilômetros quadrados; associado a isso, a questão da pobreza - se tem, nessa área rural, um número significativo de pessoas extremamente pobres. A lista, hoje, está já disponível no site do MDS. Qualquer dúvida, as pessoas podem entrar no site, verificar a lista e ligar para a gente, porque o contato também está no site. E o estímulo que o MDS está dando é de R$ 4.500,00 por equipe, independente do porte do município.

Repórter Angélica Coronel: Maria do Socorro Tabosa, que é coordenadora-geral da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Muito obrigada pela sua participação aqui, na Voz do Brasil.

Coordenadora-geral da Secretaria de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Maria do Socorro Tabosa: O prazer é meu.

Edla: Mais informações em www.mds.gov.br.

Luciano: Os estudantes que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, nos próximos dias 22 e 23, e ainda não receberam em casa o cartão de confirmação da inscrição, não precisam se preocupar.

Edla: É, em nota, divulgada hoje, os Correios anunciam que montarão... Já montaram uma operação especial para garantir que não haja problemas na distribuição dos cartões de inscrição e das provas, por causa da greve dos funcionários da estatal.

Luciano: Segundo os Correios, estudantes do interior e também das capitais já começaram a receber a confirmação de inscrição.

Edla: Mais informações sobre datas e locais da prova em www.enem.inep.gov.br.

Luciano: Em 2009, o governo criou o Refis da Crise, um programa de recuperação fiscal para ajudar as empresas e pessoas físicas a pagarem as dívidas com a Receita Federal, durante a crise financeira.

Edla: Hoje, segundo a Receita, 213 mil empresas e pessoas físicas pagam uma dívida de R$ 174 bilhões.

Luciano: Mas outros 365 mil contribuintes abandonaram esse sistema de refinanciamento e, por isso, o governo estuda novas medidas para receber essas dívidas.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O programa especial de refinanciamento foi criado em 2009. Teve objetivo de atender os contribuintes que tinham débitos na época e alegaram dificuldade em pagá-los por conta do ambiente econômico, mas a Receita Federal já chegou a uma conclusão: os refinanciamentos das dívidas com o governo não dão certo na prática. Nos três Refis anteriores ao Refis da Crise, a média das dívidas quitadas não chegou a 3%. É por isso que o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal, Carlos Roberto Ocaso, defende que, em termos tributários, novos Refis não devem ser aprovados pelo Congresso Nacional.

Subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal - Carlos Roberto Ocaso: Os estudos que nós temos demonstram que as empresas, elas aderem a esses parcelamentos especiais, permanecem um período muito curto pagando esses débitos parcelados, e, depois, elas são excluídos, desistem de fazer a regularização dos seus débitos. Aguardam um novo parcelamento especial, entram novamente nesse novo parcelamento especial, se mantêm por um período curto e são novamente excluídas. Nós temos já quatro modalidades de parcelamentos especiais, nós temos um histórico de que 50% das empresas passaram, pelo menos, por uma das modalidades anteriores.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Como alternativa, a Receita Federal está desenvolvendo um sistema, que deve entrar em operação no começo do ano que vem. É o que explica o subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita, Carlos Roberto Ocaso.

Subsecretário de Arrecadação e Atendimento da Receita Federal - Carlos Roberto Ocaso: Nós estamos desenvolvendo mecanismos para a concessão de parcelamento a partir da análise da capacidade econômica e financeira da empresa. Porque os parcelamentos a gente disponibiliza aplicativos na internet. Então, nós estamos desenvolvendo sistemas de TI para permitir esse parcelamento. Temos uma expectativa de que, a partir do ano que vem, já tenhamos condições de implementar esse mecanismo.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Desde 2000, já foram colocados em prática, pelo governo, quatro programas de refinanciamento de dívidas. Excluindo o primeiro Refis, os outros três tiveram que ser aprovados pelo Congresso Nacional para entrar em vigor. De Brasília, Paulo La Salvia.

Edla: Sete e doze.

Luciano: Nós falamos aqui, na Voz do Brasil, ontem, Edla, que o governo brasileiro vai investigar a importação de calçados da China, do Vietnã e da Indonésia para o Brasil.

Edla: É, a suspeita, Luciano, é que empresas chinesas estariam enviando partes de calçados para a montagem nesses dois países e, depois, os produtos seriam vendidos, aqui, para o país.

Luciano: Dessa forma, os calçados chineses entrariam no país sem pagar taxas cobradas pelo governo brasileiro.

Edla: Hoje, a repórter Carla Wathier explica como vai ser a investigação e as medidas que o Brasil pode adotar caso se comprove a importação irregular de calçados chineses.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Preços baixos, a queixa de empresários brasileiros, principalmente do setor calçadista, contra os produtos chineses é antiga. Para tentar reduzir os prejuízos causados à indústria nacional, desde março do ano passado, o governo passou a aplicar uma sobretaxa de quase US$ 14,00 por par de calçados chinês que entra no país. E, agora, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio decidiu investigar se os exportadores chineses estão usando outros países como intermediários no envio das mercadorias e, assim, conseguindo escapar da medida ‘antidumping’. A prática tem um nome complicado, circunvenção, mas é bem fácil de entender. O governo brasileiro trabalha com duas hipóteses, como explica a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

Secretária de Comércio Exterior - Tatiana Prazeres: A primeira hipótese é a importação de peças e partes da China para a mera montagem no Brasil, ou seja, com vistas a evitar a aplicação do direito ‘antidumping’, passaria a existir a importação de peças e partes, solo e cabedal, para a mera montagem no país. A segunda hipótese em investigação é se estaria havendo a mera montagem na Indonésia e no Vietnã e a exportação por parte desses países do produto acabado para o Brasil.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Em 2009, foram comprados mais de 21 milhões de pares de calçados da China. Em 2010, após a aplicação da sobretaxa, a quantidade caiu para cerca de 7 milhões. Em contrapartida, as importações do Vietnã e da Indonésia cresceram muito. Do Vietnã, o número de calçados que entrou no Brasil subiu de 4 milhões para 7 milhões de pares. Nesse mesmo período, em relação à Indonésia, a venda de sapatos ao Brasil aumentou de 1,7 milhão para mais de 3,5 milhões de pares. Segundo a secretária de Comércio Exterior, o governo já sabe como agir se for confirmada essa prática ilegal.

Secretária de Comércio Exterior - Tatiana Prazeres: Se comprovar essa montagem em terceiro país, no caso esses dois outros países, com vistas à exportação para o Brasil no intuito de evitar o direito ‘antidumping’ sobre a China, nós estenderemos o direito ‘antidumping’, na primeira hipótese, sobre as peças e partes, e, na segunda hipótese, sobre a importação do produto acabado desses dois países, Indonésia e Vietnã.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A previsão é que a investigação dure de seis a nove meses. A China é, hoje, o maior parceiro comercial do Brasil. E, para o governo, esse problema não vai afetar a relação entre os dois países. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: Os cidadãos podem acompanhar se o dinheiro público repassado pelo governo federal para estados e municípios está sendo aplicado corretamente pelo “Portal da Transparência”.

Edla: Criado em 2004 e administrado pela Controladoria-Geral da União, o “Portal da Transparência” é atualizado todos os dias com informações, por exemplo, sobre convênios firmados com instituições não governamentais.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): As famílias de refugiados que vêm para o Brasil são atendidas em Brasília pelo Instituto Migrações e Direitos Humanos. No ano passado, foram 255 pessoas. O instituto se mantém com doações, recursos das Nações Unidas e do governo federal, como explica a diretora Rosita Milesi.

Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos - Rosita Milesi: O convênio com o governo federal eu considero essencial não para a manutenção da instituição, mas sim para poder viabilizar o atendimento aos refugiados e dar-lhe o apoio em caso de que eles não disponham de recursos para se manter.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Todo mês é feita a prestação de contas dos gastos no site do Siconv, o Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal, do Ministério do Planejamento. As despesas precisam ser detalhadas. Quem tiver interesse em verificar o destino dos recursos públicos deve consultar o “Portal da Transparência”, uma iniciativa da Controladoria-Geral da União, criada em 2004. Pelo portal é possível acompanhar todas as receitas e despesas pagas diretamente pela União e também transferidas para estados e municípios. Valdir Agapito, secretário-geral de Controle Interno da CGU, esclarece que é possível procurar por programa, convênio ou órgão.

Secretário-geral de Controle Interno da CGU - Valdir Agapito: Para saber, por exemplo, quais são as verbas que se destinaram ao seu município.
Então, ele entrando lá e colocando o nome do município dele, ele pode identificar todos os programas e todas as ações que foram repassadas ao município dele. Ele chega a níveis de detalhes como, por exemplo, o Bolsa-Família, que sai nominalmente todas as pessoas que recebem Bolsa-Família no município. E, se a pessoa clicar no nome da pessoa, aparece as ordens bancárias que recebeu mês a mês.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Além do portal, a CGU também realiza periodicamente sorteios para verificar como estão sendo aplicados os recursos da educação, saúde e programas de desenvolvimento social. Se for sorteado, as contas do município vão ser analisadas. O mesmo deve acontecer com obras, escolas e hospitais. Há oito anos, desde que a ação começou, mais de 1.800 municípios foram fiscalizados, e já foram recuperados cerca de R$ 1 milhão por ano em recursos desviados. De Brasília, Priscila Machado.

Luciano: E nunca é demais lembrar, Edla, o endereço na internet para que o cidadão acompanhe os gastos no governo federal é www.portaldatransparencia.gov.br.

Edla: E também vale registrar, Luciano, que essa reportagem foi uma sugestão do ouvinte tuiteiro Luiz Carlos Betenheuser Júnior, de Curitiba, no Paraná.

Luciano: Você também pode enviar sua sugestão para o e-mail: pautaebcservicos@ebc.com.br. Ou pelo Twitter: twitter.com/avozdobrasil.

Edla: O Conselho Nacional de Saúde é um órgão ligado ao Ministério da Saúde e tem como principais funções acompanhar, fiscalizar e aprovar o orçamento das políticas públicas na área.

Luciano: O conselho é formado por representantes do governo e da sociedade e se reúne regularmente para discutir e tomar decisões, como novas regras para o Sistema Único de Saúde.

Edla: Na reunião de hoje, o tema em debate foi a criação de Centros de Atenção Psicossocial, que vão funcionar 24 horas para atender dependentes de álcool e outras drogas.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Em algumas situações, o uso de álcool e outras drogas pode se transformar num problema. É quando, por exemplo, o usuário se torna dependente e precisa dessas substâncias para trabalhar ou se relacionar. Nesse caso, o usuário deve se submeter a tratamento médico. Um relatório da ONU estima que existem no Brasil 900 mil usuários de cocaína. Em relação à maconha, o documento estima que cerca de 5% da população entre 15 e 64 anos de idade usa a droga. Maria Ermínia Ciliberti, do Conselho Federal de Psicologia, explica que o tratamento depende de cada caso.

Representante do Conselho Federal de Psicologia - Maria Ermínia Ciliberti: O problema começa, primeiro, como é que aquela cultura e como é que aquele indivíduo usa uma substância, seja ela qual for, na sua vida, que espaço ela ocupa. E, a partir do momento, a partir desse uso, alguns padrões de uso podem passar a ocupar um lugar na vida dessa pessoa, que em vez de ser uma coisa que ela tenha o controle, que ela tenha o prazer, isso passa a fazer mal para essa pessoa.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A Política Nacional Antidrogas foi um dos temas da reunião do Conselho Nacional de Saúde dessa quarta-feira. O representante do Ministério da Saúde, Roberto Kinoshita, explicou a estratégia do governo para tratar dependentes de álcool e outras drogas. A ideia, segundo ele, é aumentar a estrutura e a qualidade do atendimento com treinamento de profissionais, além de desenvolver ações combinadas entre vários setores, e ações de redução e prevenção. Segundo ele, o governo pretende implantar Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas, os Caps, que vão funcionar 24 horas. Também vão ser criados consultórios específicos para atender a população de rua. Roberto Tykanori Kinoshita explicou que a estrutura de atendimento vai depender do tamanho da cidade.

Representante do Ministério da Saúde - Roberto Tykanori Kinoshita: As regiões com menos de 250 mil habitantes a gente não teria Caps 24 horas, mas a rede de saúde mental comum, Caps I, Caps II e AD, dependendo da situação, leitos em hospital geral, atenção básica e comunidade terapêutica. Na região entre 250 e 1 milhão, teria como prioridade a implantação de Caps 24 horas, depois leitos em hospital, aí teria unidade de acolhimento, atenção básica e comunidade terapêutica. E nas regiões acima de 1 milhão, aí teria toda a rede.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): De acordo com Roberto Tykanori Kinoshita, em cidades onde existem as chamadas “cracolândias”, agentes de saúde vão procurar os usuários para oferecer tratamento. De Brasília, Ricardo Carandina.

Luciano: A Polícia Federal prendeu, hoje, 23 pessoas na Paraíba.

Edla: Elas são acusadas de fraudar a Previdência Social. Entre os detidos estão cinco servidores do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS.

Luciano: De acordo com as investigações, o esquema fraudulento causou um prejuízo aos cofres públicos de, no mínimo, R$ 10 milhões.

Edla: Acusados de corrupção e de estelionato, os integrantes do grupo providenciavam documentos falsificados para as pessoas que requisitavam ao INSS benefícios, como aposentadorias e pensões.

Luciano: A Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, fez o primeiro repasse direto ao Fundo Nacional de Saúde.

Edla: Foram enviados ao Ministério da Saúde R$ 76,1 milhões arrecadados com o ressarcimento ao SUS de internações hospitalares nos últimos dois anos.

Luciano: Segundo a ANS, esse valor representa mais de 80% do que foi partilhado desde 2000, quando a agência foi criada.

Edla: Esse novo método de repasse de recursos diretamente ao Ministério da Saúde foi possível a partir da publicação de uma lei em agosto deste ano.

Luciano: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, recebeu cerca de 250 mil contribuições da sociedade nas duas consultas públicas que fez sobre a proibição de sabores e aromatizantes na composição dos cigarros.

Edla: A consulta pública propõe a proibição de sabor doce, mentolado ou de especiarias aos produtos derivados do tabaco.

Luciano: A proposta vale para qualquer produto que utilize em sua composição folhas de tabaco para ser fumado, inalado ou mascado.

Edla: Mais informações em www.anvisa.gov.br.

Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Edla: Presidenta Dilma quer ampliar a cooperação com a Bulgária e países do leste europeu.

Luciano: Centros de Referência de Assistência Social vão ganhar mais de 1.400 equipes móveis para buscarem e incluir famílias em programas sociais.

Edla: Correios anunciam operação especial para garantir distribuição de cartões de inscrição das provas do Enem que vão ser aplicadas este mês.

Luciano: Este foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Edla: Siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciano: Fique agora com o minuto do TCU, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.