05/12/2013 - A Voz do Brasil

A presidenta Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (5) decretos para fins de desapropriação de territórios de dez comunidades quilombolas nos estados da Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará, Maranhão, Tocantins e Minas Gerais. Segundo o governo federal, a medida vai beneficiar 749 famílias, com o total de quase 14 mil hectares. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça informa que 32,6% dos brasileiros que vivem em cidades com mais de 15 mil habitantes dizem ter sofrido, ao longo da vida, algum dos 12 tipos de crimes ou ofensas contemplados na Pesquisa Nacional de Vitimização. Quando se considera a vitimização ocorrida nos 12 meses anteriores à realização da pesquisa, 21% afirmam que o fato aconteceu por, pelo menos, uma vez nesse período. Em todo o país, 270 cursos de graduação não poderão realizar vestibulares para o ano que vem, por terem ficado com conceitos insatisfatórios na avaliação do Ministério da Educação (MEC) duas vezes consecutivas. No total, 44.069 vagas deixarão de ser ofertadas em 2014 no ensino superior. Tudo isso você ouviu nesta quinta-feira em A Voz do Brasil!

05/12/2013 - A Voz do Brasil

A presidenta Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (5) decretos para fins de desapropriação de territórios de dez comunidades quilombolas nos estados da Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Pará, Maranhão, Tocantins e Minas Gerais. Segundo o governo federal, a medida vai beneficiar 749 famílias, com o total de quase 14 mil hectares. Pesquisa divulgada pelo Ministério da Justiça informa que 32,6% dos brasileiros que vivem em cidades com mais de 15 mil habitantes dizem ter sofrido, ao longo da vida, algum dos 12 tipos de crimes ou ofensas contemplados na Pesquisa Nacional de Vitimização. Quando se considera a vitimização ocorrida nos 12 meses anteriores à realização da pesquisa, 21% afirmam que o fato aconteceu por, pelo menos, uma vez nesse período. Em todo o país, 270 cursos de graduação não poderão realizar vestibulares para o ano que vem, por terem ficado com conceitos insatisfatórios na avaliação do Ministério da Educação (MEC) duas vezes consecutivas. No total, 44.069 vagas deixarão de ser ofertadas em 2014 no ensino superior. Tudo isso você ouviu nesta quinta-feira em A Voz do Brasil!

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Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Gláucia Gomes: Mais de 700 famílias de dez comunidades quilombolas vão ser beneficiadas com terras desapropriadas.

Apresentador Luciano Seixas: Pesquisa aponta que mais de 30% da população já foi vítima de algum tipo de crime.

Gláucia: Vestibular é suspenso em 270 cursos que foram avaliados pelo MEC, duas vezes seguidas como insatisfatórios.

Luciano: Quinta-feira, 5 de dezembro de 2013.

Gláucia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Gláucia: A voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Gláucia Gomes.

Gláucia: Olá, boa noite. Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Assista o nosso programa ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Basta acessar agora www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Gláucia: Luciano, você sabia que mais de 30% dos brasileiros já foram vítimas de crimes ao longo da vida e menos de 20% procuraram a polícia para registrar queixa?

Luciano: Esses dados, Gláucia, fazem parte da Pesquisa Nacional de Vitimização. O estudo teve como base a resposta de 82 mil questionários, respondidos em todos os estados do país.

Gláucia: Os resultados da pesquisa foram apresentados hoje, pela Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Três em cada dez brasileiros que moram em cidades com mais de 15 mil habitantes já foram vítimas de crimes como furto, roubo, agressão, ofensa sexual e discriminação. As informações são da Primeira Pesquisa Nacional de Vitimização, divulgada nesta quinta-feira, pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. O estudo aponta ainda que apenas 19,9% das vítimas procuraram a polícia para registrar as ocorrências. Segundo a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, entre as causas deste pequeno número estão a falta de confiança da população na polícia e as dificuldades do acesso aos serviços policiais em algumas partes do país.

Secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça - Regina Miki: A falta da confiança é um percentual e também a falta de serviço colocado à disposição é outra. As distâncias no Norte, as dificuldades no Norte, né? Você tem cidades no Amazonas que você leva quatro horas de barco para registrar uma ocorrência.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Segundo o estudo, 45,7% dos entrevistados se sentem inseguros ao andar pelas ruas das cidades e mais de 60% acham que a criminalidade aumentou na cidade em que vivem, nos últimos 12 meses pesquisados. Para a secretária Regina Miki, os resultados, apesar de preocupantes, não são surpreendentes, mas, sim, o pouco uso pela população de mecanismos como o Disque 100, por exemplo, para denúncias de violações aos direitos humanos.

Secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça - Regina Miki: Para a gente, que está no dia a dia com a segurança pública, pode não traduzir grande surpresa. O que nos traz surpresa é as pessoas não fazerem uso daquilo que está à sua disposição.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Ainda segundo a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, as informações coletadas na pesquisa são úteis... de políticas públicas de segurança nos estados. O estudo é uma parceria do Ministério da Justiça com o PNUD, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e o Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública, da Universidade Federal de Minas Gerais. Os dados foram coletados entre os anos de 2011 e 2012. Mais informações sobre a Pesquisa Nacional de Vitimização em www.justica.gov.br. De Brasília, Carolina Becker.

Luciano: Comunidades quilombolas de sete estados foram beneficiadas com a desapropriação de terras.

Gláucia: Os decretos de desapropriação foram assinados hoje, pela presidenta Dilma Rousseff.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Os decretos foram assinados pela presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Por meio deles, quase 14 mil hectares, o equivalente a 14 mil campos de futebol, vão ser desapropriados para comunidades quilombolas em sete estados. A desapropriação é a retirada de quem não for quilombola dessas áreas. Esta retirada pode ocorrer por meio de indenização, no caso de terem sido feitas melhorias nesses espaços. A medida beneficia 749 famílias. No Brasil, existem 207 comunidades quilombolas tituladas e quase 2500 certificadas, mas não oficialmente reconhecidas. ... Jhonny Martins de Jesus, coordenador-executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas... ainda pode avançar nesse processo.

Coordenador-executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas - Jhonny Martins de Jesus: Acreditamos que isso é um grande avanço para o Brasil, mas ainda precisamos avançar. Temos condições de ainda decretar várias áreas e emitir muitos títulos e avançar em outras políticas públicas que... chegar até as comunidades quilombolas.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Além da titulação, o governo está ampliando a assistência técnica aos quilombolas. Desde 2011, quase 9 mil famílias são atendidas dentro do Plano Brasil Sem Miséria. Agora, a ideia é... parceria com o IBGE. É o que explica a Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Seppir, Luiza Bairros.

Ministra da Seppir - Luiza Bairros: Essa nossa parceria com o IBGE representa a possibilidade de que as comunidades quilombolas venham a fazer parte do mapa do Brasil, e isso também é cidadania, é parte do reconhecimento dos quilombolas como atores fundamentais para a construção da nossa sociedade.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A presidenta Dilma Rousseff defendeu que a titulação das terras quilombolas é um resgate histórico no país.

Presidenta Dilma Rousseff: Eu acredito que criar as condições para superar, não só a exclusão social, mas a exclusão racial, que, historicamente, marcou o Brasil, é um objetivo de um país que quer construir a sua democracia, de forma a assegurar que ela tenha um fundamento na diversidade racial da nossa população.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Também foram emitidos 13 títulos parciais para comunidades quilombolas em Sergipe. O título parcial é quando o direito de posse é reconhecido, mas falta algum tipo de documentação para formalizar a entrada na terra.
Já 3100 famílias, em 15 estados, receberam quase 53500 hectares. Neste caso, a posse definitiva da terra ficou para as comunidades quilombolas. De Brasília, Paulo La Salvia.

Gláucia: Sete e oito, no horário brasileiro de verão.

Luciano: Em todo o país, 270 cursos de nível superior não vão poder realizar vestibulares para o ano que vem.

Gláucia: Eles foram mal avaliados por duas vezes seguidas e, para voltar a receber novos alunos, vão precisar investir em qualidade.

Luciano: Os dados do conceito preliminar de curso foram divulgados hoje, pelo Ministério da Educação.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Entre os mais de 8 mil cursos da área de humanidades avaliados, cerca de 5800 são reconhecidos pelo Ministério da Educação, o MEC. Destes, quase 80% tiveram avaliação positiva. Para eles, o Ministério vai começar automaticamente o processo para renovar o reconhecimento. Nos quase 500 programas que tiveram avaliação insatisfatória pela primeira vez, o número de vagas não pode ser aumentado. Outros 270 cursos, a maioria nas áreas de Administração, Ciências Contábeis, Direito e Comunicação Social, tiveram avaliação insatisfatória em 2009 e em 2012. Por causa disso, eles não vão poder matricular novos alunos a partir de agora. Para voltar a receber estudantes novos, esses programas, que somam 44 mil vagas, devem se comprometer oficialmente a sanar problemas como organização didático-pedagógica, infraestrutura e formação de professores. O ministro da Educação, Aliozio Mercadante, disse que a suspensão do vestibular é uma medida severa, mas afirmou que ela é necessária para garantir a qualidade dos cursos de nível superior no Brasil.

Ministro da Educação - Aliozio Mercadante: Se, de um lado, é verdade que todo o sistema avançou muito em direção à qualidade, de outro, também é verdade que essa qualidade também está sendo conquistada porque o MEC está sendo rigoroso na avaliação.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O Ministério da Educação também anunciou que os cursos de Direito vão passar por uma nova rodada de avaliações que pode definir uma política de reestruturação para a carreira. De Brasília, Ricardo Carandina.

Gláucia: Começou hoje o prazo para as instituições de Educação Superior públicas, que aderiram à primeira edição de 2014 do Sisu, o Sistema de Seleção Unificada, fazerem eventuais retificações no Termo de Adesão.

Luciano: O prazo termina na próxima quarta-feira, dia 11. As retificações devem ser feitas on-line. Informações no endereço: sisu.mec.gov.br.

Gláucia: E, ainda falando em educação, Luciano, nessa semana, nós divulgamos aqui, na Voz do Brasil, que uma pesquisa feita com estudantes de 64 países constatou que o Brasil foi o que mais teve avanços no desempenho em Matemática, desde 2003.

Luciano: A avaliação é feita a cada três anos e, no ano passado, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, Pisa, que é desenvolvido pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE, avaliou mais de 18 mil estudantes brasileiros na faixa etária dos 15 anos.

Gláucia: Em entrevista, a jornalista Nathália Koslik entrevistou o presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, e comentou os resultados da pesquisa e o que ainda precisa ser feito para melhorar a educação do país.

Repórter Nathália Koslik: Em linhas gerais, qual é a avaliação que o senhor faz do Brasil em relação ao piso de 2012, presidente?

Presidente do Inep - Luiz Cláudio Costa: O Brasil é um país que mais avançou no mundo no aprendizado de Matemática, de 2003 até 2012. Mas, mais do que isso, além de avançar de 356 pontos para 391 pontos, o Brasil foi o segundo país que mais incluiu estudantes na faixa de 15 anos em suas escolas. O Brasil apresentou uma significante redução na taxa de reprovação dos seus estudantes. Ou seja, eles estão sendo reprovados mesmo, mas estão aprendendo mais. O Brasil apresentou uma redução na distorção idade-série. Então, nós temos avanços, enquanto países do mundo, a própria média d OCDE cai. Esses avanços são relevantes e devem, sim, ser comemorados pela rede pública, pelos nossos professores, enfim, por todos aqueles que atuam na educação básica no Brasil, mas é claro que, ao mesmo tempo, nós temos um grande desafio pela frente.

Repórter Nathália Koslik: E o Brasil está bem colocado em relação aos outros países, presidente?

Presidente do Inep - Luiz Cláudio Costa: Não, esse é o desafio, essa é a foto. Agora, quando você compara com o mundo, o Brasil é o país que mais avançou em investimento na educação, nos últimos anos. O Brasil fez uma decisão de governo, de apostar mais recursos na educação, principalmente na educação básica. Em termos per capita, o Brasil investe 1/3 do que os países da OCDE. Então, veja, nós estamos conseguindo fazer mais com 1/3 dos recursos que eles investem. Então, nessa comparação, nós ainda não estamos na posição que nós estaremos em breve, que nós podemos estar. Os esforços estão sendo feitos para isso. Tanto é que a meta que nós, Ministério da Educação, o governo, aportou é chegarmos na média da OCDE. Então, nós temos que avançar bastante, mas eu não tenho dúvida que, se um país avança quase um ano de estudo - esses 35 pontos são quase um ano de estudos – nós temos condições de avançarmos mais, e eu não tenho dúvidas que o nosso caminho para frente é um caminho de avanço, fazendo o esforço que vem sendo feito para que nós possamos avançar.

Repórter Nathália Koslik: Eu conversei com Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep. Muito obrigada pela sua entrevista aqui à Voz do Brasil.

Presidente do Inep - Luiz Cláudio Costa: Eu que agradeço.

Luciano: O Brasil é parceiro de projetos de segurança alimentar em países da África, Caribe, América Latina. O objetivo é que esses países tenham acesso a uma alimentação adequada e saudável.

Gláucia: Essa cooperação foi tema de uma reunião do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o Consea, hoje, aqui, em Brasília.

Luciano: Um dos destaques foi a valorização da produção local, por meio de iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos, que leva comida a quem mais precisa.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Ajudar outros países a garantir alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para a população. Com esse objetivo, o Brasil investiu R$ 1, 7 bilhões, entre 2005 e 2010, em iniciativas de cooperação internacional na área de segurança alimentar e nutricional. Os dados são do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, o Ipea. São projetos na África, no Caribe e também na América Latina, como é o caso da ação de fortalecimento dos programas de alimentação escolar nos vizinhos latino-americanos. Para Renato Maluf, conselheiro do Consea, a alimentação escolar tem um papel fundamental na construção do futuro dos países que recebem a ajuda brasileira.

Conselheiro do Consea - Renato Maluf: A alimentação escolar no Brasil, assim como ela deveria ser nos países, em todos os países do mundo, ela é um componente fundamental da formação das crianças, seja no sentindo de respeitar o direito delas à vida, sobretudo das crianças de famílias que têm dificuldades de acessar os alimentos. Mas ela tem também um conteúdo pedagógico, educativo sobre os alimentos.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): A presidenta do Consea, Maria Emília Lisboa, destacou a importância dos projetos de cooperação internacional desenvolvidos pelo Brasil.

Presidenta do Consea - Maria Emília Lisboa: Essa relação que nós chamamos de Sul-Sul, relação horizontal, ela é fundamental porque ela que expressa a nossa compreensão da situação desses países onde se concentram as maiores... os riscos da situação de insegurança alimentar, onde infelizmente predominam a fome.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Para o representante da União Nacional de Camponeses de Moçambique, Augustinho Bento, o trabalho de transferência de conhecimento entre Brasil e o país africano é fundamental para o desenvolvimento da segurança alimentar de Moçambique.

Representante da União Nacional de Camponeses de Moçambique - Augustinho Bento: A África tem capacidade de produzir, e a África tem terra disponível para praticar uma agricultura que possa garantir a segurança alimentar e nutricional. O que falta são técnicas, e o Brasil tem essa parte técnica. Quando a África, Moçambique, coopera com o Brasil, na troca de técnicas, é uma forma de dizer aos africanos: “Olha, vocês são capazes”, ao invés de basear-se apenas na importação do alimento.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Um documento sobre os principais pontos da reunião será entregue para a presidenta Dilma Rousseff. De Brasília, Leandro Alarcon.

Luciano: Sete e dezesseis, no horário brasileiro do verão.

Gláucia: A qualidade dos serviços prestados por 63 concessionárias de energia elétrica foi avaliada por quem mais entende desse assunto, Luciano: o consumidor.

Luciano: Entre julho e setembro desse ano, mais de 19 mil pessoas de quase 50 municípios responderam à pesquisa da Agência Nacional de Energia Elétrica, que mede o índice de satisfação do usuário que recebe a energia elétrica.

Gláucia: A pesquisa é uma das formas da Aneel avaliar como está o serviço prestado ao cidadão.
Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): O empresário Gastão Jorge, que mora em um condomínio a cerca de 25 quilômetros da região central de Brasília, conta que sofre com a irregularidade no fornecimento de energia. Por isso, velas e luzes de emergência estão sempre à mão na residência dele.

Empresário - Gastão Jorge: Quando entra o período... isso se dificulta ainda mais, porque passa a ter uma frequência muito maior, e, quando tem essas quedas, então, aí a coisa é seria, porque vêm as sobrecargas, queimam os aparelhos, e nós ficamos duas, três, dez, quinze horas sem energia dentro de casa.

Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): Para que o consumidor brasileiro possa manifestar o grau de satisfação com os serviços de 63 distribuidoras de energia elétrica do país, a Agência Nacional de Energia Elétrica, a Anel, realiza todo ano uma pesquisa que apura o índice de satisfação do consumidor. Neste ano, a empresa Sul Sergipana de Eletricidade recebeu prêmios em duas categorias: regional e nacional. O diretor-gerente da companhia, Ivan Leite, explica o que levou a empresa a ficar entre as mais bem avaliadas.

Diretor-gerente da companhia - Ivan Leite: O ideal da Sul Companhia é servir bem os seus consumidores, fazer bem o seu serviço. E trabalhar com uma equipe competente, uma equipe que ama o que faz, uma equipe que se orgulha de fazer parte da Sulgipe. A Sulgipe, com esse, é o oitavo prêmio de melhor classificado do Nordeste, o que demonstra que não é ao acaso.

Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): De acordo com a Aneel, a pesquisa, que é feita desde o ano 2000, é um instrumento para... identifiquem os problemas e aprimorem a qualidade dos serviços prestados. Para o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, a pesquisa ajuda a agência a saber quais são as melhorias que o consumidor brasileiro está reivindicando.

Diretor-geral da Aneel - Romeu Rufino: De fato, a pesquisa e todos os indicadores que a Aneel acompanha aponta uma direção que precisamos ter uma atenção especial para a qualidade, e a Aneel... um mecanismo de monitorar isso de maneira preventiva e agir no sentindo de corrigir os rumos para que o serviço seja de melhor qualidade.

Repórter Patrícia Scarpin (Brasília-DF): O consumidor que se sentir lesado e não tiver resposta da concessionária de distribuição de energia ou da agência estadual conveniada pode entrar em contato com a Aneel pelo telefone 167. Para consultar o nome das empresas mais bem avaliadas, acesse: www.aneel.gov.br. Com a colaboração de Cleide Lopes, de Brasília, Patrícia Scarpin.

Luciano: O número de trabalhadores contratados para trabalhar no Projeto de Integração do Rio São Francisco quase dobrou em novembro.

Gláucia: Atualmente, são mais de 7700 trabalhadores na obra, e a expectativa é de gerar novos postos de trabalho.

Luciano: Sobre esse assunto, a repórter Carolina Becker conversou com o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Ministro, eu gostaria que o senhor fizesse um balanço dessas contratações.

Ministro da Integração Nacional - Francisco Teixeira: Nós conseguimos, desde o segundo semestre do ano passado e agora esse resto do ano, contratar todas as frentes de serviço que faltavam no projeto de integração do São Francisco. Contratamos cerca de R$ 3 bilhões e conseguimos dobrar praticamente a mão de obra alocada no empreendimento.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Quantos novos postos de trabalho devem ser gerados?
Ministro da Integração Nacional - Francisco Teixeira: Poderemos chegar até o final do primeiro semestre do próximo ano a cerca de 10 mil pessoas trabalhando nesse empreendimento.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): O senhor pode falar para a gente um pouco sobre o andamento das obras? Qual que é a previsão de entrega?

Ministro da Integração Nacional - Francisco Teixeira: A previsão de conclusão de todo o empreendimento é dezembro de 2015, mas, até dezembro de 2014, nós deveremos ter cerca de 100 quilômetros de canais prontos em cada um dos eixos, permitindo que parte da população do semiárido que hoje sofre com a seca seja beneficiada.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): O senhor pode explicar para a gente um pouco mais sobre o projeto de integração? Quantas pessoas devem ser beneficiadas, quantos municípios?

Ministro da Integração Nacional - Francisco Teixeira: O objetivo principal do Projeto Integração do São Francisco é levar garantia de suprimento hídrico para cerca de 12 milhões de habitantes que habitam 390 cidades dos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Complementarmente, poderá aumentar o suprimento hídrico da agricultura irrigada, como também levar água para a população rural difusa, distribuída ao longo dos canais.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Obrigada, ministro, pela entrevista.

Gláucia: Você ouviu o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira.

Luciano: Termina hoje, aqui em Brasília, a Sexta Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais.

Gláucia: E você sabe o que são os arranjos produtivos locais?
São grupos de empresas organizados em associações ou cooperativas que trabalham em conjunto para alcançar os objetivos traçados.

Luciano: Durante três dias de evento, mais de 700 participantes de todo o país puderam fazer oficinas, debater políticas públicas voltadas ao segmento e também acompanhar exemplos que deram certo. É o que você confere na reportagem de Priscila Machado.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Todos os meses, são produzidas no Distrito Federal cerca de 200 mil toneladas de lixo. Pensando nisso, várias cooperativas de catadores, empresas de coletas de resíduos da construção civil e empresas recicladoras se reuniram para formar um arranjo produtivo local e fazer do que seria lixo uma forma de gerar renda. O empreendimento faz a separação de materiais como papel, plástico, alumínio e metais, e gera 230 empregos diretos e outros 20 mil empregos indiretos. Depois de separado de resíduos, triturado e prensado, o material é encaminhado para indústrias de fora do Distrito Federal que fazem a reciclagem. A produção chega a 10 mil toneladas ao mês. Paulo Roberto Gonçalves, coordenador do espaço, explica quais são os benefícios do empreendimento ser enquadrado como arranjo produtivo local.

Coordenador do espaço - Paulo Roberto Gonçalves: Os benefícios de você estar organizado em uma PL são inúmeros: facilidade na relação com os bancos oficiais, Caixa Econômica e Banco do Brasil; e também uma facilidade de acesso à questão de inovação tecnológica. Então, dentro do grupo de trabalho de arranjo produtivo, nós temos a Capes, temos a Finep, temos as instituições de fomento à pesquisa, e que inclusive direcionam uma boa parte do recurso para o setor de arranjos produtivos.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Arranjo produtivo local é uma aglomeração de empreendimentos da mesma atividade, que estão localizados numa mesma região. Um encontro em Brasília, nessa semana, discutiu como apoiar arranjos produtivos locais. A conferência reuniu mais de 700 participantes de todo o país, como explica Ricardo Romeiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Ricardo Romeiro: Essa troca de informações desse evento é muito importante para que nos dê subsídios para que hajam políticas públicas eficazes e eficientes para os próximos anos, e a gente vai ter que atuar em alguns temas muito importantes no Brasil: a questão do acesso ao mercado, ou seja, melhorar a venda dessas empresas, criar melhores condições, a inovação tecnologia, e a gente também trabalhar muito na capacitação e na governança desses APLs.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): No total, existem 1380 Arranjos Produtivos Locais no Brasil. Mais informações no site www.mdic.gov.br. De Brasília, Priscila Machado.

Gláucia: Beneficiários do Bolsa-Família, que estão há dois anos sem atualizar os dados do Cadastro Único precisam fazer a revisão cadastral.

Luciano: Os beneficiários devem procurar a prefeitura do município ou o Centro de Referência de Assistência Social, o Cras, até o dia 13 de dezembro.

Gláucia: De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, todo mundo que precisa atualizar o cadastro recebe uma mensagem no comprovante de pagamento do benefício. Se não for feita, o benefício do Bolsa-Família pode ser bloqueado.

Luciano: Mais informações em 0800-707 2003.

Gláucia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Mais de 700 famílias de dez comunidades quilombolas vão ser beneficiadas com terras desapropriadas.

Gláucia: Pesquisa aponta que mais de 30% da população já foi vítima de algum tipo de crime.

Luciano: Vestibular é suspenso em 270 cursos que foram avaliados pelo MEC, duas vezes seguidas como insatisfatórios.

Gláucia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com.br/avozdobrasil.

Gláucia: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse: www.brasil.gov.br. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.