06/01/2012 - A Voz do Brasil

Apresentadora Gláucia Gomes: Bolsa-Família será antecipado para famílias de 71 municípios atingidos pelas chuvas em Minas Gerais.

Apresentador Luciano Seixas: Inflação fecha o ano em 6,5% em trajetória de queda, segundo o Banco Central.

Gláucia: Anvisa lança guia para orientar padarias a reduzir o sódio no pão francês.

Luciano: Sexta-feira, 6 de janeiro de 2012.

Gláucia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Gláucia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Gláucia Gomes.

Gláucia: O Ministério do Desenvolvimento Social vai antecipar o pagamento do benefício do Bolsa-Família para pessoas que moram na cidade de Minas Gerais em estado de emergência devido às enchentes.

Luciano: São mais de 177 mil pessoas de 71 municípios que decretaram emergência.

Gláucia: Todos os beneficiários, independente do número do cartão, vão receber o pagamento correspondente a janeiro a partir do dia 18 de janeiro. Em fevereiro, o pagamento começa no dia 14.

Luciano: Beneficiários que perderam seus cartões e documentos pessoais podem procurar as prefeituras para emissão de declaração especial de pagamento, que vai permitir o saque do benefício em agência bancária.

Gláucia: O coordenador da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, Gustavo Baptista, explica o que os beneficiários que perderam o cartão e os documentos nas enchentes devem fazer para receber o dinheiro do Bolsa-Família.

Coordenador da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - Gustavo Baptista: A pessoa precisa comparecer ao órgão da prefeitura responsável pelo Programa Bolsa-Família, no qual poderá ser emitida uma declaração especial de pagamento, que permitirá o saque do benefício em uma agência bancária. Ele vai receber o benefício que ele recebe mensalmente de forma adiantada, ou seja, o benefício de janeiro, ele vai poder sacar antecipadamente, assim como o benefício do mês de fevereiro. Nossa previsão, nesse momento, é fazer essa quebra do calendário de pagamento apenas nesses dois meses.

Luciano: A situação dos estados atingidos pelas fortes chuvas está sendo acompanhada pela presidenta Dilma Rousseff, que passou o dia no Palácio da Alvorada, em Brasília. Os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra, e dos Transportes, Paulo Passos, estiveram hoje em Minas Gerais.

Gláucia: Segundo porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena, a Presidenta está em contato com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, também deverão conversar com a Presidenta.

Luciano: Hoje, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, visitou algumas áreas afetadas em Minas Gerais.

Gláucia: Por telefone, a jornalista Raquel Mariano conversou com o ministro. Ele falou da situação de Minas e disse como o governo federal pretende ajudar os estados atingidos. Vamos ouvir.

Repórter Raquel Mariano: Como é que está a situação lá dos atingidos pelas chuvas?

Ministro dos Transportes - Paulo Sérgio Passos: Minas é o estado mais fortemente atingido até este momento. De tal forma que nós temos no estado três rodovias federais que estão nesse momento interrompidas, 13 rodovias que estão oferecendo condições de tráfego em regime de disponibilização parcial da via nos pontos onde ocorreram danos, e seis pontos que foram afetados pelas chuvas e já foram liberados. Portanto, cerca de 22 pontos.

Repórter Raquel Mariano: E como é que o governo federal pretende ajudar esses estados atingidos pelas chuvas? Já tem algum valor?

Ministro dos Transportes - Paulo Sérgio Passos: No que diz respeito à área do Ministério dos Transportes, e no que se refere às rodovias federais, o nosso trabalho será no sentido de resolver os problemas ocasionados pelas quedas de barreira, por erosões verificadas, pela elevação do nível de rios, cobrindo em muitas situações a plataforma das rodovias e mesmo comprometendo o encontro de pontes, comprometendo o encontro de viadutos. E para tanto, nós vamos despender e aplicar os recursos que sejam necessários.

Repórter Raquel Mariano: Como é que as pessoas podem ficar sabendo quais são as rodovias que estão interditadas pelas chuvas?

Ministro dos Transportes - Paulo Sérgio Passos: Eles podem acessar, via internet, o Ministério dos Transportes ou o Dnit. O Ministério dos Transportes através do endereço: www.transportes.gov.br; e o Dnit por intermédio do endereço: www.dnit.gov.br. Nós estamos fazendo boletins, que têm atualização diária, e isso é de grande utilidade para todos os que possam utilizar rodovias federais nos estados de Minas Gerais, no Espírito Santo, no Rio de Janeiro, e mesmo também nos estados de Goiás e Mato Grosso, que foram menos afetados por essas intempéries.

Repórter Raquel Mariano: Eu conversei com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Ministro, muito obrigada pela sua entrevista na “Voz do Brasil”.

Ministro dos Transportes - Paulo Sérgio Passos: Estamos sempre à disposição.

Luciano: E vamos lembrando que a lista das rodovias federais que estão interditadas ou com problemas provocados pelas chuvas está disponível na página eletrônica do Ministério dos Transportes, em www.transportes.gov.br.

Gláucia: E uma aeronave da Força Aérea Brasileira leva, esta noite, a Belo Horizonte, 2,5 toneladas de medicamentos e material de enfermagem disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Luciano: O material vai atender a demanda provocada pelas enchentes que afetam diversos municípios mineiros. No total, serão enviados ao estado oito toneladas de medicamentos. Ontem, o Ministério da Saúde anunciou o envio de quatro toneladas de medicamentos para atender a população dos municípios atingidos pelas chuvas no Rio de Janeiro.

Gláucia: Para agilizar o repasse de recursos em Minas Gerais, o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, anunciou que o estado será o próximo a ser beneficiado pelo Cartão de Pagamento de Defesa Civil.

Luciano: O cartão pode ser usado exclusivamente para ações de socorro, assistência e restabelecimento por estados e municípios com situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pela Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Gláucia: No Rio de Janeiro, a Defesa Civil informa que, até o momento, seis municípios decretaram situação de emergência após as enchentes provocadas pela chuva. Laje do Muriaé, Santo Antônio de Pádua, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira e Miracema.

Luciano: Em todo o estado, mais de 34 mil pessoas estão desalojadas ou desabrigadas.

Gláucia: E no Espírito Santo, as chuvas têm diminuído em alguns municípios, mas 22 cidades continuam enfrentando transtornos devido às chuvas.

Luciano: Cinco cidades decretaram estado de emergência, segundo a Defesa Civil do Espírito Santo: Itarana, Governador Lindenberg, Laranja da Terra, Ibatiba e Domingos Martins.

Gláucia: De acordo com a Defesa Civil, o Espírito Santo tem mais de 2 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. A chuva afetou mais de 139 mil pessoas no estado.

Luciano: E o Ministério da Saúde faz um alerta para as pessoas que tiveram contato com a água das enchentes. Atenção aos sintomas da leptospirose.

Gláucia: A doença é transmitida pela urina do rato que se mistura com a água da chuva e contamina a população.

Luciano: O diretor do Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental, Guilherme Franco, diz quais os sintomas da doença.

Diretor do Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental - Guilherme Franco Netto: Mudança da cor da pele, dores musculares intensas, especialmente em panturrilha, que é a batata da perna, são muito indicativos de leptospirose. E isso vem de repente.

Gláucia: O Ministério da Saúde ressalta, ainda, que ao perceber qualquer sintoma da doença leptospirose, a pessoa deve procurar um médico e não tomar remédios sem receita.

Luciano: Segundo o diretor de Vigilância em Saúde Ambiental, Guilherme Franco Netto, outro cuidado que as pessoas que estão nas regiões afetadas pelas chuvas devem ter é evitar o consumo de alimentos perecíveis, aqueles que precisam ser mantidos em condições especiais de temperatura para conservação.

Diretor do Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental - Guilherme Franco Netto: Evitar de ter contato com aqueles resíduos, como, por exemplo, ter contato com alimentos que possam ter tido exposição àquela água, àquela lama também. É muito importante que, nessas circunstâncias, os alimentos perecíveis sejam evitados radicalmente. Você deve procurar os alimentos industrializados, enlatado, por um momento. O que tem leite de caixa fechada, sem ser aquele de saco plástico. E esses cuidados são muito importantes porque você pode, sim, evitar transmissão.

Gláucia: E, no Sul do país, agricultores sofrem com a seca. A estiagem já provocou prejuízos para os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Luciano: A Defesa Civil recebeu até agora 71 notificações preliminares de desastres, e 71 municípios já decretaram estado de calamidade.

Gláucia: Os agricultores da região Sul inscritos no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Pronaf, que estão enfrentando problemas com a seca vão receber seguro.

Luciano: Sobre o assunto, a repórter Aline Bastos conversou com o secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Muller.

Repórter Aline Bastos: O Ministério tem um trabalho, está com um trabalho de monitoramento de campo?

Secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Laudemir Muller: Sim, nós estamos monitorando a situação desde dezembro. Nós estamos trabalhando agora em mutirão, os nossos técnicos estão a campo. Nós temos, na região Sul, em torno de 400 mil agricultores familiares que contrataram o seguro, isso representa um valor em torno de R$ 3 bilhões. Nós já recebemos em torno de 15 mil comunicações de perda, e estamos com um mutirão em campo, os nossos técnicos estão a campo, estão fazendo a avaliação e também indo nas propriedades, fazendo avaliação de cada um dos agricultores para determinar o tamanho da perda em cada uma dessas propriedades.

Repórter Aline Bastos: Qual que é o valor do seguro e quem pode ser beneficiado?

Secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Laudemir Muller: Todos os agricultores familiares do Brasil inteiro que contrataram o Pronaf estão segurados, eles contrataram o seguro. Se o agricultor tem uma perda, a indenização ele deixa de pagar o financiamento, o tamanho da indenização que o agricultor recebe é o valor do financiamento, mais um valor que o agricultor recebe de até R$3.500,00.

Repórter Aline Bastos: Agora, o que ele deve fazer, o primeiro passo é o quê? É procurar o banco que ele pegou o financiamento, como é que funciona?

Secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Laudemir Muller: É muito importante que todos os agricultores familiares que contrataram o Pronaf, que identificarem que eles estão tendo uma perda acima de 30%, eles devem fazer imediatamente uma comunicação aos bancos, aos agentes financeiros, ou seja, onde o agricultor contratou o Pronaf. Esses agentes financeiros que nós estamos em contato permanente, eles indicam um técnico que vai até a propriedade, o agricultor deve acompanhar esse técnico, que vai fazer um laudo, e o agricultor tem que assinar esse laudo, tem que estar de acordo com esse laudo. E, a partir daí, nós determinamos, a partir desse processo, o agricultor recebe a indenização. É muito importante também que o agricultor não mexa na sua lavoura antes da chegada do técnico. Então, é importante comunicar e esperar o técnico para fazer esse laudo em cada uma das propriedades.

Repórter Aline Bastos: O senhor já deu a deixa aqui, mas vale para todos os agricultores de todo o país, não apenas do Sul.

Secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Laudemir Muller: Todos os agricultores familiares que contrataram o Pronaf, do Brasil inteiro, eles têm seguro, independente se o sinistro, se a perda se dá em função de uma seca, de uma falta de chuva, como é o caso da região Sul, ou também se a perda vem do excesso de chuva como, eventualmente, uma inundação, um alagamento em outras regiões do país. Então, todos os agricultores familiares que tiverem perda devem proceder da mesma forma.

Gláucia: Nós acabamos de ouvir a entrevista de Laudemir Muller, secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, sobre o seguro do Pronaf para os agricultores da região Sul.

Luciano: Sete e treze no horário brasileiro de verão.

Gláucia: A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, fechou 2011 em 6,5%. O indicador foi divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE.

Luciano: Segundo o Banco Central, o resultado mostra que o país cumpriu pelo oitavo ano consecutivo a meta para a inflação, que está em trajetória de queda. Entenda por que na matéria de Paulo La Salvia.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Em nota, o Banco Central lembrou que os preços da energia elétrica e dos aluguéis apresentam queda desde o último trimestre do ano passado. Segundo o IBGE, a inflação de 6,5% em 2011 é a maior desde 2004. No entanto, o ministro da Fazenda interino, Nelson Barbosa, disse que o índice está em trajetória de queda.

Ministro da Fazenda interino - Nelson Barbosa: Espero que continue essa trajetória de queda em direção ao... Espero que esse ano de 2012 feche abaixo de 5, e o ritmo de aceleração continue na mesma intensidade verificada nos últimos três meses; caiu de 7,3 para 6,5. O preço administrado esse ano tem um comportamento mais favorável, você tem, mais pelo cenário internacional, os preços de bens industriais, também, devem ficar bem-comportado. O preço de alimentos já começou a desacelerar, eu tenho uma desaceleração esse ano em relação a 2010, essa desaceleração deve continuar. E preço de serviços, com a estabilidade da taxa de desemprego, ele deve permanecer estável. Todos esses fatores conjuntamente e com a estabilidade, uma pequena elevação no preço... são consistentes com a inflação abaixo de 5% esse ano.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Segundo o IBGE, no ano passado, o setor de transportes teve maior crescimento de preços por conta do aumento de passagens aéreas e do álcool combustível. Alimentos e bebidas cresceram menos, mas tiveram maior impacto na inflação já que são responsáveis por mais de 20% do orçamento das famílias. Vale lembrar que o índice do IBGE mostra que a meta de inflação foi cumprida no contexto de crise econômica internacional. Mesmo com ambiente adverso, os juros apresentam queda e, atualmente, estão em 11% ao ano. O governo também barateou o crédito, em 2011, e reduziu impostos para incentivar o consumo de eletrodomésticos. De Brasília, Paulo La Salvia.

Gláucia: Luciano, o que você comeu hoje no café da manhã?

Luciano: Aquela velha e boa combinação: café e um pãozinho francês.

Gláucia: Pois é. E como você, Luciano, muitos brasileiros gostam de comer um pãozinho todos os dias, seja no café da manhã, ou no lanche da tarde. O problema é que esse alimento pode ter muito sal.

Luciano: E o consumo excessivo de sal pode provocar problemas cardíacos e também de pressão.

Gláucia: É por isso que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, produziu um guia para incentivar as padarias a colocarem menos sódio no pão. A reportagem é de Daniela Almeida.

“Quem quer pão, quem quer pão, quem quer pão
Que tá quentinho, tá quentinho, tá quentinho...”

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Pães doces, de queijo, broas, bolos variados. Em uma boa padaria é assim, mas o campeão de vendas é o pão francês. Em uma panificadora de médio porte, no centro de Brasília, por exemplo, fornadas em dois turnos abastecem os cestos com 6 mil pães diariamente. Uma pesquisa do IBGE sobre orçamentos familiares mostra que, em média, cada pessoa come um pão francês por dia. O problema é que o alimento tem contribuído e muito para aumentar o consumo de sódio, o que pode causar hipertensão arterial e doenças cardiovasculares, como confirma a nutricionista Michele Vivan.

Nutricionista - Michele Vivan: O brasileiro consome muito sal, o que não é recomendado, né? Muita gente com doenças cardiovasculares, pressão alta.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para orientar os profissionais de padarias, a Agência Nacional de Saúde, Anvisa, lançou o guia de boas práticas nutricionais para pão francês. A principal dica do documento é que os estabelecimentos adotem balanças de precisão para medir a quantidade certa de sal que será misturada à massa. No caso, o pão francês de 50g tem 320mg de sal. A meta da Anvisa é, até 2014, reduzir em 10% essa quantidade de sódio. O abuso de sal no pão já é preocupação do pessoal da padaria onde trabalha Benigno Dias de Jesus.

Benigno Dias de Jesus: Nós temos uma linha de pães específicos, pães probióticos, pão integral, pão sem gordura, que são pães justamente com essa preocupação da saúde do nosso cliente. Inclusive, nós temos clientes que pedem que a gente faça... encomendam pães sem sal para a gente justamente por causa de saúde.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo máximo de menos de 5g de sal diários por pessoa. Mas a média brasileira é de, aproximadamente, 12g. Por isso, a Anvisa tem orientado o setor produtivo a reduzir a quantidade de sódio em alimentos, a começar pelo pãozinho, como esclarece a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Resende.

Gerente-geral de Alimentos da Anvisa - Denise Resende: Nós resolvemos trabalhar em parceria com o setor produtivo. Então, os representantes da indústria de alimentos do Brasil já pactuaram com o governo a redução do sal nos alimentos industrializados. E nós estamos trabalhando, então, a elaboração de guias de boas práticas nutricionais para que os serviços de alimentação tenham acesso a um documento que oriente a redução do sal nos alimentos processados também.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O guia de boas práticas nutricionais para pão francês está disponível no site da Agência Nacional de Saúde, onde pode ser copiado e impresso; www.anvisa.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.

Luciano: Atenção você que quer fazer curso superior: a partir da meia-noite de hoje, serão abertas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada, o Sisu.

Gláucia: Podem participar estudantes que fizeram o Enem no ano passado. O sistema encaminha candidatos para mais de 108 mil vagas distribuídas em universidades e institutos federais de educação profissional. Cleide Lopes.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A secretária Micheline Ocino é casada, tem dois filhos e, depois de muito tempo, resolveu voltar a estudar. Ela fez o Exame Nacional do Ensino Médio e está com esperança de conquistar uma vaga para cursar o Ensino Superior este ano em uma das 95 universidades públicas dentro do Sistema de Seleção Unificada, Sisu.

Secretária - Micheline Ocino: Eu quero fazer na área de recursos humanos. Recursos humanos, gestão pública. Hoje em dia, é muito importante a gente ter um curso de nível superior, e eu tenho certeza que eu vou conseguir entrar na universidade.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Podem concorrer a uma das 108,5 mil vagas em universidades públicas, oferecidas por meio do Sistema de Seleção Unificada, Sisu, estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, em 2011. As oportunidades estão distribuídas em 3.327 cursos de universidades federais e estaduais, além de institutos federais de educação profissional. As inscrições podem ser feitas a partir de meia-noite desta sexta-feira até o dia 12 de janeiro. E no dia 14 de janeiro, os estudantes têm uma nova chance de ingressar no Ensino Superior com as inscrições para as instituições particulares por meio do Programa Universidade para Todos, o Prouni. A ideia do governo é dar oportunidades iguais para qualquer pessoa que queira fazer o curso superior, como explica o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa.

Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação - Luiz Cláudio Costa: Isso está permitindo que nós atendamos aquelas classes sociais que antes não tinham condições sequer de deslocar da sua cidade para fazer o vestibular, ou pagar a taxa do vestibular na sua forma tradicional. Então, o Exame Nacional realizado hoje através do Sisu, ele permite que nós tenhamos Ensino Superior cada vez mais justo, isso está democratizando, isso está permitindo que nós tenhamos um acesso mais qualificado.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A novidade deste ano é que serão duas chamadas tanto para os inscritos no Sisu como no Prouni. O resultado da primeira chamada será divulgada no dia 15 de janeiro. Os estudantes aprovados deverão comparecer às instituições de ensino entre os dias 19 e 20 para fazer a matrícula. A segunda chamada está prevista para o dia 26 de janeiro, com matrículas entre os dias 30 e 31. Caso ainda haja vagas disponíveis, o sistema gera uma lista de espera. O candidato interessado em participar dessa lista deverá pedir a inclusão entre 26 de janeiro e 1º de fevereiro. Para fazer a inscrição, a partir da meia-noite de hoje, o candidato deve acessar a página eletrônica do Ministério: mec.gov.br.
De Brasília, Cleide Lopes.

Luciano: A partir deste ano, quem tem até 29 anos vai poder se vacinar contra a hepatite B.

Gláucia: A faixa etária para vacinação, que até o ano passado era de 24 anos, foi ampliada pelo Ministério da Saúde. A medida passa a valer a partir deste mês.

Luciano: A hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas, mas que pode evoluir e se tornar uma doença crônica.

Gláucia: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressalta a importância da vacina para a redução do número de casos da doença.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: As hepatites virais, que são chamadas hepatites crônicas, de transmissão, ou por endovenosa, por secreções, por doenças sexualmente transmissíveis, essas eu diria que são grandes desafios para nós, porque tem algumas com hepatite B que já temos vacina. Então, ampliarmos as vacinações tem permitido a redução do número de casos e a proteção, proteção dos profissionais de saúde, proteção das gestantes, proteção dos jovens; agora vamos ampliar a vacinação até os 29 anos.

Luciano: R$ 622,00. Este é o novo valor do piso previdenciário, anunciado hoje pelo Ministério da Previdência Social.

Gláucia: O reajuste dos benefícios atinge mais de 19 milhões de segurados que recebem até um salário mínimo, e representa quase R$ 15 bilhões.

Luciano: Para quem recebe acima do piso, o aumento será de 6%, o que significa um impacto de R$ 7,6 bilhões nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social, INSS, em 2012.

Gláucia: A Portaria com os valores deve ser publicada no Diário Oficial na próxima semana.

Luciano: Gestores do Bolsa-Família têm até o dia 13 para informar sobre a saúde dos beneficiários. Os dados são referentes ao segundo período de 2011, de crianças maiores de 7 anos e de mulheres entre 14 e 44 anos.

Gláucia: Assim como os dados da educação, essas informações ajudam o governo a monitorar a eficácia das políticas sociais e são requisitos obrigatórios para a permanência das famílias no programa.

Luciano: Até dezembro do ano passado, 6,6 milhões de famílias tiveram suas informações registradas no Sistema de Gestão do Programa Bolsa-Família na Saúde.

Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Gláucia: Bolsa-Família será antecipado para famílias de 71 municípios atingidos pelas chuvas em Minas Gerais.

Luciano: Inflação fecha o ano em 6,5% em trajetória de queda, segundo o Banco Central.

Gláucia: Anvisa lança guia para orientar padarias a reduzir o sódio no pão francês.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Gláucia: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos na segunda-feira. Boa noite!

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite, bom fim de semana e até segunda.