06/03/2014 - A Voz do Brasil

Apresentadora Kátia Sartório: Cai em 6% o número de mortes nas rodovias durante o carnaval.

Apresentador Luciano Seixas: Mais de R$ 82 milhões vão ser investidos para ampliar o acesso à água na região do semiárido brasileiro.

Kátia: Nos dois primeiros meses desse ano, foram entregues mais de 2.500 armas para a Campanha do Desarmamento.

Luciano: Quinta-feira, 6 de março de 2014.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite! Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Assista o nosso programa ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Basta acessar agora www.ebcsevicos.com.br/avozdobrasil.

Kátia: Diminuiu o número de acidentes e de mortos, e também de feridos nas estradas federais neste último feriado.

Luciano: Os dados foram divulgados hoje pela Polícia Rodoviária Federal.

Repórter Priscila Machado: Durante os seis dias da Operação Carnaval, foram registrados 3.201 acidentes e 155 pessoas morreram nas estradas de todo o país. Com reforço na fiscalização nos trechos mais violentos das rodovias, o carnaval deste ano teve queda de 9% no número de acidentes e redução de 6% no índice de mortes em relação ao feriado do ano passado. A imprudência continua sendo a principal causa de mortes nas estradas. As colisões frontais, por exemplo, representam mais de 40% das mortes. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, acidentes que poderiam ser evitados, como explica o chefe de Planejamento Operacional, Stênio Pires.

Chefe de Planejamento Operacional da PRF- Stênio Pires: Os dois tipos de infrações mais comuns registradas pela PRF foram as ultrapassagens proibidas ou ultrapassagens forçadas e o excesso de velocidade. Nós tivemos casos de flagrar cidadão conduzindo veículo a 200 km/h, ou seja, transformando uma rodovia federal em um verdadeiro autódromo. E isso trazendo risco à segurança no trânsito para ele e para os demais usuários de uma forma muito perigosa, muito arriscada.

Repórter Priscila Machado: Durante o fim de semana prolongado, 8.500 policiais trabalharam nas ações de fiscalização. Ao todo, mais de 217 mil veículos foram fiscalizados, quase 70 mil testes de alcoolemia foram realizados. Segundo Stênio Pires, da Polícia Rodoviária Federal, o comportamento do motorista brasileiro em relação ao álcool apresenta mudanças.

Chefe de Planejamento Operacional da PRF - Stênio Pires: A conscientização está cada vez maior, a PRF cada vez mais realiza testes e verifica que o número de pessoas autuadas e presas tem caído cada vez mais. Ainda é muito alto, mas a gente já percebe que realmente tem caído tanto o número de flagrantes como o número de acidentes envolvendo pessoas alcoolizadas conduzindo.

Repórter Priscila Machado: Mil seiscentos e cinquenta motoristas foram autuados por dirigir sob efeito do álcool e 406 motoristas foram presos por embriaguez. Minas Gerais e Bahia, estados que historicamente registravam os maiores índices de mortes, tiveram reforço na fiscalização e registraram redução nos números de mortes nas estradas, de 23% e 38%. Reportagem, Priscila Machado.

Kátia: E ainda no tema rodovias, Luciano, 24 empresas foram autorizadas pelo Ministério dos Transportes a fazer estudos de novos trechos que podem ser concedidos.

Luciano: Os trechos são de BRs que passam pelos estados do Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

Kátia: As empresas têm quatro meses para apresentar os estudos à Agência Nacional de Transportes Terrestres, ANTT.

Luciano: Para aumentar o acesso à água nos municípios da região do semiárido, estão sendo investidos mais de R$ 82 milhões.

Kátia: A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e da Parnaíba, Codevasf, vai distribuir até o final do ano mais de três mil kits de irrigação e também construir 2.800 barragens subterrâneas.

Luciano: Os recursos são do BNDES e do Ministério da Integração Nacional.

Kátia: A ideia é garantir o fornecimento de água para as pequenas propriedades rurais e assegurar a produção de alimentos mesmo nos períodos de seca.

Luciano: Este é o assunto da conversa que o repórter João Pedro Neto teve com o coordenador do Programa Água para Todos na Codevasf, Elton Silva Cruz.

Repórter João Pedro Neto: De que forma esses kits e essas barragens que estão sendo entregues e construídas vão ajudar na prática a ampliar o acesso da água no semiárido?

Coordenador do Programa Água para Todos na Codevasf - Elton Silva Cruz: Essa tecnologia visa a você ter a instalação de barragens subterrâneas, e ao todo há um conjunto de 2.800 barragens subterrâneas, três mil kits de irrigação e mais uma biofábrica no município de Piranhas, no alto sertão alagoano. O investimento nessa ordem, a gente tem um investimento aí no montante de R$ 82 milhões, onde você vai conseguir, através do incentivo a uma produção, e o governo federal já vem trabalhando isso na questão da segunda água também em associação à primeira água; não adianta só você ter a água de beber, mas também a água de produzir, principalmente nos períodos mais escassos de chuva. Então essas ações vão dar condições para que a pequena família que esteja alocada principalmente na região semiárida, que é o ponto alvo nas nossas ações imediatas, tenham condições no período de estiagem de ter uma condição mínima de sobrevivência através dessa produção.

Repórter João Pedro Neto: E qual que é o público que vai ser beneficiado diretamente por essa iniciativa?

Coordenador do Programa Água para Todos na Codevasf - Elton Silva Cruz: É o mesmo do “Brasil sem Miséria”, são as pessoas que são inseridas no CadÚnico, com renda familiar até R$ 140,00.

Repórter João Pedro Neto: E qual que é a previsão de entrega dos kits e construção das barragens?

Coordenador do Programa Água para Todos na Codevasf - Elton Silva Cruz: A nossa previsão é que, até o final de 2014, todas essas demandas já faladas aqui sejam entregues, né, concluídas, em todos os estados de atuação da Codevasf, que vai desde Minas Gerais, passando por Bahia, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí e o Maranhão.

Kátia: Você ouviu o coordenador do Programa Água para Todos da Codevasf, Elton Silva Cruz, sobre os investimentos para ampliar o acesso à água na região do semiárido brasileiro.

Luciano: Duas mil quinhentas e oitenta armas. Esta, Kátia, é a quantidade de armas entregues nos dois primeiros meses desse ano na Campanha do Desarmamento.

Kátia: Desde o início da campanha em 2004, Luciano, cerca de 650 mil armas já foram doadas às autoridades. A meta é reduzir a violência no país.

Luciano: Entre as armas que foram entregues estão o revólver e a espingarda.

Kátia: Os estados que mais recolheram são Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Luciano: O Brasil conta hoje com 2.127 pontos de entrega de armas, a maioria nas Policias Civis dos estados.

Kátia: Confira a relação completa em www.entreguesuaarma.gov.br.

Luciano: Sete e oito.

Kátia: Quem quer ser voluntário durante a Copa do Mundo ganhou mais um prazo para poder participar.

Luciano: As inscrições para o Programa Brasil Voluntário foram prorrogadas até o dia 16 de março.

Kátia: Para participar, o candidato tem de preencher alguns requisitos e também passar por um treinamento.

Luciano: Vamos saber mais na reportagem de Ricardo Carandina.

Repórter Ricardo Carandina: As experiências como voluntário em eventos esportivos se acumulam no currículo do professor de educação física Carlos Durval Amorim. A primeira foi há mais ou menos 15 anos. Na Copa das Confederações, ele participou da abertura e também trabalhou no entorno do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, dando informações a quem ia assistir ao jogo.

Professor de Educação Física – Carlos Durval Amorim: Foi uma coisa muito legal, foi muito rica a experiência, a diversidade de pessoas com quem a gente trabalhou. A gente trabalhou com pessoas de várias culturas assim: tinham médicos, militares, professores. Então, foi uma experiência muito boa.

Repórter Ricardo Carandina: Na Copa do Mundo, os voluntários vão ser responsáveis pelo funcionamento de todo o sistema de apoio aos visitantes que chegarem às cidades-sede. Eles vão orientar torcedores, turistas e a imprensa não credenciada em aeroportos, terminais de ônibus, estações de metrô, nos centros de mídia e nas proximidades dos estádios. Todos os selecionados vão passar por um treinamento antes de começar a atuar. O candidato pode escolher a cidade-sede em que quer atuar e o tipo de atividade que quer desempenhar. É preciso ter mais de 18 anos e estar disponível para dedicar quatro horas por dia durante sete dias, seguidos ou não. Os voluntários vão receber alimentação e vão ter despesas com transporte no perímetro das cidades-sede custeadas nos períodos de atuação. Quem quiser se inscrever tem até o dia 16 de março. São 1.500 vagas em cada sede. O professor Carlos Amorim já preencheu o formulário.

Professor de Educação Física – Carlos Durval Amorim: Algumas pessoas criticam, falam: “Ah, vai trabalhar de graça. Vai fazer isso por quê?” Mas é muito legal. A riqueza que você ganha... Muitas das experiências que eu tive na Copa das Confederações, nem que eu recebesse, eu teria tanta alegria. Eu acho que a soma do povo brasileiro, a capacidade que ele tem de se agregar e de adaptar, vai fazer uma coisa muito bonita. Vai ser uma coisa muito legal.

Repórter Ricardo Carandina: O site para inscrições é brasilvoluntario.gov.br. Reportagem, Ricardo Carandina.

Luciano: Começou hoje o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda.

Kátia: Até às cinco horas da tarde, mais de 278 mil declarações foram recebidas pela Receita Federal. A expectativa é que 27 milhões de pessoas declararem o imposto este ano.

Luciano: Vamos saber mais detalhes com o supervisor nacional do Imposto de Renda da Receita Federal, Joaquim Adir, que conversou hoje com o repórter Leandro Alarcon.

Repórter Leandro Alarcon: Quais as novidades para esse ano na Declaração do Imposto de Renda?

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: Bom, nesse ano a principal novidade é a declaração pré-preenchida. O contribuinte que tem certificado digital, ele pode ir na página da Receita Federal, no e-CAC, e pegar a sua declaração pré-preenchida, né, importar a sua declaração pré-preenchida para o programa gerador. Essa declaração, o contribuinte poderá alterar alguns erros que eventualmente tenha, que ele discorde. Ele altera, acrescenta mais alguma coisa e encaminha para a Receita Federal.

Repórter Leandro Alarcon: Em relação a tablet ou smartfhone, também parece que o contribuinte vai poder declarar por esses meios?

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: É, nesse ano o programa para equipamentos móveis, tablets e smartfhones, também foi alterado, né? A performance dele é muito maior e deve atingir aí a possibilidade de entrega por este meio para mais de 90% dos declarantes.

Repórter Leandro Alarcon: Quantas declarações a Receita espera receber esse ano?

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: A Receita espera receber esse ano aproximadamente 27 milhões de declarações.

Repórter Leandro Alarcon: Esse seria o número de pessoas que estão obrigadas a declarar?

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: Perfeito, perfeito. Esse é o número de pessoas que devem declarar o Imposto de Renda.

Repórter Leandro Alarcon: Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda?

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: Bom, está obrigado a declarar o Imposto de Renda quem, em 2013, teve rendimento tributável acima de R$ 25.661,70 ou ainda teve a posse de bens em 31 de dezembro em valor superior a R$ 300 mil ou aqueles também que tiverem rendimentos isentos acima de R$ 40 mil.

Repórter Leandro Alarcon: E quem não declarar, supervisor?

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: Quem não declarar o Imposto de Renda até 30 de abril está sujeito à multa de 1% ao mês sobre o imposto devido e uma multa mínima de R$ 165,74, mesmo que ele não tenha imposto apurado na declaração.

Repórter Leandro Alarcon: Eu conversei com o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. Obrigado, supervisor, pela entrevista à Voz do Brasil.

Supervisor Nacional do Imposto de Renda da Receita Federal - Joaquim Adir: Disponha da gente.

Kátia: Mais informações na página da Receita, em www.receita.fazenda.gov.br.

Luciano: Inaugurada a milésima unidade do CEO, Centro de Especialidades Odontológicas, em São Paulo.

Kátia: Feita com recursos do Programa Brasil Sorridente, do Ministério da Saúde, que está completando 10 anos, os CEOs beneficiam 79,6 milhões de brasileiros.

Luciano: Para prestar atendimento à população nesses centros e nas unidades básicas de saúde, o país conta com o trabalho de mais de 23 mil equipes de saúde bucal, espalhadas em quase cinco mil municípios, cerca de 90% das cidades brasileiras.

Repórter Leonardo Meira: Facilitar e melhorar o acesso ao atendimento especializado de dentistas por meio do SUS, Sistema Único de Saúde. Esta é a ideia dos Centros de Especialidades Odontológicas, conhecidos como CEOs, que alcançaram a marca de mil unidades. O último foi inaugurado no final de janeiro, no Bairro Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo. O centro foi construído com recursos do Programa Brasil Sorridente. Só na fabricação de próteses dentárias, por exemplo, foi atingido um novo recorde: em 2010, foram produzidas 183 mil. No ano passado, esse número chegou a 415 mil unidades, como destaca o coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca.

Coordenador de Saúde Bucal do Ministério da Saúde - Gilberto Pucca: É fundamental em dois aspectos. O primeiro é no aspecto biológico, porque se você não tiver dente para mastigar, certamente você pode ter repercussão em doenças sistêmicas por problema de mastigação. Segundo, por uma questão de inclusão social. No mercado de trabalho, se a pessoa não tiver uma apresentação adequada, se não tiver uma apresentação que lhe dê a garantia de que ela pode ser absorvida no mercado de trabalho, a falta de saúde bucal e a falta de reabilitação pode inclusive ser um fator impeditivo para o seu acesso.

Repórter Leonardo Meira: O “Brasil Sorridente” foi criado em 2004 e faz parte da Política Nacional de Saúde Bucal. Além dos centros de especialidades, presentes em 800 municípios, existem ainda 23 mil equipes de saúde bucal, que atendem 89% das cidades do país. Os centros que destinam no mínimo 40 horas semanais para atendimento exclusivo a pessoas com deficiência ganham recursos adicionais, benefício que chega até a dona de casa Marta Aparecida Santos e à filha Thaís. Já são quatro anos de tratamento que melhoraram a saúde da jovem.

Dona de Casa - Marta Aparecida Santos: A diferença que tem é que tem uma dentista que tem a paciência de cuidar de uma criança especial, né, porque não é em todo lugar que a gente acha. Melhorou a mastigação dela, a alimentação, a saúde. O tratamento dentário faz parte da saúde de uma criança especial também, né, que tem muitas dificuldades.

Repórter Leonardo Meira: Até novembro do ano passado, o Ministério da Saúde já havia investido R$ 803 milhões no Programa Brasil Sorridente. Reportagem, Leonardo Meira.

Kátia: Trezentos e quarenta mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos no ano passado na Amazônia, Luciano.

Luciano: É muita árvore cortada, Kátia. Equivale a 17 mil caminhões cheios.

Kátia: Os números foram divulgados pela Força Nacional de Segurança Pública, que atua em conjunto com o Ibama e a Polícia Federal na repressão a crimes ambientais, em especial o desmatamento, a extração e o comércio ilegal de madeira.

Luciano: Assunto da conversa entre a repórter Carolina Rocha e a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Mick.

Repórter Carolina Rocha: Qual a estrutura utilizada pela Força Nacional nessas operações?

Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça - Regina Mick: Nós temos um treinamento da Força aos policiais. Eles vêm para Brasília, passam por uma instrução de nivelamento e recebem algumas instruções sobre a legislação ambiental, para poder apoiar de melhor forma os fiscais. Eles também contam com todo o apoio logístico das Forças Armadas. A expertise das Forças Armadas é fundamental no terreno, principalmente na Amazônia. Temos os helicópteros e todo o apoio deles. A Polícia Federal atua aí na Polícia Judiciária com a inteligência e nós fazemos o campo. Para isso, usamos viaturas. E todos esses equipamentos são reservados a esta operação, à Companhia da Força Nacional.

Repórter Carolina Rocha: E sobre os resultados, o que a gente pode avaliar?

Secretária Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça - Regina Mick: Os resultados são os melhores possíveis, né? Dentre as apreensões, nós tivemos mais de 122 veículos apreendidos somente no ano passado, 70 tratores e 63 motosserras. E tudo isso, mais o desmatamento, resultou aí em R$ 300 milhões de multas lavradas pelo Ibama e acompanhadas pela Força Nacional.

Kátia: Ouvimos a secretária nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Regina Miki, sobre as operações contra crimes ambientais na Amazônia.

Luciano: Sete e dezoito.

Kátia: O que é que é um ato desonesto para você? Desviar verba pública ou furar fila, apresentar atestado médico falso ou tudo isso?

Luciano: Esse é o tema de uma campanha feita pela Controladoria-Geral da União, CGU, nas redes sociais, que tem a meta de conscientizar a população de que não só as grandes corrupções devem ser combatidas, mas também as pequenas.

Repórter Mara Kenupp: Um em cada quatro brasileiros acha que maus hábitos como furar fila, não emitir nota fiscal, dar propina para não ser multado e não declarar Imposto de Renda não chegam a ser atos desonestos. Os dados são de uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG. E baseada nessas informações, a Controladoria-Geral da União, a CGU, iniciou uma campanha que incentiva dizer não às pequenas corrupções. A intenção é conscientizar os cidadãos de que é preciso combater atitudes antiéticas, como explica o ministro-chefe da CGU, Jorge Hage.

Ministro-Chefe da CGU - Jorge Hage: O objetivo é de não só conscientizar para a questão de dizer não a esses pequenos atos de corrupção, como apresentar atestado médico falso, como registrar o ponto do colega no trabalho. As pessoas criticam o deputado que vota pelo colega faltoso, mas, às vezes, essa mesma pessoa bate o ponto pelo colega que faltou ao trabalho na repartição, cola na prova. Mas, além disso, a ideia é também despertar nas pessoas o interesse em acompanhar o nosso trabalho de combate à grande corrupção.

Repórter Mara Kenupp: Ao todo, a campanha apresenta 10 mensagens para o cidadão refletir e se convencer de que a desonestidade deve ser combatida. O técnico em construção, Adeildo Caetano, morador de Brasília, mostrou que está atento a essas práticas e afirma que nunca furaria uma fila para ser atendido mais rápido.

Técnico em Construção - Adeildo Caetano: Não, eu não. Eu nunca faria isso.

Repórter Mara Kenupp: Por quê?

Técnico em Construção - Adeildo Caetano: Em respeito às outras pessoas mais velhas e tal.

Repórter Mara Kenupp: A campanha “Pequenas Corrupções - Diga Não”, está sendo veiculada no Facebook. Em duas semanas, foram 160 mil compartilhamentos e mais de nove milhões de visualizações. Para participar, acesse a página da Controladoria-Geral da União no Facebook. Reportagem, Mara Kenupp.

Luciano: O período entre novembro e março é de chuvas no país. E é principalmente nesse intervalo de tempo, Kátia, que muita gente é picada por animais peçonhentos como obras, escorpiões e aranhas.

Kátia: Entre novembro de 2012 e março de 2013, por exemplo, Luciano, foram registrados mais de 70 mil acidentes com esse tipo de animal; 144 pessoas morreram.

Luciano: A melhor forma de evitar acidentes é adotar medidas de prevenção. Vamos conhecer algumas delas.

Repórter Leonardo Meira: O crescimento das cidades e o acúmulo de resíduos como sujeira e folhagens se tornam um prato cheio para a reprodução de animais peçonhentos como serpentes, aranhas e escorpiões. O Hospital Vital Brazil, do Instituto Butantan, é referência para o tratamento na região da Grande São Paulo. São feitos, em média, três mil atendimentos por ano. O diretor médico do hospital, Carlos Roberto de Medeiros, destaca que a urbanização colabora nesse processo.

Diretor Médico do Hospital Vital Brazil - Carlos Roberto de Medeiros: Como você vai avançando nos espaços onde esses animais estavam presentes, né, eles acabam... acaba ocorrendo um maior contato com os seres humanos. E tem alguns animais que têm uma fácil adaptação às regiões urbanas. É o caso, por exemplo, dos escorpiões.

Repórter Leonardo Meira: Importante é ficar atento para as dicas de prevenção, de acordo com Ministério da Saúde: lave o local da picada apenas com água ou com água e sabão; hidrate a vítima com goles de água; deixe o local elevado em relação ao resto do corpo; leve a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo; e deixe os mitos de lado: não corte ou fure o local da picada, não faça torniquete, não sugue o ferimento com a boca e não aplique qualquer tipo de substância, como pó de café, álcool ou urina na lesão. É o que destaca o diretor do Hospital Vital Brazil, Carlos de Medeiros.

Diretor Médico do Hospital Vital Brazil - Carlos Roberto de Medeiros: Uma coisa que é muito frequente é fazer o torniquete: você amarrar o membro picado com o objeto de fazer com que o veneno não se espalhe. Não é uma conduta adequada, né? Aliás, alguns acidentes, como no acidente botrópico, que é provocado pela jararaca, é um fator que leva à piora muito importante do paciente, porque nós sabemos que o veneno de jararaca, ela destrói tecidos, e se você impede a circulação, impede a oxigenação desses tecidos, você está piorando, né? Então nunca amarrar, nunca cortar, nunca espremer, nunca chupar o sangue, porque você pode contaminar o ferimento e ser contaminado por hepatite, por HIV.

Repórter Leonardo Meira: Os escorpiões são os animais peçonhentos que mais causam mortes e acidentes, principalmente o marrom e o amarelo. No grupo das serpentes, jararaca, cascavel, surucucu-pico-de-jaca e coral verdadeira ganham destaque. Entre as aranhas, a armadeira e a marrom são as mais perigosas. Reportagem, Leonardo Meira.

Luciano: As cidades de Itanhomi e Capelinha vão receber recursos do Ministério da Integração Nacional para reparar dados causados pelas fortes chuvas que atingiram o estado de Minas Gerais entre o fim do ano passado e o início de 2014.

Kátia: A medida foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.

Luciano: São ser repassados, por meio de Cartão de Pagamento de Defesa Civil, R$ 160 mil para o município de Itanhomi e mais de R$ 60 mil para a cidade de Capelinha.

Kátia: O dinheiro vai ser usado em ações de socorro, assistência às vítimas e reestabelecimento de serviços essenciais.

Luciano: Três fazendas localizadas no município de Itapuranga, em Goiás, foram desapropriadas para a reforma agrária.

Kátia: O Incra já tinha destinado as fazendas para a reforma agrária, mas o caso estava na Justiça.

Luciano: A Advocacia-Geral da União conseguiu três decisões favoráveis e conseguiu desapropriar a Fazenda Império, a Fazenda Maria Alves e a Fazenda Córrego da Onça.

Kátia: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Luciano: Cai em 6% o número de mortes nas rodovias durante o carnaval.

Kátia: Mais de R$ 82 milhões vão ser investidos para ampliar o acesso à água na região do semiárido brasileiro.

Luciano: Nos dois primeiros meses desse ano, foram entregues mais de 2.500 armas para a Campanha do Desarmamento.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Voltamos amanhã. Boa noite!

Kátia: Fique agora casos notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.