09/03/2012 - A Voz do Brasil

O IPCA, que mede a inflação no país, foi de 0,45% em fevereiro. Caiu em relação ao 1º mês deste ano e também a fevereiro do ano passado. De acordo com o IBGE, os preços mais baixos de alguns alimentos e também do setor de transportes foram os responsáveis. A Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, estiveram hoje em Pernambuco, Alagoas e Sergipe para vistoriar obras do PAC 2 e já identificaram problemas com desapropriação de áreas, adequação de projetos e também no diálogo entre os responsáveis pelas obras. Segundo a ANTT dos 16.000 ônibus que fazem o transporte interestadual, 40% são antigos. Para melhorar o sistema de transporte rodoviário, as empresas não vão poder mais ter ônibus com mais de 10 anos de uso circulando e vão ter que abrir novas linhas pra cidades hoje não atendidas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

09/03/2012 - A Voz do Brasil

O IPCA, que mede a inflação no país, foi de 0,45% em fevereiro. Caiu em relação ao 1º mês deste ano e também a fevereiro do ano passado. De acordo com o IBGE, os preços mais baixos de alguns alimentos e também do setor de transportes foram os responsáveis. A Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, estiveram hoje em Pernambuco, Alagoas e Sergipe para vistoriar obras do PAC 2 e já identificaram problemas com desapropriação de áreas, adequação de projetos e também no diálogo entre os responsáveis pelas obras. Segundo a ANTT dos 16.000 ônibus que fazem o transporte interestadual, 40% são antigos. Para melhorar o sistema de transporte rodoviário, as empresas não vão poder mais ter ônibus com mais de 10 anos de uso circulando e vão ter que abrir novas linhas pra cidades hoje não atendidas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Kátia Sartório: Preços de alimentos e transportes caem, e inflação de fevereiro fica em 0,45%.

Apresentador Luciano Seixas: Ministros dos Transportes e do Planejamento visitam obras do Programa de Aceleração do Crescimento em Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Kátia: Licitação de novas linhas de ônibus interestaduais vai exigir frota com até dez anos de uso.

Luciano: Sexta-feira, 9 de março de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA, que mede a inflação oficial no país foi de 0,45%, no mês de fevereiro. Esse índice caiu em relação ao primeiro mês desse ano e também a fevereiro do ano passado.

Luciano: De acordo com os dados divulgados hoje pelo IBGE, os preços mais baixos de alguns alimentos e também do setor de transportes foram os responsáveis pela inflação menor no mês passado, como explica a coordenadora da pesquisa, Eulina Nunes.

Coordenadora da pesquisa - Eulina Nunes: Os alimentos desaceleraram fortemente com as carnes liderando as quedas. Vários alimentos ficaram mais baratos, embora tenham subido alguns, como feijão, o arroz. Os transportes, que, junto com os alimentos, reduziram o IPCA de janeiro para fevereiro, chegaram a ficar com sinal negativo, em vista da redução dos preços das passagens aéreas, do etanol, da gasolina e de outros itens.

Kátia: O preço das carnes caiu quase 2% entre janeiro e fevereiro. Já o tomate teve queda de quase 17%. O açúcar ficou 3,67% mais barato, seguido pelo macarrão e pela batata-inglesa.

Luciano: No caso dos transportes, os combustíveis ficaram 0,83% mais baratos.

Kátia: Já o preço das passagens aéreas caiu quase 9% em relação ao valor cobrado em janeiro deste ano.

Luciano: E a meta não é só que o cidadão pague menos pelo transporte, mas que a qualidade do serviço oferecido seja melhor.

Kátia: Até porque, Luciano, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, dos 16 mil ônibus que fazem o transporte interestadual, 40% são antigos, estão nas estradas há mais de dez anos.

Luciano: E, para melhorar o sistema de transporte rodoviário, as empresas não vão poder mais ter ônibus com mais de dez anos de uso circulando e vão ter que abrir novas linhas para as cidades, hoje, não atendidas. Adilson Mastelari tem as informações.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): O transporte rodoviário de passageiros entre os estados é feito, hoje, por 16 mil ônibus, que operam mais de 2.400 linhas cadastradas na ANTT, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, um serviço que, muitas vezes, passa longe das necessidades e do bem-estar dos passageiros.

Entrevistada: Às vezes, quebra, aí a gente tem que reclamar, né, porque é cara, também, a passagem. Às vezes, o pessoal reclama, né, quando quebra.

Entrevistada: As poltronas, os banheiros, o atendimento lá dentro do ônibus é ruim. Não tem um DVD para a gente ver, uma televisão, né?

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Para melhorar os serviços e as condições desse transporte, a ANTT fez audiências públicas nas maiores capitais do país. O setor e a sociedade civil foram ouvidos e apresentaram propostas para corrigir e superar o que para os usuários não anda bem no transporte interestadual de passageiros. Entre as principais mudanças, as empresas de transporte terão de apresentar novas linhas para cidades ainda não atendidas pela rede atual. Vai aumentar a concorrência para operação de serviços. Vai ser implantado um sistema de monitoramento das viagens para aprimorar a fiscalização e o cumprimento das melhorias. Com as novas regras da Agência Nacional de Transportes Terrestres, vai haver uma redução de 11% no coeficiente que define o valor das tarifas, o que vai ter impacto direto com diminuição nos preços das passagens dos ônibus interestaduais. Para participar da licitação, as empresas não poderão ter ônibus com mais de dez anos de uso. Quem explica é a superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT, Sônia Haddad.

Superintendente de Serviços de Transporte de Passageiros da ANTT - Sônia Haddad: Nesse processo, o que a gente está trazendo de novidade? A gente está trazendo, primeiro, que, na entrada, haja uma qualificação técnica das empresas, que elas demonstrem que elas sabem e são... e sabem fazer esse serviço. Nós estamos exigindo uma frota com a idade máxima de dez anos, que, ao longo dos três anos, terão que atingir uma idade média de cinco. As empresas, ao contratarem seu pessoal, elas têm que observar que 80% desse pessoal tem que ser pessoal que já é treinado, que já tem uma capacitação para a prestação desse serviço. Nós estamos exigindo equipamentos embarcados. Os equipamentos embarcados são aqueles que vão dar à ANTT, aos usuários, à sociedade em geral, todos os dados da prestação de serviço. Com isso, pontualidade, regularidade, quebra de serviço, não atendimento de algum benefício vão ser detectados em tempo hábil para que a gente tome as providências cabíveis.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): O edital da licitação da ANTT será lançado no final de abril. O leilão está marcado para outubro deste ano. De Brasília, Adilson Mastelari.

Kátia: A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, estiveram hoje em três estados do Nordeste para vistoriar obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2.

Luciano: Eles percorreram Pernambuco, Alagoas e Sergipe e já identificaram problemas, localizados em desapropriação de áreas, adequação de projetos e também no diálogo entre os responsáveis pelas obras.

Kátia: O jornalista Flávio Figueiredo conversou hoje com a ministra Miriam Belchior e tem mais detalhes. Acompanhe.

Repórter Flávio Figueiredo: Ministra, que avaliação que a senhora faz da visita às obras do PAC 2, em Pernambuco, Alagoas e Sergipe?

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior: Nós estamos vendo que as obras, aqui, da BR-101 e da BR-408, nos três estados, estão correndo muito bem, estão já adiantadas, e nós fizemos reuniões em cada um dos estados, com o governo do estado, com os empresários que estão realizando as obras e as equipes do governo federal, em cada um desses estados, para avaliar esse andamento e identificar se tem algum problema que precisa ser resolvido, e foi isso que nós fizemos nessas reuniões e que foram bastante positivas.

Repórter Flávio Figueiredo: Esse acompanhamento de perto é uma forma de dar mais agilidade às obras, ministra?

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior: Com certeza. As obras estão em bom ritmo, aqui, mas têm problemas localizados, pequenos problemas localizados, que nós fizemos uma série de encaminhamentos que certamente farão com que elas possam ser aceleradas.

Repórter Flávio Figueiredo: De Pernambuco, Alagoas e Sergipe, as vistorias seguem para onde?

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior: Na semana que vem, vamos, junto com a presidenta, para ver a Ferrovia Norte-Sul.

Repórter Flávio Figueiredo: Isso significa que isso vai ser uma constante daqui para frente, ministra?

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior: Com certeza. Vamos nos aproximar ainda mais das obras, para que elas se realizem, para que o nosso país continue crescendo e gerando emprego.

Repórter Flávio Figueiredo: Os investimentos estão dando resultado?

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior: Com certeza.

Repórter Flávio Figueiredo: Nós acabamos de ouvir a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Muito obrigado, ministra, pela entrevista.

Ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão - Miriam Belchior: Por nada. Um abraço, Flávio.

Luciano: O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, terminou hoje, no Rio de Janeiro, a primeira rodada de visitas aos 12 estádios que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de Futebol, em 2014.

Kátia: Depois de fazer a vistoria na reforma do Maracanã, que já está com mais de 30% das obras concluídas, o ministro Aldo Rebelo afirmou que as 12 arenas vão estar prontas para o mundial.

Luciano: Mas o ministro do Esporte lembrou de outros setores que também precisam receber investimentos para a Copa.

Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: Nós temos questões a enfrentar. Na área de telecomunicações, nós vimos, aqui, no Rio de Janeiro, durante o carnaval, em determinados momentos, que o sistema praticamente entra em colapso. Nós temos uma responsabilidade de melhorar e adequar o nosso sistema à exigência e ao padrão desses grandes eventos. Na área de segurança, as providências também já foram adotadas, os recursos e os investimentos para melhorar a área de segurança.

Kátia: Mais informações em www.copa2014.gov.br.

Luciano: E falando em Rio de Janeiro, Kátia, daqui a três meses, a cidade maravilhosa vai sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Kátia: O evento recebe esse nome porque marca os 20 anos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que também ocorreu aqui, no Brasil, a Rio 92.

Luciano: Para saber como estão os preparativos para o evento, que ocorre em junho, o secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, está no Brasil. Vamos saber mais na reportagem de Paulo La Salvia.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A Rio+20 é uma das conferências mais importantes das Nações Unidas neste ano. Foi isso que o secretário-geral da Conferência, Sha Zukang, afirmou aos jornalistas. Ele está no Brasil para avaliar os preparativos para o encontro. Na visita, Sha Zukang disse que o governo brasileiro está trabalhando intensamente para adequar a estrutura de hotéis e transportes. Já a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou que a Rio+20 não é uma conferência apenas para a discussão; é um encontro para definir um compromisso político, com propostas concretas em relação ao meio ambiente.

Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira: Não é uma conferência de pegarmos um documento e carimbarmos esse documento, falando:
“Aprovamos”. Nós queremos caminhos concretos de ação e de resultados. Quer dizer... E um dos exemplos que está sendo citado como algo que nos levaria a ações concretas, desde que tenha foco, desde que tenha a sinalização em temas objetivos e concretos em torno da... são os objetivos...

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): De acordo com o governo brasileiro, 79 delegações estrangeiras e presidentes de outros países já confirmaram presença na Rio+20. Marcada para junho, no Rio de Janeiro, a Conferência ocorre 20 anos depois da Rio 92. A meta é avançar no combate ao aquecimento global, com foco no desenvolvimento sustentável. De Brasília, Paulo La Salvia.

Kátia: Sete e onze.

“A doença vai embora junto com a sujeira...
Verme, bactéria...
Mando embora embaixo da torneira...
Mão...
Lava outra, lava uma...”.

Luciano: Lembra, Kátia, no final do ano passado, quando os Ministérios da Saúde e da Educação lançaram a campanha “Saúde a gente também aprende na escola. Lave as mãos com água e sabão”.

Kátia: Claro que lembro, Luciano. A campanha foi feita para ensinar a evitar doenças, porque, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a OMS, a maioria das infecções poderia ser prevenida por meio de uma única medida: lavar as mãos sempre e de forma correta.

Luciano: Pois é, Kátia. A partir daí, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, fez uma parceria com a OMS e resolveu perguntar principalmente para os profissionais da área de Saúde se eles têm acesso a produtos de higiene no ambiente de trabalho, como sabonete, toalhas descartáveis e álcool gel.

Kátia: E o resultado desse levantamento já está disponível e vai ser usado pelos hospitais para melhorar a higiene dos funcionários. Carla Wathier.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Lavar as mãos é a arma mais importante e barata para prevenir infecções dentro do ambiente hospitalar, como explica Fabiana Mendes, enfermeira do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional da Asa Sul, em Brasília.

Enfermeira do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Regional da Asa Sul/Brasília – Fabiana Mendes: A gente evita, através da higienização das mãos, que os micro-organismos sejam passados da mão do profissional para os nossos pacientes. E a gente incentiva o profissional a higienizar a mão em cinco momentos, em cinco oportunidades que ele tem durante a assistência a esse paciente.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O levantamento feito pela Anvisa avaliou a rotina de segurança sanitária nos hospitais e clínicas do país. Segundo o estudo, 70% dos hospitais têm orçamento exclusivo para aquisição contínua de produtos para limpeza das mãos. O álcool em gel está disponível em 53% dos hospitais e clínicas pesquisados. Quando o assunto é divulgação das práticas de lavagem das mãos, 70% disseram que há presença de cartazes explicativos nos corredores e salas. De 901 estabelecimentos de saúde pesquisados, 96 apresentaram condições consideradas inadequadas. Quem detalha é Heiko Santana, técnica da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa.

Técnica da Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa - Heiko Santana: Diante dos resultados obtidos, a Anvisa entende que os serviços que já realizaram esta autoavaliação possam, então, traçar planos de melhoria para manter as práticas de higienização das mãos. E para os serviços que ainda não realizaram a autoavaliação que a Anvisa possa encorajá-los a responder este valioso instrumento de autoavaliação para higienização das mãos.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Ainda de acordo com o estudo feito pela Anvisa, em mais de 60% dos hospitais não existe um sistema de observadores para verificar se a prática da higienização realmente está na rotina dos profissionais da saúde. A maioria dos estabelecimentos também não tem recurso específico para capacitar e treinar os funcionários. O relatório completo pode ser consultado no site da Anvisa: www.anvisa.gov.br. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: O programa “Luz para Todos” foi criado em 2003 e já beneficiou mais de 14 milhões de pessoas que vivem na zona rural e em lugares isolados do interior do país.

Kátia: Só no ano passado, 247 mil famílias que vivem em assentamentos da reforma agrária, aldeias indígenas, comunidades quilombolas e ribeirinhas receberam energia elétrica.

Luciano: Os investimentos no “Luz para Todos” estão entre as prioridades da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC 2.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Segundo o Ministério de Minas e Energia, só no ano passado, 247 mil famílias passaram a ter eletricidade em casa. Desse total, 40% fazem parte do Plano Brasil Sem Miséria. Além da inclusão elétrica, o “Luz para Todos” ainda estimula a economia em setores diretos e indiretos. Quem explica é o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.

Secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia - Ildo Grüdtner: Esse programa, além de levar energia elétrica para a sociedade, para as pessoas do campo, claro que acabam gerando empregos na sua implantação, aumenta a produção de equipamentos que são utilizados para a extensão de redes para se levar energia a essa população.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): A meta do governo, até 2014, é atender mais 470 mil famílias em todo o país. Desde 2003, o programa “Luz para Todos” já levou energia elétrica para 14,5 milhões de brasileiros que viviam na escuridão. Para que a eletricidade chegasse a essas pessoas foi preciso estender 1,5 milhão de quilômetros de cabos elétricos, quantidade suficiente para dar 34 voltas ao redor da Terra. O número de postes implantados para suportar tanta fiação já passa de 7,3 milhões. A eletrificação rural já fez 140 mil famílias, que haviam deixado o campo, retornarem aos locais de origem, conforme conta Ildo Grüdtner.

Secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia - Ildo Grüdtner: Com a chegada da energia no campo, é um fator, inclusive, de retorno de famílias para o meio rural. Pessoas que haviam saído do meio rural, elas voltam a residir no meio rural, já que tem esse item importantíssimo, que é a energia elétrica, para o seu conforto, a própria cidadania, já que melhora as condições de vida dessas pessoas.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Ainda segundo o Ministério de Minas e Energia, o programa “Luz para Todos” vem despertando o interesse de países da América Latina, África e Ásia, que já enviaram comitivas ao Brasil para conhecer melhor o programa. De Brasília, Adilson Mastelari.

Kátia: A Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, OIT, prevê que os povos indígenas e quilombolas precisam ser consultados sempre que os governos dos países que assinaram o documento tomem decisões que afetem a vida dessas pessoas.

Luciano: E como o Brasil ratificou a Convenção 169 há dez anos, mas até agora não existe uma regulamentação de como vai ser feito o processo de consulta às comunidades tradicionais, uma série de encontros estão sendo feitos para debater o assunto.

Kátia: O primeiro deles, um seminário, terminou hoje, aqui, em Brasília. Carolina Monteiro acompanhou e tem as informações.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Ouvir o que as comunidades quilombolas, indígenas e tradicionais têm a dizer, em especial quando são pensadas ações que vão afetar a vida delas, como a demarcação de terras e a construção de usinas hidrelétricas. A iniciativa faz parte da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, OIT, da qual o Brasil é signatário. Nesta quinta-feira, teve início em Brasília o diálogo entre governo e sociedade para definir como a consulta deve ser feita. Um momento para a troca de experiências, como explica o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Ministro das Relações Exteriores - Antonio Patriota: O que se espera é que o amplo processo de debate iniciado aqui contribua para o alcance de posições amplamente consensuadas num futuro muito próximo. Ao longo dos próximos meses estão previstos a realização de uma série de reuniões de Brasília, em distintas regiões do país, sob a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República e do Itamaraty, um grupo de trabalho interministerial instituído pela Portaria de 27 de janeiro deste ano, organizará uma série de reuniões consultivas e deliberativas, com representantes dos povos indígenas, das comunidades quilombolas e dos setores das comunidades tradicionais destinadas ao aprofundamento dessa discussão.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): A representante das comunidades quilombolas no encontro, Maria Rosalina dos Santos, acha positiva a iniciativa do governo.

Representante das comunidades quilombolas - Maria Rosalina dos Santos: Fazer cumprir o que determina a lei, principalmente quando se trata da Convenção 169, que traz tratados legais de respeito aos direitos das comunidades tradicionais, as comunidades indígenas e tribais.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Para a representante dos povos indígenas, Sônia Guajajara, ao longo da história, as comunidades não têm sido ouvidas.

Representante dos povos indígenas - Sônia Guajajara: Apesar de existir a lei, as consultas de fato nunca existiram nas comunidades, nas aldeias, junto aos povos. Então, aqui, com certeza, o seminário marcará o ponto de partida para podermos estar discutindo, junto com os nossos povos, como se dará esse processo e como será os procedimentos que vão ser implementados.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou que o governo tem ouvido a sociedade, mas é preciso aprimorar a regulamentação da Convenção 169.

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência - Gilberto Carvalho: Nós entendemos que a 169 não é vinculante, no sentido de que o fato de uma população local não desejar aquela obra, não é impeditivo que ela seja realizada. O que é o desejável? É que haja um acordo com aquela comunidade e que sejam respeitados todos os direitos dela em função dos eventuais prejuízos que ela tenha. Então essa é a nossa posição.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): De Brasília, Carolina Monteiro.

Luciano: O Banco Central regulamentou punições para empresas que administram consórcios.

Kátia: Na lei anterior, a única punição prevista era uma multa no valor de R$ 250 mil.

Luciano: Agora o Banco Central amplia a lista de penalidades que podem atingir também as pessoas que administram os consórcios.

Kátia: Entre as penas previstas está advertência, multa e suspensão de até três anos para dirigir instituição, além de cassação do funcionamento das empresas.

Luciano: Ontem, apresentamos aqui, na Voz, notícia sobre a liberação pelo Ministério da Saúde de R$ 181,6 milhões para ações na área das doenças que afetam os rins.

Kátia: Um aumento de 10% no valor repassado aos serviços de saúde por sessão do tratamento, o maior reajuste desse procedimento na tabela do Sistema Único de Saúde, SUS, desde 2005.

Luciano: E o Ministério da Saúde alerta: 60% dos pacientes que fazem hemodiálise no Brasil, tratamento que remove líquidos e substâncias tóxicas do sangue como se fosse um rim artificial, apresentam hipertensão ou diabetes como causas da doença renal crônica, caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função dos rins.

Kátia: Segundo a médica Patrícia Abreu, da Coordenação de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, a doença renal crônica é uma das principais consequências do tratamento inadequado da hipertensão arterial e do diabetes, elevando o risco de morte prematura por doença cardiovascular em mais de dez vezes.

Médica da Coordenação de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde - Patrícia Abreu: A população precisa fazer exercício, precisa parar de fumar, precisa emagrecer, e, com isso, ela vai diminuir o risco de ficar com pressão arterial alterada e com diabetes, porque se isso não acontecer, 100% desses pacientes vão evoluir para uma outra doença, e a doença renal crônica, que tem uma grande mortalidade, que tem um grande risco para ter infarto, para ter derrame e para ter consequências muito sérias.

Luciano: Segundo a médica, quem tem hipertensão ou diabetes deve fazer, no mínimo, uma vez por ano, avaliação da função renal, que é um exame de sangue com dosagem de creatinina e exame de urina, para detectar presença de albumina.

Kátia: Patrícia Abreu explica que o tratamento da doença renal deve manter as medidas de controle de glicemia e hipertensão, acrescentar medicamentos de proteção renal, cuidar do estado nutricional e evitar o uso de qualquer medicamento tóxico para os rins, em especial os anti-inflamatórios.

Luciano: E para quem já desenvolveu a doença é imprescindível avaliação do nefrologista, médico especialista em problemas renais, para orientar a prevenção e o tratamento das complicações resultantes da doença e para modificar doenças associadas.

Kátia: Mais informações em portalsaude.gov.br.

Luciano: A partir de hoje, a postagem da carta social, serviço de correspondência exclusivo para pessoas físicas, só poderá ser usada pelos beneficiários e dependentes do Programa Bolsa-Família.

Kátia: A partir de agora, quem enviar a carta social deve apresentar, em qualquer guichê dos Correios, o cartão de identificação do programa junto com o documento de identidade.

Luciano: Os endereços do remetente e destinatário devem ser escritos a mão, e o limite de postagens é de cinco cartas por dia.

Kátia: O valor da postagem é de R$ 0,01, e o envelope deve ter a identificação de “carta social”, que também deve ser escrita à mão em cima do CEP.

Luciano: O governo decidiu prorrogar para o dia 20 de março o prazo para que as micro e pequenas empresas que estão no Simples Nacional entreguem a Relação Anual de Informações Sociais, Rais, ano-base 2011.

Kátia: A declaração é obrigatória e está disponível em www.rais.gov.br.

Luciano: Quem não cumprir o prazo está sujeito à multa de R$ 425,04.

Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Luciano: Preços de alimentos e transportes caem, e inflação de fevereiro fica em 0,45%.

Kátia: Ministros dos Transportes e do Planejamento visitam obras do Programa de Aceleração do Crescimento em Pernambuco, Alagoas e Sergipe.

Luciano: Licitação de novas linhas de ônibus interestaduais vai exigir frota com até dez anos de uso.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos na segunda-feira. Boa noite!

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos, um bom fim de semana e até segunda.