09/05/2012 - A Voz do Brasil
09/05/2012 - A Voz do Brasil
A maioria dos pacientes com diabetes no Brasil são mulheres, mas a doença avança entre os homens, segundo a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. A pesquisa comprova ainda que mais de 5% dos brasileiros são diabéticos. Excesso de peso, tabagismo e vida sedentária são os principais motivos desse crescimento. A população do Amazonas vai se beneficiar com o repasse de mais R$ 7 milhões do governo federal para o estado. O dinheiro vai ser usado em ações de socorro, assistência às vítimas e compra de produtos de higiene e limpeza, além de medicamentos e alimentos para a população atingida pela cheia do Rio Negro. E 10 toneladas de remédios são enviadas ao estado para combater doenças transmitidas pela água. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Edla Lula: Pesquisa comprova: mais de 5% dos brasileiros são diabéticos e a doença predomina entre as mulheres.
Apresentador Luciano Seixas: Amazonas vai receber mais R$ 7 milhões para socorrer população atingida pela enchente.
Edla: E 10 toneladas de remédios são enviadas ao estado para combater doenças transmitidas pela água.
Luciano: Quarta-feira, 09 de maio de 2012.
Edla: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Edla: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.
Edla: A maioria dos pacientes com diabetes no Brasil são mulheres. Mas a doença avança entre os homens, segundo a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde.
Luciano: Excesso de peso, tabagismo e vida sedentária são os principais motivos desse crescimento.
Edla: Já o número de internações caiu, depois que a rede de farmácias populares passou a distribuir de graça remédios para os pacientes com diabetes. Os detalhes na reportagem de Daniela Almeida.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Por duas horas, três vezes por semana, um grupo de diabéticos se reúne na Universidade de Brasília. Eles fazem parte de um programa de controle da doença por meio de atividades físicas e orientações sobre alimentação adequada e medicação. Nos encontros, os participantes do programa conferem a taxa de glicose no sangue e a pressão arterial. Os dados de cada um são anotados e estudados por universitários dos cursos de Nutrição, Educação Física e Farmácia. Hoje, por exemplo, o índice glicêmico da aposentada Ester Moraes de Souza está bem alto. Enquanto a taxa de glicose normal de uma pessoa sem a doença é de até 110, a de D. Ester chegou a 277. Aos 78 anos, ela confessa que não tem tomado todos os cuidados para controlar a doença.
Aposentada - Ester Moraes de Souza: Sou uma diabética abusada e consciente do que faz bem e o que faz mal, né? Mas diz que todo velho é igual criança, é teimoso, né?
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): De acordo com a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, o número de diabéticos no Brasil está crescendo devido ao excesso de peso, tabagismo e vida sedentária. Em 2011, 5,6% da população tinham a doença. A prevalência entre mulheres é maior 6%, mas entre os homens o percentual subiu de 4,4%, em 2006, para 5,2%, no ano passado. Deborah Malta, coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde, do Ministério da Saúde, explica que o diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos: 7,5% dos que têm até oito anos de estudo dizem ser diabéticos. Segundo Deborah Malta, o percentual cai para 3,7% entre os brasileiros com mais de 12 anos de estudo.
Coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde, do Ministério da Saúde - Deborah Malta: Provavelmente se deve a hábitos e práticas mais saudáveis que têm sido incorporadas pela população com maior escolaridade.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Durante a divulgação do estudo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recomendou o diagnóstico precoce do diabetes. O ministro ainda informou que, para o controle da doença, existe a distribuição gratuita de medicamentos, pelo Programa Saúde Não Tem Preço. Somente em abril deste ano, mais de 1 milhão de usuários foram atendidos.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: A decisão do Ministério da Saúde de colocar remédio de graça no Farmácia Popular, em 2011, reverteu a tendência de crescimento de internações. Nos últimos anos, vinham aumentando, chegou a 148 mil internações, em 2010, e os nossos dados preliminares já mostram a redução para 145 mil internações, no ano de 2011.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): A pesquisa Vigitel 2011 mostra também que o diabetes é mais comum entre os mais velhos. Nas pessoas com mais de 65 anos, a doença atinge 21,6% dos idosos. Para mais informações sobre o levantamento, acesse www.saude.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.
Luciano: Ainda falando em saúde, um balanço parcial, divulgado pelo Ministério da Saúde, indica que 5 milhões de brasileiros já tomaram a vacina contra gripe.
Edla: A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo, o que equivale a 24 milhões de pessoas.
Luciano: Idosos, trabalhadores da área de saúde, crianças entre seis meses e dois anos de idade e presos são o público-alvo da campanha.
Edla: A campanha começou no último sábado e vai até o dia 25 de maio, em todo o país.
Luciano: Além da vacinação contra a gripe, neste mês, o Ministério da Saúde também está com uma campanha específica para vacinar indígenas de 152 etnias, em mais de 1300 aldeias.
Edla: Os indígenas vão ser vacinados contra doenças como hepatite B, paralisia infantil, difteria, tétano, coqueluche, meningite, gripe, caxumba e febre amarela. Mara Kenupp.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Maio também é o mês de vacinação dos povos indígenas. A campanha começou no dia 05 de maio e vai até o dia 05 de junho nas aldeias. A previsão do Ministério da Saúde é vacinar cerca de 585 mil índios, em todo o país. O índio Jorge Oliveira Marubo, da etnia Marubo, que mora no Vale do Javari, no estado do Amazonas, disse que a vacinação ajuda a proteger a saúde dos índios, principalmente as crianças.
Índio - Jorge Oliveira Marubo: Esse ano, agora, pela primeira vez, né, que a gente está conseguindo vacinar todas as crianças, toda a população, né, em período regular.
Repórter Mara Kenupp: Os índios também vão receber vacinas contra outras doenças, como hepatite B, paralisia infantil, difteria, tétano, coqueluche, meningite, caxumba e febre amarela. O secretário especial de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde, Antônio Alves, explica que a prevenção de doenças entre os indígenas é prioridade.
Secretário especial de Saúde Indígena, do Ministério da Saúde - Antônio Alves: A campanha de vacinação, e especificamente para os povos indígenas, ela tem um objetivo bem definido, que é aumentar a proteção dessas comunidades que vivem afastadas dos centros urbanos contra as doenças imunopreveníveis, aquelas doenças que podem ser prevenidas por meio de vacinas. Isso faz com que elas fiquem mais preparadas para enfrentar esse risco, que são provenientes das doenças que podem acometer mais facilmente essa comunidade indígena.
Repórter Mara Kenupp: Para garantir a multivacinação, mais de 3 mil profissionais percorrem as reservas indígenas. A ação abrange 152 etnias e 1.330 aldeias espalhadas pelo país. O Ministério da Saúde investiu mais de R$ 4 milhões entre aquisição das vacinas, materiais e transporte. Um balanço parcial mostra que quase 38 mil índios já foram vacinados até a manhã de hoje. De Brasília, Mara Kenupp.
Luciano: A população do Amazonas vai se beneficiar com o repasse de mais R$ 7 milhões do governo federal para o estado.
Edla: O dinheiro vai ser usado em ações de socorro, assistência às vítimas e compra de produtos de higiene e limpeza, além de medicamentos e alimentos para a população atingida pela cheia do Rio Negro.
Luciano: Segundo informações do governo do estado, mais de 70 mil famílias já foram atingidas, sendo 10 mil na capital. Paulo La Salvia.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Segundo a Defesa Civil do estado, são, pelo menos, 40 municípios em estado de emergência, com mais de 70.500 famílias afetadas. São seis rios, com volume de água bem acima do normal, no Amazonas. O Rio Negro, que corta a capital do estado, Manaus, está a menos de 30 centímetros de atingir o maior nível em 100 anos. A enchente no Amazonas foi assunto de uma videoconferência entre a presidenta Dilma Rousseff e o governador do estado, Omar Aziz. A presidenta determinou que o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, vá até o estado do Amazonas, nessa quinta-feira, para anunciar medidas de ajuda às vítimas. Com os R$ 7 milhões, publicados hoje, no Diário Oficial da União, recursos destinados ao socorro, assistência às vítimas e compra de alimentos, produtos de higiene, limpeza e medicamentos somam-se R$ 17,5 milhões, já recebidos pelo estado do governo federal, para ajudar a população atingida pelas enchentes. Além dos recursos, o Ministério da Saúde está enviando 10 toneladas de remédios para Amazonas. A primeira remessa saiu nesta quarta-feira. A pasta ainda vai distribuir material informativo de como evitar doenças ligadas às enchentes e financiar barcos-hospitais na região. De Brasília, Paulo La Salvia.
Edla: E sobre esse envio de 10 toneladas de medicamentos ao estado do Amazonas, anunciado hoje, pelo Ministério da Saúde, Marcela Rebelo conversou com o secretário-executivo do Ministério, Adriano Massuda. Vamos ouvir.
Repórter Marcela Rebelo: Secretário, o que o Ministério da Saúde está encaminhando para o estado do Amazonas, nessa situação de enchente?
Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Adriano Massuda: Estão sendo encaminhados mais de 10 toneladas de medicamentos. Entre esses medicamentos, a gente tem anti-hipertensivos, antibióticos, anti-inflamatórios... Enfim, um conjunto de medicamentos necessários para apoio ao atendimento em situações de urgência. Além dos medicamentos, nós também estamos fazendo um aporte de recursos, na ordem de R$ 900.000,00, para que o estado possa adaptar três hospitais em balsas, nos municípios de Anamã, Anamori (sic) e Barreirinha, para que possa prestar assistência à população nessas regiões que estão ilhadas. E, além disso, um integrante da Força Nacional do SUS estará indo para Amazonas para compor o Gabinete de Crise, comandado pelo governo do estado.
Repórter Marcela Rebelo: Sobre o envio de medicamentos, são duas remessas que seguirão para o estado, é isso?
Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Adriano Massuda: Como a quantidade é muito grande, não foi possível colocar numa aeronave. A gente precisou dividir em dois voos. Então, hoje está indo metade e amanhã está indo o restante.
Repórter Marcela Rebelo: Secretário, o Ministério encaminha também ao estado um material informativo sobre como evitar doenças transmissíveis pela água, em situação de enchentes?
Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Adriano Massuda: Como proceder em situações de enchente, como cuidar dos alimentos, como cuidar da caixa-d'água, perigo com animais peçonhentos, né? E para os profissionais de Saúde ficarem mais alertas com relação à identificação e notificação de doenças secundárias associadas às cheias, como a leptospirose, hepatite A, enfim.
Repórter Marcela Rebelo: E o que a população pode fazer também, secretário?
Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Adriano Massuda: A população deve ficar alerta para os riscos que se tem de uma... de água contaminada e procurar fazer as ações preventivas para evitar doenças secundárias às cheias.
Repórter Marcela Rebelo: Eu conversei com o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Adriano Massuda. Secretário, muito obrigada pela sua participação aqui, na Voz do Brasil.
Secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde - Adriano Massuda: Eu que agradeço.
Edla: Sete e doze.
Luciano: A presidenta Dilma Rousseff parabenizou hoje, por telefone, o presidente eleito da França, François Hollande.
Edla: Segundo nota divulgada pela Presidência da República, Hollande confirmou que vai participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Luciano: A Rio+20 está prevista para os dias 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Edla: A presidenta Dilma conversou também, por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que tomou posse na última segunda-feira.
Luciano: Assim como Hollande, Putin aceitou o convite do governo brasileiro e confirmou a participação na Rio+20.
Edla: Aumentar o número de brasileiros que têm acesso a serviços bancários, como abrir uma conta-corrente, o Banco Central lançou hoje o “Plano de Ação para Fortalecimento do Ambiente Institucional”. Ricardo Carandina explica.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Nos últimos 20 anos, muitas medidas facilitaram o acesso da população aos serviços financeiros. Hoje, é possível, por exemplo, realizar pagamentos de contas em casas lotéricas e agências dos Correios. O correntista pode receber o salário no banco de sua escolha e pode comparar as tarifas cobradas pelas instituições. Para atender melhor a população, o treinamento de funcionários se tornou obrigatório. Essas são ações que fazem parte do processo chamado de “inclusão financeira”. O diretor de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Luiz Awazu Pereira da Silva, disse que no Brasil houve avanços na área.
Diretor de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central - Luiz Awazu Pereira da Silva: Tivemos quase o dobro de contas bancárias no Brasil em relação a alguns anos atrás. Estamos, hoje, com uma parcela significativa da população brasileira com acesso a serviços financeiros.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Mas o Banco Central considera que ainda existem muitos desafios, como tornar os serviços financeiros mais adequados às necessidades da população e aumentar o nível de informação do usuário. Por isso, a instituição lançou hoje o “Plano de Ação para Fortalecimento do Ambiente Institucional”. São oito medidas que incluem o aperfeiçoamento das leis sobre créditos para pequenos empreendedores, a criação de novos serviços financeiros e a melhoria dos que já existem, a criação de regras para pagamento de contas por celular e a maior divulgação dos direitos do consumidor. O diretor de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central falou sobre a importância do plano para a população.
Diretor de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central - Luiz Awazu Pereira da Silva: Criar, entre vários parceiros, a indústria, organismos de governo, Ministérios, uma maneira de se trabalhar conjuntamente para melhorar a qualidade e o acesso de serviços financeiros para a população brasileira.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): As medidas vão ser implementadas entre 2012 e 2014, e serão avaliadas ano a ano nos fóruns do Banco Central sobre inclusão financeira. De Brasília, Ricardo Carandina.
Luciano: Ainda falando em economia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial no país, ficou em 0,64% no mês passado.
Edla: Segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, a taxa em abril foi três vezes maior se comparada à inflação em março, de 0,21%.
Luciano: A coordenadora de Índice de Preços do IBGE, Eulina Nunes, explica quais foram os principais produtos e serviços responsáveis por esse aumento em abril.
Coordenadora de Índice de Preços do IBGE - Eulina Nunes: Cigarros, remédios e empregados domésticos, que responderam por cerca de 40% do IPCA do mês. Os alimentos também pressionaram muito, já que os preços voltaram a subir. O consumidor passou a pagar mais caro pelo feijão com arroz e farinha.
Edla: Entre todos os itens citados pela pesquisadora do IBGE, o cigarro teve a maior alta de preços, 15%.
Luciano: E o Índice Nacional da Construção Civil aumentou 0,64% em abril.
Edla: Segundo o IBGE, a taxa é maior que a registrada em março.
Luciano: Esse índice é calculado a partir do levantamento de preços de materiais e salários pagos na construção civil em todas as regiões do país. Aline Bastos.
Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Em abril, o custo nacional para a construção civil foi de R$ 824,81 por metro quadrado; desses, poucos mais de R$ 446,00 para os materiais e R$ 378,00 para a mão de obra. Em março, o custo nacional por metro quadrado foi de R$ 819,00. A região Sudeste registrou a maior taxa no mês, 0,92%, e o Rio de Janeiro ficou com a maior alta por conta do reajuste salarial do setor. Quem explica é o gerente responsável pelo Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil do IBGE, Augusto Oliveira.
Gerente responsável pelo Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil do IBGE - Augusto Oliveira: Nós tivemos nesse período acordo coletivo no Rio de Janeiro, que foi, digamos assim, o que teve a maior força; mas nós tivemos em Sergipe, nós tivemos na Bahia e nós tivemos no Maranhão. Então, todos esses acordos coletivos aqui, fora alguns aumentos que podem ter ocorrido por causa do mercado, né, tiveram influência na participação da mão de obra no cálculo do custo.
Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): De acordo com o IBGE, os custos regionais por metro quadrado, em abril, foram R$ 863,00 no Sudeste, R$834,00 no Norte, R$ 819,00 no Centro-Oeste, R$ 814,00 na região Sul e R$ 781,00 no Nordeste. A pesquisa completa pode ser acessada no endereço eletrônico: www.ibge.gov.br. De Brasília, Aline Bastos.
Edla: Os brasileiros com algum tipo de deficiência têm à disposição uma linha de crédito para financiar, por exemplo, cadeiras de rodas mais modernas.
Luciano: O empréstimo é destinado a quem ganha até dez salários mínimos por mês. Priscila Machado.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A psicóloga Camila Chavez precisa de uma cadeira de rodas para se locomover. Há cerca de um mês, ela conseguiu financiar a compra de um equipamento novo, mais leve e mais confortável para as atividades do dia a dia.
Psicóloga - Camila Chavez: Pelo peso das cadeiras, para mim que sou mulher, é impossível. A minha cadeira atual, ela pesa 13 quilos. Então, eu não tenho força; um homem, talvez, tivesse. E essa que eu estou comprando, ela pesa quatro quilos.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O custo da nova cadeira é alto, R$ 14 mil. Metade do valor foi financiado pelo BB Crédito Acessibilidade, que tem juros mais baixos, de 0,64% ao mês. Marcelo Labuto, diretor de Empréstimos e Financiamentos do Banco do Brasil, explica como os recursos podem ser usados.
Diretor de Empréstimos e Financiamentos do Banco do Brasil - Marcelo Labuto: A pessoa precisa ser ou se tornar um correntista do Banco do Brasil, ter renda até dez salários mínimos, e, a partir disso, ele já pode ir a mercado, verificar qual o bem, a necessidade que ele tem - não precisa necessariamente o benefício ser voltado para a pessoa que faz o empréstimo, uma mãe pode fazer para um filho, qualquer coisa dessa natureza - e já pode adquirir o bem, voltar ao Banco do Brasil de posse da nota fiscal e solicitar a conclusão da operação.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O financiamento pode chegar até 100% e pago em cinco anos, com dois meses de carência. O crédito tem limite de R$ 30 mil por pessoa e pode ser concedido para quem ganha até dez salários mínimos por mês. Segundo o IBGE, cerca de 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. A nova linha de crédito foi criada para promover inclusão social e dar maior independência a essa parcela da população, como explica Ana Paula Crosara, diretora de Políticas Temáticas da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Diretora de Políticas Temáticas da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Ana Paula Crosara: O crédito vem para financiar produtos que ainda não estão disponíveis na rede pública para todo mundo.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): No próximo semestre, a linha de crédito deve financiar também próteses, órteses e aparelhos auditivos. De Brasília, Priscila Machado.
Edla: Jovens das capitais de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Belém, e ainda cidades de Guarulhos, em São Paulo, e Lauro de Freitas, na Bahia, além do Distrito Federal, participam de cursos profissionalizantes para recuperar computadores usados e quebrados.
Luciano: Além de dar uma oportunidade no mercado de trabalho para esses jovens, o projeto, apoiado pelo Ministério das Comunicações, garante que as máquinas consertadas sejam enviadas para telecentros, bibliotecas e escolas públicas de todo o país.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): As máquinas, depois de reparadas, são enviadas para o uso da população em telecentros, bibliotecas e escolas públicas de todo o país. No Distrito Federal, o Centro de Recondicionamento de Computadores funciona no Gama. As máquinas doadas são reparadas por jovens de 16 a 27 anos, que recebem treinamento para ingressar no mercado de trabalho. Cada máquina recuperada atende pelo menos dez pessoas. Em todo o país, 927 entidades receberam mais de 10 mil máquinas. Até agora, já foram capacitados mais de 3 mil jovens. Marcos Lopes, gerente técnico do Centro do Gama, informa que os jovens aprendem não só recuperar máquinas, mas também desenvolver programas de computadores.
Gerente Técnico do Centro do Gama - Marcos Lopes: A gente dá cursos para estimular a parte de ‘software’, a parte lógica do computador. Então, a gente tem cursos agora que está fomentando a criação de desenvolvedores, aqui, no Distrito Federal.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): No Centro de Recondicionamento de Computadores do Gama, 200 jovens são capacitados por ano. Segundo a coordenadora do centro, Zélia Santos, após concluirem o curso, 120 vão direto para o mercado de trabalho.
Coordenadora do Centro do Gama - Zélia Santos: Normalmente, os empresários, aqui, de Brasília, vêm até nós solicitando um profissional capacitado na área de ‘hardware’. Além disso, espontaneamente, eles vão à procura desse emprego e muitos estão trabalhando aí na área da tecnologia da informação já.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Rafael Salles chegou ao Centro de Recondicionamento aos 16 anos. Hoje é professor e também está cursando o curso superior na área de computação.
Rafael Salles: Aprendi tudo que era necessário, a parte técnica, e ficou mais claro para mim o que queria fazer, aí eu resolvi me formar.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O coordenador de Informação do Ministério das Comunicações, Denis Rodrigues, destaca que o Programa de Recondicionamento de Computadores também contribui para reduzir o impacto ambiental.
Coordenador de Informação do Ministério das Comunicações - Denis Rodrigues: Os Centros de Recondicionamento, eles propõem que essas máquinas que possam não ter uso em determinado lugar, para um grande parque de computadores, ele possa ser muito útil, sim, numa biblioteca, numa escola, numa associação comunitária que promova a inclusão digital, que apresente o mundo dos computadores para quem ainda não conhece.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A meta do Ministério das Comunicações, neste ano, é investir mais de R$ 2 milhões para formar 1.270 jovens e recondicionar mais de 3 mil computadores. De Brasília, Cleide Lopes.
Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Edla: Pesquisa comprova: mais de 5% dos brasileiros são diabéticos, e a doença predomina entre as mulheres.
Luciano: Amazonas vai receber mais R$ 7 milhões para socorrer população atingida pela enchente.
Edla: E dez toneladas de remédios são enviadas ao estado para combater doenças transmitidas pela água.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Edla: E siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!
Luciano: Fique agora com o minuto TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.