09/06/2011 - A Voz do Brasil

A VOZ DO BRASIL – 09.06.2011.

Apresentadora Edla Lula: Famílias vítimas da chuva de 2008, em Blumenau, Santa Catarina, recebem moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Apresentador Luciano Seixas: Ministério da Integração Nacional anuncia a liberação de R$ 15 milhões para ajudar vítimas da chuva e reconstruir cidades atingidas, em Roraima.

Edla: Campanha lançada hoje defende o fim do trabalho infantil perigoso.

Luciano: Quinta-feira, 9 de junho de 2011.

Edla: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Edla: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite. Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.

Edla: A presidenta Dilma entregou, hoje, 580 apartamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida para famílias de Blumenau, em Santa Catarina.

Luciano: Duzentas e vinte moradias são para as famílias que foram atingidas pelas chuvas, em novembro de 2008.

Repórter Ana Gabriella Sales (Blumenau-SC): Os 580 apartamentos estão distribuídos em 29 blocos de quatro conjuntos residenciais do bairro Passo Manso, em Blumenau. A presidenta Dilma Rousseff, que veio pela primeira vez a Santa Catarina em seu mandato, visitou uma das unidades. São 41 metros quadrados, com dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área de serviço. Além de suprir a demanda habitacional de famílias com renda de até três salários mínimos na região, as moradias entregues hoje também vão atender a 220 famílias vítimas das enchentes e deslizamentos de terra em 2008. A aposentada Olga Regina Pereira sofreu as consequências da queda de barreiras, que condenou sua antiga casa. Hoje, ela pegou a chave da nova moradia.

Aposentada - Olga Regina Pereira: Caiu barreira na frente, atrás; a casa estava caindo, estava condenada, tanto o terreno quanto a casa. Mas agora, graças a Deus, fui beneficiada. Para mim é um sonho, é um começo de vida.

Repórter Ana Gabriella Sales (Blumenau-SC): De acordo com a presidenta Dilma Rousseff, o Programa Minha Casa, Minha Vida cumpriu um compromisso.

Presidenta Dilma Rousseff: Com isso, nós zeramos aquilo que no Programa Minha Casa, Minha Vida era destinado para essa população que tinha sofrido as consequências desse grande desastre natural.

Repórter Ana Gabriella Sales (Blumenau-SC): Só aqui, na cidade de Blumenau, o Programa Minha Casa, Minha Vida já contratou mais de 2 mil unidades habitacionais. A maioria, 77%, voltada para famílias de até três salários mínimos. Em todo o país, o programa já contratou 1,079 milhão de moradias para todas as faixas de renda. O objetivo é chegar em 2014 com 2 milhões de unidades. Segundo a Presidenta, a meta faz parte do Minha Casa, Minha Vida 2, que será anunciado pelo governo na segunda semana de julho. Ainda, durante a solenidade, a Presidenta garantiu que será feita a duplicação da BR-470, que liga Navegantes, em Santa Catarina, a Camaquã, no Rio Grande do Sul. De Blumenau, em Santa Catarina, Ana Gabriella Sales.

Edla: E antes de embarcar para Blumenau, em Santa Catarina, a presidenta Dilma recebeu o presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, na manhã de hoje, aqui, em Brasília. Aline Bastos.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): O nacionalista Ollanta Humala, de 48 anos de idade, escolheu o Brasil para ser o primeiro país visitado por ele depois de vencer nas urnas para a Presidência da República do Peru, no último domingo. Na avaliação de Humala, o Brasil é um parceiro estratégico e tem um modelo de sucesso no que diz respeito ao crescimento econômico aliado à inclusão social. Com a presidenta Dilma Rousseff, o presidente eleito conversou sobre programas, como o Brasil Sem Miséria e também o Bolsa-Família, e, ainda, sobre formas de combate ao tráfico de drogas, como explicou o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia.

Assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais - Marco Aurélio Garcia: O presidente Humala está muito preocupado, evidentemente, com as questões do crime organizado, com as questões do narcotráfico, e, nesse particular, houve uma sintonia muito grande dos dois presidentes para desenvolver ações conjuntas.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): O presidente peruano Ollanta Humala disse que vai dar prioridade ao crescimento econômico com inclusão social no país dele.

Presidente do Peru - Ollanta Humala: Sobretudo em matéria de luta contra a pobreza, e educação.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): A presidenta Dilma Rousseff pretende ir a Lima, a capital do Peru, no dia 28 de julho para a posse de Humala. De Brasília, Aline Bastos.

Luciano: O governo federal vai liberar R$ 15 milhões para ajudar Roraima a se recuperar dos estragos causados pela chuva que atingiu o estado nos últimos dias.

Edla: De acordo com o governo de Roraima, mais 41 mil pessoas ficaram desalojadas.

Luciano: O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, visitou hoje algumas áreas afetadas e se reuniu com o governador José de Anchieta Júnior.

Edla: Segundo o Ministro, a expectativa é que o dinheiro seja liberado até o final da semana que vem.

Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra Coelho: O Ministério está assinando o decreto de reconhecimento de estado de emergência e calamidade pública, ele vai estar publicado amanhã, no Diário Oficial da União, e os recursos deverão chegar, num primeiro momento, ao governo do estado; estamos centralizando a transferência de recurso para o governo estadual. Serão 5 milhões para assistência à população, para compra de medicamentos, alimentos, reforço dos abrigos que se façam necessários, como colchões, camas, a compra de combustível para poder evitar o desabastecimento em algumas regiões do estado. E vamos, também, liberar os primeiros recursos para a enorme tarefa de reconstrução - e ainda não dá para ser identificada, definida com precisão porque as águas ainda estão num nível muito elevado, muito alto. Mas vamos liberar R$ 10 milhões para que o governo do estado, através de execução direta ou em parceria com os municípios, possa evitar o isolamento de algumas regiões, trabalhando, sobretudo, na retomada das ligações através das rodovias, sejam federais ou estaduais.

Luciano: Cerca de 4 milhões de crianças e adolescentes brasileiros de 5 a 17 anos de idade ainda trabalham, segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

Edla: De acordo com o Censo de 2010, 132 mil crianças de 10 a 14 anos são responsáveis por sustentar as famílias.

Luciano: Hoje, 50 crianças assistidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil participaram do lançamento da campanha “Trabalho Infantil. Deixar de estudar é um dos riscos”.

Edla: A campanha liderada pela Organização Internacional do Trabalho também marca o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, em 12 de junho.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): A campanha este ano prioriza o combate a quatro formas de trabalho infantil: o doméstico, o feito nas ruas, na agricultura e o trabalho infantil feito no lixo. Renato Mendes, coordenador nacional do Programa para Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho, explica que a maioria realiza os chamados “trabalhos perigosos”.

Coordenador nacional do Programa para Eliminação do Trabalho Infantil da OIT - Renato Mendes: São aqueles trabalhos que estão escondidos nas nossas casas, por exemplo, o trabalho infantil doméstico. Menina que trabalha em casa de terceiro é um trabalho perigoso, ela está exposta a riscos, assédio sexual, violência sexual e, sem dúvida nenhuma, perder a escola; crianças que estão nas esquinas, crianças que trabalham na agricultura familiar com agrotóxicos.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): Renato relembra que o país tem avançado no combate ao trabalho infantil com programas que são considerados referência para vários países. Isa Oliveira, secretária-executiva do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, destaca que o investimento em educação é uma das principais formas de reduzir a exploração de crianças e jovens.

Secretária-executiva do Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil - Isa Oliveira: Mais escola, escola de mais qualidade, ampliar o tempo da criança na escola para que ela tenha oportunidades de agregar ao currículo formal mais saberes e se prepare para a vida futura. Apoiar as famílias, com inclusão produtiva, programas de geração e renda, para que as famílias possam prover o sustento dos seus filhos e se convençam de que o trabalho infantil não é solução para a pobreza. Ele, sim, reproduz a pobreza e a exclusão social no Brasil.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): Para Denise Colin, secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ainda há muito que ser feito no combate ao trabalho infantil no país, mas é preciso comemorar os avanços. A secretária destacou a aprovação, no Senado, na noite dessa quarta-feira, do projeto de lei que institui o Sistema Único de Assistência Social.

Secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Denise Colin: Ele cria, por lei, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e os equipamentos públicos, Centros de Referência de Assistência Social e Centros de Referência Especializados de Assistência Social, que vão fazer o atendimento às famílias em situação de vulnerabilidade e risco.

Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): O projeto que cria o Sistema Único de Assistência Social é de autoria do Executivo e segue, agora, para sanção da presidenta Dilma Rousseff. A sociedade também pode ajudar no combate à exploração infantil. É possível denunciar nos conselhos tutelares estaduais e também pelo Disque-100. De Brasília, Gabriela Mendes.

Luciano: Os bancos estão obrigados a devolver imediatamente o dinheiro aos clientes se as notas sacadas de caixas eletrônicos estiverem manchadas com tinta pelos dispositivos antifurto desses caixas.

Edla: A determinação foi publicada, hoje, pelo Banco Central. E, segundo o órgão, a medida tem como objetivo preservar o interesse dos cidadãos e dificultar furtos e roubos a caixas eletrônicos.

Luciano: Na semana passada, o Banco Central havia divulgado que o dinheiro só seria devolvido depois que o correntista apresentasse o extrato comprovando a operação de saque, e um Boletim de Ocorrência.

Edla: Mas, de acordo com a regra divulgada hoje, o Boletim de Ocorrência deixou de ser uma obrigação e agora é uma recomendação do Banco Central.

Luciano: Quem tiver dúvidas pode acessar a página www.bcb.gov.br, ou ligar para 0800-9792345.

Edla: Há 30 anos, Luciano, cientistas identificaram o vírus da Aids. E de lá para cá 30 milhões de pessoas morreram por causa da doença, em todo o mundo.

Luciano: Nesse mesmo período, Edla, o Brasil adotou um programa público de combate e tratamento da Aids que tem reconhecimento internacional.

Edla: Por lei, todos os pacientes com a doença devem receber de graça os medicamentos para tratá-la.

Luciano: Além disso, o governo distribui camisinhas e o Sistema Único de Saúde, SUS, faz os exames para detectar a infecção pelo vírus da Aids.

Edla: E o país vai aumentar ainda mais a contribuição para combater a doença.

Luciano: A partir de agora, de cada passagem aérea vendida, aqui, no Brasil, para destinos internacionais, o governo vai doar US$ 2,00 para a Central Internacional para compra de medicamentos.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Raimundo Lima descobriu que tem Aids há oito anos. Ele conta que, apesar de precisar de medicação contínua, a qualidade de vida de quem vive com a doença melhorou.

Raimundo Lima: Mudou, tanto que ela passou a ser doença crônica e não doença mortal.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Segundo o Ministério da Saúde, na década de 90, a expectativa de vida de quem descobria que tinha Aids era de menos de seis meses, hoje é de cinco anos. No Brasil, 250 mil pessoas vivem com a doença e recebem medicação gratuita pelo SUS. O país conseguiu diminuir o custo da medicação, que antes era de, aproximadamente, R$ 15 mil para R$ 3 mil ao ano por paciente. E as internações em decorrência de doenças causadas pela Aids caíram pela metade, como explica Eduardo Barbosa, diretor-adjunto do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde.

Diretor-adjunto do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde - Eduardo Barbosa: A indústria nacional conseguiu, já, desenvolver tecnologia e está produzindo esse medicamento, o que barateou muito o preço da terapia por ano/paciente.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Brasil também quer ajudar países pobres no tratamento da Aids. Por isso assinou, neste mês, um acordo para doar US$ 2,00 por passageiro que viajar de avião ao exterior. O dinheiro vai para a Central Internacional para a compra de medicamentos da Organização das Nações Unidas. Segundo Eduardo Barbosa, a medida não vai afetar o preço das passagens.

Diretor-adjunto do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde - Eduardo Barbosa: No Brasil, nós optamos por não colocar a contribuição no preço da passagem. Então, o Brasil faz uma contribuição em cima dos bilhetes que são emitidos. O dinheiro vai sair do Tesouro Nacional como uma contribuição para enfrentamento da Aids no mundo.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Atualmente, o Brasil doa US$ 10 milhões ao ano para o fundo. Com o acordo, esse valor vai passar para US$ 22 milhões. De Brasília, Priscila Machado.

Edla: Sete e catorze.

Luciano: A Receita Federal destruiu hoje, em todo o país, mais de 4 mil toneladas de produtos contrabandeados e falsificados que foram apreendidos em portos e aeroportos.

Edla: O repórter Adilson Mastelari acompanhou a operação, aqui, em Brasília, e tem mais informações.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Em quantidade, o material inutilizado perde apenas para o registrado em dezembro de 2008. Já em valores, é a maior destruição realizada pela Receita Federal. Foram destruídos R$ 219 milhões em mercadorias apreendidas, prejuízo para a economia do país, como explica o secretário nacional da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto.

Secretário nacional da Receita Federal - Carlos Alberto Barreto: Os prejuízos são enormes. Primeiramente, podemos falar numa concorrência até desleal com a indústria, o que prejudica a geração de emprego, a manutenção de emprego e de renda no país. E, em segundo lugar, a questão da própria sonegação fiscal, da perda de arrecadação do Estado, naturalmente recursos esses que seriam destinados ao financiamento do Estado e das ações sociais do Estado.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): As maiores apreensões em valores aconteceram nos portos e aeroportos mais movimentados. O porto de Santos, em São Paulo, vem em primeiro lugar com R$ 27 milhões, seguido do porto de Vitória, no Espírito Santo, com R$ 17 milhões, e o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com R$ 12 milhões em mercadorias apreendidas. Só no Distrito Federal, foram destruídas cerca de 3 milhões de mercadorias. Todo esse material vai ser encaminhado para cooperativas, indústrias de reciclagem. Para coibir a comercialização desses produtos, o governador Agnelo Queiroz anunciou a criação do Comitê de Combate à Pirataria, que vai atuar em parceria com o governo federal.

Governador do Distrito Federal - Agnelo Queiroz: Esse comitê do Distrito Federal terá uma cooperação muito forte, junto com a Receita Federal, Ministério da Justiça, na área específica de combate à pirataria do Ministério da Justiça, nesse esforço de combate à pirataria.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Segundo o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, a repressão à pirataria será intensificada. Mas, além do combate ao crime, são necessárias também alternativas econômicas para atender à demanda do público que consome esses produtos e quem comercializa.

Secretário nacional de Justiça - Paulo Abrão: Enquanto houver demanda, continuará existindo oferta. Então nós temos que saber estancar a demanda. Estancar a demanda passa por uma alteração cultural junto à sociedade e passa por criação de alternativas econômicas para que as pessoas possam se dedicar a elas.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Ainda segundo o Ministério da Justiça e a Receita Federal, as apreensões evitam também que produtos potencialmente nocivos à saúde cheguem ao consumidor, como medicamentos com origem duvidosa, falsificados ou com validade vencida. De Brasília, Adilson Mastelari.

Luciano: Atenção estudante: amanhã é o último dia para se inscrever no Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.

Edla: Mais de 4,6 milhões de pessoas já se inscreveram.

Luciano: A presidenta do Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Malvina Tuttman, lembra que a inscrição só pode ser feita pela internet, e orienta os estudantes.

Presidenta do Inep - Malvina Tuttman: Entrem no site do Inep e vocês vão encontrar, passo a passo, informações de como devem proceder. Antes de clicar “inscrição”, leiam os oito passos. É importante. E tenham em mãos dois documentos: carteira de identidade e CPF. São 1.599 municípios atendidos em todo o país. Portanto, é importante que, na hora da inscrição, coloque o seu endereço correto, coloque o CEP, coloque também um e-mail, coloque um telefone celular, guarde a senha que vai ser emitida, para que você possa - vocês participantes - possam estar sempre em comunicação com os profissionais do Inep.

Edla: A taxa de inscrição no Enem é de R$ 35,00. Os participantes da rede pública de ensino não precisam pagar.

Luciano: As provas estão marcadas para os dias 22 e 23 de outubro.

Edla: Informações e inscrições em: www.enem.inep.gov.br.

Luciano: E quem participou do Enem no ano passado pode aproveitar para concorrer às vagas em universidades públicas pelo Sistema de Seleção Unificada, o Sisu.

Edla: São mais de 26 mil oportunidades em 48 instituições de Ensino Superior, quase 10 mil a mais na comparação com o ano passado.

Luciano: As inscrições vão ser realizadas na semana que vem, de 15 a 19 de junho.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): Bruna Ximenes está fazendo cursinho e vai se inscrever no Sisu para tentar uma vaga no curso de Medicina.

Estudante - Bruna Ximenes: Eu acho que é a maior e a melhor oportunidade que hoje o jovem tem de ingressar na universidade.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): O Sisu permite que o aluno concorra a vagas nas universidades federais de todo o país sem precisar se deslocar para fazer o vestibular. Para isso, basta ter feito as provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, do ano passado, e ter tido nota maior que zero na prova de redação. O candidato escolhe até duas opções de cursos. Fabrício Cunha, de 19 anos, participou da seleção no ano passado para Engenharia Florestal, e agora vai tentar para Direito. Ele diz que essa parte do processo é angustiante porque a nota de corte muda todos os dias. Mesmo assim, aprova o sistema.

Estudante - Fabrício Cunha: Eu acho que é importante esse método que o MEC desenvolveu, eu acho muito importante e democrático. Porque através dele eu posso concorrer vaga em uma universidade, na qual eu não teria condições de ir lá fazer a prova. Eu acho bem democrático e bem interativo.

Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 22 de junho, e a matrícula está prevista para os dias 27 e 28. A segunda chamada será divulgada no dia 2 de julho, com matrículas nos dias 5 e 6. Depois desse período, ainda há uma lista de espera para as vagas não ocupadas. De Brasília, Angélica Coronel.

Edla: As inscrições para o Sisu devem ser feitas pela internet, no endereço: sisu.mec.gov.br.

Luciano: O governo federal atua junto aos governos estaduais do Pará, Amazonas e Rondônia para enfrentar a violência no campo.

Edla: Uma comitiva liderada pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, iniciou hoje uma série de reuniões na região Norte.

Luciano: As visitas fazem parte das atividades da força-tarefa criada para investigar os assassinatos de líderes extrativistas ocorridos, no final de maio, na região Norte.

Edla: Dados da Ouvidoria Agrária Nacional indicam que apenas 11% dos inquéritos instaurados no Pará, nos últimos anos, por crimes no campo, foram concluídos.

Luciano: Os ministros estiveram, hoje, em Belém e em Marabá, no Pará. Amanhã seguem para o Amazonas.

Edla: O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o governo vai combater a impunidade.

Ministro da Justiça - José Eduardo Cardozo: O Ministério da Justiça, através da Força Nacional, irá deslocar delegados e agentes policiais para, sob o comando e disciplina da Secretaria de Segurança Pública do Estado, nós possamos agilizar inquéritos e termos um resultado muito importante no combate à impunidade.

Luciano: A presidenta Dilma Rousseff assinou, hoje, um decreto que suspende por seis meses a aplicação da Lei do Código Florestal, que cobra multas a produtores que tenham desmatado áreas de preservação até 2008.

Edla: Em 2009, o então presidente Lula, editou um decreto estabelecendo que a chamada Lei de Crimes Ambientais passaria a valer dentro de dois anos, prazo que termina no próximo dia 11.

Luciano: O texto do Código Florestal que prevê essas medidas foi aprovado pela Câmara dos Deputados e vai ser votado no Senado Federal.

Edla: A nova classificação para hotéis e pousadas no Brasil, Luciano, entra em vigor no prazo de 45 dias.
Luciano: A adesão dos estabelecimentos é voluntária, Edla, mas quem quiser fazer parte desse sistema precisa ter um cadastro no Ministério do Turismo.

Edla: As estrelas vão ser adotadas como símbolo, numa escala que varia de 1 a 5, para identificar as categorias.

Luciano: Hoje, durante o programa Bom Dia, Ministro, o ministro do Turismo, Pedro Novais, explicou como vai funcionar esse sistema.

Ministro do Turismo - Pedro Novais: A nossa classificação é criteriosa, primeiro porque ela foi estudada em 24 países que adotam o sistema. Tiramos uma média daquilo que é possível fazer do Brasil para que a rede hoteleira do país se insira no mercado internacional. Além disso, nós temos o auxílio e a parceria do Inmetro, que é quem vai fazer a verificação inicial em cada hotel. Só poderá usar estrela aquele estabelecimento que houver sido classificado pelo Ministério do Turismo.

Edla: As estrelas obtidas pelos hotéis vão ter validade de três anos. E o Ministro do Turismo destacou que elas vão facilitar as escolhas dos consumidores.

Ministro do Turismo - Pedro Novais: A classificação facilitará a competitividade entre hotéis, facilitará também a escolha do usuário, que saberá aquilo que está escolhendo, ele saberá que o hotel cinco estrelas de São Paulo é igual ou semelhante a um hotel cinco estrelas de Manaus, assim como um hotel cinco estrelas da Espanha, da Itália, de Hong Kong, etc.

Luciano: A Polícia Federal desarticulou hoje uma quadrilha de tráfico internacional de drogas.

Edla: A quadrilha era formada por jovens de classe média, que enviavam cocaína para Holanda por meio de ‘mulas’, como são chamadas as pessoas que fazem o transporte da droga.

Luciano: Essas mesmas ‘mulas’, ao retornar ao Brasil, traziam drogas sintéticas da Europa.

Edla: De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 16 mandados de prisão, sendo nove no Rio de Janeiro, quatro em Florianópolis, dois em Fortaleza e um em São Paulo.

Luciano: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Edla: Famílias vítimas das chuvas de 2008, em Blumenau, Santa Catarina, recebem moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Luciano: Ministério da Integração Nacional anuncia liberação de R$ 15 milhões para ajudar vítimas da chuva e reconstruir cidades atingidas, em Roraima.

Edla: Campanha lançada hoje defende o fim do trabalho infantil perigoso.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Edla: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.