09/07/2015 - A Voz do Brasil

Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite em Brasília.



Apresentadora Luciana Vasconcelos: Países do BRICS são força para o crescimento global, diz Presidenta Dilma na Rússia.



Luciano: Presidenta afirma que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ajudam no desenvolvimento sustentável e estabilidade econômica internacional.



Luciana: Mais empregos e qualificação profissional. Após curso do Pronatec, cresce 120% o número de beneficiários do Bolsa Família com carteira assinada.



Luciano: Safra de grãos 2014/2015 deve ser recorde, com mais de 206 milhões de toneladas.



Luciana: Quinta-feira, 9 de julho de 2015.



Luciano: Está no ar a sua voz.



Luciana: A nossa voz.



Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Luciana Vasconcelos.



Luciana: Olá, boa noite. Acompanhe a Voz do Brasil, do Poder Executivo, ao vivo, em vídeo, pela Internet.



Luciano: Acesse www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.



Luciana: Aumentar investimentos e ampliar a importância dos países emergentes no crescimento econômico mundial.



Luciano: Com esses objetivos, os integrantes do BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul realizaram a sétima cúpula do grupo em Ufá, na Rússia.



Luciana: A Presidenta Dilma Rousseff participou do encontro que deu os passos finais na criação de duas instituições do BRICS, que vão ajudar a investir no crescimento sustentável e superar dificuldades financeiras.



Repórter João Pedro Neto: Dilma Rousseff lembrou, no discurso feito durante a sessão plenária dos chefes de estado e de governo dos BRICS, que os países em desenvolvimentos necessitam de grandes investimentos na área de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável. A Presidenta afirmou que, com o Novo Banco de Desenvolvimento e com o Arranjo Contingente, uma reserva que os países podem acessar em momentos de dificuldade financeira, o grupo está dando contribuições importantes para o crescimento e para a estabilidade da economia global.



Presidenta Dilma Rousseff: O Novo Banco de Desenvolvimentos precisará ser ágil e eficaz para alcançar o objetivo de realizar suas primeiras operações no início de 2016 e manter-se, a partir daí, como elemento crucial da arquitetura financeira internacional. É algo extremamente importante, porque trata-se de uma realização concreta, que é a primeira no âmbito regional e no âmbito intra países que ganhou corpo e realidade.



Repórter João Pedro Neto: Durante a cúpula, Dilma Rousseff destacou ainda a estratégia para a parceria econômica dos BRICS, um dos documentos resultantes do encontro. No texto, os membros demonstram, por exemplo, a intenção de formar uma rede de universidades dos BRICS, de apoiar micro e pequenas empresas para que tenham acesso ao mercado global e preveem ampliar a cooperação em várias áreas, como detalhou a Presidenta.



Presidenta Dilma Rousseff: A estratégia para a parceria econômica do BRICS, que hoje lançamos, constitui um mapa do caminho, para ampliar entre nós o comércio, os investimentos e a cooperação em setores como energia, mineração, agricultura, finanças, infraestrutura, educação, ciência, tecnologia e inovação, turismo e mobilidade laboral.



Repórter João Pedro Neto: No primeiro compromisso desta quinta-feira na cúpula dos BRICS, a Presidenta Dilma também falou com empresários dos países do grupo. Ao lado dos outros quatro chefes de estado e de governo, ela destacou que o novo plano de investimentos em logística do Brasil, lançado no mês passado, e que prevê investimentos de quase R$ 200 bilhões, é uma oportunidade para investidores.



Presidenta Dilma Rousseff: Lançamos um plano ambicioso, na área de infraestrutura, especificamente em logística, e estimulamos ampla presença de investidores dos países do BRICS em setores como: ferrovias, rodovias, portos e aeroportos.



Repórter João Pedro Neto: Também foram tratados temas internacionais, como na Declaração de Ufá, outro resultado da cúpula. O documento cita a criação de um grupo de trabalho para cooperação anticorrupção e defende a reforma do FMI, o Fundo Monetário Internacional. De Ufá, na Rússia, João Pedro Neto.



Luciano: A Presidenta Dilma Rousseff também teve uma série de encontros bilaterais em Ufá.



Luciana: Dilma se reuniu com os presidentes da China e da África do Sul e com o primeiro-ministro indiano, além de representantes de países convidados do leste europeu e da Ásia.



Luciano: Entre os acordos firmados pelos membros do BRICS, está a cooperação na área da cultura.



Luciana: A ideia é desenvolver programas de treinamento e projetos conjuntos, facilitando a coprodução em áreas como música, teatro, feiras de livro e cinema.



Luciano: E um portal do BRICS na internet também foi anunciado. Além de dados sobre o grupo, a página vai ter informações sobre oportunidades de negócios e publicações científicas, por exemplo.



Luciana: E ainda na cúpula a Presidenta Dilma Rousseff conversou com jornalistas sobre a atual situação econômica do Brasil.



Luciano: Ela destacou que o mundo vive uma crise econômica prolongada e que ela já afeta os países emergentes, como a China, que atualmente tem a pior taxa de crescimento dos últimos 25 anos.



Luciana: A seca que afetou o Brasil também contribuiu para o aumento dos preços, da energia elétrica e alimentos.



Luciano: A Presidenta afirmou que, para ajudar a manutenção dos trabalhos no mercado brasileiro, foi lançado esta semana o Programa de Proteção ao Emprego.



Presidenta Dilma Rousseff: Sempre se construiu mecanismos de proteção ao desemprego. O que nós estamos fazendo e, óbvio, não inventamos a roda, nós olhamos as melhores experiências internacionais. Consideramos que a melhor experiência internacional nessa matéria era alemã e, por isso, construímos o Programa de Proteção ao Emprego tentando garantir a presença das condições de recuperação. Por que nós fazemos isso? Porque a gente acha que o Brasil tem, estruturalmente, fundamentos para se recuperar rápido.



Luciana: Dilma Rousseff também citou outras medidas criadas para ajudar o Brasil a superar o momento atual, como o ajuste fiscal promovido nas contas do governo.



Luciano: Também são considerados importantes pela Presidenta o recálculo da desoneração de impostos, concedida no ano passado para vários setores, por causa da crise internacional, e o aumento dos juros de algumas linhas de crédito.



Presidenta Dilma Rousseff: Nós recalibramos completamente. Por que? Porque a crise dura mais do que nós... E nós não temos condições de manter o mesmo nível de incentivo. A indústria não pode queixar, nós fizemos um programa de incentivo amplo para a indústria. Agora nós reduzimos um pouco, porque o Brasil não segura, o orçamento não segura.



Luciana: De acordo com a Presidenta Dilma Rousseff, a recuperação da competitividade brasileira já se expressa no aumento das exportações.



Luciano: Depois da visita à Rússia, a Presidenta Dilma Rousseff segue para a Itália. O objetivo da viagem é aprofundar parcerias e investimentos entre os dois países.



Luciana: A repórter Priscila Machado está em Roma e traz os detalhes dos compromissos de amanhã da Presidenta na capital italiana.



Repórter Priscila Machado: A Presidenta Dilma Rousseff se reúne com o presidente Sergio Mattarella e também com o primeiro-ministro Matteo Renzi. Este será o primeiro encontro oficial de Dilma com os líderes italianos. Nas reuniões, serão discutidos temas como: defesa, educação e fortalecimento das parcerias na área de pequenas e médias empresas. Os chefes de estado e de governo vão aproveitar a oportunidade para aprofundar negociações sobre mudança do clima e os desafios à paz e à segurança mundial. Após declaração à imprensa em Roma, ela embarca ainda na sexta-feira para Milão, onde vai acompanhar uma grande exposição mundial que reúne 150 países, a Expo Milão. O evento vai apresentar questões relativas à alimentação e à nutrição. O Brasil participa da feira, com o objetivo de demonstrar a capacidade tecnológica do país, de ampliar a produção de alimentos e de atender as demandas mundiais de forma sustentável. De Roma, na Itália, Priscila Machado.



Luciana: Sete e nove.



Luciano: A safra nacional de grãos deve bater um novo recorde, com a produção de mais de 206 milhões de toneladas, um aumento de 6,6% em relação à colheita anterior.



Luciana: Novo levantamento da safra 2014/2015 foi divulgado hoje pela Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento.



Repórter Yuri Guerreiro: Mais uma vez, o destaque na produção de grãos ficou por conta da colheita estimada de soja, que cresceu 11,7% em relação à última safra. Mesmo com crescimento de 6,6% na produção de grãos, a área plantada no país teve um aumento de apenas 0,8%. Essa expansão é resultado direto do uso intensivo de tecnologias no campo, como explica o gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab, Cleverton Santana.



Gerente de Levantamento e Avaliação de Safra da Conab - Cleverton Santana: Isso é reflexo, com certeza, da tecnologia utilizada pelo produtor, que impacta diretamente na produtividade, né? São sementes mais produtivas, são quantidade de adubo na dose certa, são todas as tecnologias envolvidas, que garantem aumento de produtividade sem aumento de área.



Repórter Yuri Guerreiro: O levantamento completo da safra de grãos 2014/2015 você encontra no endereço www.conab.gov.br. Reportagem Yuri Guerreiro.



Luciano: E o IBGE também divulgou a estimativa para a safra deste ano.



Luciana: A expectativa é a colheita de 205,8 milhões de toneladas, 6,7% a mais que no ano passado.



Luciano: O arroz, o milho e a soja juntos devem representar quase 92% de toda a produção.



Luciana: Os dados do IBGE são diferentes dos dados da Conab, porque são usadas metodologias e tempos de safra diferentes nas pesquisas.



Luciano: O IBGE trabalha com dados de janeiro a dezembro, enquanto a Conab pesquisa o ano-safra, que vai de abril a março do ano seguinte.



Luciana: A pesquisa completa está em www.ibge.gov.br.



Luciano: Obras de infraestrutura e uso de tecnologias para proteger as fronteiras do país contra ameaças à segurança.



Luciana: É o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, que está em fase de implantação pelo Exército Brasileiro e é considerado o maior do gênero no mundo.



Luciano: Hoje o presidente em exercício, Michel Temer, foi ver de perto o projeto-piloto do sistema, que está em teste em Dourados, no Mato Grosso do Sul.



Repórter Luana Karen: Radares, binóculos de tecnologia avançada, sistemas de comunicação, helicópteros, são alguns dos equipamentos que fazem parte do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras, o Sisfron, um projeto do Exército para monitorar, controlar e fiscalizar as fronteiras terrestres brasileiras. A ideia é dar uma resposta imediata em caso de ameaças à segurança e defesa do país. Um dos centros de comando do Sisfron fica em Dourados, Mato Grosso do Sul, a cerca de 230 Km da capital Campo Grande. O presidente da República em exercício, Michel Temer, que também é coordenador do Plano Estratégico de Fronteiras visitou as instalações do centro e sobrevoou um trecho de fronteira onde o sistema está em implantação.



Vice-presidente - Michel Temer: Esse sistema de fronteiras é uma operação permanente, que vai se estender por todas as fronteiras brasileiras. Isto vai preservar, de um lado, naturalmente, o combate à criminalidade e de outro lado a própria soberania nacional, pela proteção das fronteiras.



Repórter Luana Karen: O sistema faz parte do Plano Estratégico de Fronteiras, lançado há quatro anos, com o objetivo de combater crimes nessas regiões. Além do aumento da segurança nas fronteiras, o presidente em exercício, Michel Temer, citou vantagens econômicas do projeto.



Vice-presidente - Michel Temer: O material utilizado é material fabricado pela indústria nacional, portanto isso significa geração de empregos, né, pelas empresas que estão e continuarão a fabricar esses equipamentos.



Repórter Luana Karen: O sistema está em fase de testes em uma faixa de 650 Km na fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia. Quando estiver em pleno funcionamento, vai monitorar uma área de 2.533.000 km2, 27% do território nacional, do Amapá ao Rio Grande do Sul. O projeto completo está estimado em R$ 12 bilhões e a expectativa do Exército é que a fase de testes seja concluída em 2017. Reportagem, Luana Karen.



Luciana: A previsão é que o Sisfron esteja totalmente em funcionamento até 2021.



Luciano: O número de beneficiários do Bolsa Família que fizeram cursos do Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, e conseguiram uma vaga no mercado de trabalho mais que dobrou.



Luciana: Esse e o resultado de uma pesquisa divulgada hoje pelos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Para saber mais detalhes, a gente conversa ao vivo aqui no estúdio da Voz do Brasil com o Repórter Paulo La Salvia. Boa noite, Paulo.



Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Boa noite, Luciana. O Pronatec foi criado em 2011. Nos últimos quatro anos teve mais de oito milhões de matrículas. O programa atende estudantes, trabalhadores e a população beneficiada pelos programas de transferência de renda no governo federal, como o Bolsa Família. Fazendo um cruzamento de dados entre 2011 e 2014, o governo federal fez um recorte e analisou 2,8 milhões de matrículas das pessoas de baixa renda, que receberam a Bolsa Formação. A partir desse público, se concluiu que o Pronatec possibilitou um aumento de 63% no número de estudantes empregados, e quando são considerados apenas aqueles que faziam parte do Bolsa Família, esse índice é ainda maior, como explica a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.



Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Quando a gente olha, quando começaram o curso, quantos estavam empregados, quando terminaram o curso a gente vê que aumentou em 120% o percentual de pessoas do Bolsa Família que se empregaram. Agora, tudo isso, comentando, a gente está falando só do mercado formal. Muitos dos nossos pais de famílias, dos nossos jovens, continuam, trabalham, trabalham muito, mesmo no mercado informal.



Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, destacou uma das principais características do Pronatec.



Ministro da Educação - Renato Janine Ribeiro: Alunos jovens, escolarizados, filhos de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família são dos grandes alvos numéricos deste programa e que, desta maneira, permitem quem eles tenham uma trajetória de vida, um voo de vida melhor do que seus pais tiveram, que é uma das grandes coisas dos nossos tempos.



Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): Luan Alves Silva tem 23 anos e vive na cidade de Igarassu, em Pernambuco. Antes de fazer o Pronatec, Luan era auxiliar administrativo. Já com o curso de eletromecânica, ele conseguiu uma vaga no mercado de trabalho na profissão que desejava, como técnico em mecânica, numa montadora de carros.



Luan Alves Silva: Através do Pronatec, eu consegui uma profissão, consegui uma formação técnica, que aqui pra gente, jovem de baixa renda, é muito difícil pagar um curso do seu próprio bolso.



Repórter Paulo La Salvia (ao vivo): O Caderno de Estudos Inclusão Produtiva Urbana, Pronatec Bolsa Formação, também concluiu que mais de 80 % dos beneficiários do Bolsa Família concluíram os cursos.



Luciano: Desde a semana passada, os nossos ouvintes e internautas têm as dúvidas sobre as novas regras da aposentadoria respondidas aqui no programa.



Luciana: Dessa vez quem responde é o secretário executivo da Previdência Social, Marcelo Siqueira.



Luciano: A pergunta de hoje é de Lourdes Andrade, de Minas Gerais.



Lourdes Andrade: Meu nome é Lourdes de Souza Andrade, moro em Belo Horizonte, tenho 50 anos. Vou fazer 30 anos de serviço em setembro de 2018. Quero saber se, quando eu fizer 55 anos, em 2019, vou ter a aposentadoria com meu benefício completo, com meu salário integral que eu recebo hoje, atual.



Luciana: O secretário executivo Marcelo Siqueira responde.



Secretário executivo da Previdência Social - Marcelo Siqueira: Lourdes, no seu caso, você, para ter a aposentadoria sem a incidência do fator previdenciário, não vai poder se aposentar em 2019. Por que? Pela nova regra da medida provisória nº 676, a mulher, para se aposentar sem a incidência do fator previdenciário, tem que ter agora 85 pontos. Como é que esses pontos são calculados? Com a soma do tempo de contribuição e da idade. Só que, a partir de 2017, essa pontuação passa a ser progressiva e, a partir de 2017, então, ela sobe um ponto, em 2019 mais um ponto e mais um ponto até 2022, a cada ano. E no seu caso, então, você vai se aposentar em agosto de 2020. Por que? Em 2020, essa pontuação mínima corresponderá a 88 e, nessa altura, você terá 56 anos de idade e 32 anos de tempo de contribuição, logo, vai completar os 88 pontos necessários naquele ano para poder se aposentar sem a incidência do fator previdenciário.



Luciana: Sete e dezoito.



Luciano: O governo reserva R$ 5 bilhões para as emendas parlamentares. É o que afirmou hoje o ministro da Fazenda Joaquim Levy.



Luciana: As emendas são propostas dos parlamentares sobre o uso dos recursos públicos.



Ministro da Fazenda - Joaquim Levy: A expectativa de liberação, dentro do próprio instituto lá das emendas impositivas, é de R$ 5 bilhões, está reservado esse dinheiro, inclusive dentro da programação financeira há reserva explícita desses recursos, está certo? Esses recursos estão garantidos.



Luciano: Na última década foi colocada em prática uma política de valorização do salário mínimo com ganhos reais acima da inflação.



Luciana: Hoje, para continuar a falar do aniversário de 75 anos do mínimo, vamos conhecer a história do caseiro Antônio Ramos.



Luciano: O salário mínimo é a base do sustento do seu Antônio. Confira na reportagem de Paulo La Salvia.



Caseiro - Antônio Ramos: Todo mês sempre tem, né? Vamos dizer assim, venceu o mês, o salário mínimo, eu tenho ele, eu posso contar com ele. Então, pra mim é importante, sim.



Repórter Paulo La Salvia: É assim na vida de Antônio Ramos, há 24 anos. Esse é o tempo em que ele trabalha como caseiro, numa fazenda localizada a 65 Km de Brasília. A produção de leite, por exemplo, é uma responsabilidade de Antônio. A cada 2.500 litros vendidos por mês, 4% do valor é dele. É um rendimento extra, o fixo mesmo é o mínimo, que permitiu a Antônio montar a casa.



Caseiro - Antônio Ramos: O salário mínimo é o que, faça sol ou faça chuva, eu tenho ele. Então eu já possuí, né, minhas coisinhas de casa, imóvel, geladeira, forninho de micro-ondas, já possuí até uma casinha na cidade, tenho meu carro. Então, o salário mínimo, pra mim, foi muito importante durante esse tempo.



Repórter Paulo La Salvia: O salário mínimo não só mudou a vida de Antônio, que conseguiu equipar a casa e ter mais conforto. É o rendimento básico de quase 47 milhões de brasileiros que, com esta renda, têm uma oportunidade de consumir e movimentar a economia. É o que afirma o diretor-técnico do Dieese, Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, Clemente Ganz Lucio.



Diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos - Clemente Ganz Lucio: Em torno de 70%, 60% a 70% da força de trabalho brasileira tem uma remuneração próxima ao salário mínimo ou tem alguma relação direta ou indireta. Os pisos salariais das categorias, que são as bases salariais de um metalúrgico, de um bancário, de um trabalhador no setor do comércio, muitas vezes não estabelece uma correlação direta, mas têm uma referência. Então o trabalhador sabe que, mais ou menos, ele ganha 50% a mais do que o salário mínimo.



Repórter Paulo La Salvia: Desde 2003, o salário mínimo tem ganhos reais acima da inflação no país, tendência que ganhou força a partir de 2007, quando começou a funcionar a política permanente de valorização do salário mínimo. A fórmula considera o crescimento da economia de dois anos antes e a variação da inflação do ano anterior. Esse cálculo levou ao atual valor do mínimo, que é de R$ 788 por mês. O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, lembra que a política de valorização garantiu o maior ganho real do salário mínimo na história do país.



Ministro do Trabalho e Emprego - Manoel Dias: O presidente Lula convocou as centrais sindicais, as confederações patronais, e estabeleceram um programa que tinha como objetivo primeiro valorizar o emprego. E, desde aquela oportunidade até hoje, nós geramos 22 milhões de novos postos de trabalho. E, mais importante do que a geração dos novos postos de trabalho, foi a valorização do salário mínimo. Nesse período, o salário mínimo teve uma valorização de 72% acima da inflação.



Repórter Paulo La Salvia: Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, o Dieese, o atual salário mínimo tem o maior valor médio desde 1983. Ainda de acordo com o Dieese, esse valor permite a uma família comprar mais de duas cestas básicas por mês.

Reportagem, Paulo La Salvia.



Luciana: A energia elétrica está chegando a mais de 150 famílias do povoado Colônia, no município baiano de Itaeté.



Luciano: Além das casas, a luz vai chegar à escola municipal e ao poço da água da comunidade.



Luciana: O programa Luz para Todos investiu R$ 2,2 bilhões no local. O valor foi utilizado na implantação de 670 postes, 48 transformadores e 50 Km de cabo.



Luciano: Seu Antônio dos Santos, de 66 anos, é um dos beneficiados. Ele conta como era a vida antes da chegada da luz elétrica.



Antônio dos Santos: Era comprando gás, [ininteligível], aí o bujão ficava, às vezes, até mais tarde. Outra hora [ininteligível] para não gastar demais da conta, comprava vela.



Luciana: Com a chegada da energia, ele tem investido agora na compra de eletrodomésticos.



Antônio dos Santos: Já comprei geladeira, televisão, antena, que não tinha. Agora vou comprar mais ainda, comprar um DVD, liquidificador, comprar uma máquina pra lavar.



Luciano: Até maio deste ano, as obras do Luz para Todos atenderam, em todo o Brasil, mais de 3,2 milhões de famílias, beneficiando mais de 15,5 milhões de moradores no meio rural.



Luciana: Termina amanhã o prazo para que os beneficiários do Programa Bolsa Família façam acompanhamento de saúde.



Luciano: Para continuar a receber o benefício, crianças menores de sete anos devem ser medidas, pesadas e vacinadas. Já as gestantes devem estar com o pré-natal em dia.



Luciana: O acompanhamento é semestral e feito nos postos de saúde ou por agentes do Programa Saúde da Família.



Luciano: As informações do Bolsa Família servem para identificar riscos à saúde e melhorar a qualidade de vida dos beneficiários.



Luciana: Você ouviu hoje na voz do Brasil:



Luciano: Países do BRICS são força para o crescimento global, diz Dilma na Rússia.



Luciana: Presidenta afirma que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ajudam no desenvolvimento sustentável e estabilidade econômica internacional.



Luciano: Mais empregos e qualificação profissional. Após curso do Pronatec, cresce 120% o número de beneficiários do Bolsa Família com carteira assinada.



Luciana: Safra de grãos 2014/2015 deve ser recorde, com mais de 206 milhões de toneladas.



Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.



Luciana: Produção: EBC Serviços.



Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.



Luciana: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.