09/11/2011 - A Voz do Brasil
09/11/2011 - A Voz do Brasil
A estimativa do IBGE é de que a safra deste ano chegue a 159,7 milhões de toneladas. 6,8% a mais que a safra recorde do ano passado. Os artesãos da agricultura familiar ganharam uma página na internet para expor e vender seus produtos. A presidenta Dilma Rousseff recebeu os atletas brasileiros que conquistaram medalhas nos Jogos Pan Americanos realizados no mês passado, em Guadalajara, no México e destacou os investimentos no Programa Bolsa Atleta. Das medalhas conquistadas na competição, 54 vieram com os beneficiados pelo programa do Ministério do Esporte. Tudo isso aconteceu hoje e você ouviu na Voz do Brasil.
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Publicado em 09/12/2016 18:24
A Voz do Brasil - 09.11.2011
Apresentadora Edla Lula: Safra de grãos, este ano, vai ser quase 7% maior em relação a 2010.
Apresentador Luciano Seixas: Artesãos da agricultura familiar ganham página na internet para expor e vender produtos.
Edla: Presidente Dilma recebe atletas medalhistas do Pan-Americano e destaca a participação dos competidores que ganham o Bolsa-Atleta.
Luciano: Quarta-feira, 9 de novembro de 2011.
Edla: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Edla: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.
Edla: Apesar das variações no clima, a safra de grãos deve ser recorde.
Luciano: Pela estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, IBGE, a safra deste ano deve chegar a 159,7 milhões de toneladas.
Edla: Seis vírgula oito porcento a mais que a safra recorde do ano passado. O IBGE divulgou hoje a décima estimativa da safra nacional de grãos.
Luciano: E, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, a safra 2011/2012 deve chegar a 160,5 milhões de toneladas.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): De acordo com os levantamentos da Conab, a área de cultivo da safra 2011/2012 deve chegar a 51,4 milhões de hectares, o que está relacionado à primeira safra do milho, que poderá ter crescimento de até 10%, e da soja, que deverá atingir 3%. O aumento na área de plantio de milho foi mais acentuado em Goiás, com 31%, seguido de Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. Esse crescimento é resultado dos bons preços do produto no mercado e da reconquista das áreas cultivadas anteriormente no Paraná. Quanto à soja, o maior crescimento em área efetiva deve ficar com o estado de Mato Grosso, com 330 mil hectares a mais. A oleaginosa deverá ter mais área de cultivo também no Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia. Apesar do crescimento da área de plantio de milho e soja, a produção desta safra não deverá superar o recorde da anterior, como explica Caio Rocha, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura.
Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - Caio Rocha: As condições climáticas, as condições de tecnologia, as condições de outros eventos que possam ocorrer é que darão para nós a segurança se nós teremos os 163 milhões de toneladas, que foi a safra passada, um número significativo, positivo e que poderá até ser igual ou até mesmo, numa questão extraordinária, ser ultrapassada.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Já o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, prevê uma safra quase 7% maior que no ano passado, chegando a 159,7 milhões de toneladas de grãos. Arroz, milho e soja contribuíram para este resultado. O instituto fez as previsões para 2012, como explica Mauro Andreazzi, gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE.
Gerente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE - Mauro Andreazzi: A área plantada informada para 2012 é maior 1,7%. Informamos agora 49,5 milhões de hectares, seria a maior área plantada com esses cereais e oleaginosas dos últimos anos. Se o clima contribuir, é uma safra que, nas próximas informações, podem superar esse primeiro prognóstico.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): De acordo com o IBGE, o Paraná lidera a produção nacional de grãos, seguido pelo Mato Grosso e o Rio Grande do Sul. De Brasília, Adilson Mastelari.
Edla: Hoje, Luciano, é muito comum comprar e vender pela internet.
Luciano: É verdade, Edla. Mas você já imaginou ter a chance de comprar, sem sair de casa, um produto artesanal, feito de lã de carneiro, cipó, couro de peixe ou outra matéria-prima extraída de forma sustentável da biodiversidade do país?
Edla: Isso já é possível, Luciano. O programa Talentos do Brasil chega ao mundo virtual, e quem sai ganhando são os artesãos da agricultura familiar e todas as pessoas que gostam de comprar esse tipo de artesanato e não têm como chegar aos agricultores, né?
Luciano: É. A partir de agora, o artesanato de áreas rurais distantes, feito por artesãos de 12 estados brasileiros, está apenas a um clique de quem mora em qualquer lugar do país e do mundo. Ana Gabriella Sales.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Roupas, acessórios e calçados, moda sustentável produzida por cerca de 2 mil artesãs que vivem na zona rural e fazem parte do programa Talentos do Brasil, do Ministério do Desenvolvimento Agrário. A novidade é que os produtos - antes encontrados apenas em feiras e eventos - ganharam uma loja virtual. Basta selecionar os produtos desejados no site e colocar no carrinho de compras. A entrega pode ser feita em todo o país e o valor pode ser parcelado. A coordenadora do Talentos do Brasil, Patrícia Guimarães, conta que o comércio pela internet é mais uma estratégia para dar visibilidade aos produtos artesanais, gerando emprego e renda para as famílias das 18 cooperativas participantes.
Coordenadora do Talentos do Brasil - Patrícia Guimarães: É uma das estratégias comerciais da CooperÚnica, do projeto Talentos do Brasil, o acesso eletrônico, a venda eletrônica dos produtos sustentáveis.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): A artesã Ana Glória dos Santos Costa vive em Alagoa Nova, na Paraíba, e preside a CooperÚnica, Cooperativa Central Única das Artesãs, que reúne as trabalhadoras rurais do Talentos do Brasil. Ela afirma que a venda pela internet é mais uma oportunidade de crescimento para as mulheres e motivo de orgulho.
Artesã - Ana Glória dos Santos Costa: Um produto de qualidade que está sendo exposto aí, via internet, para quem quiser ver, para a gente conseguir dar essa levantada no artesanato.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O Talentos do Brasil quer ampliar as possibilidades de participação de cooperativas e, para isso, vai selecionar novos grupos artesanais no ano que vem. A coordenadora Patrícia Guimarães explica os critérios de seleção.
Coordenadora do Talentos do Brasil - Patrícia Guimarães: Eles têm que ser público da agricultura familiar, né? Já tem que ter as cooperativas já organizadas. Nesse caso, nós damos todo um suporte para essa organização produtiva já ter um produto de qualidade e também a inserção deles no mercado, pelo menos regional.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O site para quem quiser comprar os produtos exclusivos das artesãs é o www.talentosdobrasil.com.br. De Brasília, Ana Gabriella Sales.
Edla: Ainda falando em cooperação e empreendedorismo, Luciano, a 5ª Conferência Brasileira de Arranjos Produtivos Locais acontece até amanhã, aqui em Brasília.
Luciano: Pois é, Edla, os Arranjos Produtivos Locais, ou APLs, são grupos de empresas do mesmo setor, localizadas na mesma região, que se unem, por exemplo, para reduzir custos e conseguir financiamentos.
Edla: E, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil já tem mais de 900 arranjos produtivos identificados em diferentes setores, como madeira e imóveis.
Luciano: A repórter Priscila Machado conversou com o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira. Vamos ouvir.
Repórter Priscila Machado: Secretário, exatamente como funcionam esses arranjos produtivos?
Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Alessandro Teixeira: Esses arranjos são grupos de empresas que produzem na mesma região geográfica em conjunto. Eles podem ser do mesmo setor, da mesma cadeia produtiva ou do mesmo segmento. Através da cooperação que estabelecem entre essas empresas, eles aumentam a sua produção, conseguem ter elementos que acabam gerando novos produtos e reduzindo custos. Essa é a grande vantagem de se trabalhar em cooperação entre as empresas.
Repórter Priscila Machado: E as outras vantagens para as empresas em participarem de um arranjo como esse?
Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Alessandro Teixeira: A maioria dos arranjos são constituídos de micro e pequenas empresas, que geralmente têm uma pequena escala produtiva. Quando elas se unem, elas aumentam a sua produção, elas conseguem buscar coletivamente mercados, seja eles no mercado interno, seja no mercado externo, elas conseguem ter acesso a crédito cooperativo mais facilmente. São uma série de elementos que viabilizam com que essas micro e pequenas empresas consigam acessar os mercados e consigam, na verdade, vender mais, crescerem e gerar emprego e renda no nosso país.
Repórter Priscila Machado: Para participar, o que o empresário deve fazer?
Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Alessandro Teixeira: O empresário, ele deve consultar sua Câmara de Comércio na região, consultar diretamente o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que coordena toda essa política e consultar o Sebrae mais próximo. Nós trabalhamos articulados e em conjunto com o Sebrae, com as Câmaras de Comércio, em cada região da Federação. Então, portanto, terá acesso a todo o nosso programa.
Edla: Ouvimos a entrevista com Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Luciano: Mais informações sobre os arranjos produtivos locais em www.mdic.gov.br.
Edla: Até 2014, 1 milhão de brasileiros que vivem nas cidades vão receber qualificação profissional para entrar no mercado de trabalho.
Luciano: A iniciativa é do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec, que faz parte do Brasil Sem Miséria.
Edla: Nesta quarta-feira, foi realizada, aqui em Brasília, uma oficina com representantes do governo federal, estados e municípios para discutir como vai ser feito esse treinamento.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O encontro reuniu prefeitos e secretários de Trabalho e de Assistência Social de estados e municípios e os ministros da Educação, Fernando Haddad, do Trabalho, Carlos Lupi, e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. A reunião foi para explicar os detalhes do programa, que vai ensinar uma profissão e conseguir emprego para a população urbana mais pobre, como explica o diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luiz Müller.
Diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Luiz Müller: O tema, hoje, aqui, além de Pronatec, além de outros cursos de qualificação e capacitação, é a inclusão produtiva, porque nós vamos estar, primeiro, garantindo a qualificação profissional desse público do Brasil Sem Miséria, mas, mais do que isso, nós vamos estar possibilitando criar redes de apoio para que, de fato, estes cursos que nós vamos estar oferecer para esse público, através do Pronatec, do Brasil Sem Miséria, garantam a inclusão no mundo empresarial, trabalhando com carteira assinada ou se constituindo como microempresa individual, como empreendedores.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O programa é uma ação do Brasil Sem Miséria, que pretende tirar 16 milhões de pessoas da pobreza extrema. A meta é preparar 1 milhão de homens e mulheres para o mercado de trabalho, num período de três anos. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, fala sobre a importância do programa.
Ministro do Trabalho - Carlos Lupi: Primeiro porque ele é uma parceria com estados e municípios para ir ao encontro da miséria no Brasil e dar soluções para ela. Nós queremos que esteja o governo, com toda a sua estrutura, da área de educação, da área de saúde, da área de qualificação profissional, que é a minha responsabilidade, e da área da geração de emprego e renda. Nós precisamos levar a essa cidadania, que está distante, que está sofrida, a um Brasil chamado Brasil mais profundo, condições de ele ter emprego.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O prefeito de Aparecida de Goiânia, em Goiás, Maguito Vilela, acredita que a medida vai trazer benefícios também para a economia das cidades.
Prefeito de Aparecida de Goiânia - Maguito Vilela: Menos desempregados, pessoas ganhando um salário melhor e, portanto, consumindo mais, gastando mais, melhorando o negócio na própria cidade... Enfim, iniciando o seu próprio negócio, movimentando mais a economia da cidade.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O programa vai atender inicialmente os 161 municípios com mais de 100 habitantes, que têm mais pessoas em situação de miséria. De Brasília, Ricardo Carandina.
Luciano: Sete e doze no horário brasileiro de verão.
Edla: A presidenta Dilma Rousseff recebeu hoje os atletas brasileiros que conquistaram medalhas nos Jogos Pan-Americanos realizados no mês passado em Guadalajara, no México.
Luciano: A Presidenta conversou com os atletas e destacou os investimentos no Programa Bolsa-Atleta. Dos beneficiados pelo programa do Ministério do Esporte, foram 54 medalhas conquistadas. Daniela Almeida.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O Brasil foi o terceiro país que mais ganhou medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. No total de medalhas, o Brasil foi segundo lugar. Este foi o melhor desempenho em edições do Pan fora do país. Além disso, foram garantidas 24 vagas para os jogos olímpicos do ano que vem, que acontecem em Londres, na Inglaterra. Vitoriosos, cerca de 90 atletas brasileiros que competiram nos jogos do Pan foram recebidos pela presidenta Dilma Rousseff e pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo. A Presidenta cumprimentou e conversou com os atletas para agradecer pela garra e pelo esforço dos desportistas.
Presidenta Dilma Rousseff: Acho que todos os brasileiros queriam estar aqui abraçando e agradecendo. Abraçando e agradecendo cada um dos minutos de esforço, de superação, de suor, de dedicação que vocês deram para o Brasil.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Os medalhistas presentearem Dilma Rousseff com o agasalho oficial da Delegação Brasileira no Pan. A Presidenta prometeu que o governo federal vai continuar investindo no esporte. O principal apoio vem por meio da Bolsa-Atleta, do Ministério do Esporte, que banca esportistas de alto rendimento para que se dediquem aos treinos. O investimento rendeu frutos, os bolsistas Joyce Souza da Silva, da luta olímpica, e Givago Ribeiro, da canoagem, reconhecem a importância da bolsa.
Atleta de luta - Joyce Souza da Silva: Eu vejo como uma conquista mesmo... salário, eu poder me dedicar ao meu esporte, dedicar ao treinamento, focando nos meus resultados, as medalhas que estão vindo graças à ajuda financeira do Bolsa-Atleta. Não teria como sem isso.
Atleta de canoagem - Givago Ribeiro: Isso nos dá uma certa estabilidade para apenas se dedicar ao esporte, e está aí os resultados, né, duas medalhas de bronze e, com certeza, isso logo, logo vai virar ouro.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para a ex-jogadora de basquete, Hortência Macari, o apoio do governo federal é decisivo no desempenho dos atletas.
Ex-jogadora de basquete - Hortência Macari: O esporte precisa de dinheiro, nós precisamos fazer viagens internacionais, jogos, amistosos, intercâmbios. E isso, se você não tiver dinheiro, a gente não consegue, e o governo federal, o Comitê Olímpico Brasileiro, o Ministério está nos proporcionando isso.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O valor mensal da Bolsa-Atleta varia de R$ 370,00 para atletas estudantes a R$ 3.100,00 para esportistas olímpicos e paraolímpicos. Para mais informações sobre o programa, acesse o site: www.esporte.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.
Edla: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje R$ 400 milhões para reformas, ampliação e equipamentos para seis hospitais federais do Rio de Janeiro.
Luciano: Segundo ele, o Ministério da Saúde fez uma auditoria junto com a Controladoria-Geral da União para avaliar os procedimentos que hoje são feitos nesses hospitais.
Edla: O ministro Alexandre Padilha também anunciou a contratação de mais médicos para os hospitais federais no Rio de Janeiro.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Já contratamos mais médicos e anunciamos essa semana a convocação de mais 230 médicos exatamente para esses hospitais. O Ministério da Saúde já vem agindo nos hospitais desde o começo do ano e vai continuar agindo também.
Luciano: Os anúncios já são desdobramentos do Programa SOS Emergências, lançado nesta terça-feira pela presidenta Dilma Rousseff para melhorar as emergências em hospitais de todo o país.
Edla: Inicialmente, 11 hospitais de nove estados vão receber quase R$ 40 milhões para ampliar o atendimento nos prontos-socorros.
Luciano: E os Ministérios da Saúde e de Minas e Energia firmaram também, ontem, um acordo para beneficiar as famílias de baixa renda que têm uma pessoa com doença ou deficiência e precisam usar equipamentos médicos elétricos em casa.
Edla: Essas famílias vão pagar menos na conta de luz, mas para isso precisam cumprir algumas regras, como explica o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.
Secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia - Ildo Grüdtner: A tarifa social, o primeiro passo tem que estar cadastrado no CadÚnico, que é o Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. Esse cadastro é feito junto ao Ministério de Desenvolvimento Social ou nas prefeituras. Esse desconto, ele funciona da seguinte forma: até 30 quilowatts-hora/mês, o desconto é de 65%; de 31 a 100 quilowatts- hora/mês, o desconto é de 40%; e de 101 a 220 quilowatts-hora/mês de consumo, o desconto é de 10%. No caso das famílias que têm portadores de doenças ou deficiências, que necessitem de equipamentos para o tratamento dessas doenças ou deficiências, que também utilizam energia elétrica, aí é necessário também um relatório, um atestado de um profissional médico.
Luciano: Faltando um pouco menos de dois meses para o fim do ano, o resultado entre a entrada e a saída de dólares do Brasil já é quase três vezes maior que o resultado de todo o ano de 2010. De acordo com o relatório divulgado hoje pelo Banco Central, de janeiro até o dia 4 de novembro o saldo positivo ficou em US$ 68 bilhões. Em todo o ano passado, o resultado havia sido de US$ 24 bilhões.
Edla, aproveitando a sua presença aqui, hoje, o que provocou esse aumento no movimento de câmbio no Brasil este ano até novembro?
Edla: Especialmente as operações de comércio exterior, viu, Luciano? O relatório do Banco Central mostra que o saldo na balança comercial, que é o resultado entre tudo que o país vende para outros lugares e compra de fora, até agora está perto de US$ 40 bilhões. O saldo de todo o ano passado foi negativo em US$ 1,6 bilhão. Agora, Luciano, mesmo com esse aumento da entrada de dólares ao longo do ano, o relatório do Banco Central diz que no mês de outubro o saldo foi negativo em US$ 134 milhões. A explicação para isso está na saída de dólares do país naquilo que a gente chama de investimento de curto prazo, em ações, títulos públicos, e também porque as empresas multinacionais mandam para as matrizes no exterior os lucros que tem aqui. Em tempo de crise é isso que acontece.
Luciano: A fiscalização da pesca na costa brasileira vai aumentar.
Edla: Hoje, em Santa Catarina, o Ministério da Pesca assinou um termo de cooperação com a Marinha do Brasil, que recebeu 11 lanchas para ajudar a fiscalizar a atividade pesqueira.
Luciano: O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, explica como vai ser feito o monitoramento.
Ministro da Pesca e Aquicultura - Luiz Sérgio: A Marinha vai nos apoiar em atividades que se referem à fiscalização, como, por exemplo, a pesca ilegal de lagosta que ocorre em algumas regiões do Nordeste no período do defeso, daqueles que não estão respeitando o defeso. As embarcações de uma ação conjunta servirão também para que a Marinha possa socorrer pescadores que têm um problema em sua embarcação e encontra-se em atividade pesqueira em alto-mar. Nós podemos, com isso, consolidar em gesto concreto uma parceria com a Marinha do Brasil para um trabalho conjunto, visando a segurança, a fiscalização, o apoio à atividade pesqueira no Brasil.
Luciano: Agora há pouco na reportagem de Ricardo Carandina falamos de cidades de até 100 habitantes. Na verdade, queríamos dizer cidades de até 100 mil habitantes, que vão receber o Programa de Qualificação Profissional.
Edla: Três universidades federais que foram criadas há menos de três anos vão abrir mais de 4 mil vagas em 75 cursos de graduação para ingresso no ano que vem.
Luciano: A Universidade Federal da Integração Latino-Americana, com sede em Foz do Iguaçu, no Paraná, vai oferecer 800 vagas: 400 para brasileiros e a outra metade para estudantes de outros países latino-americanos.
Edla: Já a Universidade Federal da Fronteira Sul de Santa Catarina vai oferecer 2.160 vagas em cinco campi.
Luciano: E a Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém, vai abrir 1.200 vagas em cursos de graduação.
Edla: De acordo com o Ministério da Educação, todas essas vagas vão ser preenchidas por estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem.
Luciano: Mais informações em www.mec.gov.br.
Edla: A Polícia Federal desarticulou hoje uma quadrilha acusada de desviar cartões de crédito de dois centros de triagem dos Correios, em São Paulo.
Luciano: Segundo a Polícia Federal, o grupo desbloqueava os cartões furtados e usava para fazer compras, transferências bancárias e pagamentos de boletos.
Edla: A quadrilha também é acusada de clonar cartões de crédito e débito.
Luciano: Estima-se que o prejuízo causado somente com o desvio de cartões da Caixa Econômica Federal, entre janeiro de 2010 e outubro deste ano, seja superior a R$ 4 milhões.
Edla: Ainda de acordo com a Polícia Federal, a Justiça decretou o bloqueio dos bens e veículos das pessoas envolvidas.
Luciano: Os integrantes da quadrilha vão responder por furto, estelionato, receptação, formação de quadrilha, uso de documento falso e lavagem de dinheiro, e podem pegar até 12 anos de prisão.
Edla: A Receita Federal abriu hoje a consulta ao 6º lote de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física.
Luciano: Segundo a Receita, todas as restituições sem pendências deste ano vão ser liberadas neste lote.
Edla: O dinheiro vai estar disponível na conta de 1,2 milhão de contribuintes no próximo dia 16.
Luciano: Para saber se teve a restituição liberada, basta acessar a página: www.receita.fazenda.gov.br; ou ligar para 146.
Edla: O Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Bndes, firmaram uma parceria pela agricultura familiar e reforma agrária.
Luciano: O acordo tem três eixos: Plano Brasil Sem Miséria, Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal e inovações para a agricultura familiar.
Edla: O público beneficiado abrange famílias que vivem em situações de extrema pobreza na zona rural, agricultores e assentados que já desenvolvem atividades produtivas e a população da Amazônia Legal.
Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Edla: Safra de grãos este ano vai ser quase 7% maior em relação a 2010.
Luciano: Artesãos da agricultura familiar ganham página na internet para expor e vender produtos.
Edla: Presidenta Dilma recebe atletas medalhistas do Pan-Americano e destaca a participação dos competidores que banham o Bolsa-Atleta.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Edla: Fique agora com o minuto do TCU e, em seguida, com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.