10/12/2013 - A Voz do Brasil

Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília, no horário brasileiro de verão.

Apresentadora Gláucia Gomes: Mais de 400 cursos de pós-graduação têm qualidade considerada internacional.

Luciano: Na África do Sul, presidenta Dilma diz que o líder sul-africano Nelson Mandela conduziu com inteligência o fim da segregação racial.

Gláucia: Em dez anos, o Luz Para Todos trouxe de volta ao campo 150 mil famílias.

Luciano: Terça-feira, 10 de dezembro de 2013.

Gláucia: Está no ar, a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Gláucia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu Luciano Seixas, e Gláucia Gomes.

Gláucia: Olá. Boa noite! Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Estamos também, ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Então, acesse agora www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Gláucia: Uma avaliação divulgada hoje pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Capes, aponta que 406 programas de mestrado e doutorado brasileiros têm qualidade internacional.

Luciano: Numa escala que vai de um a sete, Gláucia, esses cursos tiraram nota seis ou sete. Além disso, o estudo aponta que, de 2010 a 2012, o país formou dez mil novos mestres e doutores.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Quatrocentos e seis programas de mestrado e doutorado, no Brasil, têm qualidade internacional. Os cursos receberam as notas na Avaliação Trienal 2013 da Capes; 2.871 programas receberam notas entre três e cinco e 60 cursos receberam notas entre um e dois. Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na comparação com a avaliação de 2010, 69% dos programas mantiveram os notas, 8% caíram no conceito e 23% aumentaram as notas.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: Então, comparando 2010 e 2013, vocês vejam que, em 2010, 71% manteve anota; hoje, 69%. Em 2010, 20% cresceu, melhorou, avançou; neste ano, 23%. E, em 2010, 9% foram descredenciados; agora, 8%. Então, mesmo comparando o período de três anos, o modelo é bastante consistente, é muito próximo, o padrão, quer dizer, não há nenhuma alteração significativa, mas há uma evolução em direção à qualidade e uma pequena queda nos programas que foram descredenciados.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Também segundo o ministro Aloizio Mercadante, houve uma desconcentração dos programas de pós-graduação e expansão para áreas mais carentes de mestrados e doutorados. A região Norte teve um crescimento de 40%; o centro-oeste, 37%; e a região Nordeste, 33%.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: Há um esforço que o Reuni está orientado, e também a pós-graduação, de desconcentração do país. Nós vínhamos de uma situação que nos tínhamos um estado como o Amazonas, por exemplo, que tinha menos doutores do que uma universidade como a USP, e nós estamos mudando essa realidade no país, fazendo um grande esforço de desconcentração.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): A avaliação leva em conta a formação de professores, as disciplinas ofertadas, linhas de pesquisa e produção intelectual, como artigos, livros e patentes produzidas, por exemplo. Um dos programas com nota máxima foi o de Antropologia, da Universidade de Brasília. A coordenadora da pós-graduação, Carla Teixeira, conta que o curso tem 40 anos e tem recebido sempre boas notas na avaliação da Capes.

Coordenadora da Pós-Graduação - Carla Teixeira: Nós temos três fatores que são fundamentais: nós selecionamos muito bem os nossos alunos, nós temos um corpo docente absolutamente dedicado ao programa, são gerações de professores que passaram por aqui que sustentaram essa vocação, uma produção alta, periódicos, livros, dedicação aos seus orientandos, não é, e também o apoio que a gente recebe das agências de fomento do governo brasileiro.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Desde a última pesquisa, em 2010, o Brasil ganhou mais de dez mil mestres e doutores. A produção intelectual também cresceu, passou de cerca de 440 mil produtos, como artigos, livros e patentes, para quase 1,5 milhão. Mais informações sobre a Avaliação Trienal 2013 em www.capes.gov.br. De Brasília, Carolina Becker.

Gláucia: Mais de 90 chefes de estado de todo o mundo, além do povo africano, deram o último adeus a Nelson Mandela, em Joanesburgo, na África do Sul.

Luciano: Em seu discurso, Dilma Rousseff disse que Mandela foi a maior personalidade do século 20. A presidenta falou em nome de toda a America do Sul.

Repórter Paulo La Salvia (Joanesburgo-África do Sul): Nelson Mandela foi o herói da luta contra o apartheid na África do Sul, regime que separava e negava aos negros os mesmos direitos dos brancos. Neste longo caminho para a liberdade, Mandela ganhou o respeito de todos. Por toda essa trajetória, o funeral de Nelson Mandela vai até domingo, na África do Sul. No Soccer City, estádio da final da Copa do Mundo de 2010, nem a chuva espantou as milhares de pessoas que foram ao local. No estádio, que fica em Joanesburgo, ocorreu a cerimônia religiosa de despedida do líder africano. O secretário-geral da Onu, Ban Ki-moon, disse que o líder ensinou que vale a pena lutar pela liberdade, democracia e justiça. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que Mandela entendeu que o melhor caminho para a África do Sul era a reconciliação sem ódio. Já a presidenta Dilma Rousseff defendeu que o líder sul-africano conduziu com paixão e inteligência um dos processos de emancipação mais importantes do ser humano na história contemporânea: o fim do apartheid.

Presidenta Dilma Rousseff: Ele soube fazer da busca da verdade e do perdão os pilares da reconciliação nacional e da construção da nova África do Sul. Devemos reverenciar esta manifestação suprema de grandeza e de humanismo representada por Nelson Mandela. Sua luta transcendeu suas fronteiras nacionais e inspirou homens e mulheres, jovens e adultos a lutarem por sua independência e pela justiça social.

Repórter Paulo La Salvia (Joanesburgo-África do Sul): Dilma Rousseff, que estava acompanhada pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney também disse que o combate de Mandela e do povo sul-africano virou um modelo não só para a África, mas para todos os povos que lutam pela justiça, liberdade e igualdade.

Presidenta Dilma Rousseff: Da mesma forma que os sul-africanos choram com seus cantos Madiba, Nelson Mandela, nós, nação brasileira, que trazemos, com orgulho, o sangue africano em nossas veias, choramos e celebramos o exemplo desse grande líder que faz parte do panteão da humanidade.

Repórter Paulo La Salvia (Joanesburgo-África do Sul): Mandela ficou preso durante 27 anos e em 1993 ganhou o Prêmio Nobel da Paz, ao lado do último presidente branco da África do Sul, Frederik De Klerk. Esta longa resistência e superação do apartheid já renderia ao líder africano um lugar de destaque no século 20, mas Nelson Mandela ainda foi o primeiro presidente negro sul-africano entre 1994 e 1999 e deu uma lição ao mundo ao integrar uma nação que, durante quase cinco décadas, viveu sob um regime de perseguição e ódio racial. De Joanesburgo, na África do Sul, Paulo La Salvia.

Gláucia: Sete e nove, no horário brasileiro de verão.

Luciano: Em dez anos, cerca de 150 mil famílias voltaram ao campo, no país. Um dos motivos para esse retorno foi a chegada da energia elétrica,
Com o programa Luz Para Todos.

Gláucia: A eletricidade deu condições para que essas pessoas voltassem a plantar e criar animais nas terras.

Luciano: Esse é o tema da reportagem especial de hoje, sobre o programa que completou dez anos em novembro e que já levou luz para 15 milhões de pessoas.

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): De toda a comida que chega à mesa do brasileiro, 70% vem da agricultura familiar. Para produzir todo esse alimento, os agricultores precisam de terra, equipamentos e água, e para irrigar a plantação tem que ter uma fonte de energia. José Deval da Silva, que planta hortaliças na cidade goiana de Padre Bernardo, usava um motor de caminhão para mover o irrigador.

Agricultor - José Deval da Silva: Antes da gente ter energia elétrica, produzia com diesel, né, com motores estacionários, motor a diesel, só que para se conseguir irrigar alguma coisa, o motor a diesel tem que ser muito grande, então o consumo de diesel era uma coisa absurda, né?

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): Até 2003, mais de três milhões de famílias como a de José Deval e também a de dona Risalina Enzi Simoneti, de Matelândia, no Paraná, viviam no campo sem energia elétrica.

Agricultora - Risalina Enzi Simoneti: A gente tinha as vacas aqui, nós tava construindo o barracão e as nossas vaquinhas já estavam aqui, mas como nós não tinha um congelador, nada aqui, nós tirava o leite, quando dava de descer com a caminhonete, nós descia; quando não dava, nós tinha que levar a pé, nas costas.

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): A esposa de José Deval, Emília Maria Lopes da Silva, conta que, na chácara do casal, o programa Luz Para Todos chegou em 2005.

Agricultora - Emília Maria Lopes da Silva: Não acreditaram que existia um programa de governo que ia trazer energia, que é muito caro. O dia que o caminhão de postes da empresa que ia prestar o serviço aqui chegou lá, todo mundo do assentamento ficou sabendo. Até os vizinhos que não eram do assentamento ficaram sabendo, queriam saber o que é isso, porque foi tanto foguete aqui que era de arrepiar.

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): José Deval diz que, com a energia elétrica, foi possível aposentar o motor a diesel e o dinheiro economizado com o combustível foi investido em melhorias para aumentar a produção da chácara, que passou de 1.500 caixas de hortaliças para mais de quatro mil caixas.

Agricultor - José Deval da Silva: Eu gastava, isso em 2003, parece que foi, na época da energia, que o diesel era bem mais barato em relação a hoje, R$ 5 mil por mês, de óleo diesel, mas, hoje, eu pago uma conta de R$ 1.200, R$ 1.300 por mês, cinco vezes menos o que eu gastava de diesel, e irrigo o dobro.

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): Em Matelândia, dona Risalina e o marido Evari Silva Neto também comemoraram a chegada do Luz Para Todos. A eletricidade também levou conforto para dentro de casa.

Agricultora - Risalina Enzi Simoneti: Nós temos freezer, temos forno elétrico...

Agricultor - Evari Silva Neto: Máquina de lavar roupa, máquina de lavar louça, tem de tudo.

Agricultora - Risalina Enzi Simoneti: É. Televisão, rádio, tudo. Para nós que já temos... Somos idosos, são coisas necessárias.

Agricultor - Evari Silva Neto: Além disso, nós temos até um aparelho de gravação de música que também é tocado a luz, muitas vezes, curtimos aquilo ali também.

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): São dez anos levando energia elétrica para assentamentos da reforma agrária, aldeias indígenas e comunidade quilombolas. Nesse período, o Luz Para Todos também trouxe de volta para o campo cerca de 150 mil famílias. Para José Deval, a eletricidade é a garantia de tirar da terra o sustento da família sem depender da meteorologia.

Agricultor - José Deval da Silva: Porque a irrigação proporciona isso aí, faz chover, né? Chove na minha horta, como se diz.

Repórter Ricardo Carandina (Padre Bernardo-GO): Quem ainda não tem energia elétrica em casa deve fazer o pedido de instalação na distribuidora do lugar onde mora. A solicitação vai ser incluída no programa de obras das distribuidoras. De Padre Bernardo, em Goiás, Ricardo Carandina.

Gláucia: O Brasil pode se tornar o maior produtor de soja do mundo. A estimativa foi divulgada hoje pela Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento, que divulgou o resultado do terceiro levantamento da safra de grãos 2013/2014.

Luciano: A safra de grãos no país deve ultrapassar 195 milhões de toneladas. A produção de soja cresceu mais de 10% em relação à safra passada. Mara Kenupp.


Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): O clima ajudou e o produtor embalou no campo. A produção de grãos da safra 2013/2014 aponta resultados positivos, quase 196 milhões de toneladas, aumento de 4,8% em relação à safra passada. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, explicou que os números demonstram o potencial da agricultura brasileira.

Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - Neri Geller: O Brasil continua explorando o seu potencial de crescimento da produção, isso se deve aos fortes preços no mercado internacional, ao consumo e também à abertura de novos mercados. Isso traz estímulo para o produtor, e também as linhas de crédito disponibilizadas traz, cada vez mais, segurança para o produtor.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): A área plantada de grãos cresceu 3,6%, saiu de 53 milhões de hectares, na última safra, para 55 milhões esse ano, apenas o milho é que praticamente manteve o mesmo tamanho de plantação, de 15,8 milhões para 15,4 milhões de hectares. O destaque dessa vez foi a soja, que teve crescimento de 10,5% em relação à safra passada e produção estimada em 90 milhões de toneladas. O produto apresentou também crescimento de 6% em área plantada. De acordo com o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, se a estimativa de produção se confirmar e continuar positiva, o Brasil poderá se transformar no maior produtor de mundial de soja nos próximos anos.

Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - Neri Geller: Pelo primeiro ano, nós vamos conseguir, se continuarem confirmando o clima da forma que está, o ânimo do próprio produtor, que está quase concluindo o plantio, nós vamos superar os 90 milhões de toneladas e devemos sim superar os Estados Unidos.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Outras culturas como arroz, feijão e algodão também apresentaram aumentos em relação a área plantada e a produção. Para o trigo, produto que, normalmente, além de plantar, o Brasil também compra de outros países, segundo o diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento, Sílvio Porto, há uma tendência de aumento na produção de 22% se as condições climáticas continuarem favoráveis.

Diretor de Política Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento - Sílvio Porto: O clima está bastante estável, a expectativa é que nós tenhamos normalidade durante o desenvolvimento da cultura, com algumas regiões que poderá ter um excesso, mas nada que comprometa a qualidade da cultura. O único receio, às vezes, fica em relação ao momento da colheita, mas nós acreditamos que essa safra terá uma excelente produtividade.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Outras informações sobre a safra de grãos brasileira em www.conab.gov.br. De Brasília, Mara Kenupp.

Gláucia: Duzentas e sessenta e três cidades brasileiras foram escolhidas pelo Ministério do Esporte para a construção de 285 centros de iniciação ao esporte.

Luciano: A ideia é incentivar a prática entre iniciantes e oferecer melhores condições de treinamento a atletas de alto rendimento.

Gláucia: O programa de infraestrutura faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, e conta com investimentos de quase R$ 1 bilhão.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Os centros de iniciação ao esporte são espaços para formar atletas de alto rendimento em locais de maior vulnerabilidade social. O Ministério do Esporte vai fornecer o projeto-padrão para as prefeituras, que escolheram entre três modelos, de 2.500 metros quadrados, 3.500 e sete mil metros quadrados. Todos vão contar com a estrutura básica, com ginásio, com quadra poliesportiva e arquibancada para 177 lugares. O investimento será de R$ 967 milhões e faz parte do PAC 2, o Programa de Aceleração do Crescimento. O secretário de Infraestrutura do PAC, Maurício Muniz, explicou que não será exigida a contrapartida financeira dos municípios, que vão ficar responsáveis por disponibilizar o terreno para a implantação do projeto.

Secretário de Infraestrutura do PAC - Maurício Muniz: Para fazer essa seleção, a gente então levou em consideração se esse centro está localizado em áreas em que a população é carente e pelo tamanho da cidade.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O foco será em treze modalidades olímpicas, como atletismo, basquete, judô e boxe, seis paraolímpicas, como judô e tênis de mesa, e uma não olímpica, o futsal. Os Centros de Iniciação ao Esporte, os CIE, vão ser o maior legado de infraestrutura esportiva dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. A ideia é que os centros sejam também usados como extensão do ambiente escolar e ligados a programas como o Atleta na Escola e o Segundo Tempo. É o que explica o Ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: Escolhemos equipamento que pudesse ser útil para o esporte de alto rendimento, para o esporte educacional, para o esporte de inclusão social, para o esporte de entretenimento. Ele é adaptado para o esporte olímpico, mas também para o esporte educacional e de lazer.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): As prefeituras também vão firmar o compromisso de criar um plano de ação e uma política para o desenvolvimento do esporte. A lista dos municípios que vão receber os Centros de Iniciação ao Esporte está disponível em www.esporte.gov.br. De Brasília, Priscila Machado.

Luciano: Hoje, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, comentou a reunião prevista para a próxima quinta-feira, dia 12, sobre segurança nos estádios.

Gláucia: O ministro disse que deve haver punição para os responsáveis pela prática de atos violentos, como prevê o Estatuto do Torcedor.

Luciano: Aldo Rebelo disse, ainda, que o que houve no último domingo foi uma tentativa coletiva de homicídio e falou da necessidade de criação de uma delegacia especializada para esse tipo de crime.

Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: O centro da agenda deve ser a punição aos responsáveis pela prática de atos violentos, como prevê o Estatuto do Torcedor. Muitas vezes, os órgãos de segurança alegam a dificuldade de não ter delegacias onde acomodar todos os presos, daí que as prisões não são efetuadas, ou são efetuadas em número muito abaixo do número de envolvidos. Então, daí talvez a necessidade de uma delegacia especializada, que atue na proximidade do próprio estado, de um juízo especializado também nesse tipo de crime. Nós vamos discutir isso com as autoridades do Judiciário, do Ministério Público, mas acho que o certo é prender, indiciar, punir e aplicar a lei.

Luciano: Sete e vinte, no horário brasileiro de verão.

Gláucia: Os acordos para facilitar o comércio entre os países assinados na última semana pela Organização Mundial do Comércio, OMC, foram avaliados hoje em Brasília pelo Ministério das Relações Exteriores.

Luciano: A repórter Isabela Azevedo traz mais detalhes, ao vivo. Boa noite, Isabela.

Repórter Isabela Azevedo (ao vivo): Olá, Luciano! Boa noite a você, boa noite à Gláucia e aos ouvintes da Voz do Brasil. O objetivo das negociações é permitir a ampliação da participação do Brasil no mercado internacional. Durante a conferência, realizada na semana passada, lá em Bali, foram aprovados acordos para facilitar e desburocratizar o comércio entre os países. A ideia é de que, por exemplo, a submissão de documentos seja simplificada e padronizada e de que as mercadorias passem menos tempo na alfândega. Além disso, uma iniciativa que já vinha sendo desenvolvida pelo governo brasileiro também foi debatida na conferência, é um portal na internet chamado de Janela Única, que vai agilizar o procedimento de embarque e desembarque de bens. O diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Paulo Mesquita, que participou da conferência, deu mais detalhes.

Diretor do Departamento Econômico do Ministério das Relações Exteriores - Paulo Mesquita: Dependendo do tipo de produto é necessário apresentar uma declaração de importação e uma solicitação de autorização para vários órgãos. Existem 17 órgãos que intervém no comércio exterior brasileiro. A Janela Única será um portal na internet e esse portal servirá como única interface para o importador ou exportador também, porque também existe anuência na exportação, para que ele obtenha ou faça todos os procedimentos num único portal. Então, é um elemento de simplificação e de agilização.

Repórter Isabela Azevedo (ao vivo): O Acordo de Facilitação de Comércio entra em vigor imediatamente para os países desenvolvidos e tem um prazo maior para os países em desenvolvimento. Para o Brasil, esse prazo será o da implementação do portal Janela Única, que será entre um e dois anos. Luciano.

Luciano: Obrigado, Isabela Azevedo, pelas informações, ao vivo, aqui na Voz do Brasil.

Gláucia: Começou hoje, aqui em Brasília, o Fórum Mundial de Direitos Humanos. Participantes de mais de 80 países são aguardados para o evento.

Luciano: A ideia é promover o debate sobre direitos humanos no mundo.

Repórter Eduardo Biagini (Brasília-DF): Mais de dez mil pessoas se inscreveram para o Fórum Mundial de Direitos Humanos, que vai até sexta-feira, em Brasília. Durante o encontro, 32 debatedores vão discutir os principais avanços e desafios em áreas como respeito às diferenças, a participação social, a redução das desigualdades e o enfrentamento a todas as violações de direitos humanos. Também estão programadas mais de 400 atividades, como exposições, palestras, uma feira de economia solidária e uma feira do livro. O Fórum Mundial de Direitos Humanos está nas principais redes sociais e vai ser transmitido ao vivo por uma emissora de rádio, a Rádio Mandela, que pode ser sintonizada a partir do site do Fórum, onde também está a programação completa do encontro. O endereço é www.fmdh.sdh.gov.br. Com a colaboração de Ricardo Carandina, de Brasília, Eduardo Biagini.

Gláucia: E atenção, lembrando aos beneficiários do Bolsa Família que estão há dois anos sem atualizar os dados do Cadastro Único, é preciso fazer a revisão cadastral.

Luciano: Os beneficiários devem procurar a prefeitura do município ou o Centro de Referência de Assistência Social, o CRAS, até o dia 13 de dezembro.

Gláucia: De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, todo mundo que precisa atualizar o cadastro recebe a mensagem no comprovante de pagamento do benefício. Se não for feito, o benefício do Bolsa Família pode ser bloqueado.

Luciano: Mais informações em 0800-7072003.

Gláucia: Comunidades do sudoeste da Bahia receberam, nessa segunda-feira, equipamentos que dão acesso à água e promovem o desenvolvimento da região.

Luciano: A ação faz parte do Água Para Todos, programa para universalizar o amplo acesso e uso da água para consumo humano.

Gláucia: O programa disponibiliza canais de atendimento para que a população possa participar, esclarecer dúvidas e acompanhar o andamento das ações.

Luciano: Então, anote aí, por meio da ouvidoria, o Ministério da Integração Nacional esclarece dúvidas e fornece informações pelo 0800-610021 e pelo e-mail ouvidoria.mi@integracao.gov.br. Já as famílias beneficiadas com cisternas instaladas pela Codevasf dispõem de outra linha de atendimento gratuita. Anote: 0800-0816060.

Gláucia: Você ouviu, hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Mais de 400 cursos de pós-graduação têm qualidade considerada internacional.

Gláucia: Na África do Sul, Dilma diz que o líder sul-africano Nelson Mandela conduziu com inteligência o fim da segregação racial.

Luciano: Em dez anos, o Luz Para Todos trouxe de volta ao campo 150 mil famílias.

Gláucia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Voltamos amanhã. Boa noite.

Gláucia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e de Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.