11/11/2014 - A Voz do Brasil
11/11/2014 - A Voz do Brasil
Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2015 foi estimada em 198,3 milhões de toneladas. Valor é 2,5% superior ao total obtido na safra colhida em 2014. Para garantir que todas as adolescentes sejam protegidas contra o HPV, vírus que provoca o câncer do colo do útero, meninas de 11 a 13 anos precisam tomar todas as doses previstas na vacinação. Ministério da Saúde iniciará na próxima semana a distribuição de duas novas formulações de medicamentos para os pacientes de Aids pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Arábia Saudita suspende embargo imposto ao Brasil, desde 2012, para a compra de carne bovina. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
Apresentadora Kátia Sartório: Soja deve levar o Brasil a bater novo recorde na safra de grãos do ano que vem. A previsão é de que a colheita seja 9% maior do que a deste ano.
Apresentador Luciano Seixas: Para garantir 100% de proteção ao câncer de colo de útero, meninas de 11 a 13 anos devem tomar a segunda dose da vacina contra o HPV.
Kátia: Dois novos medicamentos para os pacientes de Aids vão ser distribuídos pelo SUS a partir da semana que vem.
Luciano: Arábia Saudita vai voltar a comprar carne de boi do Brasil.
Kátia: Terça-feira, 11 de novembro de 2014.
Luciano: Está no ar a sua voz.
Kátia: A nossa voz.
Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Olá, boa noite. Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.
Kátia: A safra de grãos deste ano deve chegar a 193,5 milhões de toneladas, segundo divulgou hoje o IBGE, um recorde para o país.
Luciano: E a próxima safra deve ser ainda maior. O IBGE também projetou hoje, pela primeira vez, a safra do ano que vem. É esperada uma colheita de mais de 198 milhões de toneladas, com destaque para a soja.
Repórter Carolina Rocha: Na propriedade rural da família de Ademar Trediguer, que fica no Distrito Federal, a preparação da terra para o plantio da soja está acelerada. É que a chuva voltou nas últimas semanas, o que ajuda na boa germinação da planta. O produtor rural Ademar Trediguer já está pensando na hora da colheita.
Produtor Rural - Ademar Trediguer: Olha, a expectativa é boa, né? Eu espero que a chuva seja bem distribuída, né, e como eu estou usando uma semente mais produtiva este ano, então eu espero estar colhendo mais do que na última safra que eu fiz de soja, né?
Repórter Carolina Rocha: A soja é a grande apostada dos produtores rurais para a colheita de ano que vem. É o que mostra a pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo IBGE, que prevê um aumento de 9% na produção de soja de todo o ano de 2015, na comparação com este ano. Com relação à produção total de grãos para 2015, o IBGE estimou nova safra recorde, de mais de 198 milhões de toneladas, um aumento de 2,5% em relação a 2014. Além da soja, o feijão e o arroz devem também ter aumento de produção. Segundo o gerente do levantamento do IBGE, Mauro Andreazzi, uma das causas do crescimento da área plantada da soja é o revezamento com outros plantios.
Gerente do IBGE - Mauro Andreazzi: A soja prevê um aumento de área de 1,6% em relação à área ocupada em 2014. Muitas dessas áreas são em detrimento da área de milho primeira safra e de algodão, que devem plantar mais soja em 2015 por essa ter um preço mais convidativo do que essas outras culturas.
Repórter Carolina Rocha: As dificuldades climáticas enfrentadas por algumas regiões do país, como o excesso de chuvas no Sul e a seca no Sudeste, não devem prejudicar o total da colheita para a próxima safra, como explica o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, João Marcelo Intini.
Diretor de Política Agrícola e Informações da Conab - João Marcelo Intini: Entramos agora, não é, para os próximos três meses dentro da normalidade com o prognóstico de clima, de modo que teremos no final de outubro e no mês de novembro a parte predominante na instalação das lavouras.
Repórter Carolina Rocha: A Conab também divulgou nesta terça-feira uma projeção de colheita, só para que o Ano Safra 2014/2015, que vai de abril deste ano a março do ano que vem. A pesquisa estima que a produção total de grãos do país deve ficar entre 194 milhões de toneladas e 200 milhões de toneladas. Reportagem, Carolina Rocha.
Kátia: Mais de 2,2 de meninas, de 11 a 13 anos, já tomaram a segunda dose da vacina contra o HPV desde setembro, quando começou a segunda fase da campanha.
Luciano: Mas para garantir 100% de proteção ao câncer de colo de útero, a segunda dose é fundamental. Por isso, a vacina continua disponível em mais de 36 mil salas de imunização de todo o país para atender quem ainda não tomou, ou seja, quase três milhões de meninas.
Repórter Isabela Azevedo: As adolescentes que tomaram a primeira dose da vacina contra o HPV devem retornar aos postos de vacinação para receber a segunda. A vacina protege as meninas contra quatro subtipos do vírus e é dada em três doses. A segunda é aplicada seis meses depois da primeira e a terceira, de reforço, após cinco anos. Até o momento, mais de 2,2 milhões de adolescentes, de 11 a 13 anos, receberam a segunda dose. O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, ressalta que a vacina garante a proteção contra o HPV desde que respeitados os prazos de aplicação das doses.
Diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde - Cláudio Maierovitch: A primeira dose, ela dá uma imunidade, uma proteção parcial. Essa proteção vai ser muito próxima do máximo após a segunda dose. Então enquanto a menina não tomar a segunda dose, ela não estará protegida contra o vírus e, portanto, contra o câncer.
Repórter Isabela Azevedo: O HPV é uma das principais causas de câncer do colo de útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, e a terceira principal causa de morte de mulheres por câncer no país. Segundo o Ministério da Saúde, a doença mata 14 brasileiras todos os dias. A vacina contra o HPV é segura e os pais devem se lembrar de levar ao posto de saúde a carteira de vacinação das filhas. O diretor do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, explica que a escolha da faixa etária do público alvo está relacionada à eficácia da vacina.
Diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde - Cláudio Maierovitch: Nós sempre procuramos atingir a faixa etária que ainda não iniciou vida sexual e que já está na pré-adolescência, de forma que se possa ter a segurança de que não houve contato com o vírus e garantir a proteção mais prolongada durante a idade adulta.
Repórter Isabela Azevedo: Em 2015, a vacina contra a HPV vai ser oferecida à faixa etária de nove a 11 anos, e a partir de 2016 serão imunizadas meninas de nove anos. Reportagem, Isabela Azevedo.
Kátia: E mais dois novos medicamentos para tratamento de quem tem o vírus HIV, que causa Aids, vão ser distribuídos de graça pelo SUS, o Sistema Único de Saúde.
Luciano: Segundo o Ministério da Saúde, esses remédios vão trazer mais comodidade aos pacientes.
Repórter Ricardo Carandina: O primeiro novo remédio começa a ser distribuído na semana que vem. É uma versão do medicamento chamado Ritonavir, que não precisa ser mantido na geladeira. Antonio Lisboa dirige uma ONG que dá apoio a pessoas com HIV. Para ele, a mudança no remédio, distribuído a 60 mil pacientes, vai facilitar o tratamento de quem tem HIV.
Diretor de ONG - Antonio Lisboa: Quando esse medicamento, ele deixa de ter a necessidade de ser refrigerado, há uma comodidade maior: ele viaja, ele leva para o trabalho, e com o mesmo resultado que o medicamento refrigerado.
Repórter Ricardo Carandina: A outra mudança é em dois medicamentos consumidos por 75 mil pessoas. Esses pacientes tomam todos os dias dois comprimidos do remédio chamado Lamivudina e um do Tenofovir. A partir de dezembro, os dois vão ser distribuídos em um único comprimido. O diretor do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, explica por que as novas apresentações dos remédios vão melhorar a eficácia do tratamento contra o HIV.
Diretor do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde - Fábio Mesquita: Ao invés de tomar três comprimidos, ele passa a tomar só um comprimido por dia, que os três comprimidos ou os dois medicamentos vão estar num comprimido só.
Repórter Ricardo Carandina: No Brasil se estima que 720 mil pessoas vivem com o HIV, 150 mil não sabem que tem a doença. A distribuição de medicamentos grátis para o tratamento contra o vírus que causa a Aids começou há 18 anos no país. Hoje fazem parte da lista 22 remédios. Em 2005, 165 mil pacientes estavam em tratamento. Em 2013, o número mais que dobrou e subiu para 350 mil. Reportagem, Ricardo Carandina.
Kátia: E uma pesquisa recente do Ministério da Saúde mostrou que as brasileiras grávidas estão fazendo mais pré-natal.
Luciano: Segundo o estudo “Saúde do Brasil”, em três de cada quatro nascimentos a mãe realizou pelo menos seis consultas, o mínimo recomendável pelo Ministério da Saúde.
Repórter Priscila Machado: Cristiana Carvalho está no nono mês de gravidez. Ela espera a primeira filha e conta que não deixa de fazer o acompanhamento pré-natal.
Gestante - Cristiana Carvalho: Primeiramente o pré-natal é importante para acompanhar a evolução da gestação e do bebê: saber se ele está bem, se ele está evoluindo, desenvolvendo da forma que tem que ser, mas é bom também porque traz um alivio psicológico, uma tranquilidade para a mãe e para o pai de que está tudo bem. Você vai nas consultas e é sempre uma emoção você saber que o seu bebê está crescendo bem.
Repórter Priscila Machado: Segundo o estudo do Ministério da Saúde, entre 2003 e 2012 foi registrado um aumento de 87% no número de consultas de pré-natal realizadas no país. Somente em 2012, foram 18,2 milhões de consultas pelo Sistema Único de Saúde, o SUS. A orientação é que a mulher inicie o pré-natal assim que descobrir a gravidez. Apenas com esse acompanhamento é possível identificar problemas de saúde com a mãe ou com o bebê, que podem, assim, ser tratados precocemente para evitar complicações, como explica Débora Malta, diretora do Departamento de Promoção da Saúde.
Diretora do Departamento de Promoção da Saúde – Débora Malta: Isso significa cada vez mais oferta de serviços, qualidade nessa oferta e cada vez mais o serviço público de saúde, o SUS, tendo um cuidado com essas gestantes e ofertando mais atenção para que cada vez mais nós tenhamos uma gravidez mais segura e um parto mais qualificado e com menos risco tanto para a criança quanto para a gestante.
Repórter Priscila Machado: O pré-natal pode ser realizado gratuitamente no SUS, que mantém o programa Rede Cegonha para dar um melhor atendimento às grávidas. Cinco mil quatrocentos e oitenta e oito municípios de todos os estados já contam com ações do programa, que desde quando foi lançado, em 2011, já teve investimentos de R$ 3 bilhões. O Rede Cegonha também incentiva o parto normal humanizado. Reportagem, Priscila Machado.
Kátia: E quase 600 laboratórios, em 20 estados, foram habilitados pelo Ministério da Saúde a fazer o exame ginecológico preventivo em mulheres conhecido como Papanicolau.
Luciano: A meta é melhorar a qualidade e a segurança dos exames que detectam o câncer de colo de útero, o terceiro tumor mais frequente na população feminina e a quarta causa de morte de mulheres por câncer aqui no Brasil.
Repórter Luana Karen: Todo ano quando vai ao ginecologista, a cabeleireira Maria dos Anjos, de 48 anos, faz o exame preventivo. Mas, no começo de 2014, foi surpreendida com um câncer de colo de útero.
Cabeleireira - Maria dos Anjos: Faltou o chão. Eu me emociono até hoje quando eu falo sobre isso porque é muito ruim. É uma sensação de morte.
Repórter Luana Karen: Para evitar casos como a de D. Maria, que não teve o câncer de colo de útero detectado pelo exame Papanicolau, o Ministério da Saúde habilitou quase 600 laboratórios, em 20 estados. Esses laboratórios vão ter de seguir indicadores de qualidade para diminuir os erros de diagnóstico. Além de tornar os exames mais precisos, o Ministério também quer que eles sejam liberados de forma mais rápida, em até 30 dias a partir da entrada do material no laboratório. A coordenadora-geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, Patrícia Sampaio Chueiri, explica que o objetivo não é aumentar a quantidade de exames feitos, mas a qualidade.
Coordenadora-Geral de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas do Ministério da Saúde - Patrícia Sampaio Chueiri: Não vai ter muita mudança no momento de detecção, mas na qualidade. Quando eu faço um Papanicolau, eu tenho certeza que o resultado dele é o resultado correto, verídico, para diminuir o número, por exemplo, de falsos negativos ou também de falso positivo, onde você diz que tem alguma coisa errada e não tem.
Repórter Luana Karen: A oncologista clínica Francis de Oliveira explica que o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.
Oncologista Clínica - Francis de Oliveira: Para você falar em cura, 95% de chance de cura é no diagnóstico precoce. Você vai fazer o Papanicolau, vai ver as alterações celulares lá e o médico automaticamente vai pedir a biopsia. Confirmando, inicia o tratamento, que ele pode ser cirúrgico no precoce ou pode ser quimio e rádio também. E aí acompanha depois com o médico pelo resto da vida.
Repórter Luana Karen: O Papanicolau é o responsável por detectar o câncer de colo de útero ou lesões que podem levar ao tumor. A recomendação do Ministério da Saúde é que toda mulher, com idade entre 25 e 64 anos, faça o exame a cada três anos depois de dois resultados normais. Reportagem, Luana Karen.
Kátia: Ainda no tema saúde, um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que, a cada três mortes de adultos, duas são do sexo masculino.
Luciano: Das mais de 665 mil mortes em homens em 2011, 26% foram por doenças do aparelho circulatório.
Kátia: Para ajudar a reverter esse quarto, o Ministério da Saúde implementou, há cinco anos, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que incentiva os exames de rotina.
Repórter Daniela Almeida: O pedreiro Nestor dos Santos foi ao Hospital de Base de Brasília para entregar alguns exames e marcar a cirurgia para retirar um tumor encontrado na próstata, uma glândula do aparelho reprodutor masculino e que se localiza abaixo da bexiga. Aos 66 anos, Nestor procurou um serviço de saúde porque começou a sentir fortes dores. Nestor reconhece que não se cuida o suficiente.
Pedreiro - Nestor dos Santos: Só vem na última hora. Você trabalha a vida todinha e nunca vai no médico. O homem não vai de jeito nenhum.
Repórter Daniela Almeida: Segundo dados do IBGE, homens brasileiros vivem em média sete anos a menos que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes e colesterol. Um estudo da Sociedade Brasileira de Urologia, feito com 3.500 homens, em sete cidades brasileiras, mostra que 51% do público masculino não vai ao médico com regularidade e desconhecem informações importantes para envelhecer com mais qualidade de vida. O médico urologista João Ricardo Alves aponta que a falta de cuidado com a saúde implica em sérios riscos ao homem.
Médico Urologista - João Ricardo Alves: O diagnóstico precoce de qualquer doença facilita com que o tratamento seja eficaz. Quanto mais deixar a doença evoluir sem o conhecimento, mais difícil será depois para uma cura ou um tratamento adequado.
Repórter Daniela Almeida: Para incentivar a população masculina a adotar hábitos mais saudáveis e ampliar o acesso deste público aos serviços de saúde, há cinco anos o governo implantou a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. O coordenador desta política no Ministério da Saúde, Eduardo Chakora, explica que o atendimento a este público está focado na atenção básica de saúde.
Coordenador da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem - Eduardo Chakora: Atualmente, a Coordenação Nacional de Saúde dos Homens tem trabalhado em alguns eixos temáticos estratégicos. Um é saúde sexual reprodutiva, o outro é paternidade e cuidado, o outro são as principais doenças prevalentes, o outro é o enfrentamento de situações de violência e acidentes, e um outro eixo que é muito importante, que é transversal a todos esses, é o eixo de acesso e acolhimento.
Repórter Daniela Almeida: Para informações sobre como ter uma vida saudável, manter hábitos de promoção da saúde, além de prevenir e tratar doenças, os homens devem procurar um posto de saúde na cidade onde moram. Saiba mais em www.saude.gov.br ou ligue gratuitamente no telefone do Disque Saúde, 136. Reportagem, Daniela Almeida.
Kátia: Sete e dezessete, no horário brasileiro de verão.
Luciano: O Brasil vai voltar a exportar carne bovina para a Arábia Saudita.
Kátia: O embargo, que durava dois anos, foi derrubado depois de um acordo entre os dois países.
Luciano: A carne bovina brasileira estava proibida de entrar na Arábia Saudita por causa de um registro no país de um caso atípico da doença conhecida como “Vaca Louca”.
Kátia: Para que a suspensão do embargo seja definitiva, uma equipe técnica do país árabe vai fazer uma visita ao Brasil.
Luciano: Em 2012, antes da proibição, o país exportou mais de 33 mil toneladas de carne bovina para a região do Golfo Pérsico.
Kátia: Além da carne, principalmente de frango, o Brasil exporta para a Arábia Saudita produtos como o café, couro, sucos, rações para animais, chá, mate e frutas.
Luciano: De janeiro a outubro deste ano, as vendas do agronegócio do Brasil para o país árabe registraram mais de US$ 1,5 bilhão.
Kátia: Termina no dia 13 desse mês, quinta-feira que vem, o prazo para a inscrição de projetos de capacitação profissional e extensão tecnológica para jovens de 15 a 29 anos, estudantes do nível médio, que moram em áreas rurais.
Luciano: O repórter Ricardo Carandina traz mais informações na entrevista com a coordenadora-geral de Educação do Campo e Cidadania do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, Clarisse dos Santos.
Repórter Ricardo Carandina: Que tipos de projetos vão ser selecionados?
Coordenadora-Geral de Educação do Campo e Cidadania do Incra - Clarisse dos Santos: A nossa grande meta e estratégia é fortalecer os projetos produtivos da juventude rural, porque este edital, ele está vinculado ao Programa de Fortalecimento Econômico e Social da Juventude Rural, que é da Secretaria Nacional da Juventude, com quem a gente fez parceria para o desenvolvimento desses projetos. Então podem ser projetos que capacitem a juventude para o associativismo, por exemplo, com a organização de associações de jovens, de cooperativas de jovens, para que eles possam se inserir, por exemplo, nos programas públicos de compras públicas como o PAA, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, mas também podem ser projetos na área da cultura, da comunicação, que deem condições para a juventude se organizar e fomentar projetos próprios da juventude que contemplem os interesses da juventude rural e que possam também gerar renda para a juventude que vive no campo.
Repórter Ricardo Carandina: E como é que vão ser executados esses cursos, esses programas?
Coordenadora-Geral de Educação do Campo e Cidadania do Incra - Clarisse dos Santos: Esses projetos serão executados por meio de uma universidade, que deve apresentar o projeto ao CNPq, em parceria com escolas públicas de ensino médio, com os próprios institutos federais ou com as próprias escolas técnicas vinculadas às universidades federais.
Repórter Ricardo Carandina: A gente tem também, coordenadora, uma pergunta que chegou pelo Twitter. O Mário Jorge da Silva, ele quer saber se qualquer estudante de nível médio assentado pode participar desses cursos de capacitação.
Coordenadora-Geral de Educação do Campo e Cidadania do Incra - Clarisse dos Santos: Mário, qualquer jovem assentado e qualquer jovem que viva no campo. Esses projetos são, para além dos assentados da reforma agrária, do crédito fundiário, mas também para os jovens da agricultura familiar, os quilombolas, os ribeirinhos, os povos da floresta, enfim, toda a juventude que vive no campo.
Luciano: Ouvimos a coordenadora-geral de Educação do Campo e Cidadania do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, Clarisse dos Santos, sobre projetos de capacitação profissional e extensão tecnológica para jovens de 15 a 29 anos, estudantes de nível médio, que moram em áreas rurais.
Kátia: O edital completo está em www.incra.gov.br.
Luciano: Sete e vinte e um, no horário brasileiro de verão.
Kátia: Sete milhões e meio milhões de reais. Este é o valor que vai ser investido na construção de cada Casa da Mulher Brasileira, em Brasília e em outras 25 capitais do país.
Luciano: A ideia do espaço é concentrar num só lugar os serviços de atendimento à mulher em situação de violência.
Repórter Daniela Almeida: A Casa da Mulher Brasileira no Distrito Federal, que vai ocupar um terreno de 13 mil metros quadrados em Brasília, já está com 65% das obras prontas. O espaço, que vai prevenir e enfrentar a violência doméstica contra as mulheres, neste momento de construção ainda é dominado por homens: são pedreiros, mestres de obras e engenheiros que sentem orgulho de levantar as paredes do local.
Entrevistado: Trabalhando muito, né? Nós estamos trabalhando bastante aqui. Está bom, eu estou gostando.
Entrevistado: Sou mais aqui somando o ponto aqui para ajudar o Brasil e a mulher brasileira.
Repórter Daniela Almeida: Uma das poucas mulheres na obra da Casa da Mulher Brasileira em Brasília, a auxiliar de serviços gerais Débora Rodrigues, considera boa a ideia de reunir em único local os serviços públicos que dão apoio às vítimas da violência de gênero, como Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, Juizados e Varas, Defensorias Públicas e Promotorias.
Auxiliar de Serviços Gerais - Débora Rodrigues: A mulher tendo o apoio, ela se sente mais forte para lutar contra a violência, né? Eu já vi muitos casos de violência doméstica, violência na rua contra a mulher e contra a criança, e a pessoa não vai e registra uma ocorrência porque não tem apoio, sabe? E tendo o apoio, eu acho que agora funciona.
Repórter Daniela Almeida: Ao todo, 25 estados e mais o Distrito Federal já aderiram à proposta de construção das unidades que integram o programa “Mulher, Viver sem Violência”. Além de Brasília, já estão em andamento as obras das unidades de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e de Vitória, no Espírito Santo. Nesta terça-feira, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, visitou o canteiro da obra de Brasília. A ministra comemora o cumprimento da Lei Maria da Penha.
Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres - Eleonora Menicucci: Nós estamos mudando. Muda-se como? Com políticas públicas e com campanhas. Porque essa mudança é de toda a sociedade: a sociedade, a sociedade civil, os movimentos sociais, o movimento de mulheres, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
Repórter Daniela Almeida: A previsão que é que a primeira Casa da Mulher Brasileira a ser entregue será a de Campo Grande, em dezembro próximo. Em seguida, será finalizada a obra da unidade de Brasília. Após serem entregues à população, as casas vão funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana, com capacidade para atender cerca de 200 pessoas por dia, de acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Mais informações em www.spm.gov.br. Reportagem, Daniela Almeida.
Luciano: A presidenta Dilma Rousseff desembarcou hoje em Doha, no Qatar, onde amanhã vai ser recebida pelo Emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad Al Thani.
Kátia: Na pauta do encontro, as relações comerciais e diplomáticas dos dois países, a situação política do Oriente Médio e a ligação dos países por transporte aéreo.
Luciano: Do Qatar, Dilma segue na quarta para a Austrália, onde participa da reunião do G-20.
Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Luciano: Soja deve levar o Brasil a bater novo recorde na safra de grãos do ano que vem. A previsão é de que a colheita seja 9% maior do que a deste ano.
Kátia: Para garantir 100% de proteção ao câncer de colo de útero, meninas de 11 a 13 anos devem tomar a segunda dose da vacina contra o HPV.
Luciano: Dois novos medicamentos para os pacientes de Aids vão ser distribuídos pelo SUS a partir da semana que vem.
Kátia: Arábia Saudita vai voltar a comprar carne de boi do Brasil.
Luciano: Este foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
Kátia: Produção: EBC Serviços.
Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil.
Kátia: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Uma boa noite e até amanhã.
Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite.