12/07/2013 - A Voz do Brasil
12/07/2013 - A Voz do Brasil
A partir de setembro, as bolsas pagas a médicos do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), vão passar de R$ 8 mil para R$ 10 mil por mês. A medida vai beneficiar mais de 3,5 mil profissionais que atuam em municípios do interior e nas periferias das grandes cidades. Uma consulta pública da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer saber da população o que falta nos aparelhos de telefonia móvel para que eles sejam mais acessíveis às pessoas com deficiência visual. As sugestões podem ser enviadas até 31 de julho. Tudo isso você ouviu nesta sexta-feira em A Voz do Brasil!
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Gláucia Gomes: Aumenta valor da bolsa do Provab de R$ 8 mil para R$ 10 mil por mês. Programa leva médicos para o interior e periferias dos grandes centros.
Apresentador Luciano Seixas: Mercosul vai atuar conjuntamente para garantir segurança cibernética. É o que afirmou a presidenta Dilma, no Uruguai.
Gláucia: Cidadão pode contribuir com proposta para tornar os celulares mais acessíveis às pessoas com deficiência visual.
Luciano: Sexta-feira, 12 de julho de 2013.
Gláucia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Gláucia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Gláucia Gomes.
Gláucia: Olá, boa noite! Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse agora, em www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.
Gláucia: A partir de setembro, as bolsas pagas a médicos do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica, Provab, vão passar de R$ 8 mil para R$ 10 mil por mês.
Luciano: O anúncio foi feito hoje, pelo Ministério da Saúde. A medida vai beneficiar mais de 3.500 profissionais que trabalham em municípios do interior e nas periferias das grandes cidades.
Gláucia: Os médicos que participam da iniciativa atuam em Unidades Básicas de Saúde com a supervisão de universidades e hospitais de ensino, e, além da bolsa, os profissionais que cumprem todos os requisitos do Provab recebem um adicional de 10% na nota dos exames de residência médica.
Luciano: De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o reajuste é mais um estímulo para que os médicos continuem no programa.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O Provab, como parte do “Mais Médicos”, já é o maior programa de interiorização de médicos que o país já teve. Então, esse é um estímulo para a manutenção do programa, para melhorar a formação desses profissionais e fazer com que o atendimento na periferia das grandes cidades e nos municípios do interior seja de mais qualidade.
Gláucia: Com o reajuste no valor da bolsa, o investimento mensal no Provab passa de pouco mais de R$ 30 milhões para R$ 38 milhões.
>> “Participe”.
Luciano: Toda sexta-feira é dia do espaço “Participe”, aqui na Voz do Brasil, onde a gente divulga iniciativas que abrem espaço para a contribuição cidadã.
Gláucia: E o tema de hoje é uma consulta pública da Agência Nacional de Telecomunicações. A Anatel quer saber da população o que falta nos aparelhos de telefonia móvel para que eles sejam mais acessíveis às pessoas com deficiência visual.
Luciano: As sugestões podem ser enviadas até 31 de julho.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): O massagista Éder Fonseca, de 31 anos, tem deficiência visual. Ele nasceu sem enxergar com o olho direito e, na infância, sofreu um deslocamento de retina no olho esquerdo. Hoje, Éder tem baixa visão. Por isso, ele tem um modelo de smartphone que vem com um mecanismo de leitura de tela. Segundo ele, o aparelho custou cerca de R$ 1.800,00, mas o investimento significa mais independência.
Massagista - Éder Fonseca: Todos deveriam ter o sistema com voz para a gente ter independência, né? Já veio de fábrica com o sistema de voz para a gente ter a nossa independência, não precisar de ninguém ficar lendo e tal.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Para o vice-presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais, Justino Bastos, o valor do modelo de smartphone que já vem com o leitor de telas, trazendo acessibilidade para quem tem deficiência visual, ainda é muito alto.
Vice-Presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais - Justino Bastos: A dificuldade de uma pessoa com deficiência visual utilizar um aparelho celular é que, hoje, a grande maioria dos aparelhos, eles não são acessíveis à pessoa com deficiência visual. Então, nós temos alguns aparelhos no mercado que não são de preços acessíveis, vamos assim dizer, em torno de R$ 300,00, R$ 400,00, isso para os mais baratos, para que a gente consiga colocar um programa ledor de telas no aparelho, e nós temos um outro aparelho que já vem com acessibilidade, que é o único que eu conheço de uma marca, que já é bem caro: já é entre R$ 2.000,00, R$2.400,00.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): A acessibilidade dos celulares para pessoas com deficiência visual é tema de uma consulta da Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel. Uma resolução vai estabelecer a obrigatoriedade de requisitos mínimos para cada aparelho. Até o dia 31 de julho, a população pode enviar sugestões para o texto da resolução, que obriga os fabricantes a indicarem, na sua linha de produtos, aqueles que atendem aos critérios de acessibilidade. Quem quiser participar deve acessar www.anatel.gov.br, procurar o menu “Relacionamento com a Sociedade” e, depois, clicar em “Consultas Pública”. Também vão ser recebidas manifestações encaminhadas por carta, fax ou e-mail. De Brasília, Carolina Becker.
Gláucia: Julho é mês de férias escolares, e muitas famílias se programam para viajar nesse período, não é, Luciano?
Luciano: E, para alertar quem vai pegar a estrada de carro, Gláucia, foi lançada uma campanha de prevenção de acidentes.
Gláucia: Isso porque, dos 178 países que mais registram mortes no trânsito, o Brasil está em quinto lugar. No ano passado, foram 43 mil mortes.
Luciano: O repórter Paulo La Salvia entrevistou Maria Cristina Hoffmann, coordenadora de Educação no Trânsito do Departamento Nacional de Trânsito, Denatran, e tem as informações.
Repórter Paulo La Salvia: Maria, essa é mais uma campanha que faz parte do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes no Trânsito. A campanha e o pacto fazem parte de um compromisso global que o Brasil assumiu para diminuir o número de mortes no trânsito, no país?
Coordenadora de Educação no Trânsito do Denatran - Maria Cristina Hoffmann: Faz, e esse pacto é um pacto nacional, de adesão à ONU, porque a ONU chamou os 178 países a mudarem e realizarem ações que diminuíssem a acidentalidade no trânsito. Então, todos nós temos a meta de reduzir em 50% o número de mortos e feridos até 2020. Então, nós temos que realizar ações efetivas, tanto de educação, de controle veicular, de melhoria dos veículos, melhoria de vias e segurança, também, de todos os atores do trânsito.
Repórter Paulo La Salvia: Quais são as características específicas dessa campanha?
Coordenadora de Educação no Trânsito do Denatran - Maria Cristina Hoffmann: Essa campanha específica, ela é voltada às férias, para que as pessoas, quando forem viajar de férias, tomem cuidado com as estradas. Normalmente, os acidentes nas estradas acontecem por ultrapassagem indevida, alta velocidade e, muitas vezes, os caminhoneiros com a utilização de rebites e drogas, que é um problema muito sério. A nossa campanha anterior até trata sobre esse assunto. Então, é para realmente para que todo mundo que vá para a estrada tome cuidado no seu trajeto, procure organizar o seu trajeto, dirigir com segurança, procurar fazer pausas entre a viagem, procurar dirigir durante o dia, porque os acidentes também acontecem mais à noite. Então, ter todos os cuidados necessários para sair e voltar em segurança.
Repórter Paulo La Salvia: Dos 178 países que mais registram mortes no trânsito, o Brasil está na incômoda posição do quinto lugar. O “Parada” foi criado em 2011. Desde então, qual que é o balanço que pode ser feito?
Coordenadora de Educação no Trânsito do Denatran - Maria Cristina Hoffmann: Veja, desde 2011, todas as campanhas que nós temos realizado, temos tido uma, assim, uma... É muito positivo para todas as pessoas. Elas nos dão essa devolutiva como uma campanha sendo positiva. As pessoas dizem que as campanhas estão tendo uma ação efetiva. Nós percebemos que, quando tem os feriados prolongados, todos os feriados têm acontecido uma diminuição de acidentalidade, numa média de 12, 18, até 20% de acidentalidade e mortes em relação ao ano anterior. Lógico que não é só uma ação em relação à campanha. A campanha, ela é superimportante, porque leva o tema do trânsito e da segurança do trânsito para a discussão dentro da casa de todas as pessoas, mas também é importante a ação de fiscalização que tem acontecido e que, cada vez mais, os órgãos de trânsito estão focados também nessa fiscalização.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília -DF): Quem conversou com exclusividade com a Voz do Brasil foi Maria Cristina Hoffmann, coordenadora de Educação no Trânsito do Denatran.
Gláucia: Sete e nove.
Luciano: Para não interromper o tratamento de milhares de crianças com leucemia, o Ministério da Saúde comprou e distribuiu para os estados e o Distrito Federal o remédio L-Asparaginase.
Gláucia: A compra foi necessária porque o produtor do medicamento, que é estrangeiro, parou de fabricá-lo. O Ministério, então, teve que aderir... adquirir, ou melhor, o remédio de um novo fornecedor.
Luciano: Mais de R$ 17 milhões foram investidos na aquisição dos medicamentos. A ação foi feita em parceria com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Uma vez por semana, o Gilbert, de quatro anos, tem que ir ao Hospital da Criança de Brasília para tratar de uma leucemia, um tipo de câncer que ataca a medula. O remédio que ele toma é importado e, sem ele, seria impossível começar o tratamento. O pai dele, o Gilberto Messias, um vigilante, sabe da importância do medicamento.
Vigilante – Gilberto Messias: A gente está necessitando do medicamento e sem ele seria impossível, né? Até ter a cura dele.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Para garantir o tratamento do Gilbert e também de outras milhares de crianças em todo o Brasil, o Ministério da Saúde comprou 52 mil frascos do remédio, o L-Asparaginase, considerado pelos médicos fundamental para o tratamento da leucemia infantil, como explica a coordenadora da área de Oncologia Pediátrica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães.
Coordenadora da Área de Oncologia Pediátrica do Hospital da Criança de Brasília, Isis Magalhães: A L-Asparaginase faz parte de um dos medicamentos essenciais, da fase inicial do tratamento da leucemia linfoide aguda. A leucemia linfoide aguda é o câncer mais comum na criança, e a falta do medicamento nesta fase é extremamente importante, porque vai refletir no prognóstico das crianças.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): O medo era que as crianças ficassem sem o medicamento. Isso porque a empresa que distribuía o remédio no Brasil avisou que o produtor havia interrompido a fabricação. A medida beneficia mais de três mil crianças. Os remédios custaram mais de R$ 17 milhões, o suficiente para garantir o tratamento durante um ano, em todo o Brasil. Até o ano passado, o L-Asparaginase era comprado pelos serviços do Sistema Único de Saúde, o SUS, mas, como houve essa interrupção pelo produtor do remédio, o Ministério da Saúde teve que assumir a compra centralizada do medicamento. A partir de 2015, o L-Asparaginase passa a ser produzido no Brasil, por meio da parceria entre a Fiocruz e laboratórios privados. De Brasília, Leandro Alarcon.
Gláucia: Desde que foi criado, em 2011, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec, já formou mais de 260 mil pessoas, nos cerca de 300 cursos oferecidos.
Luciano: A ideia do programa é ampliar a oferta de educação profissional e tecnológica no país para a população mais pobre.
Gláucia: Quem está inscrito no Cadastro Único e tem renda familiar de até três salários mínimos pode participar. Os cursos são de graça.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A dona de casa Margarida de Souza, de 30 anos, mora no Distrito Federal. Ela precisou ficar sem trabalhar por dez anos para cuidar da filha com hidrocefalia, doença causada pelo acúmulo de água no cérebro e que compromete o desenvolvimento da criança. Agora, Margarida espera garantir uma vaga no mercado de trabalho. Ela acabou de concluir o curso de auxiliar administrativo pelo Pronatec, em parceria entre os Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Educação. Foram três meses de aulas diariamente, que, para ela, podem garantir um novo futuro profissional.
Dona de Casa - Margarida de Souza: As pessoas viam o meu currículo, às vezes até tentava me chamar, né, para trabalhar, mas via que não tinha experiência, nenhum curso profissionalizante, não tinha nada, só mesmo, graças a Deus, eu tinha o segundo grau, mas, hoje, não é só isso que o mercado quer que a gente tenha, né? Quer que a gente tenha curso, né, para a gente se aperfeiçoar melhor dentro das empresas. Eu aprendi muito isso. Aprendi até como fazer um currículo.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Margarida procurou o Cras, Centro de Referência de Assistência Social, mais próximo de casa, para fazer a pré-inscrição no curso do Pronatec. As aulas são oferecidas pelo Sistema “S”, que inclui Sesi, Senac e Senai, e também por institutos federais. Os participantes recebem o auxílio de R$ 8,00 por dia para frequentar as aulas. No total, são mais de 300 cursos, como explica o diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luiz Müller.
Diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Luiz Müller: Dos mais de 300 cursos, nós temos funções na área de comércio e serviços, nós temos funções na área de construção civil, na área de metal mecânica. No caso do comércio, são funções como vendedor, como auxiliar administrativo; no caso da construção civil, pedreiro, carpinteiro e outros. E, também, na metal-mecânica, existem várias funções que são bastante procuradas.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Pode participar do Programa Pronatec Brasil Sem Miséria quem está escrito no Cadastro Único e tem renda familiar de até três salários mínimos. Os interessados devem procurar o Cras mais próximo. De Brasília, Priscila Machado.
Luciano: A presidenta Dilma Rousseff disse hoje, no Uruguai, durante a Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo do Mercosul, que o bloco pretende levar à Organização das Nações Unidas, ONU, as denúncias de espionagem cibernética, feitas pelo ex-agente Edward Snowden.
Luciano: A volta do Paraguai ao bloco também foi tema da cúpula. Daniela Almeida acompanhou e tem as informações.
Repórter Daniela Almeida (Montevidéu-Uruguai): Nesta sexta-feira, o Uruguai transferiu à presidência pro tempore do Mercosul para a Venezuela, nos próximos seis meses. É a primeira vez que o país assume o cargo, desde que entrou para o bloco regional, em julho do ano passado. E, durante a presidência venezuelana, em agosto, o Paraguai vai ser autorizado a retornar ao grupo, após um ano de suspensão, quando o então presidente Fernando Lugo foi destituído. Na cúpula, ficou acertado que todos os chefes de Estado do Mercosul vão comparecer à posse do novo presidente eleito, Horacio Cartes. A presidenta Dilma Rousseff adiantou que é para reforçar o desejo de volta do Paraguai ao bloco.
Presidenta Dilma Rousseff: A partir do dia 15, com a posse do presidente Horacio Cartes, nós temos todas as condições de receber o presidente Horácio Cartes e o Paraguai, portanto, de volta ao Mercosul.
Repórter Daniela Almeida (Montividéu-Urugauai): Coletivamente, os presidentes dos Estados Membros da Cúpula do Mercosul também decidiram manifestar repúdio às denúncias de espionagem por agência de Inteligência dos Estados Unidos, das comunicações telefônicas e de internet, em países da América Latina, como no Brasil. Segundo Dilma, isso fere a soberania dos países.
Presidenta Dilma Rousseff: Primeiro, é uma afirmação, como vocês vão ver, da importância de uma ação conjunta em prol da segurança cibernética. Essa é a primeira questão. Uma ação conjunta de todos nós. Segundo, é um posicionamento firme de todos nós, tanto nas esferas da ONU como nas... Na esfera da ONU, como na esfera do Conselho de Direitos Humanos, no sentido de definir normas claras de proteção à privacidade, principalmente no que se refere à soberania de nosso país e aos direitos humanos. Terceiro, é o fato de que nós vamos externar, em todas as instâncias, o repúdio a esses atos. Isso abrange todas as instâncias. E, também, um posicionamento de solidariedade a todos os países que são vítimas desse tipo de invasão.
Repórter Daniela Almeida (Montevidéu-Uruguai): Sobre o fechamento do espaço aéreo europeu para o avião do presidente da Bolívia, Evo Morales, a presidenta Dilma Rousseff classificou o posicionamento dos governos da Espanha, França, Portugal e Itália como inaceitável.
Presidenta Dilma Rousseff: Qualquer presidente do Mercosul não pode aceitar uma situação dessas. Então, há um rechaço veemente, com protestos juntos aos países e também aos embaixadores dos respectivos países que não autorizaram o pouso do presidente Evo Morales, quando de sua volta à Rússia, por suspeita de que estava dentro do avião do presidente Evo o Snowden.
Repórter Daniela Almeida (Montevidéu-Uruguai): Paralelamente, o Mercosul defendeu, no documento final, o direito de asilo político, motivado pela oferta feita pela Venezuela ao ex-agente americano Edward Snowden, procurado pelos Estados Unidos, por vazamento de informações secretas. Na noite de quinta-feira, o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, anunciou que a Guiana e o Suriname passam a ser estados associados do Mercosul, juntamente com a Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. Os membros plenos do bloco são Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela. Em breve, o Paraguai pode voltar a fazer parte desse grupo. De Montevidéu, no Uruguai, Daniela Almeida.
Luciano: Sete e dezoito.
Gláucia: Um site vai reunir todas as espécies da flora brasileira, desde o século 17. É o Herbário Virtual, uma ação do Projeto Reflora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq.
Luciano: A meta é catalogar todas as plantas brasileiras até 2020, o que significa ter 1,1 milhão de amostras disponíveis para a consulta. Cleide Lopes.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta, formada por biomas como a Mata Atlântica, o Cerrado e a Amazônia, mas ainda não possui informações sobre muitas espécies nativas da flora brasileira. Um projeto do governo federal, desenvolvido pelo CNPq, vai criar na internet um herbário virtual, onde serão catalogadas todas as espécies da flora brasileira desde o século 17. A ideia é disponibilizar na rede mundial de computadores mais de 1 milhão de amostras de plantas, além de resgatar, inclusive, espécies brasileiras que estão catalogadas somente no exterior. De acordo com o analista de Ciência e Tecnologia do CNPq, Fernando Pinheiro, com o herbário virtual, a ideia é tornar mais fácil o acesso a informações sobre plantas brasileiras que já foram catalogadas.
Analista de Ciência e Tecnologia do CNPq - Fernando Pinheiro: Isso vai facilitar muito à comunidade científica o seu trabalho, o acesso às informações. O especialista, quando for consultar esse material, ele vai ter isso com muito mais fácil... Sem a necessidade de ir para o exterior para consultar esse material. Fora outras informações sobre a flora brasileira, né, que... Espécies de determinadas áreas, que hoje estão totalmente destruídas.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A Universidade de Brasília possui um acervo herbário. Segundo a técnica de Herbário da UnB, Josemília Miranda, são mais de 250 mil espécies no acervo.
Técnica de Herbário da UnB - Josemília Miranda: Informatizado a gente tem mais de 160 mil exemplares, né? No acervo todo, a gente tem por volta de 250 mil plantas.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A meta do Herbário Virtual, do Projeto Reflora do CNPq, é catalogar, até 2020, 1,1 milhão de plantas brasileiras. De Brasília, Cleide Lopes.
Gláucia: Ontem, aqui na Voz do Brasil, você conheceu a história de dois produtores rurais do Distrito Federal que participam do Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA, que compra a produção dos agricultores familiares para doar a instituições como restaurantes populares e cozinhas comunitárias.
Luciano: Hoje, na reportagem de Carolina Becker, você vai conhecer uma dessas instituições e vai saber como e por quem esses alimentos são utilizados.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Uma vez por semana, os voluntários da Creche Renascer, em Brasília, no Distrito Federal, vão ao banco de alimentos, na Ceasa, que recebe e distribui os produtos adquiridos pelo Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA, para as entidades. A creche atende crianças de dois a cinco anos. A maioria é filhos de catadores do lixão da Estrutural, em Brasília. O trabalho começou há nove anos. Antes de receber os alimentos do PAA, no ano passado, a creche tinha dificuldade para garantir alimentação de qualidade a todas as crianças. A fundadora da creche, professora Sônia Macedo, relembra aqueles tempos.
Fundadora da Creche Renascer - Professora Sônia Macedo: Nós íamos todos os sábados para a Ceasa, eu, juntamente com as meninas que trabalhavam aqui, pegava literalmente o que era jogado fora. E a gente reaproveitava o que dava para consumo.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): A auxiliar de serviços gerais Neuza Coelho tem dois filhos que frequentam a creche. Ela diz que as mães se sentem seguras com relação à alimentação que as crianças recebem.
Auxiliar de Serviços Gerais - Neuza Coelho: Que elas tomam café da manhã, o almoço, o lanche da tarde, toda a refeição durante o dia é aqui, né? Com fruta, com verdura, né?
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Na Creche Renascer, de segunda à sexta-feira, cerca de 70 crianças, a maioria em situação de vulnerabilidade, recebem quatro refeições diárias com os produtos frescos da agricultura familiar. São três mil diferentes tipos de produtos saudáveis, produzidos por pequenos agricultores, que chegam a quem mais precisa. É o que explica o secretário nacional de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arnoldo de Campos.
Secretário Nacional de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Arnoldo de Campos: Nós estamos falando aqui de leite, de frutas, de verduras, de legumes, de feijão, de arroz, de farinha de mandioca, de farinha de trigo, de uma série de produtos que são de alta qualidade nutricional e que contribuem para que essas famílias, que estão em insegurança alimentar, ou seja, que precisam do apoio do governo para melhorar o acesso à alimentação, que é um direito estabelecido na Constituição brasileira, o PAA tem contribuído com alimentos saudáveis, regionais, de época, frescos, que melhoram a condição de alimentação dessas famílias.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, desde a sua criação, em 2003, o Programa de Aquisição de Alimentos já adquiriu mais de 3 milhões de toneladas de alimentos da agricultura familiar e já beneficiou mais de 190 mil produtores rurais de baixa renda. No ano passado, quase 20 mil entidades receberam esses produtos. De Brasília, Carolina Becker.
Gláucia: Entregues hoje, a municípios de São Paulo, 117 máquinas retroescavadeiras, uma por município.
Luciano: A ação, Gláucia, vai beneficiar mais de 180 mil moradores do campo. Desses, 20 mil são agricultores familiares.
Gláucia: Mais de R$ 17 milhões, Luciano, foram investidos no maquinário, que deve ser utilizado na restauração e construção de estradas vicinais, aquelas que ligam o meio rural ao perímetro urbano.
Luciano: Hoje também foram entregues, no Paraná, 23 retroescavadeiras que vão auxiliar os municípios em estado de emergência, por conta das enchentes. A iniciativa faz parte da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, PAC 2.
Gláucia: A Polícia Federal concluiu a investigação referente aos boatos do Programa Bolsa-Família, que levaram milhares de beneficiários às agências da Caixa Econômica Federal e a lotéricas em maio. O relatório final do caso foi enviado nesta sexta-feira ao Juizado Especial Criminal do Distrito Federal.
Luciano: Cento e oitenta beneficiários do programa e 64 gerentes da Caixa foram ouvidos durante a investigação.
Gláucia: Em nota, emitida hoje, a polícia afirma que o boato foi espontâneo e não há como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo tenha causado a onda de boatos.
Luciano: Sendo assim, não existiu, segundo a Polícia Federal, crimes ou contravenções no caso.
Gláucia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Luciano: Aumenta valor da bolsa do Provab de R$ 8 mil para R$ 10 mil por mês. Programa leva médicos para o interior e periferias dos grandes centros.
Gláucia: Mercosul vai atuar conjuntamente para garantir segurança cibernética. É o que afirmou a presidenta Dilma Rousseff, no Uruguai.
Luciano: Cidadão pode contribuir com propostas para tornar os celulares mais acessíveis às pessoas com deficiência visual.
Gláucia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos na segunda-feira. Boa noite.
Gláucia: Boa noite, Luca. Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até segunda.