12/08/2014 - A Voz do Brasil

Indústrias alimentícias reduzem, em um ano, 1.295 toneladas de sódio em três tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo. Exportações do agronegócio alcançam US$ 9,61 bilhões em julho. Os produtos de origem vegetal representaram 77,8% do valor exportado, com destaque para a soja, com vendas de US$ 3,94 bilhões no mês. Portal do Consumidor torna público o perfil das empresas participantes, ofertando informações como quantidade de reclamações finalizadas, índice de resolução e prazo médio de resposta. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

12/08/2014 - A Voz do Brasil

Indústrias alimentícias reduzem, em um ano, 1.295 toneladas de sódio em três tipos de alimentos: pão de forma, bisnaguinhas e macarrão instantâneo. Exportações do agronegócio alcançam US$ 9,61 bilhões em julho. Os produtos de origem vegetal representaram 77,8% do valor exportado, com destaque para a soja, com vendas de US$ 3,94 bilhões no mês. Portal do Consumidor torna público o perfil das empresas participantes, ofertando informações como quantidade de reclamações finalizadas, índice de resolução e prazo médio de resposta. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

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Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Kátia Sartório: Acordo entre empresas e o Ministério da Saúde reduz mais de mil toneladas de sódio de alimentos industrializados.

Apresentador Luciano Seixas: Exportações do agronegócio brasileiro foram de mais de US$ 9,5 bilhões em julho.

Kátia: A partir de hoje, perfil de empresas que têm reclamações está disponível para consulta no Portal do Consumidor.

Luciano: Terça-feira, 12 de agosto de 2014.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite. Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite. Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Kátia: As indústrias de alimento conseguiram retirar mais de mil toneladas de sódio de bisnaguinhas, de pães de forma e de macarrões instantâneos.

Luciano: Esse foi o resultado de um acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias de Alimentação, que prevê queda de 1.800 toneladas dessa substância até o final desse ano.

Kátia: O sódio está muito presente em alimentos processados e no sal de cozinha.

Luciano: Segundo o Ministério da Saúde, consumir sal não tem problema; o risco, Kátia, está no exagero, que pode causar doenças renais, cardiovasculares, hipertensão arterial e outros males.

Repórter Ana Gabriela Sales: No Brasil, a estimativa é que o consumo médio de sal seja de 12 gramas por pessoa por dia, quando deveria ser de cinco gramas. Um acordo firmado em 2011 entre o Ministério da Saúde e a Associação das Indústrias da Alimentação prevê a redução gradativa do sódio nos alimentos processados. Os primeiros a serem avaliados foram massas instantâneas, pães de forma e bisnaguinhas. Cinquenta e quatro marcas foram analisadas em laboratório pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Desta amostra, 40 tiveram resultados melhores do que o esperado. No total, foram quase 1.300 toneladas de sódio a menos nesses produtos. O Ministério da Saúde, Arthur Chioro, explica que a adesão das indústrias é voluntária e destaca a importância da medida.

Ministro da Saúde - Arthur Chioro: Essa redução, ela se materializa numa redução importante, que foi 3,8% menor o número de óbitos por doenças crônicas não transmissíveis, prematuras, ou seja, a gente sabe que o sal em excesso, ele tem um papel muito importante nas doenças cardiovasculares, e isso começa a ser enfrentado.

Repórter Ana Gabriela Sales: Edmundo Klotz, presidente da Associação das Indústrias da Alimentação, afirma que já existem fábricas produzindo sal sem sódio no país e que esse processo de redução requer muitos testes e pesquisas.

Presidente da Associação das Indústrias da Alimentação - Edmundo Klotz: Um produto que é usado milenarmente, você não troca de uma hora para outra porque ele tem diversas funções, principalmente o cloreto de sódio, o sal, né, como é conhecido, ele tem que passar por experiências, primeiro, de paladar, tem passar por experiências de reações físico-químicas no próprio produto quando você cozinha ou quando você prepara, e você tem que ter também o abastecimento desses produtos para substituir.

Repórter Ana Gabriela Sales: Enquanto a indústria reduz o sódio dos alimentos, a dica da nutricionista Rafaela March é ousar na escolha de ingredientes mais saudáveis.

Nutricionista - Rafaela March: Em substituição aos enlatados, embutidos e temperos industrializados, nós podemos fisicamente substituir por temperos naturais: manjericão, orégano, cebola, alho, pimenta.

Repórter Ana Gabriela Sales: Pão de forma, bisnaguinha e macarrão instantâneo são apenas os primeiros itens de uma lista de 16 categorias de alimentos industrializados que estão na mira desse pacto entre o Ministério da Saúde e a indústria alimentícia. Ao todo, a meta é retirar mais de 28 mil toneladas de sódio dos produtos nos próximos seis anos. Reportagem, Ana Gabriela Sales.

Kátia: E 26 hospitais universitários vão receber quase R$ 31,5 milhões para custear as atividades.

Luciano: A autorização, que está no Diário Oficial da União de hoje, é da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, instituição pública que administra os hospitais.

Kátia: A liberação desse dinheiro faz parte do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais, uma política criada há quatro anos para recuperar essas instituições.

Repórter Ricardo Carandina: Os recursos liberados para hospitais universitários vão permitir às instituições desempenhar as funções de ensino, pesquisa e extensão. O dinheiro pode ser usado para a compra de medicamentos, materiais médico-hospitalares, produtos para a saúde, material para exames, equipamentos e mobiliário. Os 26 hospitais atendidos vão receber os recursos em parcela única. No total, serão liberados R$ 31,4 milhões. Atualmente, existem 49 hospitais universitários federais no Brasil. Eles atendem a aproximadamente um milhão de pessoas por mês e realizam 2,5 milhões de exames. Reportagem, Ricardo Carandina.

Luciano: E ainda no tema saúde, Kátia, você sabia que quando faz frio quem tem problemas cardíacos precisa ficar mais atento?

Kátia: É, Luciano, nos dias mais frios, segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, que é vinculado ao Ministério da Saúde, os índices de infarto agudo do miocárdio podem aumentar até 30%, principalmente quando a temperatura está abaixo dos 14 graus.

Repórter Sirlei Batista: Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, a exposição ao frio provoca a contração dos vasos sanguíneos e aumento da pressão arterial, fatores que sobrecarregam o coração. O médico do Instituto Nacional de Cardiologia, Felipe Pittella, explica que existe um grupo de risco aos efeitos da baixa temperatura.

Médico do Instituto Nacional de Cardiologia - Felipe Pittella: São os idosos, os pacientes hipertensos, os diabéticos, os fumantes, os pacientes com colesterol aumentado e até os próprios pacientes já que tiveram enfarto ou até aqueles que já sabem que têm obstrução, entupimento das coronárias. Esses pacientes são os mais vulneráveis e o frio sobrecarrega o coração. Pode ser o fator desencadeante, pode ser o gatilho para que a aconteça um enfarto agudo do miocárdio.

Repórter Sirlei Batista: A aposentada Darcília de Oliveira, de 76 anos, mora em Brasília, cidade que apresenta baixas temperaturas nesta época do ano. Darcília conta que estava com sobrepeso quando sofreu um enfarto em maio do ano passado.

Aposentada - Darcília de Oliveira: E lá pelas cinco horas da tarde mais ou menos eu comecei a sentir uma dor assim, parecia que estavam apertando, quebrando os meus ossos. Eu tomei um remedinho qualquer, me acalmei e eu até que dormi bem à noite. No dia seguinte é que fui ter outra vez a mesma dor. Fui ao hospital e, chegando lá, eles já diagnosticaram que eu estava com um enfarto do miocárdio e já fiquei internada lá.

Repórter Sirlei Batista: O médico do Instituto Nacional de Cardiologia, Felipe Pittella, orienta como prevenir o enfarto agudo do miocárdio.

Médico do Instituto Nacional de Cardiologia - Felipe Pittella: Não adianta só se agasalhar. As pessoas têm vir se tratando: ir ao médico, checar periódico, detectar. Está com a pressão aumentada? Vou tratar. Está com o colesterol aumentado? Medicação para baixar o colesterol, entendeu? Glicose. Como é que está a glicose? A glicose está boa? Se não tiver, tem que fazer dieta, tem que tomar remédio. Se a pessoa estiver com sobrepeso, tem que fazer dieta para diminuir o peso. Tem que manter uma atividade física regular.

Repórter Sirlei Batista: Para saber mais detalhes sobre como prevenir o enfarto agudo do miocárdio no período do frio e em qualquer estação do ano acesse www.inc.saude.gov.br. Reportagem, Sirlei Batista.

Kátia: Sete e nove.

Luciano: As exportações do agronegócio brasileiro foram de US$ 9,610 bilhões em julho desse ano.

Kátia: Os produtos de origem vegetal foram maioria nas exportações. O principal foi a soja em grãos.

Luciano: As vendas foram mais de US$ 3 bilhões, quase 1/3 das vendas totais para o exterior registradas no mês.

Kátia: No setor, que inclui também farelo e óleo de soja, a vendas foram de quase US$ 4milhões.

Luciano: O setor de carnes foi o segundo da lista, com vendas de mais de US$ 1,6 bilhão. O destaque foi a carne de frango.

Kátia: Desde o final de junho está no ar o Portal do Consumidor do governo federal.

Luciano: Na página da internet, os consumidores de todo o país podem fazer reclamações às empresas que estão cadastradas no portal.

Kátia: E a partir de hoje, qualquer pessoa que acessar o site vai poder saber informações como a quantidade de reclamações que uma empresa tem no portal, quantas dessas reclamações foram respondidas e também o prazo médio de resposta.

Repórter Leonardo Meira: Mais de R$ 4.000,00 é a fatura de celular da filha da dona de casa Valdelice Silva. O plano, oferecido pela operadora dois meses atrás, era para ser mais barato. O valor alto até assustou a dona de casa, que procurou o Procon para resolver o problema.

Dona de Casa - Valdelice Silva: Veio essa conta para ela, ela desesperou, ela não tem condições de pagar e é um plano que não existe. Por isso que eu estou aqui no Procon e vou recorrer quantas vezes for preciso. Nós não temos condições de pagar.

Repórter Leonardo Meira: Esse é só um dos casos que chegam todos os dias nas unidades do Procon espalhadas pelo Brasil. E um portal do governo federal na internet, lançado há menos de dois meses, permite que os clientes também façam reclamações no mundo virtual. O Portal do Consumidor entra hoje na segunda etapa, com uma nova funcionalidade. Agora é possível verificar o comportamento da empresa no site, como explica a secretária nacional de Defesa do Consumidor, Juliana Pereira.

Secretária Nacional de Defesa do Consumidor - Juliana Pereira: O consumidor vai ter claro qual o comportamento da empresa que aderiu à plataforma consumidor.gov. No caso, o prazo que ela demora para responder, o prazo médio de resposta, a quantidade já de reclamações respondidas e a satisfação dos consumidores que utilizaram a plataforma em relação àquela empresa.

Repórter Leonardo Meira: O portal já tem 127 empresas cadastradas e 52 em fase de credenciamento. Mais de 18,5 mil consumidores já aderiram ao portal e nove mil reclamações foram registradas. A maioria das reclamações foram feitas por homens. A faixa etária que mais usa a plataforma fica entre 31 e 40 anos, e a maior parte dos clientes procura diretamente a empresa antes de recorrer ao site. A área que ocupa a liderança no registro de queixas é a de telecomunicações, seguida pela de serviços financeiros. A secretária nacional de Defesa do Consumidor, Juliana Pereira, conta que dentro de um mês deve ser lançada a terceira etapa do portal, quando o consumidor vai ter acesso a dados comparando o desempenho das empresas.

Secretária Nacional de Defesa do Consumidor - Juliana Pereira: A ideia é que, para estimular a competitividade pela qualidade de atendimento, que o consumidor possa rapidamente olhar para as instituições financeiras e ver quem é mais rápido, quem atende melhor. E, assim, para os outros setores.

Repórter Leonardo Meira: Hoje, a plataforma pode ser acessada por consumidores de 16 estados. Até 1º de setembro deve estar disponível para todo o Brasil. O endereço na internet é www.consumidor.gov.br. Reportagem, Leonardo Meira.

Luciano: Na fronteira do Brasil com a Bolívia, policiais militares e civis estão passando por treinamentos especializados na prevenção e combate a crimes como o tráfico de drogas e de armas.

Kátia: O Curso de Unidades Especializadas de Fronteira também forma multiplicadores, que são os profissionais capacitados para serem instrutores de outros policiais.

Repórter Paulo La Salvia: A fronteira do Brasil com a Bolívia, chamada de Fronteira Oeste, tem 3.400 quilômetros e vai de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, até Assis Brasil, no Acre. Nesse trecho, o único estado que faz divisa total com o território boliviano é o Mato Grosso. Por conta disso, está sendo realizado até amanhã, na cidade de Porto Esperidião, a cerca de 350 quilômetros de Cuiabá, o 21º Curso de Unidades Especializadas de Fronteira do Ministério da Justiça. O secretário de Segurança Pública do Mato Grosso, Alexandre Bustamente dos Santos, defende que o policial da região precisa de um treinamento específico para atuar no local. Isso porque a vigilância na fronteira é diferente dos grandes centros e exige o uso de tecnologia avançada para combater o tráfico de drogas e armas.

Secretário de Segurança Pública do Mato Grosso - Alexandre Bustamente dos Santos: Todo investimento que é feito na fronteira, seja ele em forma de tecnologia, de equipamentos, de capacitação, é melhorar o combate ao crime organizado no Brasil como um todo, porque a maioria dos produtos que são servidos, no caso de entorpecentes, armas, munições, contrabando, que entram no Brasil, vem da nossa fronteira, da fronteira Brasil Oeste.

Repórter Paulo La Salvia: O curso está sendo feito por 39 policiais militares e civis que trabalham na região de fronteira. A formação conta com 16 disciplinas, como o reconhecimento de drogas, a identificação de artefatos explosivos, a busca de veículos suspeitos e táticas para confrontos armados. A secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, afirmou que, desde o ano passado, 800 profissionais de segurança pública já passaram por cursos para atuar nas fronteiras, e o investimento é de R$ 4 milhões. E além de combater os crimes de fronteira, a secretária Regina Miki aponta outro resultado da iniciativa.

Secretária Nacional de Segurança Pública - Regina Miki: Depois da instituição da Estratégia Nacional de Fronteiras, de 2011 para cá nós conseguimos diminuir 10% o número de homicídios nesta faixa de fronteira com os estados, com as Forças Armadas, enfim.

Repórter Paulo La Salvia: Os cursos especializados fazem parte do Plano Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras. Desde 2011, segundo o Ministério da Justiça, mais de 600 toneladas de drogas e mais de duas mil armas foram pertencidas apreendidas nas fronteiras com os países sul-americanos. Reportagem, Paulo La Salvia.

Luciano: Foi listada hoje pelo DNIT, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, a contratação da empresa que vai revitalizar a Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Kátia: As obras na ponte que fica na fronteira entre Brasil e Paraguai devem ser executadas no prazo de um ano.

Luciano: Com a revitalização, a objetivo é oferecer mais conforto e segurança aos usuários, além de ajudar a coibir o contrabando de mercadorias que são atiradas da ponte para as margens do Rio Paraná.

Kátia: Um plano de proteção para um povo indígena que vive isolado na fronteira Amazônica, entre Brasil e Peru, foi anunciado hoje pela Fundação Nacional do Índio, a Funai.

Luciano: O primeiro contato brasileiro com os indígenas foi feito em junho, no Acre.

Repórter Priscila Machado: Foram 24 os indígenas que estabeleceram contato com a equipes da Funai. Para a proteção da comunidade isolada foi criado um plano de contingência, com monitoramento e identificação de possíveis ameaças, além de ações como atendimento imediato de saúde, de maneira a prevenir doenças desconhecidas dos índios. Os primeiros sete indígenas que fizeram contato apresentaram casos de gripe e já foram tratados. Atualmente, nenhum dos 24 apresentam problemas de saúde, mas de acordo com Danielle Cavalcante, diretora de Atenção à Saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena, Sesai, são necessárias ações de prevenção.

Diretora de Atenção à Saúde da Secretaria Especial de Saúde Indígena - Danielle Cavalcante: A importância agora que a Sesai vem dando é fazer a imunização, fazer com que esses indígenas possam ter algum tipo de reação, porque nós levamos as doenças conosco, mas eles todos estão sendo imunizados. A Sesai levou medicamento, material médico, inclusive para a coleta de exames vai ser feito na própria área para que a gente evite tirar essa população, a não ser nos casos mais graves, que a Sesai também já se preparou para qualquer tipo de necessidade de remoção via helicóptero.

Repórter Priscila Machado: A política da Funai no caso de indígenas que vivem isolados é a proteção do território desses povos e o não contato, ou seja, respeitar a vontade deles de se comunicar somente se quiserem. A presidenta da Funai, Maria Augusto Assirati, explica que ações de intervenção acontecem apenas nos casos em que o grupo isolado esteja ameaçado, como no caso dos indígenas contatados no Acre, que relatam sofrer violência e pressão territorial.

Presidenta da Funai - Maria Augusto Assirati: Se eles optam por fazer esse contato com a comunidade envolvente, a gente respeita isso e passa a realizar a proteção de uma forma como a gente realiza para todos os outros indígenas no Brasil.

Repórter Priscila Machado: Também será reativada uma base da Frente de Proteção Etnoambiental na região. Atualmente existem 104 registros de índios isolados na Amazônia Legal. Reportagem, Priscila Machado.

Luciano: Sete e dezoito.

Kátia: A Comissão Nacional da Verdade, que investiga graves violações de direitos humanos no país, ouviu hoje os depoimentos de familiares de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia, movimento contra a ditadura militar ocorrida entre o final da década de 60 e meados da década de 70.

Luciano: A luta armada se deu na Região Amazônica, às margens do Rio Araguaia, na divisa do Pará com os estados do Maranhão e do Tocantins.

Kátia: Segundo a Comissão Nacional da Verdade, o movimento resultou em prisões ilegais, torturas e dezenas de mortos e desaparecidos políticos na primeira metade dos anos 70.

Repórter Leandro Alarcon: Quarenta anos depois do fim da Guerrilha do Araguaia, familiares dos desaparecidos se reuniram na Comissão Nacional da Verdade, criada para apurar graves violações de direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988. Entre os parentes dos desaparecidos da guerrilha estava Vitória Lavínia. O marido, o pai e o irmão dela fizeram parte da guerrilha e desde então estão desaparecidos. Vitória se recorda do último momento que esteve na companhia do marido.

Familiar de Desaparecidos na Guerrilha do Araguaia - Vitória Lavínia: Ele com o filho no colo dentro de um táxi, e a gente tinha a sensação, tanto ele... A gente não falou sobre isso, mas não precisava ter falado, tanto ele como eu percebemos que aquele era o nosso último encontro. A gente sabia... Eu, pelo menos, sabia que não ia vê-lo mais. Então aquilo, assim, foi um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Repórter Leandro Alarcon: Além dos parentes dos desaparecidos, quatro militares que participaram da repressão ao movimento do Araguaia foram convocados para prestar depoimento, mas nenhum compareceu. Um deles está hospitalizado, mas já manifestou o desejo de falar à Comissão Nacional da Verdade. O coordenador da Comissão, Pedro Dalari, explicou que o próximo passo da investigação será a análise das folhas de alteração, que são os registros das carreiras militares.

Coordenador da Comissão Nacional da Verdade - Pedro Dalari: Na próxima semana, a equipe da Comissão Nacional da Verdade e a equipe do Ministério da Defesa vão se reunir para tratar das folhas de alteração. Esses são os documentos mais importantes hoje para a Comissão poder realmente aprofundar as investigações sobre a participação de militares na prática dessas graves violações de direitos humanos.

Repórter Leandro Alarcon: Ainda este mês, membros da Comissão Nacional da Verdade vão visitar a chamada “Casa Azul”. O imóvel está localizado em Marabá, no Pará, e teria servido como centro clandestino de tortura e morte durante as operações militares contra a Guerrilha do Araguaia. Reportagem, Leandro Alarcon.

Luciano: E a Comissão Nacional da Verdade está recebendo até o dia 30 de setembro ideias para o capítulo das recomendações do relatório final.

Kátia: O texto vai trazer a conclusão de todas as investigações de violações de direitos humanos promovidas pelo grupo.

Luciano: As sugestões podem ser enviadas por qualquer cidadão para o e-mail ouvidoria.recomendacao.cnv.gov.br.

Kátia: Um curso que ajuda na formação de gestores públicos que participam ou pretendem participar do Sistema Nacional de Cultura, criado para incentivar um modelo de gestão que promova o acesso dos brasileiros à arte e à cultura.

Luciano: Esse é o tema da entrevista que a repórter Isabela Azevedo fez com o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Bernardo Mata Machado.

Repórter Isabela Azevedo: Secretário, a quem se destina esse curso e como é que ele funciona?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo Mata Machado: Esse curso se destina os municípios do Centro-Oeste e é para gestores, secretários de cultura, diretores da área de cultura, e o objetivo é aperfeiçoar a gestão, ensinar planejamento, economia da cultura, e, principalmente, instruir os gestores para se adaptarem ao Sistema Nacional de Cultura.

Repórter Isabela Azevedo: E esses gestores já estão inscritos no Sistema Nacional de Cultura? E como é que funciona esse sistema?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo Mata Machado: O Sistema Nacional de Cultura é o SUS da Cultura. É uma articulação entre a União, os estados e municípios, sempre ouvindo a sociedade, principalmente os segmentos interessados no caso da cultura, com o objetivo de espraiar e estender as políticas culturais para todo o território nacional.

Repórter Isabela Azevedo: O curso, na verdade, dura seis meses, né? Termina no dia 14 de dezembro deste ano. O que é que vocês esperam dos gestores depois dessa fase?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo Mata Machado: A gente tem dado já desde 2009 esses cursos de formações de gestores em todo o país e a ideia é atingir todos os estados e todas as regiões, e a nossa expectativa é que aumente a eficiência da gestão pública de cultura, fato que com certeza irá beneficiar todos os cidadãos.

Repórter Isabela Azevedo: Nesse momento o Ministério está focado no Centro-Oeste, né? Esse curso é dado para os estados do Centro-Oeste. Têm outros momentos em que outros estados vão ser contemplados?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo Mata Machado: Sim. Nós já realizamos cursos na Bahia, já realizamos cursos no Pará, no Rio Grande do Sul, estamos terminando um curso no Rio de Janeiro e pretendemos alcançar aqueles estados que ainda não foram alcançados no próximo ano de 2015.

Repórter Isabela Azevedo: E existe alguma diferença, alguma característica regional em relação a esses cursos mudando de uma região para outra?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo Mata Machado: Sim, uma das bases da Política Nacional de Cultura é a promoção da diversidade cultural. Então a gente tem um currículo básico, uma grade curricular mínima, mas a gente acrescenta detalhes e conteúdos sobre as políticas regionais, as políticas dos estados, sobre as características culturais desses locais onde o curso é realizado.

Repórter Isabela Azevedo: Secretário Bernardo Mata Machado, muito obrigada pela entrevista. Mais informações você encontra no site do Ministério da Cultura, que é o cultura.gov.br. Em caso de dúvidas, basta enviar um e-mail para sai@cultura.gov.br.

Kátia: A Força Nacional de Segurança Pública foi autorizada pelo Ministério da Justiça a atuar a partir de hoje no Complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro.

Luciano: A Força, que é formada por policiais e bombeiros dos grupos de elite dos estados, vai ficar até novembro, podendo estender o trabalho caso seja necessário.

Kátia: O objetivo é preservar a ordem pública, a segurança das pessoas e também o patrimônio na região.

Luciano: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Kátia: Acordo entre empresas e Ministério da Saúde reduz mais de mil toneladas de sódio de alimentos industrializados.

Luciano: Exportações do agronegócio brasileiro foram de mais de US$ 9,5 bilhões.

Kátia: A partir de hoje, perfil de empresas que têm reclamações está disponível para consulta no Portal do Consumidor.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

Kátia: Produção: EBC Serviços.

Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil.

Kátia: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Uma boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.