12/09/2012 - A Voz do Brasil
12/09/2012 - A Voz do Brasil
Atualmente, 480 mil famílias em situação de pobreza recebem alimentos do PAA, o programa de Aquisição de Alimentos. E hoje, foi assinado um acordo para para combater, ainda mais, a fome em todo o país. Mais de R$ 2,5 bilhões vão ser investidos no programa. Os Estádios da Copa de 2014 vão ser ecologicamente corretos. Usar a água da chuva para irrigar o gramado e a energia solar para alimentar os refletores de iluminação, são algumas das práticas sustentáveis que vão ser usadas. Desde a implantação do “Saúde Não Tem Preço”, quase 11 milhões de pessoas receberam medicamentos de graça. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
12-09-12-voz-do-brasil.mp3
Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
A VOZ DO BRASIL - 12.09.2012
Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília.
Apresentadora Luciana Vasconcelos: Mais de R$ 2,5 bilhões vão ser investidos na compra de alimentos da agricultura familiar.
Luciano: De olho no meio ambiente, projetos de construção dos estádios da Copa de 2014 priorizam o desenvolvimento sustentável.
Luciana: Quase 11 milhões de pessoas já receberam remédios de graça pelo Programa Saúde não tem Preço.
Luciano: Quarta-feira, 12 de setembro de 2012.
Luciana: Está no ar, a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Luciana: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Luciana Vasconcelos.
Luciana: Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.ebc.com.br/avozdobrasil.
Luciana: Atualmente, 480 mil famílias em situação de pobreza recebem alimentos do PAA, o Programa de Aquisição de Alimentos.
Luciano: E, hoje, foi assinada, entre o Ministério do Desenvolvimento e a Companhia Nacional de Abastecimento, Conab, cooperação que vai transferir mais de R$ 2,5 bilhões para o programa até 2015.
Luciana: Pelo Programa de Aquisição de Alimentos, a Conab compra alimentos de agricultores familiares e repassa a pessoas em situação de insegurança alimentar. Mara Kenupp.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Pelo termo de cooperação, alimentos como feijão, arroz, farinha de trigo vão ser comprados pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, e repassados a famílias em situação de insegurança alimentar. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome vai transferir, até 2015, para a Conab, R$ 2,63 bilhões. De acordo com o presidente da Conab, Rubens Rodrigues dos Santos, o dinheiro será para comprar e distribuir 1,3 milhão de toneladas de alimentos. Além disso, o presidente da Conab explicou que os recursos serão empregados em outras ações.
Presidente da Conab - Rubens Rodrigues dos Santos: Eles vão servir para a compra de equipamentos, caminhões, a ampliação de galpões que possam ser utilizados pelos agricultores familiares no sentido de armazenar os seus produtos.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): O acordo assinado hoje faz parte do Brasil sem Miséria, um plano de superação da extrema pobreza no país. A parceria entre o Ministério do Desenvolvimento e a Conab existe desde 2003, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos. Em nove anos, o governo já comprou um milhão de toneladas de alimentos e distribuiu para asilos, creches, comunidades indígenas, da reforma agrária e quilombolas em todo o país. Segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, o desafio agora é ampliar ainda mais as ações.
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: É ampliar para novos municípios, não é? Tem vários municípios no Brasil que ainda não vendem e não recebem produtos da agricultura familiar. Nós queremos ampliar o número de produtos, portanto, o número de itens que nós temos dentro do Programa de Aquisição de Alimentos. E nós queremos ampliar mais ainda o controle e fazer um pagamento direto na conta, que é um dos desafios do PAA. Nós começamos esse ano, já, a pagar na conta do agricultor com um cartão magnético e estamos ampliando crescimento.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): E para garantir produtos variados na mesa, a Conab abriu um pregão eletrônico. A meta é comprar mais de cinco mil toneladas de alimentos. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a distribuição de alimentos atende, hoje, a 480 mil famílias em todo o país. Produtos como fubá de milho, óleo de soja, farinha de trigo, flocos de milho, macarrão e farinha de mandioca fazem parte da lista de compras. Para saber como foi pregão é só acessar em www.conab.gov.br. De Brasília, Mara Kenupp.
Luciano: Desde a implantação do Saúde não tem Preço, quase 11 milhões de pessoas receberam medicamentos de graça.
Luciana: Remédios para combater a diabetes e a hipertensão são distribuídos gratuitamente à população desde fevereiro de 2011. Já os medicamentos contra a asma são oferecidos desde junho desse ano.
Luciano: Esse foi o assunto da entrevista que a jornalista Isabela Azevedo fez com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): Ministro, qual foi a razão para esse aumento no número de medicamentos distribuídos pelo Saúde não tem Preço?
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Nós conseguimos fazer com que as farmácias populares estejam mais perto da onde as pessoas vivem e colocamos o remédio de graça na farmácia popular, para a hipertensão, diabetes e agora a asma. Em relação à hipertensão e diabetes, há cerca de um ano e meio do programa, nós tivemos um aumento de mais de quatro vezes do número de pessoas que tiveram acesso a esses medicamentos. Um dos fatores foi porque nós saímos de 15 mil farmácias credenciadas para mais de 20 mil farmácias credenciadas, chegando inclusive nos municípios de maior concentração de pobreza, nos bairros da periferia, ou seja, aumentando muito o número de farmácias credenciadas. Em relação à asma, o balanço é de três meses do medicamento gratuito. E, nesses três meses, também dobrou o número de pessoas que tiveram acesso a esse medicamento gratuito.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): E qual é a próxima meta para esse projeto?
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: A principal meta nesse momento é ampliar ainda mais o acesso, sobretudo levarmos as farmácias credenciadas cada vez aos municípios do Brasil sem Miséria. E podemos ampliar ainda mais o acesso ao medicamento para a asma, sobretudo reduzindo as internações. No ano de 2011, nós já tivemos o impacto positivo que foi reduzir o número de internações por diabetes no Brasil. É o primeiro ano que isso aconteceu. Já decorrente do aumento do acesso aos medicamentos para diabetes, através da distribuição de graça na farmácia popular. A expectativa do Ministério da Saúde é que nós possamos reduzir, já em 2012, e no ano de 2013, as internações por asma, que é a principal causa de internação nas crianças até seis anos de idade.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): E o que o paciente deve fazer para conseguir retirar esses medicamentos para a hipertensão, diabetes e asma nas farmácias?
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Todo paciente precisa levar uma receita médica, que pode ser ou de uma unidade de saúde do SUS ou mesmo de uma unidade privada, um documento com foto e o número do CPF. Por quê? Porque esse é o mecanismo de controle que o Ministério da Saúde faz para proibir a existência de fraudes na Farmácia Popular, que aconteciam antes de 2011.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): Eu conversei com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Muito obrigada pela entrevista à Voz do Brasil.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Muito obrigado e boa noite a todos vocês.
Luciana: Em Brasília, sete e oito.
Luciano: Usar a água da chuva para irrigar o gramado e a energia solar para alimentar os refletores de iluminação: estas são algumas das práticas sustentáveis que vão ser usadas nos estádios da Copa de 2014, aqui no Brasil.
Luciana: E a meta é levar o conceito de desenvolvimento sustentável para todas as obras que estão sendo feitas para receber o evento, como as de mobilidade e infraestrutura urbana. Confira na reportagem de Daniela Almeida.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Nas 12 cidades brasileiras que vão sediar a Copa do Mundo de 2014 avançam as obras dos estádios onde as partidas vão ser realizadas. E o verde dos gramados onde a bola vai rolar é a cor que inspira o conceito de sustentabilidade para os projetos arquitetônicos das arenas. Estas ações de desenvolvimento, com respeito ao meio ambiente e à sociedade, são tema do Seminário Copa 2014: Oportunidades para a Sustentabilidade Urbana, que acontece, até amanhã, em Brasília. De acordo com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, a intenção do governo federal é que a sustentabilidade ultrapasse as fronteiras dos estádios e ganhe as ruas das cidades para beneficiar a população.
Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: Isso vai beneficiar a população de todas as capitais que sediaram a Copa do Mundo, mobilidade urbana, mobilidade no caso do transporte aéreo, nos aeroportos, portos, trens, metrô.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Um dos exemplos expostos no seminário foi o das obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, previstas para serem concluídas em dezembro deste ano. Depois de pronto, um reservatório vai guardar água da chuva, que pode ser usada para irrigar o campo e fazer a limpeza geral do espaço, com capacidade para 72 mil lugares. A arena ecológica ainda vai ter estrutura para captar energia solar e ser autossustentável, com a geração de 2,5 megawatts, energia suficiente para abastecer mil residências por dia. O secretário extraordinário da Copa no Distrito Federal, Cláudio Monteiro, detalha as ações elaboradas sob o conceito de sustentabilidade.
Secretário Extraordinário da Copa no Distrito Federal - Cláudio Monteiro: O estádio, ele tem uma preocupação de sustentabilidade a partir do seu projeto. Os quisitos necessários a se exercer isso sem impacto no meio ambiente, tudo isso foi pensado de forma a integrar-se com a obra.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O projeto do Estádio Nacional de Brasília é considerado o mais sustentável entre os 12 que vão ser palcos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e pode receber o certificado máximo de sustentabilidade, o selo Leed Platinum. Hoje, nenhum estádio de futebol no mundo possui o selo. Para conhecer este projeto e dos outros 11 estádios da Copa do Mundo de 2014, acesse o site: www.copa2014.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.
Luciano: Luciana, muita gente conhece o biodiesel, aquele combustível que substitui o diesel, derivado do petróleo, em carros e caminhões, e que, por ser feito a partir de vegetais, como mamona ou dendê, é menos poluente.
Luciana: Isso mesmo, Luciano. E, muitas pessoas... Desculpa, Luciano, eu pulei. E muitas pessoas... E para discutir o assunto, não é, desse combustível alternativo pelo setor aéreo, especialistas estão reunidos, aqui em Brasília, em um encontro que vai até sexta-feira.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Alguns aviões, no Brasil e no mundo, já fizeram voos de teste com bioquerosene, um combustível menos poluente feito com matéria-prima vegetal, mas esses combustíveis renováveis ainda não são usados em larga escala no transporte aéreo. Já existem tecnologias de produção que permitem misturar o biocombustível no querosene convencional, sem precisar trocar ou adaptar o motor do avião, mas gerente de projetos da Boeing, Nirvana Deck, explica que alguns desafios ainda precisam ser vencidos.
Gerente de Projetos da Boeing - Nirvana Deck: A gente precisa ter um certo aumento de produção de bioquerosene para poder manter com a demanda que nós temos. E redução de preço: ainda está muito caro em relação ao combustível à base de petróleo.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Os aviões transportam, em todo o mundo, mais de dois bilhões de passageiros por ano. No Brasil, o setor movimenta, anualmente, R$ 32 bilhões, mas o transporte aéreo também é responsável por 2% dos gases de efeito estufa liberados na atmosfera. Por isso, pesquisadores querem discutir uma alternativa viável ao combustível poluente usado pela aviação. Os aviões consomem, em todo o mundo, cerca de 250 bilhões de litros de combustível por ano. A produção de bioquerosene em grandes quantidades vai precisar de áreas extensas para o plantio de matéria-prima, e isso pode colocar o Brasil em vantagem em relação a outros países, sem prejudicar o meio ambiente. É o que afirma Manoel Teixeira de Souza, chefe geral da Embrapa Agroenergia.
Chefe Geral da Embrapa Agroenergia - Manoel Teixeira de Souza: Nós podemos também recompor parte da floresta com algumas culturas, como essas oleaginosas nativas do Brasil, que têm um potencial para a produção de óleo e, consequentemente, de biodiesel e bioquerosene, também poderia ser focado o desenvolvimento nessa área.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, além de contribuir para melhorar a qualidade do ar, a produção de biocombustível para aviões pode ajudar a economia brasileira.
Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação - Marco Antonio Raupp: O Brasil pode se tornar um grande fornecedor desse tipo de combustível para a aviação internacional, se cria um negócio importante aqui.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A partir do simpósio, a Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, quer criar parcerias para desenvolver estudos para o biocombustível mais adequado. De Brasília, Ricardo Carandina.
Luciana: Nós ouvimos, agora, uma reportagem de Ricardo Carandina, que falou do bioquerosene, um outro tipo de biocombustível de origem vegetal, que é feito para ser usado em aviões. E esse biocombustível está sendo discutido em Brasília nesse encontro que vai até sexta-feira.
Luciano: E falando ainda de biocombustíveis, Luciana, o produtor de biodiesel que promove a inclusão social dos agricultores familiares pode ter o Selo Combustível Social.
Luciana: Mas algumas regras para a concessão, manutenção e uso desse selo foram modificadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Luciano: Já nessa safra 2012/2013, o percentual mínimo de aquisições da agricultura familiar na região Sul vai passar de 30 para 35%.
Luciana: A partir da próxima safra, esse percentual vai subir para 40%.
Luciano: Garantir mais espaço para a carne de porco nas prateleiras do supermercado.
Luciana: Essa é a proposta da campanha de incentivo ao consumo da carne suína, lançada hoje.
Luciano: A ideia é que, a partir do ano que vem, os profissionais de açougues recebam treinamento para fazer diferentes cortes suínos. Leandro Alarcon.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Rubens Valentine é suinocultor no Distrito Federal. Ao todo, ele cria 50 mil cabeças de porco e emprega 170 pessoas. Por semana, nascem 200 novos porcos e outros 200 são vendidos pela fazenda dele. Rubens conta que o setor teve grande crescimento no final da década de 90 e início dos anos 2000, quando as exportações de carne suína atingiram 600 mil toneladas por ano. Isso fez com que os produtores investissem forte na produção, mas, segundo o produtor, a crise financeira internacional fez com que as vendas para fora caíssem. O foco passou a ser, então, o consumidor interno, mas, aqui no Brasil, o produtor encontrou outro problema: a falta de conhecimento do consumidor sobre a carne suína. Rubens Valentine explica que uma das principais preocupações dos suinoprodutores é justamente mostrar para o consumidor a grande variedade de corte e preparo da carne suína.
Suinocultor - Rubens Valentine: Quando você vai na gôndola de carne suína, você tem ali um metro, dois metros de largura de carne suína, normalmente com cortes pouco atraentes, seja atraentes do ponto de vista da aparência, seja atraente do ponto de vista do tamanho. Hoje, ninguém mais compra pernil. Nem cabe no fogão que as pessoas têm em casa, está certo? As pessoas compram quantidades pequenas para atender às necessidades de famílias cada vez menores e que querem ficar menos tempo na cozinha.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Para ajudar a mudar a imagem que o consumidor tem da carne de porco, o governo anunciou, nesta quarta-feira, o apoio à Semana Nacional da Carne Suína, como explica o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho.
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mendes Ribeiro Filho: O consumo interno é importante. É importante que nós venhamos a recuperar a totalidade da Rússia, que nós estejamos atentos com a questão da Argentina, que nós estejamos chegando no Japão. Nós precisamos lembrar desse mercado, que é extraordinariamente importante e que pode aumentar muito a boa qualidade da venda e a boa vida e a boa condição para o produtor.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): A expectativa da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos é que, com a campanha, o consumo médio de carne suína do brasileiro suba de 15 para 18 quilos até 2015. De Brasília, Leandro Alarcon.
Luciano: Sete e dezessete.
Luciana: A criação de um Fórum Permanente de Estudos sobre a Amazônia é tema de uma reunião entre representantes de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Luciano: O evento ocorre, hoje e amanhã, no Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Inpa, em Manaus.
Luciana: A ideia é criar o Observatório Regional da Amazônia, e a entrevista feita pela jornalista Gisele Pimenta com o diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, Clemente Baena Soares, traz mais informações sobre o encontro.
Repórter Gisele Pimenta: Quais são os objetivos do Observatório Regional da Amazônia?
Diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores - Clemente Baena Soares: Em linhas gerais, é desenvolver um sistema de informação integrado e de indicadores regionais para facilitar a pesquisa sobre a Amazônia dos países amazônicos.
Repórter Gisele Pimenta: Por que é necessária a articulação dos oito países que compõem a Amazônia?
Diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores - Clemente Baena Soares: Muitas das pesquisas que são feitas nesses oito países, elas adormecem nas suas bibliotecas, nas suas universidades e não é compartilhada entre os países membros do Tratado de Cooperação Amazônica. Se essa informação já estivesse circulando, isso evitaria duplicação de esforços e duplicação de gastos.
Repórter Gisele Pimenta: Quais são as previsões para o estabelecimento desse observatório?
Diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores - Clemente Baena Soares: Vai haver uma reunião de autoridades de ciência, tecnologia e inovação em Bogotá, e, uma vez aprovado nessa reunião de Bogotá, esse documento vai ser submetido à próxima reunião de chanceleres dos países amazônicos, que deverá ser no Equador, na primeira quinzena de novembro deste ano. E aí vai ser aprovado e constituído, oficialmente, o Observatório Regional Amazônico.
Repórter Gisele Pimenta: Diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, Clemente Baena Soares, muito obrigada pela entrevista à Voz do Brasil.
Diretor do Departamento da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores - Clemente Baena Soares: Eu é que agradeço.
Luciano: Você sabia, Luciana, que as empresas públicas têm que capacitar pelo menos 5% dos seus funcionários em Libras, a Língua Brasileira de Sinais?
Luciana: Pois é, Luciano. A medida é para garantir a comunicação das pessoas com deficiência auditiva.
Luciano: A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, a Infraero, por exemplo, oferece cursos de Libras há sete anos e já treinou quase 24% dos funcionários.
Luciana: Até o fim do ano, mais de 3.200 servidores terão feito a capacitação em Libras.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Tatiana Lopes tem 30 anos e há quatro trabalha no aeroporto de Porto Alegre. Ela conta como foi a experiência de participar do curso de Libras e ser treinada para atender pessoas com deficiência.
Tatiana Lopes: Foi maravilhoso fazer, porque principalmente na questão do atendimento ao cliente surdo, não é, visto que aqui no terminal de cargas a gente também já atendeu clientes que são surdos, então a gente teve a oportunidade de dar um atendimento priorizado, um atendimento diferenciado, inclusive. Eu já atendi algum cliente, não é, ele estava procurando fazer o atendimento, a entrega para um fiscal da Receita, e eu percebi que ele era surdo. Daí eu pude usar o idioma da língua de sinais e daí a gente se comunicou bem mais fácil.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Técnicas de atendimento, legislação sobre acessibilidade, formas de comunicação, números e vocabulário de convivência fazem parte do curso que capacita os profissionais para prestar esclarecimentos e informações a pessoas com deficiência auditiva. É o que explica a superintendente de Recursos Humanos da Infraero, Regina Azevedo.
Superintendente de Recursos Humanos da Infraero - Regina Azevedo: Vai ao encontro do que diz a legislação, para assegurar que as pessoas que tenham perda auditiva, elas tenham a compreensão exata daquilo que precisa ser compreendido, que a comunicação se faça na sua plenitude.
Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Segundo normas do governo federal, pelo menos 5% dos empregados de empresas públicas devem ser capacitados para o uso e a interpretação da Língua Brasileira de Sinais. De Brasília, Carolina Becker.
Luciano: E a procura por passagens de avião e a taxa de poltronas ocupadas nas aeronaves foram recorde em julho deste ano.
Luciana: Segundo balanço divulgado pela Anac, em relação a julho de 2011, o aumento do número de pessoas interessadas nos bilhetes aéreos foi de quase 8%.
Luciano: Já o número de passagens oferecidas subiu mais de 2%.
Luciana: Esse foi o maior crescimento desde o ano de 2000.
Luciano: O governo brasileiro repudiou os ataques às representações americanas instaladas em Cairo, no Egito, e os que levaram à morte do embaixador dos Estados Unidos em Benghazi, na Líbia.
Luciana: O atentado ocorrido ontem foi comandado por líbios que consideraram um filme americano ofensivo ao profeta Maomé.
Luciano: Outros três funcionários da embaixada norte-americana na Líbia também morreram.
Luciana: Por meio de nota divulgada hoje, o Ministério das Relações Exteriores lembrou a obrigação imposta a todos os países, por convenção internacional, de respeitar os limites das embaixadas.
Luciano: O governo brasileiro também informou, hoje, que continua monitorando a violência na Síria e decidiu transferir, temporariamente, os servidores da embaixada do Brasil em Damasco para Beirute.
Luciana: Os estudantes que vão participar da segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas já podem consultar o local onde vão fazer a prova.
Luciano: Para isso, os 800 mil estudantes de todo o Brasil que se classificaram para a segunda fase da Olimpíada devem acessar: www.obmep.org.br.
Luciana: A prova da segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas vai ser realizada no próximo sábado, dia 15, às duas e meia da tarde, horário de Brasília.
Luciano: Você ouviu, hoje, na Voz do Brasil.
Luciana: Mais de R$ 2,5 bilhões vão ser investidos na compra de alimentos da agricultura familiar.
Luciano: Estádios da Copa de 2014 vão ser ecologicamente corretos.
Luciana: Quase 11 milhões de pessoas já receberam remédios de graça pelo Programa Saúde não tem Preço.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciana: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.
Luciano: Fique agora com o Minuto do TCU. Em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.