13/02/2013 - A Voz do Brasil

Mais de 800 estabelecimentos foram interditados no ano passado por infrações no mercado de abastecimento de combustíveis em todo o país. E quase 2 milhões de litros de combustíveis foram apreendidos, segundo a ANP. A nova carteira de pescador profissional já vem sendo distribuída e quem não atualizar o cadastro vai ter o registro cancelado. O documento, que parece com a carteira de identidade, tem um chip com todos os dados do trabalhador e foi criado para diminuir a burocracia na concessão de benefícios aos pescadores e evitar fraudes. Estados e municípios interessados em participar da nova etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida têm até 5 de abril para cadastrar as propostas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

13/02/2013 - A Voz do Brasil

Mais de 800 estabelecimentos foram interditados no ano passado por infrações no mercado de abastecimento de combustíveis em todo o país. E quase 2 milhões de litros de combustíveis foram apreendidos, segundo a ANP. A nova carteira de pescador profissional já vem sendo distribuída e quem não atualizar o cadastro vai ter o registro cancelado. O documento, que parece com a carteira de identidade, tem um chip com todos os dados do trabalhador e foi criado para diminuir a burocracia na concessão de benefícios aos pescadores e evitar fraudes. Estados e municípios interessados em participar da nova etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida têm até 5 de abril para cadastrar as propostas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Kátia Sartório: Mais de 800 postos de gasolina foram interditados no ano passado e quase 2 milhões de litros de combustíveis foram apreendidos por irregularidades.

Apresentador Luciano Seixas: Nova carteira de identificação de pescador profissional começa a ser distribuída.

Kátia: Estados e municípios já podem enviar propostas para participar da nova etapa do Minha Casa, Minha Vida.

Luciano: Quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite! Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora, em www.ebcservicos.ebc.com.br/avozdobrasil.

Kátia: Mais de 800 estabelecimentos foram interditados no ano passado por infrações no mercado de abastecimento de combustíveis em todo o país.

Luciano: Quase 2 milhões de litros de combustíveis foram apreendidos.

Kátia: Os números são do Boletim Fiscalização do Abastecimento da ANP, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Em Brasília, não é difícil achar quem teve ou conhece alguém que passou por problemas causados pelo combustível adulterado.

Entrevistado: Deu muito defeito já. Teve que limpar os bicos, teve que mexer com a bomba, o carro perde força, fica fraco. Vixe, é muita coisa que acontece.

Entrevistado: Eu já tive problema de gasolina batizada, de fazer menos quilometragem. Você põe dez litros, não dá para rodar a quilometragem necessária, se fosse uma gasolina boa.

Entrevistado: Desgaste precoce das peças internas do motor, né? Falha no funcionamento... Na produção do carro de maneira geral. O carro passa a gastar mais combustível... Enfim, danos de toda a ordem.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Levantamento divulgado pela ANP, a Agência Nacional do Petróleo, mostra que mais de 800 estabelecimentos foram interditados no ano passado por apresentar algum problema no combustível. Resultado: quase 2 milhões de litros apreendidos. A fiscalização também marcou os estabelecimentos que vendem gás. Só no ano passado, 63 mil botijões foram apreendidos. A ANP divulgou os números do balanço anual de fiscalização do abastecimento. Os dados são referentes ao ano passado. Em 2005, as infrações chegaram a R$ 12 milhões em penalizações. Sete anos depois, o valor chegou a mais de R$ 52 milhões. Resultado de mais de 20 mil ações de fiscalização, a maioria na região Sudeste do país. As ações de fiscalização são motivadas por ações de inteligência montada pela ANP e por denúncias anônimas. Só em 2012, foram 20 mil denúncias. Para o consumidor, a denúncia é a melhor forma de coibir esse tipo de ação.

Entrevistado: Não pode... A gasolina danifica muito os veículos, né? Então, tem que denunciar mesmo.

Entrevistado: As iniciativas todas, no sentido de coibir essa prática e de prevenir a população disso, eu acho muito positivo.

Entrevistado: Tem que denunciar. Que isso aí é ruim para a população, né, e para a gente também, porque o prejuízo é grande.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Quem quiser mais informações sobre o balanço anual da fiscalização do abastecimento da ANP pode ir no endereço eletrônico: www.anp.gov.br. De Brasília, Leandro Alarcon.

Luciano: A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis mantém o centro de relações com o consumidor, que registra denúncias de combustíveis adulterados.

Kátia: O telefone é o 0800-9700267.

Luciano: 0800-9700267.

Kátia: A nova carteira do pescador profissional já vem sendo distribuída e quem não atualizar o cadastro vai ter o registro cancelado.

Luciano: O documento, que parece com uma carteira de identidade, tem um chip com todos os dados do trabalhador. E foi criada para diminuir a burocracia na concessão de benefícios aos pescadores e evitar fraudes. Carolina Monteiro tem mais detalhes daqui a pouco.

Kátia: Estados e municípios interessados em participar da nova etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida têm até o dia 05 de abril para cadastrar as propostas.

Luciano: Desta vez, a seleção vai atender a famílias que recebem até R$1.600,00 de rendimento bruto e morem em municípios com menos de 50 mil habitantes.

Kátia: A avaliação vai levar em conta o índice de domicílios em situação de extrema pobreza, a existência prévia de infraestrutura, a disponibilidade do terreno e o atendimento às famílias em área de risco.

Luciano: Os formulários para cadastramento já estão disponíveis no site do Ministério das Cidades, em www.cidades.gov.br.

Kátia: E, na coluna semanal “Conversa com a Presidenta”, veiculada nesta terça-feira, em jornais de todo o país, a presidenta Dilma explicou as regras para a concessão do Cartão BNDES para micros, pequenas e médias empresas, que, neste mês, teve uma baixa nos juros cobrados para a menor taxa para essa linha desde o lançamento, em 2003.
Luciano: Em resposta à pergunta feita pelo jornalista de Brasília, Carlos Alberto de Toledo, Dilma lembrou que a linha pode ser contratada em cinco instituições: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banrisul e Itaú, e que esses bancos recebem os recursos do BNDES e assumem o risco do crédito que concederem. E que, como cada banco tem uma política de relacionamento específica, a presidenta Dilma alertou que é importante o interessado consultar mais de uma instituição para identificar qual se encaixa melhor no próprio negócio.

Kátia: Também Reginaldo Ramos de Souza, que trabalha com serviços gerais em Bom Jesus da Lapa, na Bahia, perguntou, na coluna, sobre a falta de água no quilombo Rio das Rãs.

Luciano: A presidenta Dilma respondeu que, neste ano, o programa Água para Todos vai instalar cisternas na comunidade e que, em toda a zona rural de Bom Jesus da Lapa, serão implantadas 1.500 cisternas.

Kátia: Dilma explica que, inicialmente, a comunidade vai receber as cisternas de primeira água para beber e cozinhar. Depois, serão instaladas as de segunda água, para a produção agropecuária.

Luciano: E que, nesse intervalo, o abastecimento de água continuará sendo feito por carro-pipa.

Kátia: A coluna “Conversa com a Presidenta” é publicada toda a semana, em vários jornais do país e também no Blog do Planalto, em blog.planalto.gov.br.

Luciano: E quem quiser mandar perguntas para a presidenta Dilma pode enviar e-mail para regional.imprensa@presidencia.gov.br.

Kátia: Repetindo: regional.imprensa@presidencia.gov.br.

Luciano: Sete e sete, no horário brasileiro de verão.

Kátia: Agora, sim, vamos ouvir a reportagem de Carolina Monteiro sobre a nova carteira do pescador profissional, que já está sendo distribuída, e que quem não atualizar o cadastro vai ter o registro cancelado.

>> “Não quero outra vida pescando no rio de ‘Jereré’”.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Geraldo Figueiredo pesca no Lago Paranoá, em Brasília, há mais de 12 anos. É o lugar de onde ele tira o sustento da família.

Pescador Profissional - Geraldo Figueiredo: A pesca representa tudo, né, porque é daqui que eu tiro o meu sustento, a nossa vivência, os estudos dos filhos.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Geraldo Figueiredo, que é pescador nacional e presidente da Cooperativa de Pescadores do Lago Paranoá, já fez o recadastramento para ter a nova carteira de identificação do pescador ou aquicultor profissional. O documento foi criado para diminuir a burocracia na hora de ter acesso a benefícios e para evitar fraudes. Geraldo explica o que a carteira representa para o pescador.
Pescador Profissional - Geraldo Figueiredo: Eu acredito que essa nova carteira, com esses novos cruzamentos de dados nessa nova carteira, vai poder automaticamente eliminar essas pessoas que são oportunistas.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Para tirar a nova carteira de identificação, basta atualizar o registro, na página do Ministério da Pesca e Aquicultura, na internet. O recadastramento deve ser feito no mês do aniversário. Para atualizar os dados, é preciso o número do CPF e do RGP, que está na carteira anterior, e da data de nascimento. Depois de se recadastrar, será gerado um protocolo, que deve ser entregue na Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura mais próxima ou nas entidades de classe. Na entrega, será colhida a digital para a nova carteira, que vale por tempo indeterminado. O prazo para atualizar o cadastro é de 30 dias. Depois, o pescador ou o aquicultor tem até 60 dias para ir até a superintendência do Ministério da Pesca ou Aquicultura no seu estado. O diretor do Departamento de Registro e Pesca, Clemerson Pinheiro, alerta que quem não fizer vai perder o registro.

Diretor do Departamento de Registro e Pesca - Clemerson Pinheiro: Vencido esse prazo, se ele não procurar, a carteira dele vai ser cancelada. O registro vai ser cancelado. Ele só vai ter a oportunidade de fazer novamente um ano depois, com um pedido inicial, como se tivesse começando a atividade naquele momento.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Hoje, o registro conta com 1 milhão de pescadores e aquicultores cadastrados, mas o número deve diminuir de acordo com Clemerson Pinheiro, diretor do Departamento de Registro e Pesca.

Diretor do Departamento de Registro e Pesca - Clemerson Pinheiro: Com a atualização cadastral, a necessidade presencial do pescador, no momento da atualização cadastral e da entrega do documento... A gente sabe que muitos pescadores já desistiram da atividade, outros já faleceram, tem outros que se aposentaram. Tem uma série de situações que, possivelmente, vá diminuir esse número de pescadores que nós temos em nosso registro, hoje.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Quem não tiver acesso à internet pode procurar diretamente a Superintendência do Ministério da Pesca e Aquicultura no seu estado. Para mais informações, acesse www.mpa.gov.br. De Brasília, Carolina Monteiro.

>> “Nós somos as cantoras do rádio, levamos a vida a cantar”.

Luciano: Hoje é o Dia Mundial do Rádio, Kátia. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Unesco.

Kátia: A comemoração é feita em 13 de fevereiro, Luciano, porque foi nesse dia, em 1946, que começou a transmissão da Rádio das Nações Unidas.

Luciano: Aqui, no Brasil, o veículo tem mais de 90 anos de história. A primeira transmissão foi feita em setembro de 1922.

Kátia: E, hoje, mais cedo, eu conversei com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sobre as políticas que estão sendo desenvolvidas para fortalecer ainda mais esse meio de comunicação tão importante para a história brasileira. Vamos ouvir.
Ministro, hoje é o Dia Mundial do Rádio. Nós temos o que comemorar aqui, no Brasil?

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Com certeza, Kátia. O rádio, indiscutivelmente, é um dos maiores instrumentos de comunicação, informação, entretenimento, e até, eu diria, de integração nacional. O Brasil deste tamanho, para se manter integrado, para as pessoas saberem o que acontece em todo o território nacional, sempre tiveram instrumentos importantes. Com certeza, o rádio foi importantíssimo.

Kátia: Ministro, e sobre políticas públicas do governo para essa mídia, como é que, hoje, o Ministério das Comunicações vê o rádio?

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Nós continuamos vendo o rádio como um instrumento importantíssimo. Tem grande demanda. Praticamente 90% dos domicílios brasileiros têm rádio, e nós temos algumas políticas. Por exemplo, nós estamos soltando editais de licitação que pretendemos atingir, pelo menos com rádio comunitária, todos os municípios do Brasil. Só para esse ano serão aproximadamente 700 municípios que terão editais divulgados, né, durante o período todo. Além disso, nós estamos discutindo uma coisa importante para as chamadas rádios AM. Normalmente, são as rádios mais antigas, algumas com 80, 85 anos, 90 anos. O rádio já tem 90 anos no Brasil. Essas rádios têm o seu sinal prejudicado pelos fenômenos urbanos, o concreto, ruído de veículos. Até o tipo de iluminação, lâmpada fluorescente, afeta essas rádios. Então, nós estamos discutindo a possibilidade de transferi-las para uma outra faixa, abaixo da faixa de FM, quer dizer, de maneira que você tenha praticamente uma redenção de rádios que estão perdendo a qualidade do seu sinal e que têm um serviço importante de décadas, como eu disse, sendo prestado. Então, nós continuamos traçando políticas voltadas para o serviço de radiodifusão, para o rádio especificamente.

Kátia: E a rádio digital, como é que hoje está esse processo de implantação?

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Nós fizemos testes com os três sistemas: um sistema americano, um sistema asiático e um sistema europeu. Agora, no final de 2012, recebemos um pedido para repetir alguns testes. Principalmente com os equipamentos americanos, que demoraram muito a chegar, e nós dependíamos de ter os equipamentos do fabricante, porque senão não tem como fazer. Aqui, no Brasil, não se fabrica esses instrumentos. Então, nós vamos refazer uma parte dos testes e ver se chegamos a um denominador comum. O pressuposto que tem nisso é que tem que ter um aparelho de recepção. O rádio que as pessoas usam em casa ou no carro tem que ser barato o suficiente para ser popular. Nós temos que ter esses equipamentos fabricados aqui no Brasil, tem que ter uma política industrial para eles, tem que ter transmissores que sejam suficientemente baratos, para todas as emissoras, todas as rádios do Brasil poderem adotar esses equipamentos. Então, nós estamos discutindo ainda, com a participação da Câmara, do Senado, e principalmente do setor de radiodifusão, para ver qual é a melhor saída para implantar o rádio digital no Brasil.

Kátia: Uma outra coisa que acontece muito com a rádio hoje, ministro, inclusive com a Voz do Brasil, é essa interatividade com outras mídias. Hoje nós somos multimídias. A Voz do Brasil está no rádio, nas ondas do rádio, mas nós também estamos na internet, ao vivo, no streaming, que a gente coloca ao vivo. Como é que o Ministério das Comunicações acompanha esse processo de interação do rádio com outras mídias?

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Eu já vi, por exemplo, nas transmissões da Voz do Brasil, que vocês estão transmitindo vídeo pela internet, que vocês recebem demandas de perguntas pelo Facebook, pelo Twitter, por e-mail. Eu acho isso absolutamente positivo, porque essas novas mídias têm uma flexibilidade enorme, e o rádio sempre teve muita flexibilidade, sempre teve aquele negócio do locutor estar lá, fazendo a discussão, fazendo o debate, comandando o programa. E entra alguém e muda o rumo do programa porque apresenta uma opinião bem colocada. Eu acho absolutamente normal e, para o rádio, é um instrumento de renovação também. Eu acho muito legal.

Kátia: Ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, nós agradecemos muito a sua participação na Voz do Brasil.

Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Parabéns para vocês aí, também, que estão fazendo o Dia Mundial do Rádio.

Luciano: E, como afirmou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na entrevista que você acabou de ouvir, um dos objetivos do Ministério é ampliar o acesso da população ao rádio.

Kátia: Até o final desse ano, a meta é levar pelo menos uma emissora de rádio comunitária a todos os municípios brasileiros. Ricardo Carandina.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Em todo o Brasil, existem quase 4.500 rádios comunitárias. Em Rubiataba, Goiás, cidade de 20 mil habitantes, a pouco mais de 200 quilômetros de Goiânia, opera a Caraíba FM, que leva a moradores, num raio de 15 quilômetros, informação e prestação de serviço, como conta o presidente da emissora, Valdir Barbosa Nascimento.

Presidente de Rádio - Valdir Barbosa Nascimento: O pessoal que fizeram o carnaval aqui de nossa cidade, uma mulher perdeu uma bolsa, com um bocado de coisa, aí vieram deixar aqui. A mulher já veio buscar a bolsa. Teve outro que perdeu uma carteira. Já veio aqui. Quer dizer, é a comunicação mais próxima da comunidade, é a rádio, e, sendo rádio comunitária, mais próximo ainda.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O Ministério das Comunicações é o responsável pelos processos para autorizar o funcionamento das rádios comunitárias. O diretor do Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Serviços de Comunicação Eletrônica, Octávio Pieranti, diz que o governo trabalha para que o serviço chegue a todas as cidades brasileiras.

Diretor do Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Serviços de Comunicação Eletrônica - Octávio Pieranti: Desde 2011 e até o fim desse ano de 2013, o Ministério das Comunicações contemplará mais de 1.400 municípios com possibilidade de novas outorgas de rádio comunitária. Essa amostra de municípios brasileiros incluem aqueles onde não há emissora e onde havia uma demanda reprimida, registrada no próprio Ministério das Comunicações.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O Ministério das Comunicações também analisa os processos de permissão de funcionamento para as emissoras comerciais e educativas, desenvolve ações para coordenar o uso do espaço radiofônico e melhorar a qualidade da infraestrutura de radiodifusão e, em parceria com a Universidade Federal Fluminense, vai dar cursos de treinamento para operadores de rádios públicas e comunitárias, como explica Octávio Pieranti.

Diretor do Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Serviços de Comunicação Eletrônica - Octávio Pieranti: Trata-se de uma capacitação, de uma necessidade muito mais ligada à operação do próprio serviço. Então questões relativas a novas tecnologias, à operação efetiva de uma emissora, possíveis infrações que possam vir a ser cometidas.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O rádio está em oito de cada dez lares brasileiros. A ONU instituiu o Dia Mundial para o Veículo por considerar que esse é o meio de comunicação que consegue chegar mais facilmente a populações que estão em áreas de conflito ou atingidas por catástrofes, ou ainda que vivem em regiões de difícil acesso, como a Amazônia. Adauto Soares, coordenador de Comunicação e Informação da Unesco, fala da importância do veículo para esses cidadãos.

Coordenador de Comunicação e Informação da Unesco - Adauto Soares: O rádio, ele consegue dar voz à populações que não teriam como fazer isso, se não fosse por meio desse meio de comunicação. O rádio tem uma importância fundamental nas comunidades mais carentes para dar voz aos jovens. Ele tem uma importância muito grande para preservar culturas e línguas, muitas delas que podem estar num processo de extinção.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O Ministério das Comunicações também está atuando para diminuir a burocracia nos processos de autorização de funcionamento das rádios. Mais informações pelo www.mc.gov.br. De Brasília, Ricardo Carandina.

Kátia: Sete e dezenove, no horário brasileiro de verão.

Luciano: Catorze índios conseguiram, Kátia, não só fazer uma faculdade, mas se formar no curso de mestrado.

Kátia: Uma vitória individual para cada um desses indígenas, Luciano, mas que representa também a conquista de um povo.

Luciano: Os alunos de 13 diferentes etnias estão concluindo o curso de mestrado na Universidade de Brasília. E, depois de dois anos estudando, agora querem levar para as comunidades tudo que aprenderam.

Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): Durante o curso, os 14 indígenas recebiam bolsa mensal de R$ 1.500,00 para concluir os estudos. A cada mês, os estudantes passavam uma semana em Brasília e as outras três nas comunidades indígenas. O programa de mestrado é resultado da parceria firmada entre a Universidade de Brasília e a Secretaria de Políticas de Promoção à Igualdade Racial. O aluno Kennedy Guarani, de 29 anos, estudou o movimento hip-hop na reserva onde mora, em Dourados, no Mato Grosso do Sul.

Aluno Indígena - Kennedy Guarani: A bolsa de mestrado, ela foi fundamental, porque, sem ela, não teria como estar se deslocando aqui para ficar. Ela foi fundamental, sim, para a manutenção do tempo de mestrado mesmo. Então, sem ela, eu acho que seria muito difícil, assim. Ficaria mais distante concluir esse mestrado.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): A sala de aula não foi apenas o local de aprendizado do Kennedy nesses dois anos de curso, mas o ambiente de troca, onde ele e os colegas também tiveram muito o que ensinar. A coordenadora pedagógica do mestrado, Mônica Nogueira, conta o que aprendeu com a turma.

Coordenadora Pedagógica do Mestrado - Mônica Nogueira: A ter humildade. Nós tínhamos, desde o início, a perspectiva não só de abrir vagas para indígenas, mas abrir a universidade a esse diálogo de saberes, né? Reconhecer que há outras formas de conceber a realidade, de pensar saídas. Eu acho que todos nós ganhamos muito com isso.

Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): A secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais, Silvany Euclenio, já tem planos para novas parcerias.

Secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais - Silvany Euclenio: Nós já estamos em diálogo com a UnB para que tenhamos uma nova edição desse mestrado, desta vez incluindo também territórios quilombolas e alunos quilombolas. Aí a gente vai ampliar ainda mais o diálogo. O conhecimento que hoje está na academia, mais o conhecimento indígena, mais o conhecimento quilombola. Então, eu acho que a gente vai enriquecer ainda mais.

Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): Terminado o mestrado, Kennedy Guarani começa a traçar novos projetos.

Aluno Indígena - Kennedy Guarani: Eu quero continuar lá e transformar essas ações, conhecimento aprendido na academia, no campo prático, e também pensar no futuro, aí, próximo, um doutorado, para aprimorar ainda mais conhecimento e tornar um cidadão indígena crítico, capaz de contribuir para transformar a realidade dos povos indígenas e, também, da sociedade do entorno.

Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): Ao todo, foram investidos R$ 296 mil no pagamento de bolsas para alunos indígenas. De Brasília, Isabela Azevedo.

Kátia: Falando em educação, Luciano, os professores que dão aula para crianças e adolescentes sempre buscam materiais que possam dar apoio e complementar as aulas, né?

Luciano: E, pensando nisso, Kátia, o IBGE tem uma página na internet que oferece informações atualizadas sobre o Brasil, por meios de atividades e recursos para as aulas.

Kátia: É o “Vamos Contar”, que tem mapas e atlas escolares, jogos e brincadeiras, tudo para ajudar na construção do conhecimento sobre o nosso país.

Luciano: A página também traz um blog para que professores compartilhem experiências.

Kátia: Todo o material é de graça. É só acessar www.vamoscontar.ibge.gov.br.

Luciano: Professores da rede pública de ensino têm nova chance de estudar de graça. O Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, o Parfor, abriu 30 mil vagas gratuitas para cursos presenciais de licenciatura.

Kátia: Os interessados devem trabalhar na rede pública e estar cadastrados no Educacenso, uma ferramenta que registra dados individuais de todos os professores das redes pública e privada de ensino.

Luciano: As inscrições podem ser feitas pela internet, até o dia 18 de março.

Kátia: Mais informações no 0800-616161, na opção 7.

Luciano: Também pelo Fale Conosco da Plataforma Freire, em freire.mec.gov.br.

Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Mais de 800 postos de gasolina foram interditados no ano passado e quase 2 milhões de litros de combustíveis foram apreendidos por irregularidades.

Kátia: Nova carteira de identificação de pescador profissional começa a ser distribuída.

Luciano: Estados e municípios já podem enviar propostas para participar da nova etapa do Minha Casa, Minha Vida.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Boa noite.

Kátia: Fique agora com o Minuto do TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa-noite a todos e até amanhã.