13/03/2012 - A Voz do Brasil
13/03/2012 - A Voz do Brasil
Uma pesquisa do Ministério da Saúde, feita em 2008, mostra que 96% da população brasileira sabe que pode pegar alguma doença em relações sexuais sem camisinha. E 97% sabe que o usar preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo vírus da AIDS. Somente no ano passado, o governo federal distribuiu quase meio bilhão de camisinhas. Um recorde desde 1994 quando começou o fornecimento de preservativos de graça. Municípios do Ceará e do Piauí vão receber mais de R$ 1,8 milhão para prevenir e tratar a hepatite. Mais 7 estados do Norte e Nordeste vão receber estações para monitorar cheias e secas e evitar tragédias. A Agência Nacional de Águas, ANA, já começou a enviar os equipamentos para montar Salas de Situação no Acre, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Ministério da Saúde distribui quase meio bilhão de camisinhas, em 2011.
Apresentador Luciano Seixas: Mais sete estados do Norte e Nordeste ganham salas de situação para monitorar cheias e secas.
Kátia: Anvisa proíbe cigarros com sabor, mas mantém a adição de açúcar.
Luciano: Terça-feira, 13 de março de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Pesquisa do Ministério da Saúde, feita em 2008, mostra que 96% da população brasileira sabe que pode pegar alguma doença em relações sexuais sem camisinha.
Luciano: E 97% das pessoas entrevistadas sabem que usar o preservativo é a melhor maneira de evitar a infecção pelo vírus da Aids.
Kátia: E somente no ano passado o governo federal distribui quase meio bilhão de camisinhas, um recorde desde 1994, quando começou o fornecimento de preservativos de graça.
Luciano: Essa quantidade de preservativos distribuídos no ano passado é 45% maior do que a fornecida no ano anterior pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
Kátia: A compra e a distribuição de camisinhas fazem parte da estratégia do Ministério da Saúde para aumentar a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, como Aids e Hepatite.
Luciano: O Ministério da Saúde orienta as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde para que adotem medidas que facilitem o acesso às camisinhas, que podem ser retiradas em postos de saúde, hospitais e Centros de Testagem e Aconselhamento em todo o país.
Kátia: E ainda falando sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, representantes da área de Saúde e de movimentos de luta contra a Aids participam do II Simpósio Nacional sobre a Aids, em Florianópolis, Santa Catarina. O primeiro encontro foi feito há 20 anos.
Luciano: Para o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, a distribuição de remédios e o tratamento, disponível de graça, no Sistema Único de Saúde, dão mais chances de sobrevivência aos pacientes que têm a doença.
Diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde - Dirceu Greco: Você está num país que oferece tratamento de maneira correta. Se você tomar medicação, acompanhar com atenção o tratamento, sua chance de sobreviver ao HIV é enorme. O HIV não vai ser aquilo que vai te levar, como todos nós, à morte. Então, realmente, o diagnóstico precoce, em um país de acesso, é uma arma espetacular para todos.
Kátia: E o assunto ainda é saúde, Luciano. Duas Portarias do Ministério da Saúde, publicadas hoje no Diário Oficial da União, autorizam o repasse de recursos para ações de combate a hepatites virais em municípios dos estados do Ceará e do Piauí.
Luciano: Vão ser liberados mais de R$ 1,8 milhão para serem usados em ações de vigilância, promoção, prevenção e controle da doença nos dois estados. O repasse dos valores, de acordo com a publicação, vai ser feito pelo Fundo Nacional de Saúde, que vai fazer a transferência dos recursos para o Fundo Municipal de Saúde.
Kátia: Quem é que nunca teve ou conhece alguém que já passou por problemas com planos de saúde?
Luciano: Você mesmo, não é, Kátia? Teve um amigo seu, não é?
Kátia: É isso mesmo. O pai dele ainda... Ele está esperando para ser operado do coração, porque o plano de saúde não autorizou a cirurgia, e, assim, o pai desse meu amigo continua internado, esperando para colocar... fazer uma ponte de safena.
Luciano: É por isso, Kátia, que a Agência Nacional de Saúde, a ANS, lançou essa semana o Guia Prático sobre Plano de Saúde. É um tira dúvidas para quem tem ou pensa em ter um plano.
Kátia: Na reportagem de Carla Wathier, nós vamos saber agora o que devemos fazer na hora de contratar um plano de saúde.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Em um passado não muito distante, ter plano de saúde significava certeza de atendimento rápido e fácil. Mas isso mudou. Hoje, o que se vê são reclamações de usuários insatisfeitos. A dona de casa Denise Lima faz parte do grupo. Há quatro anos, contratou um plano de saúde para ela e a família. Paga cerca de R$ 250,00 por mês.
Dona de casa - Denise Lima: Eu pago o convênio, mas, mesmo pagando, o serviço não é bom. Você paga pelo serviço, e, quando você vai olhar, o plano de saúde não cobre aquilo que você está precisando na hora.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O funcionário público Olavo Perondi acabou de fazer uma angioplastia, cirurgia para desobstrução das artérias, e conta que, sem o convênio médico, desembolsaria uma fortuna. Ele tem plano de saúde desde 1989, oferecido pela instituição onde trabalha. Mesmo sendo um convênio coletivo, na hora de aderir, ele teve o cuidado de pesquisar as cláusulas antes.
Funcionário público - Olavo Perondi: O fato de ter plano de saúde, por si só, não resolve os problemas. É necessário averiguar o tipo e quais as coberturas, quais as regras e, principalmente, se o plano de saúde é aceito pelo mercado.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O comportamento de Olavo está certo, de acordo com Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo, Ibedec, e se, ainda com esses cuidados, o usuário tiver algum problema, o especialista em Direito do Consumidor tranquiliza: não é ó fim da linha.
Presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo - Geraldo Tardin: A Justiça tem demonstrado que os planos de saúde fazem prática abusiva, cometem aumento acima da média de mercado, e o consumidor tem como consultar um instituto de defesa do consumidor, o Procon ou um advogado, para saber se aquela última resposta dada pelo plano de saúde, em uma negativa de cobertura ou no percentual de reajuste, está adequado.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Para orientar e tirar as dúvidas de quem já tem ou pretende adquirir um plano de saúde, a ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, lançou um guia prático sobre o assunto. O material é bem abrangente e traz informações sobre o papel da ANS como agência reguladora do setor, a cobertura mínima obrigatória dos planos, reajuste de preços, portabilidade para outra operadora, carência de doenças preexistentes e ainda um passo a passo com orientações, na hora de contratar um plano. Para o advogado Geraldo Tardin, presidente do Ibedec, são informações valiosas para o usuário não cair em armadilhas.
Presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo - Geraldo Tardin: O que o consumidor tem que estar atento é: ele não deve acreditar na promessa dos corretores de planos de saúde, dos vendedores. O que for prometido, ele tem que pedir que o vendedor identifique a cláusula contratual. Ele não deve assinar ou pagar nada de imediato, sem pegar esse contrato e levar no Procon, com um advogado amigo, ou no Instituto de Defesa do Consumidor.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O Guia terá uma tiragem de 8 mil exemplares. Ele também pode ser acessado no www.ans.gov.br. De Brasília, Carla Wathier.
Luciano: Sete estados do Norte e Nordeste vão receber estações para monitorar cheias e secas e evitar tragédias.
Kátia: Isso porque a Agência Nacional de Águas, ANA, já começou a enviar equipamentos para montar salas de situação no Acre, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. Ana Gabriella Sales.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Até o dia 30 de abril, sete novas salas de situação, como as que já existem em Alagoas e Pernambuco, vão estar em funcionamento. Os centros de monitoramento estão sendo equipados pela Agência Nacional de Águas, no Acre, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe, e vão estar interligados à Agência em Brasília. As salas vão receber automaticamente dados, de hora em hora, sobre o nível dos rios e o volume das chuvas. Com esse monitoramento, vai ser possível alertar a população sobre possíveis enchentes com antecedência. É o que explica o engenheiro da ANA, Eduardo Boghossian.
Engenheiro da ANA - Eduardo Boghossian: Essas salas, elas vão monitorar a previsão de chuva, através de um meteorologista, a quantidade de chuva e o nível dos rios, através de um profissional. Eles vão decidir se existe algum risco de enchente e, através disso, se necessário, eles vão informar à Defesa Civil, que está nessa sala, para que ela acione a Defesa Civil das cidades, para que tomem as providências e salvem as vidas e os bens materiais que forem necessários.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Qualquer pessoa também pode ter acesso às informações do nível dos rios e volume das chuvas pela internet. Basta entrar no site www.ana.gov.br/telemetria. De Brasília, Ana Gabriella Sales.
Luciano: E falando em chuvas, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome autorizou o envio de mais de 3 mil cestas de alimentos para as famílias atingidas pela enchente, em Manaus, no Amazonas.
Kátia: As cestas têm arroz, feijão, macarrão, óleo vegetal, leite em pó, fubá de milho e farinha de mandioca. Cada uma pesa 23 quilos.
Luciano: O Amazonas passa por fortes chuvas há três meses. De acordo com a Defesa Civil do estado, dez municípios estão em situação de emergência.
Kátia: Vinte e duas mil famílias foram afetadas pelas fortes chuvas no estado, 430 pessoas estão morando em alojamentos. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, disse hoje que o governo está acompanhando de perto a situação no estado.
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra: Tudo indica que vamos viver uma das maiores cheias desses últimos anos. Estamos começando a liberar os primeiros recursos para assistência à população, e, assim que necessário, assim que definido pelo governo do estado, nossos técnicos serão removidos, relocados, para fazer o acompanhamento “in loco”, e o governo federal, por orientação da presidenta Dilma, irá dar todo o apoio necessário, do ponto de vista material, com cestas básicas, com recursos financeiros, com apoio logístico, para que a população do Amazonas possa enfrentar com menos dificuldade todos esses transtornos que serão ocasionados em função das cheias.
Luciano: E, a partir do dia 19 de março, segurados do Instituto Nacional do Seguro Social, que recebem benefícios nos municípios de Rio Branco e Brasiléia, no Acre, vão poder pedir o adiantamento de uma renda mensal.
Kátia: A data foi fixada por resolução do presidente do INSS, Mauro Hauschild, por causa das enchentes que levaram ao reconhecimento, pelo governo federal, do estado de calamidade pública nos dois municípios.
Luciano: Para fazer a opção pelo adiantamento de renda, o segurado deve preencher um formulário, disponível na rede bancária dessas localidades, a partir do dia 19. Depois de assinar o documento, o segurado recebe de imediato o crédito.
Kátia: Isso mesmo, Luciano. Mas, se o pedido for feito em um correspondente bancário, o dinheiro só vai ser liberado em até cinco dias úteis.
Luciano: E a Agência Nacional de Águas defendeu hoje, no segundo dia do 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França, que seja criado um Conselho de Desenvolvimento Sustentável, que inclua o tema “água” no âmbito das Nações Unidas.
Kátia: Hoje, cerca de 28 agências ligadas à Organização das Nações Unidas lidam com água, que não é o foco de trabalho de nenhuma das agências.
Luciano: O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, defendeu hoje que os desafios futuros para a água, inclusive a governança internacional, serão discutidos na Rio+20, Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que vai ser feita em junho, no Rio de Janeiro.
Kátia: Sete e doze.
Luciano: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, decidiu, agora há pouco, proibir o uso de sabores dos cigarros vendidos no Brasil, mas açúcar ainda pode.
Kátia: Vamos à redação da “Voz do Brasil”, conversar ao vivo com a editora Aline Bastos, que tem mais informações. Boa noite, Aline.
Editora Aline Bastos (ao vivo): Olá, Kátia, boa noite. Olha, foi uma decisão unânime na reunião da Diretoria da Anvisa, que decidiu pela proibição, sem votos contrários. Bom, com isso, a adição de açúcar continua permitida na composição do cigarro, mas os cigarros com sabor, como o caso do mentol e cravo, ficam proibidos. A medida também impede que produtos do tipo sejam importados. Bom, os fabricantes vão ter até 18 meses, a partir da publicação da norma, para retirar do mercado nacional todos os cigarros com sabor. Já no caso de derivados de tabaco, como fumos para cachimbos, aí o prazo vai ser de 24 meses. Ao todo, a norma enumera oito aditivos, como, por exemplo, os conservantes, que continuam permitidos porque não alteram o sabor do cigarro. Na avaliação dos especialistas técnicos da Anvisa, baseados em estudos científicos, os aditivos não fazem mais mal ao organismo que um cigarro, na verdade, porque, sem eles... Porque eles são usados para atrair novos fumantes, principalmente aqueles mais jovens. Kátia.
Kátia: Obrigada, Aline Bastos, nossa editora, pelas informações.
Luciano: O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, e o Ministério da Integração Nacional assinaram hoje acordo para produzir as edições nacional e estaduais das conferências para o desenvolvimento.
Kátia: A ideia é incentivar a discussão sobre o desenvolvimento do país.
Luciano: Em dezembro desse ano, vai ser feita a terceira edição da conferência. Nas edições anteriores, o encontro reuniu mais de 30 mil pessoas, aqui, em Brasília.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Para ampliar o desenvolvimento regional e propor mecanismos de incentivo econômico para todo o país, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, vai promover encontros estaduais e um nacional, que será realizado em Brasília no mês de dezembro. As políticas públicas e projetos estruturantes que vão surgir das conferências também vão ajudar na revisão da Política Nacional do Desenvolvimento Regional. Para o presidente do Ipea, Marcio Pochmann, só um planejamento de longo prazo vai permitir que o Brasil dê continuidade ao crescimento econômico do país como um todo.
Presidente do Ipea - Marcio Pochmann: Essa realidade recente, ela pode de certa maneira reconstruir uma nova geografia nacional, em que regiões que anteriormente imaginavam ter que passar pela condição de São Paulo para poder alçar o seu próprio desenvolvimento, hoje encontra-se numa outra perspectiva, que é justamente de atraírem setores produtivos novos, nesse sentido, abrindo um novo horizonte em termos de ocupação.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O estado de São Paulo concentra, segundo o IBGE, 22% das riquezas produzidas pelo país, o que equivale a toda a economia da Argentina. E com a perspectiva de concentração de investimentos na região Sudeste nos próximos dez anos por conta do pré-sal, o governo quer incentivar a discussão sobre o desenvolvimento regional do país. É o que explica o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra: Nós precisamos fazer um debate para que a gente possa saber que novos instrumentos são necessários, diante dos desafios que o Brasil enfrenta de forte concorrência internacional, que outros mecanismos devem ser incorporados a essas políticas públicas para que a gente possa, de um lado, valorizar a produção nacional, agregar mais valor; de outro, que a gente possa exportar mais, ter competição para poder servir aos mercados externos.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Nas duas edições anteriores da conferência, 30 mil pessoas participaram das discussões e debates em Brasília. Neste ano, um dos principais temas é o crescimento da economia brasileira para 2012. De Brasília, Paulo La Salvia.
Kátia: A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje, em sessão solene do Congresso Nacional, que comemorou o Dia Internacional da Mulher, que a meta mais importante do governo é garantir a igualdade de oportunidades.
Luciano: Durante a sessão, a presidenta Dilma recebeu o diploma “Mulher-Cidadã Bertha Lutz”.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Esta é a 11ª edição do prêmio “Mulher-Cidadã Bertha Lutz”. A cientista Bertha Lutz, que dá nome ao prêmio, foi uma das primeiras brasileiras a defender o voto feminino e os direitos para as mulheres, com propostas de mudanças na legislação trabalhista com relação ao trabalho feminino e igualdade salarial. O diploma, criado pelo Senado Federal, é um reconhecimento às mulheres que lutam pela transformação social com igualdade de gênero. A presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o país, falou da importância de um governo marcado pela busca da igualdade.
Presidenta Dilma Rousseff: Igualdade de oportunidade, a mais importante das metas do meu governo, assim como foi do governo do presidente Lula. O que nós queremos, no Brasil, é igualdade de oportunidades para todos os brasileirinhos e brasileirinhas que, muitas vezes, não têm, não têm acesso as mesmas condições. Nós sabemos que as pessoas são diferentes, mas elas não podem ser e não devem ter oportunidades desiguais.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): A Presidenta lembrou, ainda, que nunca tantas políticas públicas para as mulheres foram criadas como nos últimos nove anos, ações que asseguram recursos para que as brasileiras possam criar os filhos e ter onde morar com dignidade.
Presidenta Dilma Rousseff: A mulher é cada vez mais uma protagonista de sua própria vida e de sua própria história. Além disso, de ser uma das maiores responsáveis pelo suporte à família. Por isso, 93% dos cartões do Bolsa-Família foram emitidos em nome das mulheres, que sempre se mostraram mais zelosas no cuidado da família e do orçamento doméstico, pela própria forma como a organização social ocorre. Também, em reconhecimento a este protagonismo, 47% dos contratos da primeira fase do “Minha Casa, Minha Vida” foram assinados por mulheres. Mas queremos, a partir de agora, garantir também a escritura das moradias destinadas às famílias de baixa renda, garantir que essa titularidade esteja em nome da mulher.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Além da presidenta Dilma Rousseff, outras quatro mulheres receberam o diploma. Entre elas, está a viúva do dirigente comunista Luís Carlos Prestes, Maria do Carmo Ribeiro. A edição deste ano teve 30 indicações. De Brasília, Carolina Monteiro.
Kátia: E a presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje a escolha do senador Eduardo Braga, do PMDB, do Amazonas, como novo líder do governo no Senado; e do deputado Arlindo Chinaglia, do PT, de São Paulo, como novo líder do governo na Câmara dos Deputados.
Luciano: De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, a presidenta Dilma agradeceu aos antigos líderes do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza, do PT, de São Paulo, e do Senado, Romero Jucá, do PMDB, de Roraima, pelos serviços prestados.
Kátia: O ministro da Fazenda, Guido Mantega, em audiência pública hoje, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, afirmou que a crise financeira internacional ainda afeta muitos países, mas que o Brasil tem tomado medidas para evitar os efeitos negativos, estimulando a geração de emprego e renda.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: O Brasil, hoje, é um dos poucos países que está próximo do pleno emprego, enquanto vários países estão se defrontando com desempregos elevados. Estou falando dos países europeus, estou falando dos Estados Unidos - ainda tem um emprego bastante elevado – e outros países. O Brasil tem esse privilégio de estar crescendo de uma maneira que continua gerando emprego.
Luciano: Em relação à chamada “guerra cambial”, que acontece quando países desvalorizam suas moedas para aumentar os seus ganhos com exportações, o ministro Guido Mantega assegurou que o Brasil está atento para que o real não sofra com as oscilações de mercado.
Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Apesar de sermos partidários do câmbio flutuante, porém, nós não podemos fazer papel de bobos e nos deixar levar pela manipulação cambial que está sendo praticada nos países avançados.
Kátia: Lembrando que, nessa segunda-feira, para evitar a queda do dólar, o Ministério da Fazenda ampliou mais uma vez o prazo para a cobrança do Imposto Sobre Operações Financeiras, IOF, sobre empréstimos feitos no exterior.
Luciano: Os 6% de IOF antes cobrados de empréstimos de até três anos, agora passam para os de até cinco anos.
Kátia: A Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, ajuda famílias de agricultores, quilombolas, indígenas a melhorar a produção sem prejudicar o meio ambiente.
Luciano: E, durante esta semana, representantes do governo e de comunidades indígenas e quilombolas discutem aqui, em Brasília, propostas para apresentar na I Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, que vai ser no mês que vem, também na capital federal. Adilson Mastelari.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Para Uriel Rodrigues de Moraes, do quilombo Ivaporunduva, do interior de São Paulo, é preciso mais atenção com a assistência técnica para essas comunidades.
Uriel Rodrigues de Moraes: A dificuldade que as comunidades encontram, hoje, no Brasil, é que a assistência técnica ainda não é uma realidade dentro das comunidades. Então, a gente espera que... Dá a nossa contribuição para a Conferência Nacional. Então, a gente quer fazer umas proposições, de que maneira que a gente imagina, uma assistência técnica edição rural, para a comunidade quilombola, que leve em consideração a diversidade do que somos e aonde estamos, considerando os aspectos de bioma, o aspecto cultural, cada comunidade é uma comunidade, e também como essas comunidades vivem, e a vocação de cada território aonde ela está inserida.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Já os índios Xucurus, do interior de Pernambuco, encontram dificuldades na comercialização e distribuição das hortaliças e frutas de época que produzem, como explica o líder Ian Xucuru.
Líder indígena - Ian Xucuru: Tem ação de intermediários, o preço não é um preço justo. Nós estamos, lá, numa discussão muito forte com relação à produção limpa, em base agroecológica, baseado também nos conceitos ancestrais, no conhecimento ancestral indígena, e colocar tudo isso na prática, tem um custo que o mercado não implica, não traduz na prática. Então, a grande dificuldade é a questão do comércio.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Além dos povos indígenas e quilombolas, também os extrativistas que sobrevivem do que retiram das florestas, dos rios e do mar vão participar da Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, marcada para os dias 23 a 26 de abril. De Brasília, Adilson Mastelari.
Kátia: O IBGE divulgou hoje pesquisa que aponta queda na produção industrial em nove dos catorze locais pesquisados em janeiro deste ano.
Luciano: O pesquisador do IBGE, André Macedo, analisou os dados divulgados nesta terça.
Pesquisador do IBGE - André Macedo: Refletiu especialmente o comportamento negativo do setor de veículos automotores, que foi a atividade que já havia mostrado principal pressão de queda em termos nacionais, e impacta negativamente os resultados negativos da maior parte dos locais aonde o setor é investigado, com destaque especialmente para as perdas observadas na indústria paranaense, na indústria de São Paulo e na indústria fluminense. Vale destacar, também, o comportamento positivo do setor industrial de Goiás, tanto na comparação janeiro de 2012 contra dezembro de 2011, assim como no confronto janeiro de 2012 contra igual mês do ano anterior, onde muito em função da maior produção de medicamentos acaba explicando o comportamento positivo desse estado nesses dois tipos de comparações.
Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Luciano: Ministério da Saúde distribui quase meio bilhão de camisinhas em 2011.
Kátia: Mais sete estados do Norte e Nordeste ganham salas de situação para monitorar cheias e secas.
Luciano: Anvisa proíbe cigarros com sabor, mas mantém adição de açúcar.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã!