13/09/2011 - A Voz do Brasil
13/09/2011 - A Voz do Brasil
Triplicou o número de brasileiros beneficiados pelo programa do Ministério da Saúde, que oferece de graça 11 medicamentos para hipertensão e diabetes. Em agosto, receberam o remédio gratuitamente 2,7 milhões de pessoas. Caiu em 16% a área desmatada em todo o cerrado brasileiro entre junho de 2009 e julho de 2010. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente, acrescentando que o Plano de Ação de Prevenção e Combate às Queimadas e ao Desmatamento no Cerrado, que completa um ano na próxima quinta-feira, é um dos responsáveis por essa redução. A presidenta Dilma Roussef anunciou mais de R$ 3 bilhões para obras de infraestrutura no estado de São Paulo. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
A VOZ DO BRASIL - 13.09.2011
Apresentadora Kátia Sartório: Acesso a medicamentos gratuitos triplica no país.
Apresentador Luciano Seixas: Cai em 16% a área desmatada em todo o cerrado brasileiro.
Kátia: Governo federal anuncia mais de R$ 3 bilhões para obras de infraestrutura no estado de São Paulo.
Luciano: Terça-feira, 13 de setembro de 2011.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Triplica o número de brasileiros beneficiados pelo programa do Ministério da Saúde que oferece de graça 11 medicamentos para hipertensão e diabetes.
Luciano: Em agosto, receberam remédio gratuitamente 2,7 milhões de pessoas. A região Norte foi a que apresentou maior crescimento de beneficiados - mais de 700%.
Kátia: Em todo o país, a quantidade de hipertensos atendidos saltou 254%. Já o número de diabéticos aumentou 180%.
Luciano: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica que, agora, os medicamentos estão sendo distribuídos de forma mais equilibrada pelo país.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Nós tivemos um crescimento importante em estados que tinham pouco acesso a remédios para hipertensão e diabetes. Nós estamos também equilibrando entre as populações. Ou seja, as pessoas que não tinham condições de comprar o remédio, de ir até a unidade de saúde pegar o remédio, podem ir direto na farmácia popular, pegar a medicação, mais perto da onde elas trabalham ou moram, e o nosso esforço, agora, é ampliar o número de farmácias nos pequenos municípios e nas regiões de mais extrema pobreza.
Luciano: Para conseguir os remédios, os pacientes devem ir a uma farmácia popular ou a farmácias conveniadas ao programa e apresentar CPF, documento com foto e receita médica. Dúvidas podem ser tiradas pelo telefone 136.
“Mas da próxima vez que eu for a Brasília
Eu trago uma flor do cerrado pra você”.
Kátia: O cerrado, Luciano, é o segundo maior bioma brasileiro, abrangendo oito estados: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e aqui, o Distrito Federal.
Luciano: E hoje, Kátia, o Ministério do Meio Ambiente divulgou novos dados sobre o desmatamento no cerrado brasileiro. Segundo o levantamento, a área desmatada caiu 16%, entre junho de 2009 e julho de 2010.
Kátia: O plano de ação, de prevenção e combate às queimadas e ao desmatamento no cerrado, que completa um ano na próxima quinta-feira, é um dos responsáveis por essa redução.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): O estudo foi realizado com base em imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. Entre 2008 e 2009, houve perda de vegetação nativa de mais de 7 mil quilômetros quadrados, enquanto o período mais recente, de junho de 2009 a julho de 2010, apresentou desmatamento de mais de 6 mil quilômetros quadrados, redução de 16%. O governo quer saber por que áreas que já tinham sido degradadas e que estavam em fase de recuperação foram novamente alvo de destruição. É o que explica a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira: Em alguns estados nós estamos vendo que o desmatamento está acontecendo no cerrado, em áreas secundárias, áreas que já foram degradadas no passado, áreas que estavam em regeneração e que, agora, estão sendo objetos de supressão de vegetação. Então, nós estamos com um trabalho detalhado, agora, com os estados, que são os responsáveis pela autorização dessa supressão de vegetação, e um trabalho em campo, para avaliar, com a fiscalização, a dinâmica desse desmatamento e quais são as causas, se são causas econômicas, causas sociais ou mesmo aquilo que é um processo de regularização ambiental, que já está em campo, para facilitar o Cadastramento Ambiental Rural desses proprietários, e todo mundo, com isso, evitar o desmatamento legal.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): De janeiro a agosto deste ano, o Ibama registrou 517 infrações relacionadas à destruição do cerrado, e 140 municípios receberam multas que, somadas, chegam a R$ 142 milhões. De Brasília, Leandro Alarcon.
Luciano: E como a gente ouviu, aí, na reportagem de Leandro Alarcon, o desmatamento no cerrado caiu consideravelmente, mas ainda é preciso fazer muito mais.
Kátia: É por isso que a semana, aqui, em Brasília, é dedicada ao cerrado. Estão sendo feitas palestras, shows, degustação de comidas típicas do cerrado... Tudo isso para mostra a importância de se preservar esse bioma.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Biscoito de jatobá, babaçu e buriti, pasta e geleia de pequi, bolo de baru e suco de araticum e graviola. Com todo esse cardápio exótico, feito com frutas do cerrado, foi aberta, no Jardim Botânico de Brasília, a “Semana do Cerrado”. O cerrado é o segundo maior bioma do país, depois da Amazônia. Ocupa uma área de mais de 2 milhões de hectares, 23% do território nacional e é constituído principalmente por savanas. Do cerrado não vem só sabores; ele também tem cores. A artista plástica Stefania Montiel usa as cores disponíveis no cerrado para pintar os quadros.
Artista plástica - Stefania Montiel: Eu utilizo os pigmentos naturais do cerrado, advindos de plantas, de folhas, mas, para esse trabalho específico das mandalas, eu utilizei terras, várias tonalidades de terras, porque o nosso cerrado é muito rico. Então, ele tem uma gama de mais de dez tons de terras.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): As árvores do cerrado são muito peculiares, com troncos tortos, cobertos por uma cortiça grossa. Esse bioma guarda a maior biodiversidade do planeta, com mais de 12 mil espécies de plantas e 1.500 tipos de animais e abriga uma riqueza importante, com um potencial para a indústria farmacêutica. Mas toda essa riqueza está ameaçada por causa da ação do homem e da ocupação desordenada. O cerrado já perdeu 50% de sua cobertura natural, dado que preocupa o Ministério do Meio Ambiente, como explica o diretor de Florestas, João de Deus.
Diretor de Florestas - João de Deus: É um dado preocupante, porque isso é fruto, também, de uma tendência em que se entendia o cerrado como um ambiente, do ponto de vista ambiental, de importância menor e que, portanto, seria o espaço natural de expansão, principalmente das atividades agropecuárias. Por outro lado, nós entendemos que, por ser o cerrado um bioma de uma importância bastante grande, principalmente em termos de diversidade biológica, número de plantas e de animais que vivem nesse bioma, e a importância fundamental também desse bioma para a conservação principalmente de recursos hídricos, é absolutamente necessário que essa tendência se reverta, e aí as políticas públicas de conservação, que são inúmeras, que estão em fase de implantação, de aprimoramento. Mas, dentre elas, a gente destaca a necessidade de ter um sistema de monitoramento, de acompanhamento, para que esse controle da expansão se dê de forma ordenada.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Durante toda a semana, estão previstas várias atividades, aqui, em Brasília, para lembrar a importância da preservação do cerrado. Na programação, debates, feiras, exibição de filmes, exposição de fotografias, show de danças indígenas, com degustação de comidas típicas do cerrado. De Brasília, Cleide Lopes.
Luciano: E a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, instala amanhã um fórum permanente de secretários de Meio Ambiente e do Cerrado, que vai ser criado para atuar em defesa do bioma.
Kátia: Entre os temas da pauta, vão ser debatidos os problemas comuns a todos os estados que contam com áreas de bioma em seu território, como um plano de ações para a prevenção e controle do desmatamento e das queimadas no cerrado.
Luciano: Os secretários vão retomar, também, a discussão da proposta que torna o bioma cerrado protegido pela Constituição, conhecida como “PEC Cerrado”.
Kátia: E falando em queimadas, o Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade, ICMBio, pediu à Polícia Federal para que sejam investigados incêndios em pelo menos seis reservas ambientais, se eles são criminosos ou não.
Luciano: Desde o mês passado, o instituto tem registrado focos de incêndio em 19 unidades de conservação federais no país, sendo que, em dez delas, o fogo ainda persiste.
Kátia: O caso mais evidente de crime é o do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, onde os incendiários teriam usado um pedaço de papel de cigarro, com pólvora, preso a um pavio, para provocar o fogo.
Luciano: O transporte de cargas no Brasil é feito principalmente por caminhões que rodam dia e noite milhares de quilômetros em nossas rodovias.
Kátia: Mas existem outros meios de transportes mais eficientes e mais baratos para escoar a produção de grãos, de combustível, de tudo o que produzimos.
Luciano: É o caso das hidrovias, ou seja, o transporte pelos rios, uma alternativa de transporte segura, econômica e menos poluente.
Kátia: Hoje, a presidenta Dilma Rousseff participou, em Araçatuba, a 530 quilômetros da capital paulista, do lançamento da pedra fundamental para a construção do estaleiro Rio Tietê.
Luciano: A presidenta também assinou convênios com o governo estadual para a ampliação da hidrovia Tietê-Paraná. O repórter Adilson Mastelari acompanhou e tem mais informações.
Repórter Adilson Mastelari (Araçatuba-SP): São 60 mil metros quadrados onde vai ser construído o estaleiro que vai fabricar, de início, 20 empurradores e 80 barcaças para o transporte fluvial de etanol, produzido no Centro-Oeste e Sudeste do país. Os investimentos são de R$ 432 milhões, recursos da Caixa Econômica Federal e do Fundo de Marinha Mercante. O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, destacou que a construção do estaleiro e de embarcações em Araçatuba vai trazer outras obras para a região.
Ministro dos Transportes - Paulo Sérgio Passos: Nós vamos trabalhar ampliando as pontes, para que a dimensão dos vãos não seja uma restrição à navegação, e ela possa fluir de maneira melhor, ela possa fluir de maneira mais eficiente. Serão 11 pontes que serão recuperadas, duas pontes que serão substituídas, serão realizados serviços importantes de ampliação e retificação de canais. São oito canais que serão retificados e ampliados. Nós estaremos trabalhando também na melhoria de sete eclusas.
Repórter Adilson Mastelari (Araçatuba-SP): Além de reduzir custos tanto para a venda de etanol, no mercado interno, quanto para a exportação, o estaleiro e as embarcações vão contribuir também com o meio ambiente. É que o transporte hidroviário polui bem menos, emite 1/4 de gás carbônico e consome 20 vezes menos combustível que o transporte rodoviário. As obras são do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, e do Promef, Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, a transportadora da Petrobras. O estaleiro vai gerar 500 empregos diretos e 2 mil indiretos. As embarcações começam a ser entregues em 2012 e, em 2015, em plena operação, os comboios de barcaças vão substituir 80 mil viagens de caminhões por ano e reduzir pela metade os custos com o transporte de etanol. Para a presidenta Dilma, a data de hoje é um divisor de águas do transporte hidroviário brasileiro.
Presidenta Dilma Rousseff: Nós estamos aqui, então, num momento muito especial, porque, de um lado, nós estamos fazendo uma nova política de valorização do rio e, portanto, da hidrovia; de outro lado, nós estamos operando uma política industrial, bem-sucedida, que garante à indústria naval conteúdo local brasileiro e, portanto, empregos brasileiros, mas também interiorizando a indústria naval.
Repórter Adilson Mastelari (Araçatuba-SP): As embarcações, construídas no estaleiro Rio Tietê, em Araçatuba, vão transportar o etanol produzido nas regiões Centro-Oeste e Sudeste até as unidades da Petrobras em Paulínia, na região de Campinas, de onde o combustível segue em dutos para várias distribuidoras do país. De Araçatuba, São Paulo, Adilson Mastelari.
Kátia: E já na capital paulista, a presidenta Dilma Rousseff assinou outro convênio com o governo do estado para a construção de um trecho do Rodoanel de São Paulo.
Luciano: Quando a obra estiver concluída, daqui a três anos, o Rodoanel vai retirar boa parte do tráfego de cargas da área urbana e ajudar a reduzir os engarrafamentos na cidade.
Kátia: Só o governo federal, vai investir mais de 1,7 bilhão nessa obra.
Repórter Carla Wathier (São Paulo-SP): Depois de apoiar a construção do trecho sul do Rodoanel, o governo federal decidiu agora também destinar recursos para o trecho norte, a última parte que falta para fechar o anel viário que envolve toda a região metropolitana de São Paulo. A obra tem um custo total de cerca de R$ 6 bilhões, R$ 1,7 bilhão sairão dos cofres da União, o restante será custeado pelo governo de São Paulo e pelo BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento. O trecho norte do Rodoanel tem 44 quilômetros de extensão, 7 túneis e 22 viadutos, ligará o Aeroporto Internacional de Guarulhos com a Rodovia Fernão Dias, passando pela zona norte de São Paulo e os municípios de Arujá e Guarulhos. Quando estiver pronta, a obra deverá beneficiar diretamente cerca de 19 milhões de pessoas e 39 municípios. O governo calcula que 11 mil empregos serão gerados nesse período. O objetivo é aliviar o tráfego e facilitar o escoamento da produção, eliminando a passagem de caminhões que hoje precisam atravessar a cidade e acabam gerando grandes congestionamentos. A presidenta Dilma Rousseff afirmou que é preciso unir esforços para o desenvolvimento do país. E segundo a presidenta, as parcerias com o governo de São Paulo não vão parar no Rodoanel e no Plano Brasil Sem Miséria.
Presidenta Dilma Rousseff: Eu gostaria de citar alguns exemplos das nossas parcerias que estão tendo continuidade em outras áreas. Há os investimentos federais no Porto de Santos. O fato que nós estaremos liberando os editais para a concessão dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos, até o final deste mês estaremos fazendo o processo licitatório de operação e investimento nos aeroportos, até dezembro deste ano.
Repórter Carla Wathier (São Paulo-SP): O Rodoanel de São Paulo é umas das principais obras da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2. A conclusão está prevista para o final de 2014. De São Paulo, Carla Wathier.
Luciano: E na noite desta segunda-feira, a presidenta Dilma sancionou a lei que define novas regras para o serviço de tevê por assinatura.
Kátia: Com a lei, as empresas de telefonia nacionais e estrangeiras podem entrar no mercado de tevê paga aqui do Brasil.
Luciano: Antes, as empresas de telefonia não podiam oferecer esse serviço e a participação das empresas estrangeiras era limitada a 49%.
Kátia: A lei prevê também um número mínimo de horas de programação com conteúdo nacional que as televisões por assinatura devem exibir a cada semana.
Luciano: A presidenta Dilma vetou dois pontos do texto aprovado pelo Congresso Nacional. Um deles transferia do Ministério da Justiça para os programadores a definição dos critérios de classificação indicativa.
Kátia: O outro veto previa a possibilidade de cobrança para os serviços de atendimento telefônico ao consumidor pelas empresas de tevê paga.
Luciano: Com a nova lei, a expectativa é de que aumente a concorrência entre as empresas e os preços de tevê por assinatura caiam.
Kátia: Sete e dezesseis.
Luciano: O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, desembarcou hoje em Florianópolis para acompanhar de perto a situação dos municípios catarinenses atingidos pelas fortes chuvas no estado.
Kátia: O ministro sobrevoou os municípios do Vale do Itajaí, região mais afetada de Santa Catarina, e pouco depois conversou com a nossa editora Deborah Kohl sobre o assunto.
Editora Deborah Kohl: O que o vai ser feito aí, ministro, de imediato? Qual vai ser o primeiro passo?
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra Coelho: Hoje eu tive uma oportunidade de fazer uma visita, a pedido da presidenta Dilma, ao estado de Santa Catarina, trouxe a solidariedade do governo federal à população atingida e a disposição do governo federal em realizar parcerias com o governo do estado, através do governador Colombo e das prefeituras municipais que foram duramente castigadas com as fortes chuvas e as inundações que ocorreram no Vale do Itajaí. Sobrevoei o município de Rio do Sul, que foi o município mais duramente castigado. A estimativa, só em Rio do Sul, é a destruição de mais de 150 residências. Toda a região se estima que em torno de mil residências tenham sido destruídas. Portanto, depois desse sobrevoo, fizemos uma reunião de trabalho com o governador Colombo, com o secretário estadual de Defesa Civil, Althoff, diversos prefeitos, deputados estaduais, aonde anunciamos uma liberação de recursos da ordem de R$ 13 milhões para assistência à população, recursos que vão ser utilizados através do Cartão de Pagamento da Defesa Civil. Foram entregues o cartão ao governo estadual e a cinco municípios, esses recursos poderão ser utilizados na compra de alimentos, pagamento de aluguel social, compra de combustível, todas as despesas necessárias a atender a população que esteja desabrigada ou desalojada.
Editora Deborah Kohl: Nós agradecemos a participação do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, aqui, na Voz do Brasil.
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra Coelho: Obrigado. Muito obrigado.
Kátia: Pagar mais barato por produtos de melhor qualidade de forma rápida.
Luciano: Esses são alguns dos benefícios do sistema de compra implantado pelo Ministério da Educação para a compra de materiais e equipamentos para as escolas públicas do país.
Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): Menor custo e mais rapidez na aquisição de produtos. Os resultados do modelo inovador de compras do governo vão ser apresentados no seminário “Gestão de Compras Governamentais: A Experiência da Educação”. O encontro vai mostrar o modelo de gestão de compras governamentais desenvolvido nos últimos anos pelo Ministério da Educação e pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, FNDE, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas e o Inmetro, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Pelo novo modelo, em funcionamento desde 2008, cada município brasileiro possui um sistema para compra de produtos e equipamentos utilizados na educação por meio do registro de preços nacional. O sistema permite dimensionar as demandas, planejar as ações e melhorar a gestão de escolas. Dessa forma, todas as prefeituras podem ter acesso aos melhores equipamentos escolares, ao menor custo e no menor tempo, como explica José Carlos Freitas, presidente do FNDE.
Presidente do FNDE - José Carlos Freitas: Depois da definição dessas especificações, depois da definição da estratégia da compra e depois da definição de qual será a melhor especificação adequada para aquela compra, o FNDE realiza o registro de preço nacional, e, a partir do resultado desse registro de preço nacional, os estados e municípios podem então aderir a essa compra de uma maneira muito mais eficiente, muito mais racional, muito mais transparente e muito mais rápida. Com isso, nós conseguimos gerar um ganho de escala muito grande, a gente consegue dar mais transparência ao processo, a gente consegue ter um ganho de escala, gerando um melhor resultado no preço daquele produto e, sobretudo, a gente consegue ter um produto padronizado, onde todos os estados e municípios vão utilizar o produto mais adequado à sua necessidade educacional.
Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): Os resultados da iniciativa já podem ser vistos em números. O presidente do FNDE conta que de 2008 a 2010 o país economizou cerca de R$ 900 milhões nessas compras. Houve também economia de tempo, desde a adesão até a assinatura do contrato são em média cinco dias. Antes, o mesmo processo poderia chegar a quase seis meses. Ainda, segundo José Carlos Freitas, durante o seminário, o público vai poder saber os detalhes desse modelo de gestão e ver de perto alguns produtos, como uniformes, bicicletas, ônibus escolares e até barcos comprados por pregão eletrônico.
Presidente do FNDE - José Carlos Freitas: O propósito do seminário é trazer essas informações para um debate por todos os envolvidos do Brasil, ou seja, estarão lá o setor produtivo, os órgãos de controle, os municípios, os estados, os gestores públicos envolvidos nesse processo, para que nós possamos ter um ambiente comum para debate desse novo arranjo de conta governamental que vem beneficiando o Ministério da Educação e toda a formulação da sua política e que pode ser fomentado para ser replicado em outras esferas, em outras áreas do governo.
Repórter Gabriela Mendes (Brasília-DF): O seminário “Gestão de Compras Governamentais: A Experiência da Educação” será realizado nesta quarta-feira, em Brasília. De Brasília, Gabriela Mendes.
Kátia: O Brasil está avançando no combate ao tabagismo, que é o hábito de fumar.
Luciano: Um relatório divulgado hoje pela Aliança de Controle do Tabagismo e pela Organização Pan-Americana de Saúde destaca as ações realizadas aqui.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O Brasil recebeu dois destaques positivos no relatório da Organização Pan-Americana de Saúde, Opas: a política de advertências sanitárias, aqueles informes sobre os males do uso do tabaco que estão nos maços de cigarro, e o tratamento oferecido de graça pelo Sistema Único de Saúde a quem deseja largar a dependência. Agora, segundo Tânia Cavalcante, secretária-executiva do Comitê Nacional para a Implantação da Convenção-Quadro de Controle do Tabaco, o Brasil precisa voltar os olhos para grupos vulneráveis.
Secretária-executiva do Comitê Nacional para a Implantação da Convenção-Quadro de Controle do Tabaco - Tânia Cavalcante: Temos, hoje, uma política de preços mínimos, que é uma medida importantíssima principalmente para prevenir a iniciação do tabagismo entre jovens. No Brasil, nós temos um dado de 2009 que mostrou que 24,5% dos adolescentes, entre 13 e 15 anos, experimentaram cigarro. Uma medida importantíssima porque reduz o acesso dos adolescentes aos cigarros.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O relatório da Organização Pan-Americana de Saúde sobre e o controle do tabaco no mundo é divulgado a cada dois anos. Em relação ao ato de fumar, em 2008, 5% da população mundial viviam em países onde não se podia fumar em locais públicos. Em 2010, este índice chegou a 11%. Treze países das Américas do Norte, Central e do Sul, além do Caribe, estão neste grupo, medida que também deve ser adotada no Brasil, segundo a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, Vera Luiza da Costa e Silva.
Pesquisadora da Fiocruz - Vera Luiza da Costa e Silva: O Brasil tem que urgentemente adotar uma lei federal que proíba fumar completamente em ambientes fechados, que não permita o estabelecimento de “fumódromos”. “Fumódromos” existem apenas para servir os interesses da indústria fumageira, mas eles não se prestam à proposta de saúde pública, de preservar a saúde do não fumante e preservar, principalmente, a saúde dos garçons, dos atendentes, as pessoas que trabalham nos ambientes públicos fechados.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, e o Ministério da Saúde, em 1989, 34,5% da população acima de 18 anos fumava no Brasil. Vinte e um anos depois, este índice caiu para 15%. De Brasília, Paulo La Salvia.
Kátia: A produção brasileira de café para este ano é estimada em 43,15 milhões de sacas.
Luciano: É o que aponta o terceiro levantamento da produção nacional de café 2010/2011 divulgado hoje pela Conab.
Kátia: O número é quase 5 milhões de sacas menor que o da safra anterior.
Luciano: Entre os fatores climáticos que impediram uma produção maior, estão as secas ocorridas nos meses de janeiro e fevereiro que prejudicaram as lavouras, principalmente nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rondônia.
Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Luciano: Acesso a medicamentos gratuitos triplica no país.
Kátia: Cai em 16% a área desmatada em todo o cerrado brasileiro.
Luciano: Governo federal anuncia mais de R$ 3 bilhões para obras de infraestrutura no estado de São Paulo.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã, boa noite.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite a todos e até amanhã.