14/09/2012 - A Voz do Brasil
14/09/2012 - A Voz do Brasil
Quase R$ 175 milhões foram repassados pelo MEC esta semana a mais de 5.500 escolas públicas estaduais e municipais de ensino integral do programa Mais Educação. A idéia é garantir o desenvolvimento de atividades ligadas a saúde, arte, meio ambiente e esporte. 830 mil estudantes participam amanhã da 2ª fase da Olimpíada Brasileira de Matemática. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares, feira de maio de 2008 a maio de 2009 divulgados hoje pelo IBGE apontam a presença cada vez maior de idosos que têm entre 60 e 69 anos no mercado de trabalho, o que tem ajudado no aumento da renda das famílias brasileiras. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Publicado em 09/12/2016 18:24
A VOZ DO BRASIL - 14.09.2012
Apresentadora Kátia Sartório: Quase R$ 175 milhões vão financiar a educação integral em mais de 5.500 escolas públicas.
Apresentador Luciano Seixas: Oitocentos e trinta mil estudantes participam amanhã da segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática.
Kátia: Mais idosos no mercado de trabalho ajudam a aumentar a renda da família.
Luciano: Sexta-feira, 14 de agosto de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da “A Voz do Brasil”, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse agora, em www.ebcservicos.ebc.com.br/avozdobrasil.
Kátia: Saúde, arte, meio ambiente, esporte - esses são alguns dos temas das atividades desenvolvidas nas escolas de ensino integral que fazem parte do Programa Mais Educação do Ministério da Educação.
Luciano: E, para garantir o desenvolvimento dessas atividades, foram repassados, essa semana, quase R$ 175 milhões a escolas públicas estaduais e municipais de educação integral em todo o país. Taissa Dias tem as informações.
Repórter Taissa Dias (Brasília-DF): O dinheiro pode ser usado para transporte e alimentação dos monitores, compra de material e contratação de serviços. Ao todo, mais de 5.500 escolas públicas de todo o Brasil foram contempladas. Elas fazem parte de um programa do Ministério da Educação que estabelece uma jornada escolar diária de, no mínimo, sete horas. É o Mais Educação, criado para promover o ensino integral no país. De acordo com o secretario de Educação Básica do MEC, Cesar Callegari, a ideia é que o aumento da jornada escolar sirva para ampliar a formação dos alunos.
Secretario de Educação Básica do MEC - Cesar Callegari: A educação propriamente escolar, com as dimensões da cultura, com as questões ambientais, e todas as possibilidades de vivências esportivas, enfim, das questões relacionadas ao desenvolvimento das famílias, as iniciações ou pelo menos aproximações com o mundo do trabalho, todas essas são dimensões fundamentais na nossa contemporaneidade.
Repórter Taissa Dias (Brasília-DF): As escolas que pretendem implantar a educação integral podem ter outras informações na página do MEC: www.mec.gov.br. De Brasília, Taissa Dias.
Kátia: Luciano, você era bom em Matemática na escola?
Luciano: Olha, Kátia, eu te confesso que eu não era dos melhores alunos, não.
Kátia: Nem eu. Mas tem uma garotada que é fera com os números.
Luciano: Isso mesmo. São os candidatos que passaram para a segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, a Obmep.
Kátia: As provas vão ser amanhã. Isabela Azevedo tem os detalhes.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): Mais de 800 mil estudantes foram classificados para participar da segunda fase da 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas. Esse número corresponde a 5% do total de candidatos que fizeram as provas da primeira fase. Bruna de Souza, de 13 anos, foi uma das alunas que conseguiu passar para a segunda etapa do concurso. A estudante do Acre ganhou medalha de ouro no nível 1, em 2011, e quer repetir o bom desempenho.
Estudante - Bruna de Souza: Eu sempre gostei mesmo dessa área, e isso é o que eu mais me identifiquei. Eu estou estudando... Agora está chegando mais parte. Eu estou mais acostumada com o tipo de questões. Eu espero receber outro ouro, né?
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): A Obmep é promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada, o Inpa, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e pelo Ministério da Educação. As provas da segunda fase têm duração de três horas e são compostas de seis questões discursivas, que vão testar o raciocínio do aluno. Os candidatos classificados são agrupados por níveis. O grupo do nível 1 é formado por estudantes do sexto e do sétimo ano do Ensino Fundamental; já o nível 2 abriga os alunos do oitavo e do nono ano; o nível três é destinado aos estudantes do Ensino Médio. Quinhentos candidatos vão receber medalha de ouro; 900 de prata; e 3.100 estudantes vão ganhar medalha de bronze. O coordenador regional da Obmep no Distrito Federal, Reginaldo de Abreu, lista outros benefícios de se tornar campeão da Olimpíada de Matemática.
Coordenador regional da Obmep no Distrito Federal - Reginaldo de Abreu: Todo aluno medalhista vai ganhar uma bolsa do CNPq, no valor de R$ 100,00 mensais, durante um ano. Além disso, eles participam do Programa de Iniciação Científica, desenvolvido nas universidades brasileiras, e que vai até o aluno, não importa qual seja o município que ele esteja. Qualquer área onde um aluno desse for trabalhar, com certeza, ele vai ter um desenvolvimento melhor, a partir do conhecimento de Matemática.
Repórter Isabela Azevedo (Brasília-DF): As provas de amanhã da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas começam às duas e meia da tarde, horário de Brasília. Os locais de aplicação dos testes podem ser consultados em www.obmep.org.br. De Brasília, Isabela Azevedo.
Luciano: Mais de 10 mil toneladas de substâncias tóxicas à camada de ozônio foram eliminadas da atmosfera.
Kátia: Essas e outras conquistas foram anunciadas pelo Ministério do Meio Ambiente, durante a comemoração do Dia Internacional de Proteção da Camada de Ozônio. Patricia Scarpin.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): As substâncias tóxicas foram eliminadas da atmosfera entre 1998 e 2010. Nos últimos anos, 200 empresas nacionais também receberam o apoio do governo federal para substituir a tecnologia, que vinha sendo utilizada em equipamentos de refrigeração e fabricação de espumas, utilizadas, por exemplo, em garrafas térmicas para isolar o calor. Essa medida foi tomada porque substâncias químicas utilizadas pelo homem na refrigeração e na agricultura e em produtos industriais destroem a camada de ozônio. A camada tem como função proteger a terra do excesso de radiação ultravioleta do tipo B. A exposição exagerada a esses raios pode provocar envelhecimento precoce e câncer de pele. Além disso, a destruição da camada de ozônio pode ter como consequência o aquecimento global. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirma que o Brasil conseguiu atingir todas as metas previstas no Protocolo de Montreal, estipuladas há 25 anos, e que conta hoje com o apoio de 197 países.
Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira: Nós cumprimos totalmente o Protocolo de Montreal, não só na primeira fase como na sua segunda fase, que é uma remoção de um outro gás, que não fazia parte da lista, e o Brasil segue... Nós captamos US$ 19 milhões, ano passado, internacionalmente falando, na cooperação, e, hoje, estamos implementando esses resultados, esse projeto, com vistas a qualificar, capacitar e fazer a substituição de tecnologias que existem em refrigeração comercial e em refrigeração de prédios, edifícios públicos.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Outra medida adotada pelo governo federal para recompor a camada de ozônio foi o desenvolvimento de um projeto-piloto no Distrito Federal, no valor de R$ 337 mil. A ação substituiu aparelhos de refrigeração em padarias, mercearias, restaurantes e supermercados. O empresário Orlando Machado de Aguiar é dono de um mercado e foi um dos beneficiados. Há um mês, ele recebeu gratuitamente cinco novos refrigeradores.
Empresário - Orlando Machado de Aguiar: Eu posso dizer o seguinte: que, além de ter diminuído a conta de luz nossa, né, melhorou a apresentação dos produtos, em termos de calor, que já a gente não vê, até para os clientes também, que vai entrando na nossa loja, né, sente um ambiente mais agradável também.
Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Para ajudar a proteger a camada de ozônio, é importante que o congelador da geladeira ou o freezer não seja limpo com objetos pontiagudos e cortantes. Além disso, confirme se os técnicos contratados para a manutenção de refrigeradores são cadastrados pelo Ibama. De Brasília, Patricia Scarpin.
Luciano: O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e ocupa quase um quarto do território nacional. Na região, moram cerca de 25 milhões de pessoas.
Kátia: A área de mais de dois quilômetros quadrados... Deve ser dois milhões de quilômetros quadrados... Obrigada, Ícaro. Abrange o Distrito Federal e os estados de Goiás, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso, Piauí, São Paulo, Bahia, Rondônia e porções também de Roraima, Amapá, Amazonas e Pará.
Luciano: Além disso, é no cerrado que estão as nascentes de muitas bacias hídricas do Brasil. E, para estimular a preservação e o uso sustentável dos recursos dessa região, começou hoje, aqui em Brasília, o Encontro dos Povos do Cerrado.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Palestras, exposições e apresentações de filmes e vídeos fazem parte da programação. A ideia é chamar a atenção da sociedade, principalmente de quem mora no cerrado, sobre a necessidade de preservar o bioma. O coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rogério Dias, explica que a consciência para a preservação do cerrado aumenta a cada dia.
Coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Rogéria Dias: Agora, a gente começa a perceber que existe toda uma mobilização, um reconhecimento, para que a sociedade entenda a grande importância do bioma cerrado para o Brasil e para todo o planeta, né?
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Altamir de Souza veio do Mato Grosso do Sul para expor no encontro o trabalho feito na sua região. Ele explica a importância de usar as matérias-primas no cerrado, sem deixar de se preocupar com a preservação do meio ambiente.
Altamir de Souza: A gente precisa preservar. Esse é o primeiro passo. Segundo: também ter o olhar voltado em como é que você extrai o produto natural para estar gerando renda e dar esse retorno não só de preservação, mas o retorno financeiro para cada família que está preservando.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Cerca de mil pessoas participam do Encontro dos Povos do Cerrado entre indígenas, comunidades quilombolas e organizações da sociedade civil dos 14 estados, que estão nas áreas do cerrado brasileiro. O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, fala da importância do evento.
Secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente - Francisco Gaetani: No caso do cerrado, as populações tradicionais, os grupos que estão aqui presentes nesse evento, as organizações de sociedade civil, elas trabalham juntamente com governos, federal, estaduais, municipais, para desenvolver a região de uma forma muito mais cooperativa e construtiva. Nós entendemos que... a discussão de todos, do engajamento de todos, que nós temos um projeto de desenvolvimento regional e que valorize a preservação, os ativos ambientais como forma de alavancar o desenvolvimento da região.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Para o coordenador-geral do encontro, Luiz Casarra, o evento é um momento de buscar soluções para serem levadas para o governo.
Coordenador-geral do encontro - Luiz Casarra: Esse encontro, ele é um momento principal de mobilização dessas comunidades e desses representantes da sociedade civil para debater acerca dos temas relacionados à conservação e o uso sustentável do cerrado. Então, tem uma série de alternativas que estão sendo trabalhadas, que são potencializadas a partir da troca de experiência, do diálogo, de uma série de problemas e ameaças, também, que são debatidas e buscadas soluções coletivas para dar voz e ecoar toda essa questão das demandas para a melhoria dessas questões do uso sustentável da conservação do cerrado.
Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): O Encontro dos Povos do Cerrado vai até domingo. De Brasília, Leandro Alarcon.
Kátia: Sete e doze.
Luciano: As despesas das famílias em que os responsáveis pelo pagamento da maior parte das contas têm entre 60 e 69 anos aumentaram 7%, em relação à média nacional.
Kátia: O crescimento aponta para a presença, cada vez maior, desse grupo no mercado de trabalho. A consequência é o aumento na contribuição para o orçamento das famílias.
Luciano: Os dados foram divulgados hoje, pelo IBGE, e fazem parte da Pesquisa de Orçamentos Familiares, feita de maio de 2008 a maio de 2009.
Kátia: Cerca de 60 mil domicílios foram selecionados, em todo o Brasil, para as entrevistas.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): D. Marta Grocci, aos 60 anos, trabalha oito horas por dia, inclusive nos fins de semana. Ela está empregada há oito anos como operadora de caixa em um supermercado de Brasília. Ela voltou a trabalhar depois que o orçamento familiar apertou. Marta gosta do que faz, do contato com o público, mas, ao sonhar com a aposentadoria, repensa. Não sabe se pode parar porque o salário mensal, de R$ 700,00, é fatia importante do orçamento doméstico.
Operadora de caixa - Marta Grocci: Esse dinheiro, para mim, é fundamental. Agora, eu não vou parar. Se eu parar, eu adoeço, posso até morrer, porque eu sou muito elétrica. Então, isso é muito bom para mim.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Outro que não para é o Sr. Nazir Vieira da Silva, de 72 anos, dono de uma banca de jornais e revistas, há mais de 30 anos, na rodoviária de Brasília. Ele abre o estabelecimento às cinco horas da manhã, todos os dias, e faz questão de ele próprio arrumar o local para receber a clientela. Anazir não faz planos para descansar. Afinal, muita gente da família depende do dinheiro que fatura no negócio.
Anazir Vieira da Silva: Hoje em dia, mesmo dentro da minha casa, nós somos oito pessoas, e tudo por minha conta: água, luz, comida, telefone, celular.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O número de pessoas com mais de 60 anos no mercado de trabalho tem crescido nos últimos anos e alterado o orçamento familiar. De acordo com o estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, “Perfil das Despesas do Brasil - Indicadores Selecionados”, da Pesquisa de Orçamentos Familiares, nas residências onde o responsável pelo pagamento da maior parte das contas tem entre 60 e 69 anos, as despesas cresceram 7%, nos anos de 2008 e 2009, se comparadas com a pesquisa anterior. O pesquisador do IBGE, José Mauro Freitas, explica a mudança.
Pesquisador do IBGE - José Mauro Freitas: Deve provavelmente decorrer do fato de que as pessoas de referência da família estejam prolongando a sua permanência no mercado de trabalho, conforme já foi observado por outras pesquisas sobre o tema de trabalho, o que confirma a importância crescente das pessoas de maior idade na composição dos rendimentos das famílias. E por um fator estrutural, porque a estrutura da família muda, as pessoas são mais velhas, as pessoas saem de casa, e, como a gente está falando de rendimento familiar, isso afeta o rendimento.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Além da análise por idade, o estudo sobre o perfil das despesas no Brasil mostra ainda que as famílias de trabalhadores domésticos tiveram quase 59% da despesa média com itens dos grupos alimentação e habitação, enquanto as despesas dos empregadores tiveram, nestes mesmos itens, 37% do total de gastos. Já os gastos com assistência à saúde pesaram 7,2%, pouco mais de R$ 153,00 na despesa de consumo médio mensal das famílias. Para conhecer o perfil completo das despesas no Brasil, acesse: www.ibge.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.
Luciano: E a pesquisa “Perfil das Despesas no Brasil - Indicadores Selecionados”, do IBGE, traz também dados sobre os problemas enfrentados pelas pessoas nas proximidades dos domicílios e os gastos das famílias com viagem.
Kátia: Vamos saber mais na entrevista que a jornalista Sumaia Vilela fez com o pesquisador de Orçamentos Familiares do IBGE, José Mauro Freitas.
Repórter Sumaia Villela: Um dos pontos inéditos da pesquisa são os problemas próximos aos domicílios. O que o IBGE destaca?
Pesquisador de Orçamentos Familiares do IBGE - José Mauro Freitas: 31,8% das famílias, elas destacaram a presença de estradas de grande circulação de veículos nas proximidades como o principal problema. E o segundo problema mais apontado foi a ausência de pavimentação na rua do domicílio. Outra característica do domicílio que a gente investigou, que é bastante interessante, tem a ver com a questão do lixo, né? A gente perguntou se o lixo era separado no domicílio e, se, uma vez separado, ele era destinado para a coleta seletiva, e a gente viu que, no Brasil, 29,7% das famílias separam o lixo no domicílio e que, desses 29,7%, 40% são destinados para a coleta seletiva. A gente vê que o principal destino é a coleta direta, né? 80,7% dos casos, o lixo é coletado diretamente. É interessante também destacar que, quando a gente compara a área urbana com a área rural, o lixo queimado e enterrado tem um peso maior, né? Enquanto a coleta direta é de 24,4%, o lixo queimado e enterrado na propriedade é de 57,7%.
Repórter Sumaia Villela: E em relação aos gastos com viagem, o que a pesquisa traz de novidade?
Pesquisador de Orçamentos Familiares do IBGE - José Mauro Freitas: Viagem esporádica é aquela viagem que não é rotineira, que não fazem parte do hábito. Elas estão mais ligados a outras funções e outras finalidades. E a diferença é que, dessa vez, a gente considerou o bloco inteiro, porque, das outras vezes, alguns itens que são gastos, ou despesas desse bloco, são deslocadas para outros grupos de despesa, como alimentação. Então, algumas coisas a gente pode destacar, né? A despesa média mensal familiar para esse grupo de viagens esporádicas foi de R$ 50,16, mas, para as famílias com rendimento maior, a despesa média foi de R$ 147,63, que é quase o triplo da média nacional e quase 18 vezes o gasto estimado com as famílias do quarto mais baixo de rendimento, que teve um gasto médio entre R$ 8,46. Um dado que a gente tem é que nós relacionamos o gasto com viagem esporádica com o motivo da viagem. A maioria das despesas, elas estão relacionadas ao motivo de lazer e férias, seguido por visitas a parentes e amigos; em terceiro lugar, negócios e motivos profissionais.
Repórter Sumaia Villela: Pesquisador de Orçamentos Familiares do IBGE, José Mauro Freitas, obrigada pela entrevista ao “A Voz do Brasil”.
Pesquisador de Orçamentos Familiares do IBGE - José Mauro Freitas: Obrigado.
Luciano: Sete e dezoito.
Kátia: Estão abertas até o dia 11 de outubro as inscrições para a terceira seleção do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2, Obras de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário.
Luciano: Assunto que o jornalista Icaro Matos fez hoje com o diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Manoel Renato.
Repórter Icaro Matos: Quais os municípios que podem receber esses recursos?
Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades - Manoel Renato: São beneficiáveis nessa seleção 306 municípios brasileiros. Eles foram escolhidos pelo seguinte critério: são os municípios integrantes de 11 regiões metropolitanas brasileiras que têm um déficit de saneamento de habitação acima da média nacional e que concentram grande parte do problema extremo de pobreza brasileira. São as regiões metropolitanas de Porto Alegre, Curitiba, na região sul do Brasil; na região Sudeste, as regiões metropolitanas de São Paulo, de Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, além de Campinas e da região metropolitana da Baixada Santista; na região Centro-Oeste, a região do DF e do entorno. No Nordeste brasileiro, são três regiões metropolitanas: Fortaleza, Salvador e Recife. E a região metropolitana de Belém, no Norte do Brasil. Além desses, todos os municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes.
Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): Como as inscrições podem ser feitas?
Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades - Manoel Renato: A forma de inscrição é um preenchimento e o envio de um formulário eletrônico. A gente chama aqui de carta-consulta, via o sítio eletrônico do Ministério das Cidades, na internet. O sítio é o www.cidades.gov.br. Ele tem o período de 14, que é hoje, né, até o dia 11 de outubro para estar enviando essas demandas para o Ministério. Logicamente, aqueles que tiverem um planejamento mais bem elaborado e mais amadurecido, ou seja, tiverem projetos básicos ou mesmos projetos executivos de engenharia, terão prioridades em relação àqueles que não detiverem esses projetos.
Repórter Icaro Matos: Quanto vai ser investido e que tipo de obras podem ser feitas com esses recursos?
Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades - Manoel Renato: Nessa seleção, o recurso que está disponibilizado são R$ 20,8 bilhões. Desse montante de recursos, R$ 8 bilhões são para obras de abastecimento de água e R$ 12,8 bilhões para obras de esgotamento sanitário.
Repórter Icaro Matos: Como vai ser a distribuição dos recursos entre os municípios?
Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades - Manoel Renato: O Ministério vai estar observando um critério de proporcionalidade em relação ao tamanho do déficit que aquele município detém em relação ao Brasil. Ou seja, a nossa ideia é fazer uma distribuição, a mais equitativa possível, claro que amparada em alguma qualidade técnica, porque não basta ter a intenção de fazer; é preciso fundamentalmente ter capacidade de resposta, porque é isso que a sociedade exige e que o governo federal está encarregado de zelar.
Repórter Icaro Matos: Quais os benefícios que essas obras vão trazer para o cidadão?
Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades - Manoel Renato: As obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário visam basicamente prover condições de saneamento dignas à população. Então, o impacto disso é muito grande, se nós conseguirmos efetivamente contribuir para a universalização do acesso ao serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário, nesse conjunto de municípios.
Repórter Icaro Matos: Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, Manoel Renato, obrigada pela entrevista para o “A Voz do Brasil”.
Diretor do Departamento de Desenvolvimento e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades - Manoel Renato: Eu é que agradeço e agradeço aos ouvintes.
Kátia: Micro e pequenas empresas são as que mais geraram empregos no mês de julho.
Luciano: O levantamento é do Sebrae, que utilizou informações do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): A empresária Dafne Speron tem um bar e restaurante há quase um ano em Garça Torta, no litoral Norte de Maceió, em Alagoas. Só nesse ano já contratou dois novos empregados; tem quatro no total. A meta de Dafne é expandir ainda mais o negócio.
Empresária - Dafne Speron: Tem que estar com a previsão, sim, de pelo menos dobrar esse quadro de funcionários até o final do ano.
Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): As micro e pequenas empresas foram responsáveis por quase 80% do saldo de empregos gerados no Brasil, durante o primeiro semestre de 2012. Os números são do Sebrae, que fez o levantamento a partir dos dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego. De janeiro a julho de 2012, foram mais de 640 mil postos de trabalho, e, no acumulado dos últimos 12 meses, foram gerados 1,54 milhão de postos de trabalho, o que equivale a um crescimento de 4,09% do contingente de assalariados com carteira assinada. De acordo com o analista de Gestão Estratégica do Sebrae, Paulo Jorge Fonseca, as micro e pequenas empresas estão aproveitando o bom momento da economia.
Analista de Gestão Estratégica do Sebrae - Paulo Jorge Fonseca: Você tem o aumento da renda real, que foi maior do que o primeiro semestre do ano passado, esse ano, e você tem também outros fatores, como políticas que vêm sendo desenvolvidas pelo governo, com ações específicas voltadas à melhoria, ao estímulo à atividade econômica, com desoneração da folha de pagamento, por exemplo, para vários setores da economia, onde há concentração de micro e pequenas empresas.
Repórter Mara Kenupp: Ainda de acordo com a pesquisa do Sebrae, em julho de 2012, foram gerados mais de 142 mil empregos com carteira assinada no Brasil. De Brasília, Mara Kenupp.
Kátia: Técnicos dos governos estaduais de todo o Brasil vão passar por um curso de capacitação em gestão do Bolsa-Família.
Luciano: O objetivo do curso é preparar os técnicos estaduais para serem instrutores dos gestores municipais, que são os responsáveis por avaliar o andamento do programa em cada município brasileiro.
Kátia: O curso vai ser de 07 a 21 de setembro, na Escola Superior de Administração Fazendária, a Esaf, aqui em Brasília.
Luciano: Vinte estados e o Distrito Federal vão receber R$ 8 milhões para investir no Sistema Nacional de Segurança Alimentar e assegurar o direito à alimentação adequada em todo o país.
Kátia: Os recursos vão ser liberados até o final do ano, pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Luciano: Entre os estados contemplados estão o Acre, Piauí, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Kátia: Você ouviu hoje, no “A Voz do Brasil”.
Luciano: Quase R$ 175 milhões vão financiar a educação integral em mais de 5.500 escolas públicas.
Kátia: Oitocentos e trinta mil estudantes participam amanhã da segunda fase da Olimpíada Brasileira de Matemática.
Luciano: Mais idosos no mercado de trabalho ajudam a aumentar a renda da família.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Voltamos na segunda-feira. Boa noite.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos, um bom fim de semana e até segunda.