14/10/2011 - A Voz do Brasil

Mais de 700 mil brasileiros vivem na extrema pobreza no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Por isso hoje, os governadores desses 3 estados assinaram com a presidenta Dilma Rousseff o pacto do Plano Brasil Sem Miséria. Entre as ações previstas está a compra de sementes de cooperativas de agricultores para distribuir a indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. Os agricultores familiares de Minas Gerais e da Bahia já começaram a receber 150 toneladas de sementes da Embrapa também como parte do Plano Brasil sem Miséria. Os supermercados da região sul também se comprometem a comprar produtos diretamente dos agricultores familiares. Ainda na capital gaúcha, a presidenta Dilma Rousseff anunciou investimentos de um R$ 1 bilhão no metrô da cidade e mais R$ 750 milhões em financiamento. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

14/10/2011 - A Voz do Brasil

Mais de 700 mil brasileiros vivem na extrema pobreza no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Por isso hoje, os governadores desses 3 estados assinaram com a presidenta Dilma Rousseff o pacto do Plano Brasil Sem Miséria. Entre as ações previstas está a compra de sementes de cooperativas de agricultores para distribuir a indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária. Os agricultores familiares de Minas Gerais e da Bahia já começaram a receber 150 toneladas de sementes da Embrapa também como parte do Plano Brasil sem Miséria. Os supermercados da região sul também se comprometem a comprar produtos diretamente dos agricultores familiares. Ainda na capital gaúcha, a presidenta Dilma Rousseff anunciou investimentos de um R$ 1 bilhão no metrô da cidade e mais R$ 750 milhões em financiamento. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Kátia Sartório: Presidenta Dilma afirma pacto do Plano Brasil Sem Miséria com governadores da região Sul.

Apresentador Luciano Seixas: Governo federal libera R$ 1 bilhão para a construção do metrô de Porto Alegre.

Kátia: Agricultores familiares de Minas Gerais e da Bahia recebem 150 toneladas de sementes de milho e feijão.

Luciano: Sexta-feira, 14 de outubro de 2011.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Mais de 700 mil brasileiros vivem na extrema pobreza, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Por isso, hoje, os governadores desses três estados assinaram, com a presidenta Dilma Rousseff, o pacto do Plano Brasil Sem Miséria.

Luciano: Entre as ações previstas está a compra de sementes de cooperativas de agricultores para distribuir a indígenas, quilombolas e assentados da reforma agrária.

Kátia: Os supermercados da região Sul também se comprometem a comprar produtos diretamente dos agricultores familiares.

Luciano: Ainda na capital gaúcha, a presidenta Dilma Rousseff anunciou investimentos de R$ 1 bilhão no metrô da cidade e mais R$ 750 milhões em financiamento.

Repórter Priscila Machado (Porto Alegre-RS): Hoje, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a presidenta Dilma Rousseff e os governadores da região Sul assinaram o pacto do Plano Brasil Sem Miséria. Durante o evento, foram fechados acordos com o setor varejista para a compra da produção de agricultores familiares pelos supermercados. O governo federal também vai comprar 53 toneladas de sementes de milho de 400 agricultores familiares, de três cooperativas. As sementes vão ser doadas para quilombolas, indígenas e assentados da reforma agrária. O cadastro do Bolsa-Família também será usado para fornecer mão de obra ao setor varejista e para a construção civil. A presidenta Dilma Rousseff afirmou que o Plano Brasil Sem Miséria é uma maneira de dar cidadania às pessoas que ainda vivem na extrema pobreza.

Presidenta Dilma Rousseff: O que nós estamos fazendo, através do Bolsa-Família, que é absolutamente impessoal, o que nós estamos fazendo é reconhecer direitos inalienáveis da população brasileiro. Por isso é tão importante que nós façamos, aqui, no Sul, a Busca Ativa. Resgatarmos 716 mil brasileiros e brasileiras dessa região, para torná-los cidadãos consumidores e trabalhadores, é muito importante. Faço um apelo aos governadores para que nós possamos ampliar a renda das famílias no que se refere ao Bolsa-Família.

Repórter Priscila Machado (Porto Alegre-RS): Ainda em Porto Alegre, a presidenta Dilma anunciou que o governo federal vai disponibilizar R$ 1 bilhão para a construção do metrô da cidade. O recurso é do PAC Mobilidade Urbana Grandes Cidades, que prevê investimentos para melhorar o transporte público nas cidades com mais de 700 mil habitantes. Segundo a prefeitura de Porto Alegre, 300 mil passageiros vão ser beneficiados por dia com o metrô.

Presidenta Dilma Rousseff: Para tornar esta obra viável, do ponto de vista econômico e, sobretudo, tarifário, social, para a população das cidades brasileiras. O que nós estamos aqui colocando para... Esse 1 bilhão que nós estamos colocando para Porto Alegre é, sobretudo, olhando a necessidade de um transporte rápido, de qualidade e extremamente justo, do ponto de vista da capacidade de pagamento da população. É por isso que 1 bilhão é a fundo perdido. Ao mesmo tempo, o governo federal coloca à disposição do estado, do município, até 750 milhões de financiamento.

Repórter Priscila Machado (Porto Alegre-RS): Até o fim do ano, o Ministério das Cidades deve anunciar todos os projetos que vão ser beneficiados pelo PAC Mobilidade Urbana Grandes Cidades, que prevê investimentos de R$ 18 bilhões. De Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Priscila Machado.

Luciano: E também, em Porto Alegre, a presidenta Dilma ressaltou que a maior arma do Brasil para enfrentar a crise econômica internacional é o mercado consumidor interno.

Kátia: A presidenta afirmou que o país poderá aumentar a participação no Fundo Monetário Internacional, o FMI, para ajudar a recuperar os países que estão sofrendo com a crise, como a Grécia.

Luciano: Mas, de acordo com a presidenta, a ajuda do FMI a esses países não deve estar condicionada a uma intervenção do Fundo na economia das nações.

Kátia: Começou hoje os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México. O Brasil participa da competição com 519 atletas. Somos a terceira maior delegação do Pan.

Luciano: Quinze dos 46 esportes que vão ser disputados valem vaga para as Olimpíadas de Londres, do ano que vem, na Inglaterra.

Kátia: A presidenta Dilma Rousseff mandou hoje uma mensagem aos atletas. No texto, ela afirma que os competidores são um exemplo de dedicação e de sucesso no esporte e que deseja boa sorte a todos os atletas brasileiros.

Luciano: Agricultores familiares de Minas Gerais e da Bahia já começaram a receber sementes da Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

Kátia: Como parte do Plano Brasil Sem Miséria, a iniciativa prevê, além das sementes, o treinamento dos agricultores para o plantio e para a venda da produção.

Luciano: Até o fim do ano, 33 mil famílias vão ser atendidas. Carla Wathier tem as informações.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Desde a década de 80, o agrônomo Romério Andrade produz no Distrito Federal mudas de alface, agrião e brócolis para comercialização e para consumo próprio. São 2 mil bandejas de hortaliças por mês. Tão importante quanto a terra e o adubo, sem a semente, não há planta.

Agrônomo - Romério Andrade: A base de uma agricultura bem feita é uma semente de qualidade e uma muda de qualidade, no caso de hortaliças. A gente dá até o exemplo, é como se fosse uma criança. Uma criança que é criada bem, cuidada, tudo, ela tem chance de desenvolver até intelectualmente muito melhor.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Agricultores dos estados de Minas Gerais e da Bahia já começaram a receber as primeiras sementes distribuídas pelo Plano Brasil Sem Miséria. Fazem parte do kit sementes de feijão, milho e de nove variedades de hortaliças, quantidade suficiente para atender uma família de até seis pessoas. Produzidas pela Embrapa, as sementes são especiais, próprias para as condições climáticas da região, como explica Soraya Barrios, gerente de Sementes e Mudas da Embrapa.

Gerente de Sementes e Mudas da Embrapa - Soraya Barrios: São variedades mais rústicas, mais adaptadas ao clima nordestino e que não exigem tanta tecnologia. E o importante frisar que, como são variedades, o agricultor que receber essas sementes, ele pode multiplicar essas sementes uma, duas ou três safras e obter com isso uma colheita de qualidade.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A iniciativa tem como objetivo a inclusão produtiva de agricultores familiares que vivem em situação de extrema pobreza. E além das sementes, eles vão receber treinamento para comercializar a produção excedente. Técnicos escolhidos pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário vão ser treinados. Segundo Soraya Barrios, a ideia é que seja um para cada 80 famílias. Também serão distribuídas cartilhas com orientações e material didático.

Gerente de Sementes e Mudas da Embrapa - Soraya Barrios: Não adianta nada você entregar uma semente que foi desenvolvida pela pesquisa e com qualidade, se você não dá todo o amparo e suporte para aquele agricultor desenvolver aquela semente e ter condição de ter um produto de qualidade.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Até o final do ano, 33 mil famílias serão atendidas. Em 2012, a meta é chegar a 60 mil famílias. De Brasília, Carlo Wathier.

Kátia: Cem toneladas de sementes de milho e 50 toneladas de sementes de feijão vão para as cidades polos de Porteirinha, em Minas Gerais, e Irecê e Bom Jesus da Lapa, na Bahia.

Luciano: Vão ser beneficiados 10 mil agricultores familiares da primeira chamada do Plano Brasil Sem Miséria, dos territórios da Cidadania Serra Geral, em Minas Gerais, e Irecê e Velho Chico, na Bahia.

Kátia: E no próximo domingo, dia 16, é o Dia Mundial da Alimentação, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO.

Luciano: O tema desse ano é o “Preço dos Alimentos - da crise à estabilidade”.

Kátia: Hoje, a FAO divulgou um relatório sobre o assunto. Vamos saber mais na entrevista com o oficial de Políticas do escritório da FAO para a América Latina e Caribe, Fernando Soto, com a nossa editora Rosa Amélia de Abreu.

Editora Rosa Amélia de Abreu: Quais as principais conclusões desse relatório da FAO em relação à situação da fome aqui na América Latina?

Oficial de Políticas do escritório da FAO para a América Latina e Caribe - Fernando Soto: Hoje, a América Latina enfrenta um nível de preços internacionais dos alimentos num patamar acima do nível de preços que houve antes da subida... do ano 2008. Hoje, os preços internacionais dos alimentos são 26% por cima do que foram esses preços há um ano atrás. Isso significa que, para o futuro, espera, no mundo e para a América Latina, também, preços dos alimentos mais altos e voláteis. Isso quer dizer que instáveis, que vão... que mudam, e muito, em um curto espaço de tempo.

Editora Rosa Amélia de Abreu: Agora, qual a situação do Brasil?

Oficial de Políticas do escritório da FAO para a América Latina e Caribe - Fernando Soto: A inflação menor alimentária do Brasil, nesse passado mês de agosto, foi 8,8, uma inflação maior do que a inflação geral, que foi de 7,2. Significa que os preços dos alimentos estão puxando, de alguma forma, a inflação geral e por essa via está afetando tanto a renda como o poder aquisitivo, principalmente da população mais pobre, que é a que gasta a maior parte do seu orçamento em alimentos.

Editora Rosa Amélia de Abreu: E qual seria a alternativa para que esses alimentos não fiquem tão caros?

Oficial de Políticas do escritório da FAO para a América Latina e Caribe - Fernando Soto: Também o Brasil tem um papel fundamental, na região, nesses mecanismos de integração e que já tem a segurança alimentar na pauta da sua política, mas é preciso continuar. Por outro lado, a América Latina tem que transformar, de alguma forma, os padrões de produção de consumo. A América Latina tem uma agricultura muito heterogênea. Por um lado, os agronegócios, modernos, muito concentrados, e, por outro lado, uma agricultura familiar de alguma forma responsável da maioria dos alimentos básicos, tradicionais, mas, na maioria da região, descuidada. Acho que o Brasil é o único país da América Latina que tem uma política pública rigorosa em relação ao apoio da agricultura familiar. No resto dos países da América Latina, não tem isso, e a FAO está reclamando, está colocando na pauta, a necessidade de investir na agricultura familiar de forma pesada.

Kátia: Ouvimos a entrevista de Fernando Soto, que é oficial de Políticas do escritório da FAO para a América Latina e Caribe.

Luciano: E não é só a FAO, organizações não governamentais internacionais também apostam que somos a nação mais preparada para combater a fome no mundo.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Permitir o acesso regular de todos a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares que promovam a saúde, respeitando as características culturais dos povos. Estamos falando de segurança alimentar e nutricional. Para Maya Takagi, secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o Brasil tem avançado nas políticas públicas.

Secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Maya Takagi: O governo tem feito vários programas de atendimento direto às famílias em situação de insegurança alimentar... O mais famoso, o mais conhecido, é o Bolsa-Família, que é uma transferência de recurso, e o governo tem um grande programa de distribuição de alimentos que vêm da agricultura familiar. Então, a gente já faz essa ligação, estimulando uma produção local, uma produção de pequenos agricultores, para destinar esses alimentos para quem precisa.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Pelo terceiro ano seguido, um estudo da organização não governamental ActionAid, que atua em mais de 40 países, aponta o Brasil como a nação mais preparada para combater a fome. O modelo brasileiro de segurança alimentar já está sendo adotado por outros países. Mas a maior preocupação não é só dar acesso à alimentação e, sim, garantir o preço desses alimentos. É o que explica Hélder Muteia, representante da FAO no Brasil.

Representante da FAO no Brasil - Hélder Muteia: Na FAO, nós olhávamos para o Brasil como um modelo, onde uma espécie de laboratório de políticas estão tendo sucesso, e que nós esperamos replicá-las em outros contextos, particularmente na África e no Sul da Ásia, onde a situação da fome está de certa forma estigmatizada. Então, o Brasil poderá, através da cooperação Sul-Sul, ajudar esses países a saírem da situação crítica que se encontram.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O aumento no custo dos alimentos é apontado como o maior responsável pela insegurança alimentar em todo o mundo. Nessa questão, o Brasil também avança na construção de restaurantes comunitários. Aline Pozzi, nutricionista da Secretaria de Segurança Alimentar do Distrito Federal, conta que hoje já são mais de 400 restaurantes em todo o país.

Nutricionista da Secretaria de Segurança Alimentar do Distrito Federal - Aline Pozzi: O mensal que chega aqui, ele paga R$ 1,00 pelo prato e o governo R$ 3,50. O prato protéico aqui é sempre uma carne, ou um frango, ou um peixe, e a gente sabe que a proteína é o item mais caro do cardápio. Enfim, a população que vem a um restaurante comunitário, ela está tendo acesso a uma alimentação realmente balanceada que, em casa, muitas vezes, não teria condições de repetir este prato devido ao custo.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A dona de casa Junia Silva só consegue fazer uma refeição balanceada a um preço simbólico nos restaurantes comunitários.

Dona de casa - Junia Silva: Comida gostosa, tem saladinha, tem fruta, e é saudável para as crianças, né? Por isso que a gente come aqui duas a três vezes na semana.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Dentro das diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome acaba de elaborar, com participação da sociedade, o Plano de Segurança Alimentar para os próximos quatro anos. De Brasília, Cleide Lopes.

Kátia: Mais informações sobre segurança alimentar na página eletrônica: www.mds.gov.br/segurancaalimentar.

Luciano: E como é avaliado o hábito alimentar do brasileiro?

Kátia: Não comer pode matar, mas comer de forma errada também pode desenvolver doenças graves, como a diabetes, por exemplo.

Luciano: Por isso, desde 1999, existe a Política Nacional de Alimentação e Nutrição, que trata não só da desnutrição infantil e materna, mas também do sobrepeso e da obesidade.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Há 20 anos, durante a gravidez, a dona de casa Roseni Silva descobriu que tinha grandes chances de desenvolver diabetes. Era pré-diabetes e que teria que reaprender a viver nessa condição. Mas a consciência pesou só em 2007, foi quando Roseni entrou no programa “Doce Desafio”, uma iniciativa da Universidade de Brasília, que orienta quem tem diabetes ou pré-diabetes. Dentro desse programa é preciso passar por um treinamento de força, é um parâmetro para o orientador prescrever exercícios. Mas o que mudou para valer na rotina dela foi a alimentação.

Dona de casa - Roseni Silva: Eu como de três em três horas, eu tomo bastante líquido, como bastante fruta. Em termos de alimentação, eu tenho consciência, eu sei o que eu posso comer...

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): A coordenadora do programa “Doce Desafio”, Jane Dullius, explica, são poucas as pessoas que leem as informações nos rótulos de embalagens. Segundo ela, existem produtos lights com valores nutricionais acima dos produtos tradicionais. Jane ainda orienta, não apenas diabéticos, mas todos precisam ter consciência na hora de se alimentar.

Coordenadora do programa “Doce Desafio” - Jane Dullius: É impossível a gente ter saúde se a gente não cuidar daquilo que a gente põe para dentro, como ideias, mas também como alimentação. Então, uma alimentação saudável é fundamental para você, por exemplo, evitar uma série de doenças que hoje em dia são a principal causa de morte de custos para o sistema de saúde, inclusive.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Além do diabetes, outro problema causado pela má alimentação, segundo o Ministério da Saúde, são as doenças cardiovasculares, que estão associadas às principais causas de morte no Brasil. A má alimentação está ligada também a problemas psicológicos causados pelo excesso de peso. De acordo com a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, há 12 anos o governo tem uma política nacional que incentiva boas práticas à mesa.

Coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde: Desde 1999, o Ministério da Saúde tem uma política, que é a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. Essa política estabelece um conjunto de ações vinculadas aos serviços de saúde para a promoção da alimentação saudável, desde o hábito de amamentar, incentivar o aleitamento materno, até o tratamento de uma doença associada à alimentação já no indivíduo adulto. Também estamos trabalhando numa perspectiva bastante intersetorial, que é com o desenvolvimento de um Plano Nacional de Prevenção e Controle da Obesidade, entendendo que a obesidade é uma doença, mas que demanda respostas de um conjunto de atores da sociedade, como da agricultura, da área de comunicação, do setor saúde e do setor de desenvolvimento social.

Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Neste Dia Mundial da Alimentação, especialistas estão de olho nos hábitos dos brasileiros à mesa. Segundo pesquisa do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 90% das pessoas comem poucas frutas, legumes e verduras. De Brasília, Aline Bastos.

Kátia: Sete e dezoito.

Luciano: A população que vive na região de Santarém, no Pará, vai ser beneficiada com mais uma Unidade Básica de Saúde Fluvial.

Kátia: Isso porque o Ministério da Saúde entregou hoje mais um barco com equipes do Programa Saúde da Família, para atender 72 comunidades ribeirinhas nas margens do rio Tapajós.

Luciano: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica quais são os serviços de saúde que a população vai ter acesso com o barco.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Para se ter ideia, essa Unidade Básica de Saúde Fluvial vai acompanhar cerca de 15 mil pessoas que precisam ter lá na sua comunidade distante, nos rios, os mesmos cuidados de vacinação, de acompanhamento com médicos de quem tem hipertensão e diabetes, os cuidados de combate para doenças típicas daquela região, como doenças intestinais, doenças como malária, de cuidados para prevenção do câncer de colo de útero, do câncer de mama, do câncer de próstata. E que a gente possa oferecer para essas pessoas uma Unidade Básica Fluvial que vai ter consultório médico, local para laboratório de exame, atendimento odontológico.

Kátia: A 8ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que traz como tema “Mudanças Climáticas, Desastres Naturais e Prevenção de Risco”, foi um dos temas do programa Bom Dia, Ministro desta sexta-feira.

Luciano: O ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, recomendou aos pais que estimulem os filhos a estudar, que participem da rotina escolar e que levem as crianças e os adolescentes aos eventos da semana, que será realizado em todo o país de 17 a 23 de outubro.

Ministro de Ciência e Tecnologia - Aloizio Mercadante: Porque a gente não pode viver num país que o jovem acha que a única aspiração é ser jogador de futebol ou entrar num grupo de pagode; a moça quer ser modelo ou trabalhar na novela, e todos querem ir para o “BBB”. Não tenho nada contra nada disso. Acho que é um direito de cada um fazer o que acha que deve fazer. Mas nós precisamos que a nossa juventude se motive para ser um cientista, para ser um profissional, um pesquisador, para ajudar a sociedade a resolver os seus problemas, para melhorar a vida de todos. Essa aspiração é que nós queremos motivar com essa semana. Olhar para a ciência, para o estudo. Quer dizer, quem estuda na vida escolhe o que vai ser depois. Quem não estuda é escolhido ou não.

Kátia: Ainda no programa, Mercadante informou que na próxima segunda-feira vai ao morro do Alemão, no Rio de Janeiro, começar o levantamento sobre a qualidade da água no Brasil.

Luciano: A Sociedade Brasileira de Química e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação estão distribuindo 25 mil kits com soluções químicas, recipientes e medidores a alunos do Ensino Médio e dos anos finais do Ensino Fundamental de escolas públicas.

Kátia: A iniciativa faz parte do Ano Internacional da Química, instituído pela ONU e está dentro da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Ministro de Ciência e Tecnologia - Aloizio Mercadante: Nós vamos iniciar uma coleta da qualidade da água. Nós distribuímos 25 mil kits para analisar a qualidade da água no Brasil. Nós vamos ver o PH da água, a acidez da água, quer dizer, o nível de contaminação da água. Isso vai ser feito em todo o território brasileiro, pelas escolas públicas, através da Semana de Ciência e Tecnologia. Esse levantamento vai para um portal no Brasil, até o final do ano, e vai para um portal do mundo, porque esse ano é o Ano Internacional da Química definido pela ONU. Esse levantamento vai ser feito no mundo inteiro e num único portal, nós vamos ter uma visão de como é que está a água, as fontes de água no planeta.

Luciano: A ideia é que os alunos coletem amostra de água de fontes naturais, meçam a contaminação da água e lancem dados no qnint.sbq.org.br/qni.

“A doença vai embora junto com a sujeira
verme, bactéria, manda embora embaixo da torneira.
Lava uma mão...”

Kátia: E o assunto ainda é água, Luciano, só que para lavar as mãos. Hoje é o Dia Mundial de Lavar as Mãos. E os Ministérios da Saúde e da Educação lançaram a campanha “Saúde a Gente Também Aprende na Escola - Lave as Mãos com Água e Sabão”.

Luciano: Isso porque, Kátia, dados da Organização Mundial da Saúde, OMS, mostram que a maioria das infecções poderia ser prevenida por meio de uma única medida: lavar as mãos sempre e de forma correta.

Kátia: O coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz, Carlos Eduardo Figueiredo, explica que lavar as mãos é o único ato que tem comprovação científica de redução eficaz de doenças e infecções hospitalares.

Coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz - Carlos Eduardo Figueiredo: É um ato extremamente simples, bastante barato que tem uma efetividade absurda com relação ao controle da infecção. Custa muito pouco do nosso tempo e que tem um impacto muito grande na saúde e, principalmente, na prevenção de infecções extremamente graves. Vai salvar muitas vidas com esse ato, que é um ato extremamente simples.

Luciano: O especialista da Fiocruz dá dicas de como prevenir doenças que podem ser transmitidas pelas mãos sujas.

Coordenador da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto Fernandes Figueira da Fiocruz - Carlos Eduardo Figueiredo: Antes de ir ao banheiro, antes de se alimentar, após contato com secreções, contato com os olhos, depois de cumprimentar as pessoas você deve lavar as mãos. A gente pode usar um sabonete líquido com água ou, o que também é bastante efetivo e tem uma certa economia no tempo do procedimento, a higienização das mãos com álcool.

“Lava uma mão, lava outra, lava uma, lava outra, lava uma...”

Kátia: Começa neste fim de semana no horário de verão nos estados das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e também na Bahia.

Luciano: A mudança ocorre à 0h de domingo, quando quem mora nesses locais precisa adiantar o relógio em uma hora.

Kátia: O horário de verão só termina no dia 26 de fevereiro do ano que vem. E com o início do horário de verão no domingo, a Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, orienta passageiros a entrar em contato com as companhias aéreas para confirmarem os horários de decolagem dos voos e, assim, evitar problemas.

Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Kátia: Presidenta Dilma firma pacto do Plano Brasil Sem Miséria com governadores da região Sul.

Luciano: Governo federal libera R$ 1 bilhão para a construção do metrô de Porto Alegre.

Kátia: Agricultores familiares de Minas Gerais e da Bahia recebem 150 toneladas de sementes de milho e feijão.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Kátia: Siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos segunda-feira. Boa noite, um bom fim de semana.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite, bom fim de semana e até segunda.