14/11/2011 - A Voz do Brasil

O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, marca a maior campanha de conscientização já feita sobre essa doença e, de acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e outubro deste ano, o número de diabéticos beneficiados com medicamentos de graça aumentou 202%, passando de 306 mil para 925 mil. A Pesquisa sobre Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário, feita pelo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção mostrou que 1 em cada 3 brasileiros compra roupas todo mês e o dinheiro ainda é a principal forma de pagamento. Estas e outras informações vão servir para fortalecer o setor, que é um dos principais geradores de emprego e renda no país, mas sofre a concorrência de empresas estrangeiras. O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciou novos secretários. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

14/11/2011 - A Voz do Brasil

O Dia Mundial do Diabetes, 14 de novembro, marca a maior campanha de conscientização já feita sobre essa doença e, de acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e outubro deste ano, o número de diabéticos beneficiados com medicamentos de graça aumentou 202%, passando de 306 mil para 925 mil. A Pesquisa sobre Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário, feita pelo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção mostrou que 1 em cada 3 brasileiros compra roupas todo mês e o dinheiro ainda é a principal forma de pagamento. Estas e outras informações vão servir para fortalecer o setor, que é um dos principais geradores de emprego e renda no país, mas sofre a concorrência de empresas estrangeiras. O Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciou novos secretários. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:24

Apresentadora Edla Lula: Aumenta em mais de 200% o número de diabéticos que têm acesso a remédio de graça.

Apresentador Luciano Seixas: Pesquisa inédita traça perfil do consumo de roupas no Brasil e vai ajudar o governo e empresas a adotarem políticas contra a concorrência internacional.

Edla: Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anuncia novos secretários.

Luciano: Segunda-feira, 14 de novembro de 2011.

Edla: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Edla: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.

Edla: Quatorze de novembro é o Dia Mundial do Diabetes. A data marca a maior campanha de conscientização já feita sobre essa doença.

Luciano: Aqui, no Brasil, Edla, mais de 8 milhões de pessoas sofrem com o diabetes, mas o tratamento e os remédios são oferecidos de graça, na rede pública de saúde.

Edla: E de acordo com o Ministério da Saúde, entre janeiro e outubro deste ano, o número de diabéticos beneficiados com medicamentos de graça aumentou 202%, passando de 306 mil para 925 mil. Carla Wathier.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A estudante Michaelly dos Anjos é diabética há cinco anos, descobriu a doença aos nove anos de idade. Ela faz o tratamento pela rede pública, vai ao posto de saúde buscar a medicação. São três doses de insulina por dia.

Estudante - Michaelly dos Anjos: De manhã eu aplico a insulina, antes de eu lanchar. Aí, na hora do almoço, depois que eu almoço, e dez horas antes de eu dormir. Se eu não cuidar de agora, daqui para frente, eu posso ficar cega, várias doenças podem acontecer.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): No Dia Mundial do Diabetes, o Ministério da Saúde chama a atenção para a importância da prevenção contra a doença, que atinge 6,3% da população brasileira. São mais de 8 milhões de pessoas. Outros 3 milhões têm a doença, mas não sabem. Urinar com frequência, sede excessiva, perda de peso, cansaço, visão embaçada, feridas de difícil cicatrização são alguns sintomas da doença. O diabetes Tipo 1 não pode ser prevenido, mas o Tipo 2, responsável por 90% dos casos, pode ser evitado com alimentação saudável e exercício físico. O Ministério da Saúde concentra esforços no aumento da oferta de medicamentos gratuitos, por meio do Programa Saúde Não Tem Preço. Entre fevereiro e outubro deste ano, o número de diabéticos beneficiados passou de 843 mil para quase 3 milhões. Além disso, o governo federal está implantando em todo o país as Academias da Saúde, que são espaços onde todo mundo pode praticar exercício. A dona de casa Elvira de Mendonça é uma das frequentadoras em Brasília.
Dona de casa - Elvira de Mendonça: Eu amo fazer exercício físico. Faço... Assim, minhas atividades todas, desde que eu era criança, eram de correr, de me exercitar, e eu faço exercício físico cinco vezes na semana. Sinto leve.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Prevenção e educação são os focos da campanha mundial da qual o Brasil também faz parte. Quem dá a dica é a endocrinologista Hermelinda Pedrosa, coordenadora do Programa de Educação e Controle de Diabetes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

Coordenadora do Programa de Educação e Controle de Diabetes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal - Essa campanha nós estamos alertando para esse dado impactante: um paciente, a cada oito segundos, morre pela doença. Então, o grande ponto, hoje, que nós temos para apresentar para a população é se prevenir, e essa prevenção passa a partir da descoberta de que uma alimentação saudável e uma atividade física regular pode reduzir em mais de 58% a chance de evoluir para o diabetes. Então, é prevenção a palavra-chave.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A campanha mundial de combate à doença é promovida pela Federação Internacional de Diabetes e segue até 2013. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o número de brasileiros hipertensos e que também são beneficiados pelo Programa Saúde Não Tem Preço saltou de 658 mil, em janeiro, para 2,5 milhões, no mês passado.

Edla: Os remédios de graça para hipertensão e diabetes são distribuídos nas farmácias populares e conveniadas.

Luciano: Para pegar os medicamentos, os pacientes precisam apresentar CPF, documento com foto e receita médica.

“Café com a Presidenta”

Edla: No programa Café com a Presidenta de hoje, Dilma Rousseff afirmou que o governo vai enfrentar dois dos principais problemas da saúde pública: a superlotação nos prontos-socorros e a falta de leitos nos hospitais.

Luciano: A presidenta explicou que a ação vai começar por 11 hospitais de referência e que vai incluir também investimentos em Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs 24 horas, e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Samu.

Presidenta Dilma Rousseff: Para esse programa dar certo, precisamos melhorar a gestão dos hospitais e o treinamento das equipes. E, para isso, vamos contar com a parceria dos melhores hospitais do país, aqueles que são chamados hospitais de excelência. Mas a gente sabe que não se resolve o problema da qualidade do atendimento somente melhorando os pronto-socorros. O SOS Emergências estará integrado a outras ações do Programa Saúde Toda Hora, que prevê investimentos de R$ 18,8 bilhões, até 2014. Esses recursos vão para a rede do Samu, para as UPAs 24 horas, que são as Unidades de Pronto Atendimento. Também serão utilizados para ampliação de leitos de UTI.

Edla: E, segundo a presidenta Dilma, por meio do Programa Melhor em Casa, lançado na semana passada, pacientes vão receber tratamento com segurança e cuidado, sem sair de casa.

Presidenta Dilma Rousseff: Nós vamos atender em suas próprias casas os doentes crônicos, os pacientes que estão em recuperação de cirurgias e as pessoas em processo de reabilitação motora. Nós vamos investir R$ 1 bilhão, até 2014. Serão contratadas mil equipes de atenção domiciliar e mais 400 equipes de apoio. Os governos estaduais e as prefeituras serão nossos queridos parceiros, porque um programa dessa dimensão, ele precisa de uma ação integrada. Eles é que vão selecionar, contratar e coordenar o trabalho das equipes do Melhor em Casa. Quando as mil equipes estiverem habilitadas, nós vamos conseguir atender 60 mil pacientes em suas casas, em todo o Brasil. Agora, tem uma coisa importante: os médicos dos hospitais vão indicar o tratamento domiciliar dependendo do caso de cada paciente, mas a opção de aderir ao programa será sempre do paciente e de sua família.

Luciano: A presidenta Dilma lembrou ainda que o Brasil é o único país do mundo, com mais de 100 milhões de habitantes, que assumiu o desafio de ter um sistema de saúde universal, público e gratuito.

Edla: E ainda falando em saúde, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje novos investimentos em dois hospitais universitários, de Uberaba e Uberlândia, no estado de Minas Gerais.

Luciano: Segundo o ministro, cerca de 30 municípios da região do triângulo mineiro vão ser beneficiados com a ampliação de tratamento contra o câncer, novos equipamentos e a contratação de mais profissionais de saúde.

Edla: O repórter Adilson Mastelari conversou com o ministro Alexandre Padilha sobre esses investimentos. Vamos ouvir.

Repórter Adilson Mastelari: Ministro, o senhor fez uma visita, então, durante essa manhã, a Uberaba, enfim, ao triângulo mineiro, acompanhando aí situação da saúde em algumas unidades dessa região. Que balança o senhor pode fazer?

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Estamos fazendo inaugurações em Uberaba, pela manhã, Uberlândia, durante a tarde, uma forte parceria do Ministério da Saúde com os hospitais universitários, federais e com as prefeituras, com investimentos, aqui em Uberaba, de cerca de R$ 20 milhões no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Uberaba e cerca de R$ 2,5 milhões no Hospital do Câncer de Uberaba. O grande objetivo deste investimento é poder ter possibilidade de contratar mais médicos, mais profissionais e equipamentos para o tratamento do câncer, no interior dos estados do nosso país. Em Uberlândia, serão cerca de R$ 33 milhões de investimentos, também para a contratação de mais profissionais e mais equipamentos. Essa é uma grande parceria do Ministério da Saúde com os hospitais universitários federais, que podem ser grandes centros não só de tratamento, mas de formação de profissionais para o interior do país. Um dos grandes desafios é levarmos mais atenção à saúde mais perto de onde as pessoas vivem.

Repórter Adilson Mastelari: Ministro, existe uma estimativa já de quantas pessoas devem ser atendidas por essas duas unidades?

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: São vários serviços. No caso de Uberaba, envolve mudanças no pronto-socorro, mudanças no tratamento do câncer. Hoje, no caso, esse serviço de tratamento do câncer em Uberaba atende cerca de 1.600 pessoas por mês, e a nossa meta é chegar a 6 mil pessoas por mês. Envolve centros de especialidades de tratamento para cirurgias, ambulatoriais e oftalmologia, para reduzir as filas de catarata. O Ministério da Saúde tem feito uma ação importante de redução das filas para a cirurgia de catarata. Nós colocamos... Mudamos a forma de repassar os recursos para que os municípios e estados possam fazer verdadeiras mobilizações, mutirões de cirurgias de cataratas, sobretudo no interior do país. São vários serviços que envolvem um número importante de pessoas e envolvem mais de 30 municípios beneficiados.

Repórter Adilson Mastelari: Eu conversei com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ministro, agradeço muito a sua participação aqui, na Voz do Brasil.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Um grande abraço.

Luciano: E a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, proibiu a importação, a fabricação, a distribuição e a comercialização, em todo o território nacional, de alimentos e bebidas à base de aloe vera, também conhecida, aqui, no Brasil, como babosa.

Edla: A resolução da Anvisa foi publicada no Diário Oficial da União de hoje e a justificativa para proibir o uso da aloe vera é por não haver comprovação da segurança de uso, nem registro na Agência.

Luciano: A resolução informa ainda que está liberado apenas o uso da aloe vera como aromatizante de alimentos e bebidas.

Edla: Sete e onze.

Luciano: Um em cada três brasileiros compra roupas todo o mês e o dinheiro ainda é a principal forma de pagamento.

Edla: É, esses são alguns dos resultados da Pesquisa sobre Usos, Hábitos e Costumes do Consumidor Brasileiro de Vestuário, feita pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções.

Luciano: As informações vão servir para fortalecer o setor, que é um dos principais geradores de emprego e renda no país, mas sofre com a concorrência de empresas estrangeiras.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): A estudante Rayanne dos Santos tem 22 anos e adora roupas novas. Para ela, ir ao shopping ou à feira é um dos passeios preferidos e, se pudesse, comprava uma peça todo dia.

Estudante - Rayanne dos Santos: Eu gosto de comprar calça jeans, blusa, vestido, mas o meu ponto fraco é calça jeans.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): Um em cada três brasileiros costuma comprar roupa todo o mês. A maioria não se preocupa com a origem do produto. Conforto, bom preço e qualidade são as principais características observadas na hora da compra. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. O levantamento também mostra que as mulheres são as que mais compram peças de vestuário. As lojas de rua lideram a preferência dos entrevistados; no entanto, se o consumidor é mais jovem, a opção escolhida para as compras é o shopping. O dinheiro é a forma de pagamento mais utilizada, seguido pelo cartão de crédito. A televisão é a principal fonte de informação sobre moda, e o jeito como os artistas e personalidades se vestem influencia bastante os consumidores brasileiros. Assim também pensa a vendedora de roupas Fábia Monteiro.

Vendedora de roupas - Fábia Monteiro: As pessoas, elas imitam muito, né? Então, quando elas veem alguém na televisão com alguma moda, alguma roupa diferente, elas querem usar, querem parecer com as artistas. Então, eu acho assim, que elas lançam moda, sim.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): A pesquisa tem como objetivo entender o momento pelo qual passa a indústria têxtil. O setor é considerado estratégico pelo governo por gerar emprego e renda. É o quarto maior do mundo, só no ano passado teve um faturamento de US$ 60 bilhões. No Plano Brasil Maior, a indústria têxtil já foi beneficiada com a desoneração da folha de pagamento. Segundo Talita Saito, coordenadora-geral das Indústrias Intensivas em Mão de Obra do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, ao mapear os novos padrões de consumo será possível também traçar estratégias para aumentar a competitividade e a produtividade do setor.

Coordenadora-geral das Indústrias Intensivas em Mão de Obra do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Talita Saito: Os produtos brasileiros, eles têm que encontrar maneiras de ganhar mercado lá fora, e a maneira que a gente encontra, além de ganhar competitividade por outros meios, que não é uma medida isolada, precisa de um conjunto de ações para ganhar competitividade, mas é importante também que a gente invista em design. Ter um design diferenciado, ter uma agilidade na produção, saber detectar rapidamente o que o consumidor está desejando e produzir para aquele consumidor.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): A pesquisa ouviu quase 2 mil pessoas nas principais capitais do país. Com colaboração de Carla Wathier, de Brasília, João Fagundes Neto.

Edla: O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anunciou hoje novos secretários da Pasta. O repórter Adilson Mastelari tem mais informações ao vivo. Boa noite, Adilson.

Adilson Mastelari (ao vivo): Boa noite, Edla. Boa noite, Luciano. Boa noite a todos. Para a Secretaria Executiva do Ministério do Esporte, Aldo Rebelo escolheu Paula Pini, que é especialista em desenvolvimento urbano, e desde 1998 vinha atuando nessa área no Banco Mundial, em Washington. Também coordenou ações para a América Latina, Caribe e África. A Assessoria Internacional do Ministério do Esporte vai ser chefiada pelo diplomata Carlos Henrique Cardim. Ele já ocupou postos na Noruega, Paraguai, Estados Unidos, Venezuela, Chile e Argentina. Já ocupou cargos junto à Presidência da República como assessor do ministro-chefe da Casa Civil em 1986, e foi diretor da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Para a Secretaria Nacional de Esportes, Educação, Lazer e Inclusão Social, o ministro do Esporte chamou Afonso Barbosa, que fez carreira na Marinha até 2007, e já foi diretor de Política e Estratégia do Ministério da Defesa em 2005. Atualmente, vinha ocupando a diretoria da Empresa Bunge Brasil. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, explicou sobre os critérios de escolha dos novos secretários da Pasta.

Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: Critério técnico, critério político, critério administrativo, critério de capacidade intelectual, de experiência de vida, de compromisso com o interesse público, compromisso com o interesse nacional e também de afinidade pessoal.

Adilson Mastelari (ao vivo): E ainda segundo Aldo Rebelo, os novos secretários tomam posse logo, mas as datas ainda não foram definidas. Edla e Luciano.

Edla: Obrigada, Adilson Mastelari, pela participação, ao vivo, aqui, na Voz do Brasil.

Luciano: A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e cinco universidades brasileiras firmaram um convênio para criar observatórios de direito à memória e à verdade.

Edla: A meta do governo é incentivar que professores e estudantes universitários façam pesquisas sobre o período da ditadura militar no Brasil.

Luciano: A repórter Ana Gabriella Sales conversou com a secretária nacional de Promoção dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Nadine Borges. Vamos ouvir.

Repórter Ana Gabriella Sales: Como vão funcionar esses observatórios?

Secretária nacional de Promoção dos Direitos - Nadine Borges: A ideia inicial é nesse momento que a presidenta Dilma já deve sancionar a Comissão da Verdade, e atendendo ao que está previsto no Programa Nacional de Direitos humanos, a ministra Maria do Rosário, na Secretaria de Direitos Humanos, nós entendemos que era o momento fomentar, de ajudar os pesquisadores, as universidades brasileiras para se integrarem e ter uma linha de pesquisa específica para trabalhar a memória e verdade, e pesquisar justamente esse período.

Repórter Ana Gabriella Sales: Essas foram as cinco primeiras universidades, a ideia é ampliar também para outras universidades do Brasil, tanto federais quanto estaduais?

Secretária nacional de Promoção dos Direitos - Nadine Borges: Nós firmamos esse termo de cooperação já com universidades do Ceará, do Rio Grande do Sul, de São Paulo, do Pará, e queremos ampliar o número para envolver aí vários cursos, alunos de História, Direito, Filosofia, Ciências Sociais. A ideia é que as universidades tenham esses observatórios, os alunos possam se dedicar exclusivamente com pesquisas de memória e verdade para investigar esse período da repressão, e a história do Brasil, na verdade, desse período recente de repressão que o país vivenciou.

Repórter Ana Gabriella Sales: E como os estudantes e professores universitários vão poder executar essas pesquisas? Vem aí um novo convênio?

Secretária nacional de Promoção dos Direitos - Nadine Borges: Não, a ideia é que as estruturas das universidades, claro, nós vamos utilizar isso, e a linha de pesquisa específica, o financiamento se dará também com uma parceria que a Secretaria de Direitos Humanos está firmando com a Capes, com o Ministério da Educação para fomentar. Então, teremos muitos estudantes que terão bolsas de mestrado, doutorado, alunos de início de graduação para poder se dedicar com exclusividade para essa pesquisa.

Repórter Ana Gabriella Sales: Agora, na próxima quinta-feira, está prevista então a sanção da Comissão da Verdade, um assunto amplamente discutido no Congresso Nacional. É um momento, então, importante essas duas ações?

Secretária nacional de Promoção dos Direitos - Nadine Borges: Muito importante. E é na próxima sexta, dia 18, a presidenta Dilma deve sancionar o projeto, criando a Comissão da Verdade e, talvez, tão importante quanto à Comissão da Verdade é a sanção que a Presidenta fará da Lei de Acesso à Informação, que acaba com o sigilo de qualquer documento, principalmente sobre violação de direitos humanos, e permite não só do passado, mas que a partir de agora qualquer cidadão tenha acesso a qualquer informação pública.

Edla: Ouvimos a entrevista com Nadine Borges, secretária nacional de Promoção dos Direitos Humanos.

Luciano: Mais informações em www.sedh.gov.br.

Edla: Para ajudar o consumidor a saber como são compostas as tarifas de energia elétrica, o que está embutido no custo, quais são os impostos pagos na conta de luz, Luciano, a Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, publicou uma edição da cartilha “Por Dentro da Conta de Energia”.

Luciano: A cartilha apresenta as novas regras de cobrança de tarifas aprovadas este mês pela Aneel, que prometem reduzir o valor da conta. Paulo La Salvia explica.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Setenta e um porcento da energia elétrica que chega na casa das pessoas vem da água dos rios. Mas para a luz, clarear o ambiente doméstico, um verdadeiro quebra-cabeça precisa ser montado. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, as empresas geradoras produzem a energia, as transmissoras a transportam do ponto de geração até cidades por meio do sistema interligado nacional, com 100 mil quilômetros de extensão. Já as distribuidoras, fazem a energia chegar nos lares dos brasileiros. Existem ainda as comercializadoras, empresas autorizadas a comprar e vender energia para os consumidores que têm maior consumo, como a indústria e o comércio. Mas boa parte das pessoas desconhece este processo e também não sabe o que entra na conta. Não é só a taxa de iluminação pública que entra na conta de luz, também são cobradas outras taxas, como a da manutenção do sistema elétrico e impostos. E para deixar esta maratona de números e cálculos mais clara para o consumidor, a Agência Nacional de Energia Elétrica produziu uma cartilha. Em 17 páginas, o consumidor pode saber tudo o que é pago. Numa conta de R$ 100,00, por exemplo, R$ 31,00 correspondem à compra de energia nas geradoras, R$ 5,70 à transmissão, R$ 26,50 à distribuição, R$ 10,90 a encargos, como custo para financiar o sistema elétrico, e R$ 25,90 correspondem a impostos, como o ICMS, o PIS e a Cofins. Mas a tarifa final ainda pode variar até dentro de um mesmo estado. É o que explica o diretor da Aneel, Julião Silveira Coelho.

Diretor da Aneel - Julião Silveira Coelho: Esse número de ativos indistintos entre uma concessão e outra, a concessão que tem mais ativos tende a ter uma tarifa maior. Outro elemento que conta no cálculo das tarifas é a quantidade de consumidores que vão suportar aqueles custos da distribuidora. Então, quanto mais consumidores houver numa dada área de concessão menor tende a ser tarifa.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Quem quiser mais informações sobre o que entra na conta de energia elétrica pode ligar de graça para o número 167. Já quem estiver interessado em ler a cartilha da Aneel pode acessar o endereço eletrônico: www.aneel.gov.br. De Brasília, Paulo La Salvia.

Edla: As agências da Previdência Social vão estar fechadas amanhã, feriado da Proclamação da República.

Luciano: Já a central telefônica 135 vai funcionar apenas para atendimento eletrônico.

Edla: Na quarta-feira, o atendimento nas agências e na central 135 volta ao normal.

Luciano: Os segurados que desejarem fazer consultas e agendar serviços podem acessar a página: www.previdencia.gov.br.

Edla: As favelas da Rocinha e do Vidigal, no Rio de Janeiro, vão ganhar agências da Caixa Econômica Federal.

Luciano: Quando as agências ficarem prontas, entre os serviços disponíveis para os moradores dessas comunidades estão o pagamento do PIS, abono salarial, a emissão do Cartão do Cidadão e CPF, o pagamento do Programa Bolsa-Família, seguro-desemprego, FGTS e INSS.

Edla: O Banco do Brasil baixou os juros do financiamento de carros e no empréstimo com desconto em folha de pagamento.

Luciano: O anúncio vem depois de o Banco Central reduzir as exigências criadas no ano passado para que os bancos realizassem empréstimos a pessoas físicas.

Edla: Na última sexta-feira, o Banco Central havia decidido diminuir essas restrições e manter em 15% o valor mínimo a ser pago no cartão de crédito.

Luciano: Com isso, os bancos poderão reduzir as suas taxas de juros, exatamente o que fez hoje o Banco do Brasil.

Edla: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Luciano: Aumenta em mais de 200% o número de diabéticos que têm acesso a remédios de graça.

Edla: Pesquisa inédita traça o perfil do consumidor de roupas no Brasil e vai ajudar o governo e empresas a adotarem políticas contra a concorrência internacional.

Luciano: Ministro do Esporte, Aldo Rebelo, anuncia novos secretários.

Edla: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Lembrando que amanhã, dia 15 de novembro, feriado nacional, não haverá A Voz do Brasil.

Edla: E siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos quarta-feira. Boa noite!

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até quarta.