15/09/2011 - A Voz do Brasil

O governo federal anunciou hoje a construção de quase 5.000 creches e pré-escolas em mais de 1.400 municípios brasileiros. A ação faz parte do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil e vai contar com recursos do PAC 2. Entre 2004 e 2009, 26 milhões de brasileiros saíram da pobreza. Sendo que 6 milhões deixaram a extrema pobreza. O resultado faz parte do estudo divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas, Ipea. A vacinação contra o sarampo para crianças de até 7 anos termina amanhã. Segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde, mais de 88% das crianças de 1 a 7 anos de idade já foram vacinadas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

15/09/2011 - A Voz do Brasil

O governo federal anunciou hoje a construção de quase 5.000 creches e pré-escolas em mais de 1.400 municípios brasileiros. A ação faz parte do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil e vai contar com recursos do PAC 2. Entre 2004 e 2009, 26 milhões de brasileiros saíram da pobreza. Sendo que 6 milhões deixaram a extrema pobreza. O resultado faz parte do estudo divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas, Ipea. A vacinação contra o sarampo para crianças de até 7 anos termina amanhã. Segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde, mais de 88% das crianças de 1 a 7 anos de idade já foram vacinadas. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Publicado em 09/12/2016 18:24


A VOZ DO BRASIL – 15.09.2011.

Apresentadora Kátia Sartório: Presidenta Dilma Rousseff anuncia a construção de quase 5 mil creches e pré-escolas municipais.

Apresentador Luciano Seixas: Seis milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza entre 2004 e 2009.

Kátia: Governo anuncia que vai aumentar o IPI em 30% para veículos importados.

Luciano: Quinta-feira, 15 de setembro de 2011.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: O governo federal anunciou, hoje, a construção de quase 5 mil creches e pré-escolas em mais de 1.400 municípios brasileiros.

Luciano: A ação faz parte do Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil e vai contar com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento, PAC 2.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Crianças entrando na escola mais cedo e permanecendo no ambiente escolar por mais tempo. Esta é a proposta do governo federal ao anunciar a nova etapa do ProInfância, Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil. Até 2014, o governo federal prevê a construção de 4.943 novas creches e pré-escolas, para crianças de até 5 anos, em 1.466 municípios, além da construção de 6 mil novas quadras esportivas escolares. O ministro do Esporte, Orlando Silva, comemora a iniciativa que vai proporcionar aos estudantes brasileiros mais atividades dentro do ambiente escolar público.

Ministro do Esporte - Orlando Silva: É uma medida extraordinária. Primeiro porque uma quadra poliesportiva numa escola é uma sala de aula, a sala de aula de educação física. É também um lugar de encontro, de lazer, de integração da escola, das crianças brincarem, se divertirem, e, aos finais de semana, pode ser um lugar da comunidade.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): A seleção dos municípios que receberam as novas creches foi feita a partir das informações prestadas pelas próprias prefeituras durante o Censo Escolar. O prefeito de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, Nelson Trad Filho, já sabe qual será a cota do município.

Prefeito de Campo Grande/MS - Nelson Trad Filho: Oito unidades que vai proporcionar o abrigo de quase 2 mil crianças. E estamos só esperando a autorização para darmos início à licitação e edificação das obras.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): A construção das unidades de Educação Infantil está entre as metas do Plano Nacional de Educação. Uma delas é oferecer educação pública a 100% das crianças de 4 e 5 anos até 2016. E, para 2020, atender a metade do número de crianças brasileiras de até 3 anos. A presidenta Dilma Rousseff explicou que o governo federal se preocupa com todas as etapas da educação brasileira.

Presidenta Dilma Rousseff: Tratar da questão das creches é não só um dever para com as mulheres, as mães do nosso país, mas, sobretudo, com o futuro, que são as crianças. Um país tem que ser medido pela sua capacidade de atender as mães e as crianças.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O ProInfância vai investir, até 2014, na educação pública infantil mais de R$ 7,5 bilhões. Cada creche vai custar entre R$ 620 mil e 1,3 milhão. De Brasília, Daniela Almeida.

Kátia: Entre 2004 e 2009, 26 milhões de brasileiros saíram da pobreza. Desses 26,6 milhões deixaram a extrema pobreza.

Luciano: O resultado faz parte do estudo divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada, Ipea.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): De acordo com o estudo de 2004 a 2009, a desigualdade na distribuição de renda entre os brasileiros diminuiu 5,6%, e a renda média real subiu 28%. Nesse período, as famílias com renda mensal maior ou igual a um salário mínimo por pessoa subiu de 29% para 42%. Três fatores contribuíram para esse resultado: o crescimento econômico acompanhado da geração de emprego, o aumento real do salário mínimo e a transferência de renda, como explica o técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, Rafael Osório.

Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea - Rafael Osório: Embora o Bolsa-Família tenha uma cobertura muito boa das famílias pobres e das famílias extremamente pobres, isto é, quase todas as famílias pobres e extremamente pobres, hoje, no Brasil, uma porcentagem muito grande delas recebem o programa, como o valor transferido é baixo, nenhuma família sai da pobreza ou da extrema pobreza só recebendo salário mínimo. As famílias que saem da pobreza ou da extrema pobreza por causa da transferência do Bolsa-Família, elas têm também algum outro tipo de renda.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O estudo mostra também que 6 milhões de pessoas deixaram de viver na extrema pobreza e que as políticas públicas podem contribuir para uma redução ainda maior, de acordo com Rafael Osório.

Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea - Rafael Osório: Cada vez menos, as pessoas que estão na extrema pobreza são pessoas que serão facilmente resgatadas via mercado de trabalho. Fazer as transferências de renda, aumentarem em valor e aumentarem em cobertura para pegar ainda as poucas famílias pobres e extremamente pobres que estão fora do Bolsa-Família, hoje, é uma coisa relativamente mais fácil.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O maior índice da pobreza extrema ainda está concentrado no Nordeste do país. De Brasília, Cleide Lopes.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Mais informações sobre o estudo do Ipea em www.ipea.gov.br.

Luciano: O governo federal e o governo do estado de Rondônia assinaram hoje um pacto para acabar com a extrema pobreza na região.

Kátia: Além do Bolsa-Família, a população com renda mensal inferior a R$70,00 vai receber uma complementação do governo estadual de R$ 30,00 por membro da família até o valor máximo de R$ 150,00.

Luciano: A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, explica a medida.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: O governo vai entrar com um valor a mais, ou seja, além do que a gente paga no Bolsa-Família, para as famílias que recebem o Bolsa-Família, mas continuam em situação de extrema pobreza, o governo do estado vai complementar o valor do Bolsa-Família. Essa complementação vai variar de R$ 30,00 a R$ 150,00, portanto, é muito provável que a grande maioria da população em extrema pobreza saia da situação de extrema pobreza somente com essa complementação de renda. Então, nós vamos, em Rondônia, rapidamente, conseguir superar a situação de extrema pobreza.

Kátia: Cerca de 121 mil habitantes de Rondônia estão em situação de extrema pobreza, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Luciano: Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, anunciaram agora há pouco medidas para o setor automotivo.

Kátia: O repórter Adilson Mastelari tem mais informações ao vivo. Boa noite, Adilson.

Repórter Adilson Mastelari (ao vivo): Boa noite, Kátia. Boa noite, Luciano. Aproveitando a fala do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, as medidas são de estímulo à indústria automobilística brasileira e também argentina, que tem veículos que são vendidos, aqui, no Brasil. Para isso, o governo está valorizando o mercado interno, a indústria automobilística nacional, e está elevando o IPI de automóveis e caminhões em cerca de 30%. Essa medida deve atingir, principalmente, os veículos que são importados. As empresas que são produtoras de automóveis e veículos no Brasil, com no mínimo 65% de conteúdo nacional e regional, porque envolve a Argentina, como eu havia dito, essas empresas não vão ter esse aumento do IPI, ou seja, vão poder continuar, vão ter que continuar praticando os preços atuais. Só para dar uma ideia, elas vão ter que preencher de 6 a 11 requisitos, essas empresas com 76% do conteúdo. Esses requisitos, de 6 a 11 requisitos, envolvem, por exemplo, montagem, pintura, fabricação de motores e injeção de plástico. Portanto, as empresas que preencherem esses requisitos não terão essa participação em torno de 30%. De qualquer forma, como a medida começa a valer amanhã, elas vão entrar em vigor, na prática, dentro de 60 dias, que é o prazo que as empresas terão para comprovar que elas se enquadram dentro desses, no máximo, 11 requisitos. E a medida vai valer até dezembro de 2012, a partir de dezembro de 2012, aí outras medidas virão. Por enquanto, essas medidas anunciadas hoje vão valer até o final do ano que vem. E são essas as informações que temos aqui, reforçando então que é para valorizar o mercado interno, a produção de veículos, aqui, no país, e garantir também os empregos no setor automotivo. Kátia e Luciano.

Kátia: Obrigada, Adilson Mastelari, pela participação, ao vivo, na Voz do Brasil.

Luciano: Sete e dez.

Kátia: Atenção pais, mães e responsáveis por crianças de até 7 anos: a vacinação contra o sarampo termina amanhã.

Luciano: Segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde, mais de 88% das crianças de 1 a 7 anos de idade já foram vacinadas.

Kátia: A segunda etapa da campanha começou no dia 13 de agosto em 18 estados e, aqui, no Distrito Federal.

Luciano: A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues, explica que tomar a vacina é fundamental para evitar que a doença reapareça no país.

Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde - Carla Domingues: Hoje, nós temos um fluxo enorme tanto de turistas quanto de pessoas que vem a trabalho. Então, se a pessoa não estiver protegida e ela tiver contato com esse vírus, ela vai adoecer. E se você, no município, tiver baixas coberturas, você corre o risco de ter surtos nessas localidades e você voltar a ter a transmissão da doença no país.

Luciano: Mais informações em www.saude.gov.br; ou no posto de saúde mais perto de casa.

Kátia: No Brasil, os jovens e as crianças consomem pouco peixe. A afirmação é do ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, que participou hoje do programa Bom Dia, Ministro.

Luciano: O ministro explicou a 8ª edição da Semana do Peixe, que começou dia 11 e vai até 24 deste mês.

Ministro da Pesca e Aquicultura - Luiz Sérgio: Nós temos uma produção que, per capita, o consumo brasileiro é de 9kg per capita. No entanto, esse consumo é inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, que são de 12kg per capita, e isso nós temos essa meta a atingir. Mas o fato que mais preocupa, principalmente o Ministério da Saúde, é que este consumo de 9kg é muito inferior quando se refere nos dados estatísticos aos jovens e às crianças, ou seja, as crianças e os jovens estão entre aqueles que menos consomem pescado no Brasil. Então, faz parte de um processo cultural de consumo alimentar que nós precisamos modificar e, nisto, a campanha da Semana do Peixe que nós estamos realizando, e neste ano em conjunto com o Ministério da Saúde, tem este objetivo: focar as famílias brasileiras que introduzir o hábito do consumo de pescado é introduzir um hábito saudável às famílias brasileiras.

Kátia: Questionado sobre o preço salgado do peixe, o ministro Luiz Sérgio lembrou que a produção de pescado ainda é pequena aqui, no Brasil, apesar de atingir 1,2 milhão de toneladas por ano.

Luciano: Mesmo assim, o ministro da Pesca garantiu que é possível encontrar em todo o país várias espécies de peixes a um preço acessível.

Ministro da Pesca e Aquicultura - Luiz Sérgio: Nós produzimos muito pouco peixe no Brasil, e o fato de produzir pouco, nós temos um processo da industrialização da cadeia do pescado muito aquém do que pode ser processado. Então, nós precisamos ir dentro de um processo em que à medida que o consumo for aumentando, nós teremos uma indústria que vai processar mais e, processando mais, ela terá um custo menor, e este custo menor vai refletir quando o consumidor estiver adquirindo o pescado. Mas quem for hoje numa rede de supermercados vai encontrar espécies muito boas de peixes que estarão sendo vendidos a preços que eu diria que dá para um trabalhador adquirir e comprar, e ele pode comprar tendo a certeza de que está levando uma proteína de excelente qualidade para sua família.

Kátia: E falando ainda em pescado, Luciano, você sabia que o Ômega 3, encontrado nos peixes, faz bem para o coração, diminui a depressão e também os índices do diabetes?

Luciano: É, Kátia, por isso, dizem os nutricionistas, é tão importante comer peixe pelo menos duas, três vezes por semana.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Tem opções para todos os gostos: peixes frescos, congelados, com ou sem espinha. O gerente de uma peixaria em Brasília, Valter Almeida, nota um aumento no consumo de pescados nos últimos anos.

Gerente de peixaria - Valter Almeida: Antigamente, a gente vendia 10, 12, 20 toneladas de peixe, hoje a gente chega a vender 80 toneladas de peixe por mês na rede. Então, a gente está vendo que o pessoal está gostando muito, está indo atrás do peixe mesmo.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Mas o consumo de pescados no país ainda tem muito espaço para crescer. O brasileiro consome, em média, 7kg de peixe por ano. Para a Organização Mundial da Saúde, o ideal seria chegar a 12kg. Na abertura da 8ª Semana do Peixe, o ministro da Pesca, Luiz Sérgio, visitou um supermercado, em Brasília, e estimulou o consumo e a produção de peixes em cativeiro.

Ministro da Pesca e Aquicultura - Luiz Sérgio: Sem fazer nenhum processo de disputa com o peixe capturado no extrativismo, mas nós queremos incentivar muito a aquicultura no Brasil, a criação em cativeiro.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): A grande diferença entre o peixe e os outros tipos de carne é que até a gordura é saudável, ela é rica em vitamina D, que ajuda a manter os ossos saudáveis, e Ômega 3, que também traz uma série de benefícios, como explica a nutricionista Carina Tafas.

Nutricionista - Carina Tafas: Além de ser fonte de proteína, de alto valor biológico, então os peixes contêm essas substâncias, que são os ácidos graxos essenciais, que a gente chama de Ômega 3. Eles atuam em várias funções no nosso organismo, principalmente na saúde do coração, prevenindo as doenças cardiovasculares, diminuindo incidência de AVC, na formação de trombos, e atua também nas doenças articulares, como artrite reumatóide, atua na depressão, melhorando o humor, e atua também diminuindo as enxaquecas. Então, existem vários benefícios, além do diabetes também, que ele ajuda a baixar altos glicerídeos.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): A aposentada Laudice Cerqueira já adotou o hábito saudável e elegeu a receita favorita.

Aposentada - Laudice Cerqueira: Eu gosto muito de moqueca, mas, às vezes, eu faço mais simples também, para não ficar muito caro.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Uma cartilha com várias receitas regionais e dicas de como comprar e armazenar os pescados está sendo distribuída aos consumidores. Uma das orientações na hora da compra é observar se os olhos estão brilhantes e as guelras avermelhadas. A Semana do Peixe vai até o dia 24 de setembro, com promoções de pescados em redes de supermercados e restaurantes que aderiram à campanha em todo o país. De Brasília, Ana Gabriella Sales.

Kátia: O deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA) é o novo ministro do Turismo.

Luciano: Ele aceitou o convite feito pela presidente Dilma Rousseff ainda na noite desta quarta-feira.

Kátia: Gastão Vieira é advogado e está no quinto mandato como deputado federal.

Luciano: O novo ministro do Turismo também já foi secretário de Educação e Planejamento no governo do Maranhão.

Kátia: Gastão Vieira substitui Pedro Novais, que pediu demissão do cargo ontem.

Luciano: E, hoje, o novo ministro do Turismo se reuniu de manhã com o ex-ministro Pedro Novais para discutir a continuidade dos trabalhos no Ministério.

Kátia: A cerimônia de transmissão de cargo deve ocorrer amanhã, aqui, em Brasília.

Luciano: Estão em greve, desde ontem, os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ECT, de todo o país. Mas, segundo a empresa, mesmo com a possibilidade de atrasos, a entrega diária de cartas e encomendas está mantida.

Kátia: Já os serviços de Sedex 10, Sedex Hoje e disque-coleta, por terem horário marcado, estão suspensos.

Luciano: Os Correios já colocaram em operação um plano de contingência, com redistribuição de funcionários e pagamento de horas extras.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): De acordo com a direção dos Correios, a paralisação em todo o país atinge 35% dos 107 mil funcionários. Dois terços dos carteiros e motoristas estão parados. O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, lembra que a empresa está aberta a negociações para por fim à greve.

Presidente dos Correios - Wagner Pinheiro de Oliveira: A empresa apela para que os nossos trabalhadores voltem ao trabalho, voltem à normalidade, para que dentro da normalidade nós restabeleçamos o diálogo, que dentro do diálogo temos certeza que vamos chegar a um bom termo, para, em especial, podermos bem atender a população brasileira que é a nossa finalidade principal.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Com a paralisação, estão comprometidos os serviços com hora marcada, como Sedex 10, Sedex Hoje e disque-coleta, que representam 0,11% do volume de serviços dos Correios, o que significa cerca de 5 milhões de encomendas e correspondências paradas nas agências. Ainda segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, a grande maioria das agências está funcionando, mas parcialmente. Ele orienta os clientes que estão preocupados, principalmente, com correspondências que envolvem prazos e valores.

Presidente dos Correios - Wagner Pinheiro de Oliveira: Quando envolve prazos de pagamento, nós estamos priorizando a entrega dessas correspondências. Então, quando você tem uma conta para vencer, a gente tem procurado priorizar. De qualquer maneira, é bom as pessoas ficarem atentas para o vencimento, porque as concessionárias, as empresas que têm essas cobranças não estão fazendo com que o vencimento seja postergado.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Para rastrear correspondências registradas, basta acessar a página eletrônica www.correios.com.br. E para tirar dúvidas é só ligar no 0800-7250100. De Brasília, Adilson Mastelari.

Kátia: Está para ser votada na Câmara dos Deputados uma proposta para mudar a lei no que diz respeito ao crime organizado.

Luciano: O novo texto trata, principalmente, dos meios de se conseguir provas e do procedimento criminal para especificar o tipo de participação dos membros nas organizações e aumentar o rigor na punição dos envolvidos.

Kátia: Essa proposta é tema de um seminário promovido hoje pelo Ministério da Justiça, aqui, em Brasília.

Luciano: O secretário de Assuntos Legislativos do Ministério, Marivaldo Pereira, conversou com a nossa editora Adriana Franzin e explicou como essa mudança vai tornar mais efetiva a aplicação da lei. Vamos ouvir.

Editora Adriana Franzin: Quais são as principais propostas dessa nova lei e quais são os objetivos dessas mudanças?

Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça - Marivaldo Pereira: Primeiro o projeto cria o tipo penal de organizações criminosas, que não tem. Hoje, nós temos apenas o tipo de quadrilha ou bando, que é um tipo que vem lá da década de 40 e que é incompatível com organizações estruturadas, com níveis de decisão, que funcionam quase como que uma empresa, que é o tipo que a gente vê hoje. Então, acho que essa é a primeira grande vantagem. Concomitantemente a isso, o projeto traz novas formas de investigação, na verdade, ele regulamenta novos meios de investigação criminal, como é o caso da colaboração premiada, que é a possibilidade daquele que está envolvido na organização criminosa colaborar com a Justiça para ter a redução da sua pena ou até mesmo o perdão. Você tem a outra técnica que é a da infiltração, que é a possibilidade de você infiltrar agentes na organização criminosa para descobrir todas as suas ramificações, todas as suas áreas de atuação e, assim, facilitar o acesso a informações que possam desmontar a organização. E a terceira é a ação controlada, que é a possibilidade do policial retardar o flagrante com o objetivo de alcançar o núcleo central da organização criminosa. Por exemplo, o policial está investigando uma organização criminosa que mexe com tráfico, aí ele checa no porto que chegou um carregamento de droga e tem um sujeito indo buscar com o caminhão. Ele, ao invés de prender em flagrante o motorista do caminhão, ele acompanha esse caminhão até o local onde essa droga será entregue com o objetivo de, ali, desmascarar toda a quadrilha e não apenas pegar uma ponta menor da quadrilha. Então, esses são os quatro pontos principais da proposta: a tipificação da organização criminosa e a regulamentação de três técnicas de investigação - a colaboração premiada, a infiltração e a ação controlada.

Editora Adriana Franzin: Então, na verdade, essas novas regras vão dar mais segurança para o agente policial, não é isso?

Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça - Marivaldo Pereira: Na verdade, é regulamentar para que elas sejam mais utilizadas.

Editora Adriana Franzin: Dentro de quanto tempo essa lei vai estar em vigor?

Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça - Marivaldo Pereira: O consenso em torno da proposta, o desejo de aprovar esses mecanismos e de amadurecer a proposta, de modo até algo seguro, algo que respeite os direitos e garantias e, ao mesmo tempo, agilize a atuação policial é tão grande que eu acredito que rapidamente ela pode ser aprovada. Creio que nos próximos seis meses haja a aprovação do projeto.

Editora Adriana Franzin: Eu conversei com o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira. Muito obrigada pela participação, aqui, na Voz do Brasil.

Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça - Marivaldo Pereira: Eu que agradeço e estamos à disposição.

Kátia: E o assunto ainda é crime. A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje uma operação para desarticular uma quadrilha acusada de tráfico internacional de drogas, armas e munições na tríplice fronteira entre o Brasil, Argentina e o Paraguai.

Luciano: Foram expedidos 14 mandados de busca e 8 de prisão para serem cumpridos nas cidades gaúchas de Canoas, Seberi, Frederico Westphalen e em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Kátia: Durante os oito meses de investigação, a Polícia Federal prendeu em flagrante 13 integrantes da quadrilha no Rio Grande do Sul.

Luciano: De acordo com a Polícia Federal, muitos dos presos continuaram a comandar o tráfico dentro dos presídios usando telefones celulares. Agora eles vão ser transferidos para presídios de segurança máxima.

Kátia: A Caixa Econômica Federal está normalizando o atendimento nas regiões afetadas pelas chuvas que castigam os municípios de Santa Catarina. São 20 agências do banco, a maioria delas já está funcionando normalmente.

Luciano: O atendimento nas agências de Rio do Sul, Ituporanga... que foram fortemente atingidas pelas águas devem ter o atendimento normalizado a partir da próxima semana.

Kátia: Enquanto isso, os moradores de Rio do Sul e Ituporanga podem buscar atendimento nos caminhões de agência móvel, que são unidades com todos os serviços de autoatendimento, menos depósito.

Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.

Kátia: Presidenta Dilma Rousseff anuncia a construção de quase 5 mil creches e pré-escolas municipais.

Luciano: Seis milhões de brasileiros saíram da extrema pobreza entre 2004 e 2009.

Kátia: Governo anuncia que vai aumentar o IPI em 30% para veículos importados.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Kátia: Siga A Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.