17/01/2012 - A Voz do Brasil
17/01/2012 - A Voz do Brasil
Já está à disposição de outros países uma cartilha que explica o Plano Brasil sem Miséria em 6 idiomas: inglês, francês, espanhol, árabe, russo e mandarim. O secretário executivo do ministério do desenvolvimento, Rômulo Paes, explica que o Brasil vem recebendo demandas de vários países, que buscam saber mais sobre os programas sociais adotados aqui. O acesso das famílias brasileiras à educação e ao mercado de trabalho melhorou muito entre 2003 e 2009. A conclusão é do estudo do Ipea sobre a vulnerabilidade das famílias. A Polícia Federal indiciou um professor e um funcionário do Colégio Christus, de Fortaleza, no Ceará, pelo vazamento das questões do Enem de 2011. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
Apresentadora Kátia Sartório: Lançada a cartilha do Plano Brasil Sem Miséria em seis idiomas.
Apresentador Luciano Seixas: Estudo mostra que melhorou a situação das famílias brasileiras.
Kátia: Polícia Federal indicia funcionários do Colégio Christus, em Fortaleza, no Ceará, por vazamento de questões do Enem.
Luciano: Terça-feira, 17 de janeiro de 2012.
Kátia: Estar no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Já está à disposição de outros países uma cartilha que explica o Plano Brasil Sem Miséria.
Luciano: A cartilha foi publicada em seis idiomas: inglês, francês, espanhol, árabe, russo e mandarim, que é o idioma usado na China.
Kátia: O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Rômulo Paz, explica que o Brasil vem recebendo demandas de vários países que buscam saber mais sobre os programas sociais adotados aqui.
Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Rômulo Paz: Isso facilita a nossa comunicação com vários administradores públicos que utilizam esses idiomas, permitindo que a comunicação desça até aos níveis mais operacionais das políticas de proteção social de outros países.
Luciano: O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirmou, ainda, que países da África e da América do Sul já apresentam experiências bem-sucedidas de políticas públicas espelhadas na experiência brasileira.
Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Rômulo Paz: Nós temos operações intensas com vários países da África, temos uma experiência recente bem-sucedida em Gana. Em Gana, nós articulamos aí vários agentes do governo, nós, o MDA, o Bndes, numa abordagem articulada para melhorar a capacidade de produção na agricultura familiar nesse país. É uma experiência muito bem-sucedida. Nós temos tido parcerias importantes na América do Sul, eu cito o Peru, que tem procurado se aproximar do Brasil e, digamos assim, utilizar muitos das nossas experiências, mas também o Paraguai, o Uruguai. E agora mais recentemente a Colômbia tem buscado uma cooperação mais intensa conosco.
Kátia: E além das cartilhas em outros idiomas, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome está preparando um programa de treinamento para que servidores públicos de outros países conheçam os projetos e as ações do governo brasileiro.
Luciano: O programa de treinamento, que deve ser lançado no segundo semestre deste ano, vai funcionar na forma de intercâmbio.
Kátia: O treinamento vai ter duração mínima de seis meses. O Ministério deve receber cerca de 20 pessoas por ano.
Luciano: O acesso das famílias brasileiras à educação e ao mercado de trabalho melhorou muito entre 2003 e 2009.
Kátia: A conclusão é do estudo “Vulnerabilidade das Famílias”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, que foi divulgado hoje.
Luciano: Vamos conversar agora sobre esse assunto com o nosso editor Audiley Ribeiro, que acompanhou a divulgação do estudo. Boa noite, Audiley.
Editor Audiley Ribeiro (ao vivo): Boa noite, Luciano. Boa noite, Kátia.
Kátia: Boa noite.
Luciano: Melhorou mesmo a qualidade de vida de quem mora, aqui, no Brasil, Audi?
Editor Audiley Ribeiro (ao vivo): Com certeza, Luciano. As famílias brasileiras estão menos vulneráveis, com mais acesso ao trabalho, por exemplo. O índice que reúne indicadores como conhecimento, trabalho e habitação caiu 14,3% de 2003 a 2009. Com o estudo, o Ipea quer identificar as diferenças regionais, o que afeta as famílias brasileiras e as possibilidades de acesso à melhor qualidade de vida.
Kátia: Audiley, dá para saber onde, aqui, no Brasil, em que cidades melhorou mais a qualidade de vida?
Editor Audiley Ribeiro (ao vivo): Sim, Kátia. O documento do Ipea mostra que Belo Horizonte, a capital mineira, teve a maior queda no índice de vulnerabilidade, seguida por Salvador, Curitiba, Recife e Rio de Janeiro.
Luciano: Audiley, dá o caminho para a gente acessar todo o estudo do Ipea sobre a qualidade de vida das famílias brasileiras, por favor.
Editor Audiley Ribeiro (ao vivo): Anotem aí: www.ipea.gov.br. Luciano.
Luciano: Obrigado, Audiley Ribeiro, pelas informações, ao vivo, na “Voz do Brasil”.
Kátia: A Polícia Federal indiciou um professor e um funcionário do Colégio Christus de Fortaleza, no Ceará, pelo vazamento das questões do Exame Nacional do Ensino Médio, Enem, de 2011.
Luciano: Por meio de uma apostila distribuída pela escola, os alunos tiveram acesso antecipado a 14 questões que foram cobradas na prova de outubro.
Kátia: O inquérito concluído pela Polícia Federal na última sexta-feira confirmou que os itens vazaram da fase de pré-teste que a escola cearense participou, em 2010.
Luciano: Um funcionário da escola foi contratado pela Cesgranrio, consórcio responsável pelo Enem, para trabalhar na aplicação do pré-teste. Ele teve acesso aos cadernos da prova e teria sido responsável por copiar as questões.
Kátia: Já o professor, foi o responsável por distribuir aos alunos a apostila que continha os itens aplicados no pré-teste.
Luciano: Os dois foram indiciados pelo crime de estelionato, e o inquérito está agora nas mãos do Ministério Público Federal, no Ceará.
Kátia: E o assunto ainda é educação. O número de inscrições para o Programa Universidade para Todos, Prouni, do Ministério da Educação, chegou a 1,5 milhão até o final da tarde de hoje.
Luciano: Mais de 780 mil candidatos fizeram a inscrição.
Kátia: A inscrição deve ser feita até quinta-feira apenas pela internet, em prouniportal.mec.gov.br.
Luciano: Nela, o candidato tem acesso ao cronograma completo e à oferta de bolsas.
Kátia: São mais de 195 mil bolsas para este primeiro semestre.
Luciano: Você sabia, Kátia, que o Brasil é o maior produtor do mundo de carne bovina, de frango e de açúcar?
Kátia: Pois é, Luciano, e o país pode se destacar ainda mais. Nos próximos 40 anos, a produção de carnes deve quase dobrar. Hoje, são produzidos 26 milhões de toneladas, em quatro décadas o volume pode chegar a 52 milhões de toneladas.
Luciano: E a produção de milho, trigo, arroz, feijão e soja deve aumentar 88% e chegar a quase 300 milhões de toneladas, também, nas próximas quatro décadas. A estimativa é do Ministério da Agricultura. Ricardo Carandina.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Os volumes, segundo cálculos do governo, serão suficientes para abastecer o mercado interno e para exportar. E o crescimento vai ocorrer porque, graças à tecnologia, os agricultores conseguem produzir mais no mesmo terreno. Com base nesses resultados, o Ministério da Agricultura avalia que nos próximos anos o Brasil vai se consolidar como um dos principais fornecedores de alimentos do mundo, como explica o coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques.
Coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura - José Garcia Gasques: O Brasil, hoje, é o quinto maior produtor mundial de grãos. Hoje, nós somos o primeiro exportador mundial de carne de frango, de carne bovina, o primeiro em açúcar, o segundo na exportação de soja. Então, o Brasil já tem, hoje... Já é um país importante no mercado internacional. E a nossa produção, nos próximos anos, vai crescer mais do que o crescimento da população brasileira.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Estudos do Ministério da Agricultura mostram, também, que parte importante da produção agropecuária nacional virá da área que compreende o sul do Piauí, parte do Maranhão, o leste do Tocantins e o oeste da Bahia. O governo avalia que a produção ali tem grande potencial de crescimento por causa das terras baratas, das áreas planas e do clima adequado. Os produtores locais já conseguem os mesmos índices de produtividade das áreas de agricultura tradicional. Segundo o coordenador-Geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, a região é um exemplo de como a tecnologia pode ajudar a melhorar a produção.
Coordenador-geral de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura - José Garcia Gasques: É usado nessas regiões a agricultura de precisão, em larga escala. Agricultura de precisão é uma agricultura que ela... todos os processos são controlados, digamos assim, por ‘softwares’, por computadores, que dão as operações feitas, as operações de plantio, ou de criação, uma precisão enorme.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Outras informações em www.agricultura.gov.br. De Brasília, Ricardo Carandina.
Kátia: A Defesa Civil de Minas Gerais informa que 174 municípios decretaram estado de emergência por causa da chuva.
Luciano: Dados do último boletim indicam que 58.120 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas no estado.
Kátia: A chuva já atingiu 3,206 milhões de pessoas em Minas Gerais.
Luciano: Subiu para 166 o número de municípios que vão receber o pagamento antecipado de janeiro do Bolsa-Família em Minas Gerais.
Kátia: Em todo o estado, 377.412 famílias vão poder retirar o valor do benefício numa agência da Caixa Econômica a partir desta quarta-feira.
Luciano: Em fevereiro, o pagamento do benefício começa no dia 14.
Kátia: Além de Minas Gerais, 11 municípios do Espírito Santo e 9 do Rio de Janeiro estão em situação de emergência por causa das chuvas e vão receber a antecipação do pagamento do Bolsa-Família.
Luciano: No Espírito Santo, vão ser beneficiadas 36.447 famílias. E no Rio de Janeiro, 14.078 famílias.
Kátia: E hoje, no Espírito Santo, a ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sobrevoou as áreas atingidas pela chuva.
Luciano: Maria do Rosário informou que vão ser repassados R$ 260 mil para ajudar a população a retirar os documentos que foram perdidos nas enchentes.
Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República - Maria do Rosário: A Secretaria de Direitos Humanos também assumiu um compromisso junto ao estado do Espírito Santo, de liberação de recursos na ordem de R$ 260 mil, que vão estar sendo colocados para os mutirões do Registro Civil de Nascimento e documentação civil básica, porque as pessoas quando das enchentes acabam perdendo documentos; e também há um número significativo de crianças que não foram registradas devidamente.
Kátia: E a chuva vai continuar na região Sudeste, Luciano. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia.
Luciano: A previsão é de tempo nublado, com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas no oeste e sul de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Kátia: No Centro-Oeste, as pancadas chuvas e trovoadas isoladas atingem Goiás, Mato Grosso, aqui, o Distrito Federal, e também áreas isoladas em Mato Grosso do Sul.
Luciano: A chuva tem provocado deslizamentos de terra e muitos prejuízos em muitos estados, mas moradores de municípios com áreas de risco ou atingidos por desastres climáticos ainda não sabem como fazer para receber recursos federais.
Kátia: A repórter Carla Wathier vai explicar o que as prefeituras devem fazer para conseguir essa ajuda, para reconstruir cidades e também prevenir desastres.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A tempestade da semana passada causou muitos estragos em Luziânia, cidade goiana a 70 quilômetros de Brasília. Na casa do técnico em refrigeração Francisco Madeiro, a água quase cobriu a janela, deixando lama e muito prejuízo. Só deu mesmo para salvar os documentos.
Técnico em refrigeração - Francisco Madeiro: O prejuízo é muito grande, muito grande, realmente. Porque além dos meus dois carros, são carros velhos, mas está servindo, né, rodando, eu pago o imposto dele todo ano, dos dois, né? Além dos materiais, equipamentos, tudo isso eu perdi.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Assim como Luziânia, são vários os municípios castigados pelas fortes chuvas. O governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, oferece ajuda às prefeituras, mas para ter acesso aos recursos é preciso seguir alguns procedimentos. O dinheiro é repassado em três casos: ações emergenciais, como compra de alimentos, medicamentos e socorro às vítimas; recuperação de infraestrutura, como reconstrução de pontes e estradas; e ainda ações de prevenção a desastres. No primeiro caso, é preciso que o município decrete situação de emergência ou estado de calamidade pública. Esse pedido deve ser encaminhado via fax, ou e-mail e pelos Correios à Secretaria Nacional de Defesa Civil, no prazo de dez dias após a ocorrência do desastre, com informações sobre os prejuízos causados, a área afetada, danos humanos, materiais ambientais. Com o pedido reconhecido pelo governo federal, é enviado o Cartão de Pagamento de Defesa Civil, e assim repassados os recursos necessários para as ações imediatas, como explica Cristiano Heckert, diretor do Departamento de Articulação e Gestão do Ministério da Integração Nacional.
Diretor do Departamento de Articulação e Gestão do Ministério da Integração Nacional - Cristiano Heckert: Nós lançamos o piloto do cartão em agosto de 2011. Naquele momento, selecionamos cinco estados e cinco municípios em cada um desses estados que tem tradicionalmente recorrência de desastres e fizemos um projeto-piloto com ele. Dado o sucesso dessa etapa piloto, agora, a partir de janeiro de 2012, nós estamos expandindo o cartão para todo o Brasil. Uma das grandes inovações do cartão é que ele é emitido previamente ao desastre. Cada um dos 5.565 municípios e dos 27 estados da Federação deverão ter, até o final desse ano, o seu cartão já emitido, já em suas mãos numa conta, evidentemente, zerada, porque nós não sabemos aonde vai acontecer o desastre. Mas no momento que acontecer o desastre, a situação de emergência for reconhecida, a gente deposita o dinheiro na conta e imediatamente o gestor local pode começar a gastá-lo por meio do cartão.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Para solicitar recursos destinados à recuperação de obras destruídas pelas chuvas é necessário apresentar, em até 30 dias, um projeto de engenharia, o plano de trabalho da obra. Isso também é feito via fax, ou e-mail e pelos Correios à Defesa Civil. Ao ser aprovado, o recurso é repassado automaticamente. Já no caso de pleitear a execução de ações de prevenção a desastres, o prefeito tem que fazer o pedido pelo Portal dos Convênios do Governo Federal, o Siconv, no www.convenios.gov.br. Segundo o diretor do Departamento de Articulação e Gestão do Ministério de Integração Nacional, a grande dificuldade hoje para a obtenção de recursos na área da prevenção é o não preenchimento dos requisitos necessários como manda a legislação. Por isso, a partir de agora, a Defesa Civil também vai ajudar na elaboração desses pedidos.
Diretor do Departamento de Articulação e Gestão do Ministério da Integração Nacional - Cristiano Heckert: Agora, em 2012, de forma inovadora, pela primeira vez, nós conseguimos negociar junto ao Ministério do Planejamento uma verba específica para que nós possamos apoiar os estados e municípios na elaboração desses projetos. Com isso, a gente espera que eles cheguem aqui já com uma qualidade maior, que nos permita conveniar a obra e liberar os recursos mais rapidamente.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Mais informações sobre a ajuda às vítimas das chuvas no site da Defesa Civil, no www.defesacivil.gov.br. De Brasília, Carla Wathier.
Luciano: E o Ministério da Saúde começa a enviar para os estados soro extra para picada de animal peçonhento.
Kátia: Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais vão receber a cota mensal e uma cota extra por conta das enchentes.
Luciano: Hoje, foram enviadas 8.019 ampolas para Minas Gerais para vítimas de picadas de serpentes, aranhas e escorpião.
Kátia: São 1.170 ampolas a mais do que é enviado normalmente todos os meses a Minas Gerais.
Luciano: Sete e dezesseis no horário brasileiro de verão.
Kátia: O decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff com novas regras para a concessão de rádios e televisões comerciais foi publicado hoje no Diário Oficial.
Luciano: São mecanismos mais rigorosos e seguros para as licitações de radiodifusão.
Kátia: Uma das mudanças exige que o interessado em obter a concessão de uma emissora comercial comprove capacidade financeira e técnica para executar os serviços.
Luciano: Para isso, os participantes da licitação deverão enviar pareceres de dois auditores independentes demonstrando a capacidade econômica da empresa.
Kátia: Eles deverão apresentar, também, projeto de investimento com a origem dos recursos que vão ser aplicados.
Luciano: Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, as mudanças são para garantir que as licitações feitas, de fato, vão virar emissoras de rádio ou tevê.
Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Nós temos muitos casos de empresas que participam das licitações e depois não têm condições efetivas de implementar uma emissora, seja de rádio, seja de televisão. Então, nós estamos fazendo algumas exigências que, na nossa opinião, vamos tornar o processo mais seguro.
Kátia: Outra exigência é que o pagamento do valor definido na licitação, a chamada outorga, também seja feito à vista.
Luciano: Atualmente, o pagamento pode ser dividido em duas vezes.
Kátia: Se a entidade não realizar o pagamento, será desclassificada e será convocado o segundo colocado.
Luciano: O Ministério das Comunicações ainda vai estabelecer no edital de abertura da licitação o valor da caução que os interessados vão ter de pagar para participar da seleção.
Kátia: Muitos municípios, aqui, no Brasil, não têm salas de cinema, não têm teatro, museus e espaços culturais multiuso, por exemplo.
Luciano: Na verdade, só 10% de todas as cidades brasileiras têm uma Secretaria de Cultura.
Kátia: Por isso, Luciano, para ter acesso à cultura sem ter que ficar esperando pela ação do governo local ou estadual, está aumentando o número de municípios no Sistema Nacional de Cultura.
Luciano: Criado pelo Ministério da Cultura, o sistema estimula e integra políticas públicas do setor nas três esferas de governo. Vamos saber mais na reportagem de Priscila Machado.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Atualmente, apenas 10% dos municípios contam com uma secretaria exclusiva de cultura. Isso dificulta o recebimento de recursos para a área. É por isso que vem aumentando cada vez mais o número de cidades que fazem parte do Sistema Nacional de Cultura. É uma estrutura que integra e organiza o setor. O objetivo, aproximar União, estados, municípios e a sociedade civil na hora de definir políticas públicas. Para começar, é necessário ter um plano definindo como vai ser o funcionamento. Quem explica é Bernardo Mata Machado, secretário substituto da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura.
Secretário substituto da Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo Mata Machado: O Sistema Nacional de Cultura é justamente uma proposta de institucionalização da política cultural, que tanto os estados quanto os municípios tenham órgãos gestores de cultura, órgãos específicos, criem planos municipais e estaduais de cultura, tenham conselhos municipais e estaduais de cultura para ouvir a população e, principalmente, tenham fundos de cultura para que possam receber transferências da União e dos estados, também, para os municípios.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Até agora, 792 municípios e 17 estados já fizeram a adesão ao programa, o que representa um aumento de mais de 200% em relação a dezembro de 2010. Em março, será a vez do Distrito Federal, como adianta Hamilton Pereira, secretário de Cultura do DF.
Secretário de Cultura do Distrito Federal - Hamilton Pereira: Disso decorrerá o fato de que teremos um acesso mais fácil aos recursos para as ações com vistas à consolidação das políticas públicas de cultura que desejamos realizar.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Quarenta porcento dos recursos do Fundo Nacional de Cultura são destinados exclusivamente para quem fizer parte do sistema. A adesão é voluntária. No site do Ministério da Cultura está disponível um guia com o passo a passo do processo e a lista de documentos necessários, é o www.cultura.gov.br. A ideia é que com a maior organização e mais recursos mais pessoas tenham acesso à cultura no país. De Brasília, Priscila Machado.
Kátia: E como divulgamos nessa segunda-feira, a partir de agora, todas as transferências de recursos federais feita pela União para entidades privadas sem fins lucrativos, como organizações não governamentais, por exemplo, devem ser obrigatoriamente cadastradas no Sistema de Convênios do Governo Federal, o Siconv.
Luciano: Assunto da entrevista que o jornalista Flávio Figueiredo fez hoje com o secretário-executivo da Controladoria-Geral da União, CGU, Luiz Navarro.
Repórter Flávio Figueiredo: Secretário, o que muda na prática, essa fiscalização vai ficar mais rigorosa?
Secretário-executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: Sim, a partir de ontem, 16 de janeiro, foi instalado o módulo de acompanhamento e fiscalização, o que vai permitir aos Ministérios fazer um acompanhamento eletrônico da forma como estão sendo executados os convênios.
Repórter Flávio Figueiredo: Agora, secretário, o que os municípios precisam fazer para se ajustar às novas regras?
Secretário-executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: Eles não podem deixar de preencher, de incluir os documentos de como está sendo executado o convênio, como está sendo gasto o dinheiro. Não pode faltar nenhuma informação que está prevista no Siconv.
Repórter Flávio Figueiredo: Se faltar qualquer informação, o que acontece?
Secretário-executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: Se faltar, é obrigação do Ministério cobrar do município. Se essa informação não vier, bloquear os recursos.
Repórter Flávio Figueiredo: Agora, secretário, a população em geral vai ter acesso a esse sistema de fiscalização?
Secretário-executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: Sim, nós temos um planejamento para, a partir do meio do ano, todos os módulos estarem abertos e disponíveis para qualquer pessoa, no site www.siconv.gov.br.
Repórter Flávio Figueiredo: Nós acabamos de ouvir o secretário-executivo da Controladoria-Geral da União, Luiz Navarro. Secretário, muito obrigado pela entrevista.
Secretário-executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: Tá Ok.
Kátia: Militares do Brasil e da Colômbia se reuniram hoje, aqui, em Brasília, para aprofundar as relações entre os países na área da indústria da defesa.
Luciano: Uma comissão de fronteiras vai ser criada para reuniões técnicas para analisar propostas de intercâmbio entre aviões brasileiros na Força Aérea colombiana e de lanchas colombianas para patrulhamento nos rios brasileiros que ficam na região de fronteira.
Kátia: Também existe o interesse da Colômbia em comprar aviões não tripulados brasileiros para a vigilância na fronteira entre os dois países.
Luciano: O ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, destacou que a integração entre Brasil e Colômbia é sempre a favor do povo e contra os criminosos.
Ministro da Defesa do Brasil - Celso Amorim: O fato de nós negarmos o território brasileiro, o acesso ao território brasileiro por quaisquer organizações ilegais é a melhor ajuda que nós podemos dar. Então, quando nós fazemos, cuidamos bem das nossas fronteiras, isso já é de certa maneira uma contribuição para que o governo colombiano atue em relação às atividades ilegais dentro do seu território.
Kátia: O Ministério da Integração Nacional vai retomar as obras de lotes do projeto de integração do rio São Francisco que estão paralisadas.
Luciano: Nessa segunda-feira, o ministro da Pasta, Fernando Bezerra Coelho, assinou a ordem de serviço no valor de R$ 132 milhões para a retomada dos trabalhos no município de Sertânia, em Pernambuco. A obra deve gerar 500 empregos com carteira assinada.
Kátia: O ministro garantiu que, até o fim desse ano, a primeira etapa do projeto de integração do rio São Francisco vai estar pronta.
Luciano: Segundo Bezerra, o trecho concluído, que vai desde o lago de Itaparica até a Barragem de Areias, em Pernambuco, vai ajudar na capacitação dos profissionais que vão trabalhar no projeto depois que ele estiver totalmente concluído.
Ministro da Integração Nacional - Fernando Bezerra Coelho: Nesse trecho de 20 quilômetros que vamos entregar até o final do ano é nele que nós vamos treinar os nossos operadores, os nossos bombeiros, enfim, vamos treinar as pessoas que irão depois ficarem responsáveis pela parte, também, tão importante quanto a obra, que é a operação dos canais da transposição do rio São Francisco.
Kátia: Os outros lotes que vão ter as obras retomadas ficam em Cabrobó e Custódia, também em Pernambuco.
Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Kátia: Lançada a cartilha do Plano Brasil Sem Miséria em seis idiomas.
Luciano: Estudo mostra que melhorou a situação das famílias brasileiras.
Kátia: Polícia Federal indicia funcionários do Colégio Christus, em Fortaleza, no Ceará, por vazamento de questões do Enem.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!