17/05/2012 - A Voz do Brasil

O número de mortes por dengue nos primeiros 4 meses do ano caiu 80%. Foram 74 mortes neste ano contra mais de 370 do ano passado. E o número de casos considerados graves caiu 87%. Enquanto 8.600 pessoas foram infectadas pelo mosquito aedes egypit entre janeiro e abril de 2011, esse ano, pouco mais de mil pessoas contraíram a doença. Segundo a Controladoria Geral da União, 708 pedidos de informações foram feitos a ministérios e outros órgãos públicos federais, nesta quarta-feira, primeiro dia da Lei de Acesso a Informação. Quase 207 mil empregos com carteira assinada foram criados em abril. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho, esse é o melhor resultado dos primeiros 4 meses do ano. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

17/05/2012 - A Voz do Brasil

O número de mortes por dengue nos primeiros 4 meses do ano caiu 80%. Foram 74 mortes neste ano contra mais de 370 do ano passado. E o número de casos considerados graves caiu 87%. Enquanto 8.600 pessoas foram infectadas pelo mosquito aedes egypit entre janeiro e abril de 2011, esse ano, pouco mais de mil pessoas contraíram a doença. Segundo a Controladoria Geral da União, 708 pedidos de informações foram feitos a ministérios e outros órgãos públicos federais, nesta quarta-feira, primeiro dia da Lei de Acesso a Informação. Quase 207 mil empregos com carteira assinada foram criados em abril. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho, esse é o melhor resultado dos primeiros 4 meses do ano. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Kátia Sartório: Número de mortes por dengue cai 80% nos primeiros quatro meses do ano.

Apresentador Luciano Seixas: Mais de 700 pedidos foram feitos ao governo no primeiro dia da Lei de Acesso à Informação.

Kátia: Quase 217 mil empregos com carteira assinada foram criados em abril. É o melhor resultado do ano.

Luciano: Quinta-feira, 17 de maio de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: O número de mortes por dengue nos primeiros quatro meses do ano caiu 80%. Foram 74 mortes neste ano contra mais de 370 no ano passado.

Luciano: O número de casos considerados graves também caiu em grandes proporções, enquanto 8.600 pessoas foram infectadas pelo mosquito Aedes Aegypti entre janeiro e abril de 2011. Esse ano, pouco mais de mil pessoas contraíram a doença, redução de 87%.

Kátia: Os números foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde. Daniela Almeida tem as informações.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Os casos de dengue registrados nos quatro primeiros meses do ano passado caíram 44% em relação ao mesmo período de 2011. De acordo com o levantamento divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, foram cerca de 286 mil casos confirmados entre janeiro e abril, enquanto, no mesmo período do ano passado, as notificações ultrapassaram as 507 mil. Queda maior ainda foi no número de mortes pela doença, 80%. Até abril deste ano, 74 pessoas morreram vítimas da dengue. Nos primeiros quatro meses de 2011, foram 374 casos fatais. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, aponta o aumento de repasses de recursos do governo federal aos estados e municípios para prevenção da doença e também o diagnóstico rápido como principais fatores para a redução dos números.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O conceito de que se combate a dengue matando o mosquito, para nós, é um conceito ultrapassado. Se enfrenta a dengue combinando ações de cuidado à saúde, de redução do tempo de espera para o tratamento, redução do tempo de espera para começar o diagnóstico, redução do tempo de espera para intervir, para inibir que possa evoluir para um caso grave, redução do tempo de espera para identificar os fatores de risco para óbito. Isso fortemente integrado com o conjunto das ações de vigilância, aonde o controle do mosquito é uma das ações.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Mesmo com a queda do número de casos de dengue e mortes pela doença, o período de maior infestação do mosquito Aedes Aegypti termina somente no fim de maio. Noventa e cinco porcento dos casos de dengue são registrados no primeiro semestre de cada ano. Por isso, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, defende a mobilização da população e dos governos contra a doença.

Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - Jarbas Barbosa: Ainda estamos no período crítico, ele está acabando; porém, a dengue, todo ano, todo verão, o risco é muito grande. Então, temos que trabalhar duro no segundo semestre, as eleições municipais não podem atrapalhar a ação dos agentes de campo, a mobilização das prefeituras, porque vai ser fundamental para que, no verão de 2012 para 2013, a gente consiga reduzir ainda mais esses números.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco lideram a lista de estados com maior índice da doença. Os dez primeiros estados são responsáveis por 81% dos casos. Para mais informações sobre o levantamento e sobre como se prevenir ou identificar sintomas da dengue, acesse www.saude.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.

Luciano: Setecentos e oito pedidos de informações foram feitos a Ministérios e outros órgãos públicos federais nesta quarta-feira, primeiro dia da Lei de Acesso à Informação.

Kátia: Segundo balanço divulgado pela Controladoria-Geral da União, CGU, o Banco Central recebeu 49 pedidos de informação.

Luciano: Em seguida, veio o Ministério do Planejamento, com 37 solicitações, e o Ministério das Relações Exteriores, com 36 pedidos.

Kátia: O secretário-executivo da Controladoria-Geral da União, Luiz Navarro, afirma que o maior acesso às informações públicas vai ajudar a combater a corrupção no país.

Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: A transparência, não só no Brasil como no mundo inteiro, é um dos remédios mais eficazes para o combate à corrupção. Não é possível para os órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União, como os Tribunais de Contas, como o Ministério Público, que só esses órgãos consigam dar conta do recado de fiscalizar a boa aplicação de recursos públicos. É preciso contar com a cidadania, é preciso contar com cada cidadão, para que ele veja se de fato aquele dinheiro que está sendo liberado está sendo bem empregado e as coisas estão acontecendo.

Luciano: De acordo com a nova lei, todos os órgãos públicos precisam ter um Serviço de Informações ao Cidadão, e os dados podem ser pedidos por telefone, e-mail ou, ainda, de forma presencial.

Kátia: Mais informações em www.acessoainformacao.gov.br.

Luciano: Quase 217 mil empregos com carteira assinada foram criados no mês passado.

Kátia: De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho, esse é o melhor resultado dos primeiros quatro meses do ano.

Luciano: O setor de serviços liderou a geração de empregos em abril, seguido pela construção civil, comércio e indústria de transformação.

Kátia: E em relação às regiões do país, Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte registraram aumento na criação de postos de trabalho formais.

Luciano: O Nordeste foi a única região em que o número de desempregados foi maior que o de empregados com carteira assinada.

Kátia: De acordo com o Ministério do Trabalho, esse resultado foi influenciado demissão de trabalhadores da indústria de álcool e açúcar em Alagoas, em Pernambuco e em Sergipe.

Luciano: As regiões mais distantes dos centros do país, regiões de fronteira com outros países são pouco habitadas.

Kátia: A maior parte são áreas de mata, de preservação e áreas indígenas, por isso mesmo, alvo fácil para criminosos que querem transportar drogas, roubar madeira e procurar ouro em garimpos ilegais.

Luciano: E é para lá que o governo federal enviou mais de 8 mil militares das Forças Armadas, na “Operação Ágata”.

Kátia: Em 16 dias de ação, os agentes encontraram dez pistas de pouso clandestinas, interditaram cinco garimpos, apreenderam mais de 200 barcos e 33 quilos de pasta-base de cocaína.

Luciano: Eles inspecionaram carros, embarcações e aviões. Além disso, ajudaram a população local com atendimento médico, odontológico, ações de cidadania e distribuição de remédios. A repórter Priscila Machado foi a Roraima e tem mais informações.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Uma área de difícil acesso, com poucos moradores e baixos índices de desenvolvimento humano. A maior parte das fronteiras brasileiras com Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa é formada por áreas de ocupação indígena e de preservação ambiental; território vulnerável à prática de crimes, como desmatamento, tráfico de drogas e garimpos ilegais, focos da “Operação Ágata”, que, além de combater a ilegalidade, ajuda a população local, como explica o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos De Nardi.

Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas - general José Carlos De Nardi: É a presença das Forças Armadas combatendo o ilícito fronteiriço, e a mão amiga; é aquele apoio que nós sempre realizamos, levamos médicos, dentistas.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Mais de 8 mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica participaram da “Operação Ágata”. Em Roraima, encontraram dez pistas de pouso clandestinas, usadas pelos garimpeiros dentro de reservas indígenas. O vice-Presidente da República Michel Temer e o ministro da Defesa, Celso Amorim, foram ver de perto os resultados da operação, que, segundo Temer, são positivos.

Vice-Presidente da República Michel Temer: Nós tivemos a oportunidade, tanto em Roraima com aqui no Amazonas, de verificar a presença muito significativa das Forças Armadas. E o interessante, o que mais fica relevante nessa ação é a ação cívico-social, porque o atendimento extraordinário, médico, odontológico e social que as Forças Armadas fazem na “Operação Ágata” tem uma repercussão extraordinária.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A “Operação Ágata 4” teve uma área de atuação de mais de 5 mil quilômetros de extensão, quase 10% do território brasileiro. Por isso, além da coordenação do Ministério da Defesa, a operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e de agentes da Funai, do Ibama e da Polícia Federal. Ao todo, 17 agências ligadas a oito Ministérios. De Brasília, Priscila Machado.

Kátia: E amanhã, na segunda reportagem especial sobre a “Operação Ágata”, as ações dos militares que, além de segurança, levam cidadania às regiões de fronteira.

Luciano: E na região Norte, as águas do rio Negro continuam a subir.

Kátia: O governo federal já liberou recursos para as ações emergenciais, como resgate da população atingida.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): O rio Negro, que corta a capital Manaus, atingiu a marca de 29 metros e 80 centímetros e provocou estragos. Segundo a Defesa Civil do Amazonas, 78 mil famílias estão desalojadas, 49 cidades já decretaram estado de emergência e os municípios de Careiro da Várzea, Anamã e Barreirinha estão em calamidade pública. O governo federal enviou 500 militares das Forças Armadas com navios e lanchas da Marinha e Aeronáutica para as áreas afetadas. Eles trabalham no resgate da população em áreas de risco, cadastramento de famílias que tiveram prejuízos e distribuição de cestas básicas e medicamentos, como explica o chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres, Armin Braun.

Chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres - Armin Braun: Até agora, essas pessoas que foram evacuadas de suas casas, ou que têm suas casas afetadas pela água e não saíram de casa, elas estão recebendo alimento, algumas delas são alocadas em barracas, e já há um navio-hospital funcionando na região para dar apoio às populações; medicamentos estão sendo enviados para lá também. Então, é toda uma logística de apoio que é feita em cooperação entre os diferentes órgãos do governo federal e a Defesa Civil do estado.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): O governo federal também liberou R$ 394 milhões para que a população atingida pela enchente na região Norte possa reconstruir o que perdeu. Trezentos e cinquenta milhões de reais são destinados a uma linha especial de crédito para agricultores, comerciantes e setores da indústria. O crédito varia de R$ 12 mil a 100 mil, e os juros são de 3,5% ao ano. Os outros R$ 44 milhões foram destinados para a compra de produtos de higiene, limpeza, alimentos e remédios. De Brasília, Patricia Scarpin.

Kátia: Sete e doze.

Luciano: Por que os cerca de 45 milhões de crianças e adolescentes que estudam em escolas públicas do país comem tão pouco peixe na hora do recreio?

Kátia: Para responder a essa pergunta, o Ministério da Pesca e Aquicultura está fazendo, até o final deste mês, uma pesquisa, um raio X junto às escolas. Cleide Lopes.
“Tem sardinha, tem ostra e atum
Tem manjuba, mexilhão, marisco
Tem agulha frita, siri, guaiamum...”

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Saboroso e nutritivo, o peixe pode ser uma opção saudável para o consumo no dia a dia. Além disso, a carne de peixe é considerada uma fonte valiosa de vitaminas e sais minerais, de acordo com a coordenadora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Eliene Ferreira.

Cordenadora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação do Distrito Federal - Eliene Ferreira: Peixe é uma fonte importante de proteína. Então ela, ao lado das outras carnes, carnes vermelhas e carnes de aves, o seu consumo é necessário, ela tem algumas gorduras que são essenciais, são gorduras saudáveis, e, por isso, ela tem que estar no cardápio do brasileiro e, por consequência, também, na alimentação escolar.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O consumo de peixe no Brasil é de 9 quilos por habitante ao ano, e a Organização Mundial de Saúde recomenda, pelo menos, 12 quilos. Para os especialistas, o estímulo ao consumo de pescado deve começar pelas crianças, como faz a empresária Marta Dias com seus dois filhos.

Empresária - Marta Dias: Três vezes por semana, todo mundo consome peixe, as crianças são estimuladas desde bebê. E a preferência, lá em casa, é peixe.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Há cinco anos, o pescado faz parte do cardápio da merenda escolar das escolas públicas do país. No Distrito Federal, pelo menos duas vezes por semana, o peixe está na merenda escolar das 652 escolas públicas. Na escola da Quadra 107 Sul, em Brasília, o peixe entrou na dieta das crianças há dois anos. A vice-diretora Rosemary Soares destaca que, hoje, o alimento caiu no gosto dos alunos.

Vice-Diretora - Rosemary Soares: No início, eles tinham muita dificuldade, os hábitos alimentares eram bem diferentes, e agora eles já estão sendo tendo uma aceitação muito boa do peixe.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Em outras escolas do país, a realidade é outra. O Ministério da Pesca e Aquicultura, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, faz até o dia 31 de maio uma pesquisa para saber se o baixo consumo está associado à dificuldade que as escolas têm de conservar o pescado, que exige muito cuidado, como explica o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.

Ministro da Pesca e Aquicultura - Marcelo Crivella: Esse pescado precisar estar na merenda escolar. Hoje não está. E não está por quê? Estamos fazendo a pesquisa. Será que está faltando geladeira nas escolas? Será que está faltando dar cursos às nossas merendeiras para que saibam preparar um pescado fresco, ou utilizar o pescado congelado? Ou será que é o preço que está muito caro?

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): O questionário da pesquisa pode ser respondido até o dia 31 de maio, pela internet, no endereço eletrônico: www.mpa.gov.br. O resultado do trabalho servirá de base para a formulação de ações voltadas ao fortalecimento da cadeia produtiva e comercial no país, além de estimular o maior consumo pelos alunos da rede pública de ensino. De Brasília, Cleide Lopes.

Luciano: Dedicar a vida à ciência e ao desenvolvimento do país. Para quem se lança a esse desafio no Brasil, o governo oferece incentivos e reconhecimento. Um deles, o “Prêmio Almirante Álvaro Alberto”, foi entregue hoje.

Kátia: A economista Maria da Conceição de Almeida Tavares é a segunda mulher a ter esse mérito. Ele recebeu hoje o prêmio das mãos da presidenta Dilma Roussefff.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Além de incentivar os pesquisadores com bolsas de estudo, oportunidades de intercâmbio, parcerias com instituições e com outros países e popularizar a ciência nas mais diversas áreas, o governo também promove, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPQ, o reconhecimento de cientistas que se destacaram por seus serviços. Maria da Conceição Tavares, vencedora da edição de 2011 do “Prêmio Almirante Álvaro Alberto” entregue hoje, é doutora em Economia da Indústria e da Tecnologia, professora universitária e autora de vários artigos. Ela foi a segunda mulher a receber o prêmio.

Maria da Conceição de Almeida Tavares: Darcy é que me convenceu a virar brasileira de fato, porque eu era uma brasileira... Era uma portuguesa imigrada que podia ter ficado simplesmente como portuguesa. Ele disse que, ao contrário da Europa, que ele não tinha grandes esperanças - com toda a razão, olha o que está acontecendo, tragédia do meu continente originário - o Brasil, ele achava que ele ia ver, ser capaz de construir uma sociedade mais homogênea, plurirracial e mais democrática, e que ia ter a particularidade de ser a primeira sociedade desse estilo nos trópicos. Foi bom ter virado brasileira, foi bom ter feito a luta, e é muito bom estar na companhia da minha amiga e querida discípula presidenta Dilma e de tantos que estão aqui.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A presidenta Dilma Rousseff, que foi aluna de Maria da Conceição Tavares, homenageou a ex-professora.

Presidenta Dilma Rousseff: Eu sou testemunha do seu compromisso com o Brasil, com o desenvolvimento do nosso país, com o desenvolvimento da América Latina, compromisso que sempre cumpriu, tratando a economia como ela deve ser tratada, como economia política. Falo como aluna que fui da professora Maria da Conceição Tavares, com quem aprendi muito e continuo aprendendo com sua integridade, sua competência, sua firmeza de princípios.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O “Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia” foi criado em 1981 para comemorar os 30 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, e leva o nome do primeiro presidente do conselho, um pesquisador que se dedicou à ciência por mais de 50 anos. De Brasília, Ricardo Carandina.

Luciano: E hoje, aqui, em Brasília, numa parceria do CNPQ com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, o Ministério da Educação e a ONU Mulheres, foi entregue o “Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero”.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Esta já é a sétima versão do prêmio que escolhe as melhores redações, artigos científicos e projetos pedagógicos. Participam estudantes do Ensino Médio e universitários de todo o país. Este ano, foram 3.965 inscrições. Segundo a subsecretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para Mulheres, Vera Soares, a ideia é estimular os jovens à pesquisa e à reflexão sobre as desigualdades existentes entre homens e mulheres no país.

Subsecretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para Mulheres - Vera Soares: A ideia é exatamente que essa discussão da construção da igualdade, da compreensão do por que acontece essas diferenças entre homens e mulheres, ela tenha na escola um local dessa reflexão.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Trinta estudantes e escolas foram premiados. Entre os jovens vencedores, está a estudante de Direito de Franca, interior de São Paulo, Ana Carolina Colombaroli. Ela concorreu com o artigo científico, “Violação da dignidade da mulher no cárcere”. No texto, a autora faz uma crítica às restrições que as mulheres enfrentam durante as visitas íntimas nas penitenciárias femininas. Para Ana Carolina, uma situação que pede mudanças.

Estudante de Direito - Ana Carolina Colombaroli: Para começar, tendo um respeito maior pelas mulheres que estão presas. Porque por elas serem minoria, muitas vezes, elas são desconsideradas. Eu acho que a gente tem que ter uma mudança de mentalidade mesmo para que essas mulheres sejam tratadas com dignidade.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): O valor total do prêmio é de R$126 mil, a ser distribuído entre os vencedores, além de computadores e bolsas de estudo. De Brasília, Adilson Mastelari.

Kátia: Luciano, você sabia que as ações para reintegrar os presidiários à sociedade, ou melhor, os que saírem das penitenciárias, começam quando eles ainda estão na cadeia?

Luciano: Isso mesmo, Kátia. Segundo o Ministério da Justiça, o trabalho de acompanhamento dos detentos continua até um ano depois de eles ganharem a liberdade.

Kátia: A coordenadora-geral de Reintegração Social e Ensino do Ministério da Justiça, Mara Barreto, lista as ações que o governo federal desenvolve nessa área.

Coordenadora-Geral de Reintegração Social e Ensino do Ministério da Justiça - Mara Barreto: Quando a gente trata de reintegração social, a gente está tratando de prestação de assistências, como assistência à saúde, assistência jurídica, assistência social, a geração de trabalho e renda, a capacitação profissional e a educação formal, com elevação de escolaridade.

Luciano: No ano passado, de acordo com o Ministério da Justiça, a saúde foi o foco das ações voltadas aos detentos, com a construção e o aparelhamento de Unidades Básicas de Saúde e Centros de Referência de Saúde Materno-Infantil.

Kátia: E, esse ano, a educação vai ser prioridade. O Ministério da Justiça vai investir R$ 6 milhões no Projeto de Capacitação Profissional e Implementação de Oficinas Permanentes, Procap.

Luciano: A meta é atender detentos de 20 estados brasileiros. A coordenadora Mara Barreto explica.

Coordenadora-Geral de Reintegração Social e Ensino do Ministério da Justiça - Mara Barreto: Ele visa investir em três grandes áreas de capacitação: construção civil, corte e costura industrial e panificadora e confeitaria.

Kátia: E falando nesse assunto, Luciano, terminou hoje, aqui, em Brasília, o “Seminário Nacional pela Educação nas Prisões”.

Luciano: O evento organizado pelo Ministério da Justiça reuniu administradores prisionais de todos os estados brasileiros.

Kátia: Nos quatro dias de debate foram discutidas ações necessárias para que os estados implementem seus planos de educação nos estabelecimentos penais.

Luciano: Uma das novidades da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, é a participação de organizações da sociedade civil nos diálogos para o desenvolvimento sustentável.

Kátia: Entre os temas em debate estão: as relações entre desenvolvimento sustentável, combate à pobreza e solução da crise financeira internacional.

Luciano: Qualquer cidadão, de qualquer parte do planeta, vai poder acompanhar os diálogos ao vivo pela internet.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Organizações não governamentais, pesquisadores e representantes da sociedade civil podem participar dos “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”. O encontro vai ser no Rio de Janeiro, entre 16 a 19 de junho, e antecede a participação dos chefes de Estado na Rio+20. Nos diálogos não haverá participação, entre os debatedores, de representantes de governos nem das Nações Unidas. Desemprego, segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento sustentável como resposta às crises financeiras e no combate à pobreza são alguns dos temas que vão ser discutidos no encontro. Os resultados vão ser levados como recomendações aos chefes de Estado presentes na Rio+20, como explica o embaixador André Corrêa do Lago, negociador-chefe da delegação brasileira.

Negociador-chefe da delegação brasileira na Rio+20 - embaixador André Corrêa do Lago: O governo brasileiro, junto com a ONU, criou essa ideia dos diálogos, que é um pouco o início de uma ideia de como a gente pode ainda mais fazer com que a sociedade civil chegue mais perto dessas negociações. Então, essa questão dos diálogos é uma experiência muito inovadora, mas que, maneira nenhuma, nem diminui, nem substitui nenhuma das coisas; nem a parte governamental, nem a parte da sociedade civil.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Também é possível participar das discussões pela internet. O endereço é www.riodialogues.org. E todas as sessões dos diálogos serão transmitidas ao vivo pelo ‘website’ das Nações Unidas. De Brasília, Priscila Machado.

Luciano: Você sabia, Kátia, que hoje é comemorado o Dia Internacional de Combate à Homofobia, que é o preconceito contra homossexuais?

Kátia: É verdade, Luciano. A data foi escolhida para lembrar 17 de maio de 1990, quando a Organização Mundial de Saúde, OMS, deixou de classificar a homossexualidade como doença.

Luciano: Mas isso não impediu o preconceito e a violência contra os homossexuais.

Kátia: Aqui, no Brasil, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, só no ano passado, foram registradas, em média, três denúncias por dia de violência contra homossexuais.

Luciano: Casos de violência física, sexual, psicológica e de instituições estão entre as 1.259 denúncias anônimas recebidas pelo Disque 100.

Kátia: Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, cada caso foi encaminhado para a polícia, para os governos estaduais e prefeituras.

Luciano: É bom lembrar que agressões verbais e físicas praticadas contra homossexuais são punidas com base no Código Penal Brasileiro.

Kátia: Para denunciar, basta ligar para o número 100. O serviço funciona diariamente, das 8h da manhã às 10h da noite, inclusive nos finais de semana e nos feriados.

Luciano: A ligação é de graça e não precisa se identificar.

Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Luciano: Número de mortes por dengue cai 80% nos primeiros quatro meses do ano.

Kátia: Mais de 700 pedidos foram feitos ao governo no primeiro dia de Lei de Acesso à Informação.

Luciano: Quase 217 mil empregos com carteira assinada foram criados em abril. É o melhor resultado do ano.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.