17/09/2012 - A Voz do Brasil

Mais de 500 mil empresas e 15 pessoas começaram a receber hoje cobranças da Receita Federal de dívidas de R$ 86 bilhões acumuladas nos últimos 5 anos. Desde abril deste ano, o governo oferece aos trabalhadores que ficaram sem emprego 3 vezes durante um período de 10 anos, cursos de qualificação de graça. O Pronatec Seguro Desemprego já tem mais de 50 mil trabalhadores pré-matriculados e outras 25 mil matrículas efetivadas em cursos de capacitação. Começou hoje na foz do rio Amazonas, na região norte do país, a Operação Amazônia 2012. 5 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica vão realizar um treinamento conjunto para atuarem na defesa da região. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

17/09/2012 - A Voz do Brasil

Mais de 500 mil empresas e 15 pessoas começaram a receber hoje cobranças da Receita Federal de dívidas de R$ 86 bilhões acumuladas nos últimos 5 anos. Desde abril deste ano, o governo oferece aos trabalhadores que ficaram sem emprego 3 vezes durante um período de 10 anos, cursos de qualificação de graça. O Pronatec Seguro Desemprego já tem mais de 50 mil trabalhadores pré-matriculados e outras 25 mil matrículas efetivadas em cursos de capacitação. Começou hoje na foz do rio Amazonas, na região norte do país, a Operação Amazônia 2012. 5 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica vão realizar um treinamento conjunto para atuarem na defesa da região. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Publicado em 09/12/2016 18:24

A VOZ DO BRASIL - 17.09.2012

Apresentadora Kátia Sartório: Receita Federal começa a cobrar dívida de R$ 86 bilhões de pessoas físicas e jurídicas, que fizeram nos últimos cinco anos.

Apresentador Luciano Seixas: Mais de 75 mil trabalhadores que recebem Seguro-Desemprego se inscreveram em cursos do Pronatec.

Kátia: Forças Armadas mobilizam 5 mil militares, a partir de hoje, na Operação Amazônia 2012.

Luciano: Segunda-feira, 17 de setembro de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio do “A Voz do Brasil”, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora, em www.ebcservicos.ebc.com.br/avozdobrasil.

Kátia: Mais de 500 mil empresas e 15 pessoas começaram a receber hoje cobranças da Receita Federal.

Luciano: A operação para recuperar dívidas acumuladas nos últimos cinco anos é para micro e pequenas empresas que são optantes do Simples Nacional e, também, grandes devedores. A repórter Daniela Almeida explica.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O total das dívidas fiscais vencidas com a Receita Federal ultrapassa os R$ 86 bilhões e as notificações vão atingir três grupos. O primeiro é dos grandes contribuintes, ou seja, com dívidas superiores a R$ 10 milhões cada um. Trezentas e duas empresas e 500 pessoas físicas devem cerca de R$ 42 milhões. O segundo grupo é formado por mais de cem mil empresas, que parcelaram os débitos antigos pelo Programa Refis da Crise, criado em 2009, mas que, apesar da negociação fiscal, deixaram de pagar as cotas das dívidas. O último conjunto de devedores conta com mais de 441 mil micro e pequenas empresas, optantes do Simples Nacional, o regime diferenciado de pagamento único de tributos do Fisco. O contribuinte em débito vai ter 30 dias para regularizar as pendências fiscais. O subsecretário de Arrecadação da Receita Federal do Brasil, Carlos Roberto Occaso, explica o que vai acontecer se o contribuinte perder o prazo.

Subsecretário de Arrecadação da Receita Federal do Brasil - Carlos Roberto Occaso: O contribuinte devedor do Simples, que não se regularizar em 30 dias, ele pode ser excluído desse regime simplificado de pagamento de tributos, e essa exclusão, ela gera efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): A empresa do contador Antonio dos Santos Albuquerque, em Brasília, tem 80 pessoas jurídicas como clientes. Todos os meses, a equipe dele tem a responsabilidade de calcular os valores dos tributos devidos pelas empresas e prestar informações sobre a vida fiscal delas. Com 40 anos de experiência, Antonio Albuquerque conhece bem as dificuldades enfrentadas pelos contribuintes devedores, inscritos no Cadin, o Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal.

Contador - Antonio dos Santos Albuquerque: O contribuinte que não presta as suas informações e apresentar as suas informações nas datas previstas, impostas pela própria Receita, ele está fadado ao fracasso e ao insucesso. Evidentemente que ele não participará de concorrência porque o nome dele irá para o Cadin. Então, não tem direito a certidões negativas para participar das concorrências que o governo exige. Ele está automaticamente fora do mercado da empresa.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para parcelar e até quitar os débitos fiscais, não é necessário se dirigir às unidades estaduais da Receita Federal do Brasil. As empresas e pessoas físicas devedoras devem acessar o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte, na página da Receita: www.receita.fazenda.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.

Kátia: E, desde abril deste ano, Luciano, o governo dá um empurrãozinho na carreira dos trabalhadores que ficaram sem emprego três vezes durante um período de dez anos.

Luciano: São cursos de qualificação, de graça, para reciclar mão de obra, Kátia.

Kátia: O Pronatec Seguro-Desemprego já tem mais de 50 mil trabalhadores pré-matriculados e outras 25 mil matrículas efetivadas em cursos de capacitação. Ricardo Carandina tem os detalhes.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Os trabalhadores que pediram o Seguro-Desemprego pela terceira vez, em até dez anos, precisam fazer um curso do Pronatec para receber o benefício. A capacitação deve durar no mínimo 160 horas. O Pronatec foi criado no ano passado e atua em várias áreas. A Bolsa-Formação Seguro-Desemprego é uma delas. Cerca de 50 mil profissionais já foram encaminhados para o programa, 25 mil matrículas já foram efetivadas em todo o país, e alguns estudantes já estão nas salas de aulas. Um deles é Maxwell Santos de Souza, de 23 anos, que mora em Brasília. Nos últimos quatro anos, ele teve três empregos e acredita que, depois do curso de auxiliar administrativo que está fazendo, vai ser mais fácil conseguir e manter um trabalho.

Estudante - Maxwell Santos de Souza: A inserção no mercado de trabalho vai ser mais fácil, porque o curso, ele é um curso muito interessante, muito bom. Ele é ministrado por ótimos professores, e o grande desafio nosso é continuarmos até o fim do curso.

Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A professora de Maxwell, Luana Alves, acredita que, com o programa, os alunos têm a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho mais rapidamente e com um emprego melhor.

Professora - Luana Alves: Muitos alunos encaram essa oportunidade como um crescimento, uma mudança de área. Eles estão desempregados e muitos estão saindo, aí, de longos anos de trabalho numa determinada área e veem nesse curso uma possibilidade de crescimento profissional, realmente.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): O estado campeão de pré-matrículas no Pronatec Seguro-Desemprego é o Rio de Janeiro, que já encaminhou mais de 7.500 profissionais para o programa. A seguir vem São Paulo, com cerca de 7.000, Mato Grosso, com quase 6.500, e Minas Gerais, com 5.900. De Brasília, Ricardo Carandina.

Luciano: E o assunto ainda é Pronatec, Kátia.

Kátia: É, Luciano, mas, desta vez, nós vamos tratar de cursos de formação para quem trabalha em áreas rurais.

Luciano: O Pronatec Campo vai capacitar 30 mil pessoas entre agricultores familiares, moradores de comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária.

Kátia: Esse foi o assunto que a jornalista Isabela Azevedo fez hoje com a assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ana Carolina Silva.

Repórter Isabela Azevedo: Ana Carolina, qual será o perfil dos alunos dos cursos promovidos pelo Pronatec Campo?

Assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ana Carolina Silva: O público-alvo são justamente os jovens, agricultores familiares, marisqueiros, pescadores, povos de comunidades tradicionais, além, obviamente, dos acampados, dos assalariados, né? A nossa ideia é a gente estar abarcando jovens a partir de 18 anos e adultos também, né, de distintas idades.

Repórter Isabela Azevedo: E onde serão dados esses cursos? Como é que é feito o processo de seleção dessas entidades que vão dar os cursos?

Assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ana Carolina Silva: Todos os estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. São os institutos federais e as redes estaduais que também vão estar nos ajudando, dando o curso de formação.

Repórter Isabela Azevedo: E o que os interessados podem fazer para participar?

Assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ana Carolina Silva: Os interessados podem procurar ou a Emater, né, onde serão os nossos pontos focais nos municípios que estarão recebendo essa demanda dos beneficiários, ou as nossas delegacias do MDA, né? Através das... As delegacias do Ministério do Desenvolvimento Agrário estarão pinçando quais institutos federais vão estar ofertando os cursos, e nós elencamos alguns cursos que dialogam para o fortalecimento da agricultura familiar. Então, a gente tem cursos como agricultura familiar, produção orgânica, né? Agente de desenvolvimento rural, né? Produtor de queijo, produtor de vinho... Enfim, mais de 50 cursos voltados para a agricultura familiar.

Repórter Isabela Azevedo: Ana, e quando começam os cursos do Pronatec Campo?

Assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ana Carolina Silva: Os cursos do Pronatec Campo irão se iniciar a partir do final do mês de setembro. Cada estado tem o seu calendário, a partir da pactuação que vai acontecer entre os institutos federais, as redes estaduais, com os demandantes das ofertas, né? O público beneficiário.

Repórter Isabela Azevedo: Tem um limite de hora, hora mínima, tem cursos de várias durações e eles são todos gratuitos?

Assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ana Carolina Silva: Todos gratuitos, né? Cada instituto federal, junto com os demandantes nos estados, irão pactuar a quantidade de horas, né? Dentro da lei do Pronatec, a gente tem um mínimo de 160 horas, né, para o... onde a gente vai estar pactuando em estado em estado.

Repórter Isabela Azevedo: Ana Carolina Silva, assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário, muito obrigada pela entrevista à Voz do Brasil.

Assessora da Juventude do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Ana Carolina Silva: Muito obrigada a você.

Kátia: Sete e dez.

Luciano: Começou hoje, na foz do Rio Amazonas, na região Norte do país, a Operação Amazônia 2012.

Kátia: Cinco mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica vão fazer um treinamento conjunto para atuarem na defesa da região.

Luciano: É o décimo exercício desse porte, realizado pelo Ministério da Defesa, na região, desde 2002. Taissa Dias.

Repórter Taissa Dias (Brasília-DF): Os militares vão passar por simulações de guerra, conflitos na selva e outros exercícios. É a Operação Amazônia, que começou na manhã de hoje e, até o dia 28 de setembro, vai percorrer quatro estados: Acre, Rondônia, Pará e Amazonas. A meta é preparar as tropas do Exército, da Marinha e da Força Aérea para atuarem em conjunto, caso haja necessidade de defender a região, como explica o chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia, general Franklimberg Ribeiro de Freitas.

Chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia - General Franklimberg Ribeiro de Freitas: A Marinha do Brasil, por exemplo, ela vai realizar patrulhamentos de vias fluviais, ocupação, reconquista de localidades ribeirinhas; o Exército brasileiro, ele vai realizar também o reforço dos pelotões especiais de fronteira, realizar substituições de localidades onde a Marinha já ocupou preliminarmente. Nós vamos exercitar também, pela Força Aérea Brasileira, o controle do espaço aéreo.

Repórter Taissa Dias (Brasília-DF): Durante a operação, a Força Aérea brasileira testa novos procedimentos de controle, inteligência e comunicação. A ideia é que a nova metodologia seja usada nos grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar: a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo de Futebol, em 2014. O comandante da Força Aérea na Operação Amazônia, Major-Brigadeiro do Ar, Antônio Carlos Egito do Amaral, conta que, para isso, um centro de controle foi montado no Rio de Janeiro.

Comandante da Força Aérea na Operação Amazônia - Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Egito do Amaral: O comando está aqui, com o meu quartel-general, e o Centro de Coordenação dos Meios Aéreos, ele está no Rio de Janeiro, embora o exercício esteja ocorrendo na Amazônia.

Repórter Taissa Dias (Brasília-DF): Os militares também vão realizar atendimento médico e odontológico para as populações, ao longo da calha dos rios Solimões, Purus e Juruá. Para isso, vão ser usados navios-hospitais da Marinha. De Brasília, Taissa Dias.

Kátia: O Brasil voltou a ter uma indústria naval de alta qualidade. A afirmação é da presidenta Dilma Rousseff, hoje, na visita que fez aos locais de construção das plataformas P-58 e P-55, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Luciano: A presidenta, que esteve nos estaleiros Quip e Rio Grande afirmou que a decisão do governo de voltar a construir plataformas petrolíferas no Brasil garantiu a geração de empregos no país. O repórter Paulo La Salvia acompanhou e tem as informações.

Repórter Paulo La Salvia (Rio Grande-RS): A primeira plataforma visitada pela presidenta Dilma Rousseff, no polo naval de Rio Grande, a 350 quilômetros de Porto Alegre, foi a P-58. Com US$ 1,34 bilhão em investimentos, a P-58 vai ter capacidade de produzir 180 mil barris de petróleo por dia, quando estiver em operação, no litoral do Espírito Santo. Junto com a P-55, também vista de perto pela presidenta, as duas plataformas vão extrair petróleo da camada pré-sal. A diferença é que a P-55 está mais adiantada. Deve estar finalizada no primeiro semestre do ano que vem. O investimento também é maior. A P-55 está recebendo US$ 1,7 bilhão. Já a capacidade de produção é a mesma: 180 mil barris de petróleo por dia. O polo naval de Rio Grande está fabricando, ainda, a P-63, que também é uma plataforma flutuante, e outras oito estruturas menores de extração de petróleo na camada pré-sal, as chamadas sondas de perfuração. São US$ 4,5 bilhões que estão sendo investidos nas sondas, previstas para entrar em operação entre julho do ano que vem e janeiro de 2016. As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul interromperam parte da visita da presidenta Dilma Rousseff ao Polo Naval de Rio Grande, mas, no breve discurso, a presidenta defendeu a nacionalização da indústria naval no país.

Presidenta Dilma Rousseff: Esse país não podia continuar exportando emprego e oportunidades para o resto do mundo. O que nós pudéssemos fazer no Brasil nós faríamos no Brasil. Milhões de reais foram colocados aqui. Esses milhões de reais vão servir para nós voltarmos a ter uma indústria naval de alta qualidade.

Repórter Paulo La Salvia (Rio Grande-RS): As plataformas P-55 e P-58 fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento. Para a indústria naval, o PAC 2 reservou investimentos de RS 37 bilhões, até 2014. As plataformas também utilizam 70% de equipamentos nacionais, o que garante, ao mesmo tempo, a geração de empregos e o desenvolvimento de empresas fornecedoras aqui no Brasil. De Rio Grande, Paulo La Salvia.

- Café com a Presidenta.

Kátia: E, hoje, no programa semanal de rádio “Café com a Presidenta”, a presidenta Dilma explicou a redução no preço da tarifa de energia, que entra em vigor em fevereiro do ano que vem.

Luciano: Segundo Dilma, a redução na conta de luz é parte do esforço feito pelo governo para implantar um novo modelo para o setor elétrico.

Presidenta Dilma Rousseff: Um modelo que eliminou o risco de racionamento, criou condições para o aumento dos investimentos em geração, ampliou as redes de transmissão e distribuição. Agora, nós estamos tomando uma medida histórica: vamos reduzir o preço da energia elétrica porque pagamos por ela durante anos.

Kátia: Ainda no programa de rádio, a presidenta garantiu que não haverá falta de energia com a redução da tarifa.

Luciano: E as empresas vão ter que cumprir metas de qualidade.

Presidenta Dilma Rousseff: Nós fizemos os investimentos necessários para garantir a oferta de energia no país e, principalmente, voltamos a planejar. Isto foi fundamental para afastar o risco de falta de energia. Agora, nós vamos ser ainda mais rigorosos e cobrar mais qualidade dos serviços prestados à população. A Agência Nacional de Energia Elétrica está aprimorando os índices de qualidade, que serão exigidos das empresas que fornecem energia.

Kátia: Quer ver e ouvir o “Café com a Presidenta” de hoje, na íntegra? Acesse agora o nosso Twitter.

Luciano: Vamos postar, neste momento, o link para o vídeo: twitter.com/avozdobrasil.

Kátia: Sete e dezessete.

Luciano: Técnicos dos governos estaduais de todo o Brasil começaram hoje, aqui em Brasília, um curso de capacitação em Gestão do Bolsa-Família.

Kátia: A meta é preparar os técnicos estaduais para serem instrutores dos gestores municipais, que são os responsáveis por avaliar o andamento do programa em cada município brasileiro.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): O Bolsa-Família atende 13,5 milhões de famílias em todo o Brasil. Um dos principais instrumentos usados pelo governo para evitar irregularidades é a atualização de dados dos beneficiários do programa. De acordo com a coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social do Varjão, região administrativa do Distrito Federal, Fernanda Mendes, a atualização de dados é importante para evitar problemas no pagamento do benefício.

Coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social do Varjão - Fernanda Mendes: A maioria das famílias aceita muito bem, porque elas sabem que, se elas não atualizarem, elas podem, não é, estar perdendo o benefício. E a gente, hoje, tem como cruzar os sistemas, cruzar algumas informações, para saber se realmente alguns dados são verídicos ou não, se tem carro no nome da família, se recebe mais do que o salário.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome está promovendo um curso de capacitação para técnicos estaduais. O secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério, Luís Henrique Paiva, explica que a ideia é que os técnicos estaduais possam repassar o conhecimento adquirido no curso para os gestores municipais do Bolsa-Família.

Secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério - Luís Henrique Paiva: Reunir esse conteúdo num curso de gestão voltado primordialmente para as coordenações estaduais do programa, que vão trabalhar como multiplicadores desse conteúdo e fazer com que esse conteúdo chegue às administrações municipais, que são realmente as entidades que operam com o programa na ponta.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Para a representante do estado de Santa Catarina, Eliandra Karine, o curso vai facilitar o trabalho dos gestores, principalmente no Busca Ativa, quando as famílias são procuradas para atualizar os dados.

Representante do estado de Santa Catarina - Eliandra Karine: Como a gente está tendo muitas mudanças do Cadastro Único, desde 2009, eu acho que vem a calhar agora a gestão nas mudanças que está tendo. E a gente vai poder ter um maior conhecimento para poder estar trabalhando essas famílias no nosso município.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): Cento e vinte técnicos estão fazendo o curso, que começou hoje e termina na próxima sexta-feira, em Brasília. A previsão é que, no ano que vem, outras 400 pessoas sejam capacitadas. De Brasília, Leandro Alarcon.

Luciano: Desde o mês passado, conferências em vários estados debatem temas sobre a integração nacional, o desenvolvimento sustentável, além da superação das desigualdades regionais do país.

Kátia: Sete estados já fizeram essas reuniões, e, essa semana, outros nove começam a discutir pontos que podem contribuir para a Política Nacional de Desenvolvimento Regional.

Luciano: No Rio de Janeiro, a conferência começou hoje, e a repórter Natália Koslyk tem mais informações.

Repórter Nathalia Koslyk (Brasília-DF): Um debate sobre as desigualdades regionais. A Primeira Conferência Estadual de Desenvolvimento Regional, no Rio de Janeiro, reúne representantes da sociedade civil, do setor empresarial, do poder público e de entidades de ensino. O subsecretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, do Rio de Janeiro, Carlos Krykhtine, explica a importância dessa iniciativa.

Subsecretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca do Rio de Janeiro - Carlos Krykhtine: Esse encontro, ele nos favorece a criar um ambiente de discussão, né, que nos permite refletir sobre os aspectos mais particulares de cada região e também discutir sobre os temas que a Conferência nos traz, que é a governança, a transversalidade, o financiamento e as desigualdades.

Repórter Nathalia Koslyk (Brasília-DF): O professor de Geografia da rede estadual profissionalizante do Rio de Janeiro, Davi Alcântara, é um dos representantes da sociedade civil.
Professor de Geografia da rede estadual profissionalizante do Rio de Janeiro - Davi Alcântara: A gente espera que a educação possa fazer parte, no Rio de Janeiro, de uma abordagem mais ampla, que considere realmente potencialidades.

Repórter Nathalia Koslyk (Brasília-DF): As conferências estaduais vão ocorrer nos 27 estados da Federação, até outubro. Para novembro, estão previstas outras quatro conferências macrorregionais. O secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, Sérgio Castro, conta que essa é uma grande oportunidade para o país.

Secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional - Sérgio Castro: As experiências, até agora, estão sendo muito interessantes, uma participação não só numérica importante, mas qualitativa, com um interesse muito grande que o tema tem despertado, com propostas muito ricas. Na verdade, é a primeira vez que se promove uma discussão sobre a questão regional de tamanha amplitude no Brasil.

Repórter Nathalia Koslyk (Brasília-DF): Durante essa semana, as conferências estaduais também vão acontecer em Manaus, Rio Branco, João Pessoa, Porto Velho, Salvador, Palmas, Macapá e Florianópolis. De Brasília, Natália Koslyk.

Kátia: As ideias levantadas nas conferências regionais vão ser levadas para o encontro nacional, em dezembro, aqui em Brasília.

Luciano: Kátia, é difícil achar uma pessoa que não gosta de circo.

Kátia: É muito divertido mesmo, Luciano, e uma das artes culturais mais antigas do mundo.

Luciano: E pessoas ou entidades que têm projetos voltados para a área circense podem concorrer ao Prêmio Funarte/Petrobras Carequinha de Estímulo ao Circo.

Kátia: Cerca de R$ 6 milhões vão ser destinados para os 159 projetos selecionados.

Luciano: A repórter Patricia Scarpin visitou uma cooperativa de circo, aqui de Brasília, que recebeu recursos do prêmio no ano passado.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Teatro, acrobacias aéreas, oficinas de arte circense, todas essas atrações fazem parte da 5ª Mostra Zezito de Circo, que se apresenta no Distrito Federal até o dia 23 de setembro. Para realizar o evento deste ano, a Cooperativa Brasiliense de Teatro e Circo contou com R$ 90 mil, captados no ano passado, por meio do Prêmio Carequinha. Para a presidente da cooperativa, Laura Cavalheiro, receber os recursos pela Fundação Nacional de Artes, a Funarte, é uma forma de valorizar o artista circense.

Presidente da cooperativa - Laura Cavalheiro: A primeira vez que a gente fez, a gente não tinha recursos. Então, os circenses trabalharam voluntariamente, e, agora, a gente trabalha remunerando o trabalho de todas essas pessoas que estão envolvidas. O circo é uma arte que atinge todas as camadas da população, em todas as idades, né? Para o artista circense é muito importante, porque ele tem a oportunidade de mostrar o seu trabalho. É prazeroso também, que você vê essa lona cheia, as crianças dando gargalhada, andando de perna de pau no gramado. E é uma forma, também, de fortalecer essa arte, que é uma arte milenar.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): E as companhias de arte circense devem ficar atentas. Isso porque as inscrições para o Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo estão abertas até o dia 1º de outubro. Ao todo, 159 projetos, em sete diferentes categorias, vão ser contemplados. A coordenadora de Difusão Cultural do Brasil Central, da Funarte, Débora Aquino, explica os detalhes.

Coordenadora de Difusão Cultural do Brasil Central, da Funarte - Débora Aquino: É um edital específico para a formação e para a qualificação da área circense no Brasil. Esse edital, ele é para todas as áreas de formação do circo, desde os aéreos, trapézio, tecido, também para malabares, também para palhaços, e ações específicas de formação na área do circo.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): Para fazer as inscrições, acesse: www.funarte.gov.br. De Brasília, Patricia Scarpin.

Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Receita Federal começa a cobrar dívida de R$ 86 bilhões que pessoas jurídicas e físicas fizeram nos últimos cinco anos.

Kátia: Mais de 75 mil trabalhadores que recebem Seguro-Desemprego se inscreveram em cursos do Pronatec.

Luciano: Forças Armadas mobilizam 5 mil militares, a partir de hoje, na Operação Amazônia 2012.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.