17/10/2016 - A Voz do Brasil
Países do BRICS realizam encontro na Índia. Governo brasileiro e indiano firmam acordos bilaterais nas áreas de agricultura, fabricação de medicamentos e investimentos. Michel Temer viaja ao Japão para fortalecer relações entre os dois países. Tudo isso você ouviu nesta segunda-feira em A Voz do Brasil!
17/10/2016 - A Voz do Brasil
Países do BRICS realizam encontro na Índia. Governo brasileiro e indiano firmam acordos bilaterais nas áreas de agricultura, fabricação de medicamentos e investimentos. Michel Temer viaja ao Japão para fortalecer relações entre os dois países. Tudo isso você ouviu nesta segunda-feira em A Voz do Brasil!
17-10-2016-voz-do-brasil.mp3
Duração:
Publicado em 09/12/2016 15:45
Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite em Brasília, no horário brasileiro de verão.
Apresentadora Helen Bernardes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Países do BRICS se reúnem e presidente Michel Temer destaca medidas pra facilitar o comércio entre os países e gerar empregos.
Luciano: E pra atrair novos investidores, Temer também reforça que o Brasil dá sinais de recuperação com a queda na inflação e aumento da confiança na economia.
Helen: Pra realizar cirurgias e acompanhar gestantes e bebês, UPAs e hospitais filantrópicos vão receber novos recursos do governo.
Luciano: E a Voz do Brasil também tem os detalhes do apoio a municípios castigados pela seca no nordeste, enquanto no sul cidades sofrem com as chuvas, ventos e granizos.
Helen: Segunda-feira, 17 de outubro de 2016.
Luciano: Está no ar a sua voz.
Helen: A nossa voz.
Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.
Helen: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Juntos, os países formam o BRICS e somam US$ 16 trilhões de PIB, ou seja, tudo que produzem.
Luciano: É, e representam também novos mercados pro nosso país e novos investidores por aqui.
Helen: E foi exatamente isso que buscou o presidente Michel Temer em reunião do bloco, na Índia, neste final de semana.
Luciano: Temer se encontrou com os presidentes dos quatro países e assinaram acordos pra facilitar a troca de produtos.
Helen: Também se encontrou com empresários. O presidente disse que o Brasil está voltando para os trilhos, que a inflação começa a diminuir e a confiança entre os empresários aumenta. Por isso, é hora de investir aqui.
Repórter Paola de Orte: O presidente Michel Temer chegou a Goa, na Índia, no sábado, para participar da cúpula do BRICS, acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer, que fazia sua primeira viagem internacional oficial, e do ministro das relações exteriores, José Serra. Temer almoçou com empresários brasileiros que investem na Índia e com o presidente da Firjan, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Vieira, que falou sobre a importância da visita.
Presidente da Firjan - Eduardo Eugênio Vieira: Nós estamos aqui pra ajudar a mostrar a imagem do novo Brasil, pra mostrar que o Brasil mudou. E nós precisamos muito pro desenvolvimento do nosso país, e pra geração de empregos, dos investidores estrangeiros.
Repórter Paola de Orte: No domingo, Michel Temer participou de uma reunião privada com os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que, junto com o Brasil, formam o BRICS. Os chefes de estado também se reuniram com o conselho empresarial do grupo. O presidente convidou os empresários do BRICS a investirem no Brasil.
Presidente Michel Temer: Estamos empenhados em melhorar o ambiente de negócios. Vamos desburocratizar processos, reduzir custos de operação e zelar pela previsibilidade e pela segurança jurídica. Lançamos já um programa de parcerias de investimentos, fundado em regras [ininteligível]. São 34 projetos iniciais nas áreas de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia, óleo e gás. Convido, portanto, as empresas dos países do BRICS a investirem no Brasil.
Repórter Paola de Orte: Em uma sessão plenária com os líderes, o presidente Temer falou sobre as perspectivas das relações entre os cinco países.
Presidente Michel Temer: A assinatura, nesta cúpula, de acordo aduaneiro entre os BRICS abre possibilidades de maior coordenação entre nossas autoridades portuárias e alfandegárias. Barreiras sanitárias e fitossanitárias são sempre fonte de incerteza no comércio. Devemos impedir que essas medidas sejam utilizadas para fins protecionistas.
Repórter Paola de Orte: Também foram assinados acordos de criação de uma plataforma de pesquisa em agricultura do grupo, de cooperação entre academias diplomáticas e a criação de um comitê aduaneiro. De Goa, na Índia, Paola de Orte.
Luciano: E se queremos atrair investidores, aumentar nossas exportações significa indústria aquecida e geração de novos empregos.
Helen: Pra isso, além de conversar com os quatro países do BRICS, hoje o presidente Michel Temer teve um encontro individual com o primeiro-ministro da Índia.
Luciano: Os dois países assinaram acordos importantes, entre eles o que aumenta a segurança jurídica para investidores dos dois países, facilitando a entrada de empresas brasileiras na Índia e a vinda de companhias indianas ao Brasil.
Repórter Paola de Orte: Um encontro para ampliar o comércio e investimentos. Brasil e Índia assinaram acordos para produção de remédios e, na área de agricultura, fecharam parceria para reprodução de gado e melhoria de recursos genéticos. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, explica que os acordos terão impacto positivo na agropecuária brasileira.
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Blairo Maggi: Nós assinamos hoje um acordo muito importante pra pecuária brasileira, que é a transferência de material genético de bovinos aqui da Índia, já que todo o rebanho brasileiro é de origem indiana. Na área de lentilhas, nós vamos começar agora, a partir da assinatura de um acordo que fizemos aqui, a transferência de material genético pra gente fazer experimentação no Brasil.
Repórter Paola de Orte: O ministro das Relações Exteriores, José Serra, destacou o acordo assinado para facilitar investimentos entre os dois países.
Ministro das Relações Exteriores - José Serra: O Brasil tem equipamentos para exportar, e a Índia é o maior importador do mundo de equipamentos de defesa, embora exporte também. No caso do etanol e do pós-etanol, a facilidade é total, porque a Índia é o segundo maior produtor de açúcar do mundo, depois do Brasil, e a opção de fazer etanol, inclusive quando os preços do açúcar estiverem muito baixos, etc., é sempre presente, ou mesmo de importar, que é uma energia renovável. No caso de medicamentos, os indianos são os maiores produtores do mundo de matérias primas e princípios ativos.
Repórter Paola de Orte: Segundo José Serra, outro acordo para ampliar o comércio com a Índia deve ser assinado até o início do ano que vem.
Ministro das Relações Exteriores - José Serra: Nós temos uma proposta para trocar com a Índia 500 preferências de produtos, isso no âmbito do Mercosul, que aceita perfeitamente. Isso pode ser materializado já em fevereiro, com uma apresentação agora em novembro. Isso é comércio na prática.
Repórter Paola de Orte: O presidente Michel Temer destacou a cooperação entre os dois países nas diversas áreas e falou também sobre o projeto Crescer, que procura atrair investidores estrangeiros para o Brasil.
Presidente Michel Temer: Nós todos sabemos que a Índia se transformou muito nos últimos anos. Hoje é uma das principais economias globais, cresce a taxas elevadas, e aqui vai uma pequena coincidência: Também no Brasil começa agora um processo de transformação. A retomada do crescimento econômico requer presença ativa no Brasil, não só internamente mas nos principais mercados do mundo, e nós temos grande sintonia com as prioridades do primeiro-ministro Modi, no sentido de manter o dinamismo econômico, criar empregos e controlar a inflação.
Repórter Paola de Orte: O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que o encontro comemora os dez anos da parceria estratégica entre os dois países. De Goa, na Índia, Paola de Orte.
Helen: E as relações comerciais entre Índia e Brasil já são antigas, começaram quase 70 anos atrás e se tornaram mais intensas a partir dos anos 90.
Luciano: As trocas entre os dois países estão crescendo e existe potencial para aproximar ainda mais os dois mercados.
Repórter Paola de Orte: Brasil e Índia têm muito em comum e essas semelhanças aproximaram os dois países, tanto na política quanto na economia. Uma relação que começou em 1948, logo após a independência indiana, e, desde a década de 90, com a abertura econômica no Brasil e na Índia, a relação cresceu ainda mais. Segundo a coordenadora-geral da assessoria de Assuntos Internacionais, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Ana Stival, essa área é um dos temas centrais da cooperação entre os dois países.
Coordenadora-geral da assessoria de Assuntos Internacionais - Ana Stival: Nós investimos nessa cooperação com a Índia em torno de R$ 9 milhões, entre 2013 e 2015, e apoiamos 25 projetos, principalmente na área de biotecnologia voltada à agricultura, à saúde, biotecnologia industrial.
Repórter Paola de Orte: O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Wanderley Souza, esteve na Índia neste mês pra aprofundar a cooperação na área.
Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep - Wanderley de Souza: Eles são grandes produtores de fármacos. Uma outra área importante são as doenças infecciosas e parasitárias. Eles têm lá muitos problemas parecidos com os nossos.
Repórter Paola de Orte: O comércio entre os países não é tão significativo quanto com outros parceiros do BRICS, mas os números têm crescido e, segundo o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, os países têm se esforçado para ver a balança comercial crescer ainda mais no futuro.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Já existe um acordo de preferências tarifárias e estamos negociando um aumento desse acordo entre Mercosul e Índia de preferências tarifárias.
Repórter Paola de Orte: Por enquanto, combustíveis estão entre os principais produtos da pauta comercial, mas, segundo o presidente da Câmara de Comércio Brasil Índia, a ideia é expandir as trocas para outras áreas.
Presidente da Câmara de Comércio Brasil Índia: A Índia tem uma população hoje de 1,320 bilhão mais ou menos. Três coisas básicas pra eles é alimento, saúde e também essa parte toda de educação. Por outro lado, eles têm um problema também sério de logística. Tudo isso são grandes oportunidades.
Repórter Paola de Orte: O intercâmbio entre Brasil e Índia passou de US$ 1 bilhão em 2003 para US$ 11.620.000.000 em 2014. De Goa, na Índia, Paola de Orte.
Helen: É, e de Goa, na Índia, o presidente Michel Temer seguiu para outro país asiático, o Japão.
Luciano: Temer já está em Tókio para a primeira viagem oficial de um chefe de estado brasileiro em onze anos.
Helen: E mais, a ideia é conquistar investidores para os projetos de infraestrutura do Brasil. Lá o presidente se reúne com empresários e tem também na agenda encontros com o primeiro-ministro japonês e com o imperador.
Repórter João Pedro Neto: Parceiros tradicionais, os dois países mantêm relações estratégicas na diplomacia e importante ligação comercial nos investimentos e em cooperação. O embaixador do Brasil no Japão, André Corrêa do Lago, diz que a visita é resultado de uma decisão política de colocar as relações entre as duas nações como prioridade.
Embaixador do Brasil no Japão - André Corrêa Lago: Pra tentar fazer que, com uma visita como essa, dando, botando o Japão no centro das atenções do governo brasileiro, e o Brasil no centro das atenções do governo japonês, você consiga revitalizar certas áreas que estão mais ou menos paradas ou redescobrir certas áreas que não estão sendo atendidas.
Repórter João Pedro Neto: Michel Temer será recebido pelo imperador Akihito e terá uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro Shinz? Abe. Também está marcado um encontro do presidente com empresários e investidores japoneses, em que Michel Temer deve apresentar o PPI, Programa de Parcerias de Investimentos, que prevê uma série de concessões na área de infraestrutura. Aprofundar as relações em diversas dimensões, inclusive nos negócios, também é a expectativa do Japão, como afirma Kazuhiro Fujimura, embaixador em exercício do país no Brasil.
Embaixador do Japão no Brasil - Kazuhiro Fujimura: Nos campos como a política e defesa, comércio e investimento, ciência e tecnologia, cultura, intercâmbios humanos e esportes.
Repórter João Pedro Neto: Na agenda com o Japão, o Brasil também negocia para abrir o mercado do país asiático para a carne bovina brasileira. De Tókio, no Japão, João Pedro Neto.
Luciano: A gente ouviu o presidente Michel Temer falando com otimismo da economia brasileira. E olha que as projeções do mercado financeiro indicam queda maior da inflação e também dos juros no país.
Helen: De acordo com analistas, a inflação deste ano pode fechar em 7,01%, um pouco menor que a expectativa da semana passada. E, com menos inflação, os economistas apostam numa taxa de juros menor.
Luciano: As previsões estão no Boletim Focus, divulgado toda semana pelo Banco Central e que reúne as opiniões de cem analistas.
Helen: Nesta semana, o Comitê de Política Monetária define a nova taxa básica de juros da economia brasileira e a expectativa é que a taxa caia.
Luciano: E, se essa análise se confirmar, essa será a primeira queda na taxa de juros desde outubro de 2012. Sete e 13, no horário brasileiro de verão.
Helen: Mais recursos para o financiamento da saúde nos estados e municípios.
Luciano: O Ministério da Saúde liberou R$ 550 milhões para entidades filantrópicas e Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs.
Helen: A Voz do Brasil conversou com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que explicou como o dinheiro vai ser investido.
Repórter Nasi Brum: Os recursos vão financiar cirurgias, ações de média e alta complexidade, rede cegonha e serviços de pronto atendimento, prestados por entidades filantrópicas e Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, nos estados e municípios. Para as entidades filantrópicas, estão sendo liberados R$ 391 milhões. Outros R$ 159 milhões estão sendo destinados às UPAs. De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a liberação dos recursos foi possível depois que o governo adotou medidas de economia.
Ministro da Saúde - Ricardo Barros: Com a economia que geramos de R$ 1.059.000.000, já nos primeiros cem dias de governo, nós estamos agora anunciando esses recursos dessa rodada. São R$ 550 milhões entre UPAs e hospitais filantrópicos. Depois, nós anunciaremos outra aplicação de mais recursos, para cobrir outros serviços que estão ainda em déficit do governo na sua ação de cofinanciamento da saúde em todo o Brasil.
Repórter Nasi Brum: De acordo com o ministro Ricardo Barros, os recursos vão permitir a melhoria dos serviços prestados à população. O ministro lembrou que, a partir de dezembro, o atendimento será mais eficaz com a informatização de toda a área de saúde. Reportagem, Nasi Brum.
Luciano: O programa Bolsa Família está fazendo aniversário esta semana.
Helen: São mais de 10 anos trazendo melhores condições de vida pra quem realmente precisa.
Luciano: Hoje o Bolsa Família gera renda pra cerca de 14 milhões de famílias.
Helen: E aqui na Voz do Brasil você vai conhecer, durante toda essa semana, história de alguns brasileiros que mudaram de vida graças ao programa.
Repórter André Luís Gomes: Em mais de uma década, o programa ajudou muita gente a sair da pobreza, a progredir na vida. A dona Antônia Alves Ramos, de 33 anos, é um exemplo. Moradora de Campo Maior, no Piauí, ela sabe o que é passar necessidade desde criança, por isso aprendeu a dar valor a cada real que ganha com o próprio suor. Mãe de duas crianças, recebia R$ 102 reais do programa Bolsa Família, que ela usava para complementar o orçamento na hora da feira.
Entrevistada - Antônia Alves Ramos: Às vezes eu estava sem nada em casa. Se não fosse mesmo ele eu acho que estava bravo, viu?
Repórter André Luís Gomes: Mas em janeiro deste ano, por conta própria, Antônia decidiu deixar o programa. Depois de se capacitar e de montar um salão de beleza, viu o negócio progredir e optou em dar a oportunidade para outra pessoa que precisasse mais do que ela do benefício do governo federal.
Entrevistada - Antônia Alves Ramos: O dinheiro do salão, eu guardo para investir no próprio salão e em mim mesma. Guardo meu dinheiro pra fazer esses cursos de aperfeiçoamento.
Repórter André Luís Gomes: Com o que ganha atualmente, Antônia Alves paga as prestações da casa nova comprada por meio do programa Minha Casa Minha Vida. Só em 2015, 56 famílias de Campo Maior procuraram a prefeitura para devolver o benefício. O coordenador do Bolsa Família na cidade, Miguel Ribeiro de Carvalho, explica como é feito o trabalho de conscientização dos beneficiários.
Coordenador do Bolsa Família em Campo Maior - Miguel Ribeiro de Carvalho: Adquirir uma situação de vida melhor, abre esse precedente de desligar do programa voluntariamente, com a certeza de que, se caso ele chegue àquela condição, ele tem a certeza de voltar novamente, né?
Repórter André Luís Gomes: O desligamento voluntário do programa, como Antônia fez, permite que a família possa retornar imediatamente ao Bolsa Família em um período de três anos, caso ela precise do benefício novamente. Reportagem, André Luís Gomes.
Luciano: Para receber o Bolsa Família, é necessário atender os critérios de seleção e fazer o cadastramento na prefeitura.
Helen: O valor médio do benefício é de R$ 170.
Luciano: 1,3 milhão de pessoas no estado de Pernambuco vão ser atendidas com a construção da Adutora do Agreste, obra que vai contar com recursos federais.
Helen: E essa é uma das ações do governo pra combater os efeitos da seca, que já afetou mais de 1.500 municípios em todo o país, só neste ano.
Repórter Nei Pereira: Até a última sexta-feira, o governo federal já havia reconhecido situação de emergência e calamidade em 1.563 municípios de todo o país por conta da seca ou estiagem. Com isso, as cidades afetadas podem receber ajuda federal. Além das ações emergenciais, o governo garante recursos para obras que ajudam a enfrentar a seca. Só na semana passada foram liberados R$ 25 milhões para a construção da Adutora do Agreste, localizada em Pernambuco. A primeira fase da obra vai beneficiar mais de 1,3 milhão de pessoas de 23 municípios. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, destaca as ações do governo por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, para diminuir os impactos da seca.
Ministro da Integração Nacional - Helder Barbalho: O Ministério disponibiliza apoio para as famílias, de maneira assistencial e emergencial, e em paralelo também a liberação de recursos para o combate à seca, através de carros-pipa, através de perfuratrizes, através de obras de adutoras de engate rápido, que possam levar abastecimento de água às regiões desabastecidas, e também temos agido no sentido de obras estruturantes, em parceria com os governos estaduais para diminuir a seca, mitigar este sofrimento desses brasileiros e garantir uma segurança hídrica para a população em diversas regiões do nosso país.
Repórter Nei Pereira: A seca castiga até mesmo regiões que, normalmente, apresentam alto índice de chuva, como o norte do país, onde municípios do Acre e do Amazonas enfrentam atualmente situação de emergência. Reportagem, Nei Pereira.
Luciano: E enquanto a seca castiga estados do norte e nordeste do país, na região sul o problema é outro: chuva intensa, ventos fortes, raios e granizo atingem praticamente todas as regiões do Rio Grande do Sul desde o último sábado.
Helen: Até a tarde desta segunda-feira, pelo menos 30 localidades já relataram algum tipo de dano por causa dos temporais e cerca de 900 imóveis foram afetados.
Luciano: Sobre esse assunto, nós vamos conversar ao vivo com o repórter Nei Pereira, que está aqui com a gente no estúdio da Voz do Brasil. Boa noite, Nei, qual é a situação do estado, hein?
Repórter Nei Pereira (ao vivo): Boa noite, Luciano, Helen e ouvintes da Voz do Brasil. Já são mais de 48 horas de chuva no Rio Grande do Sul. Segundo a Defesa Civil Gaúcha, são 945 casas alagadas e 52 famílias tiveram que ser removidas. As localidades mais atingidas estão nas regiões noroeste, centro-sul e metropolitana de Porto Alegre. Os municípios estão fazendo o levantamento dos prejuízos e prestando assistência aos atingidos pelos temporais. Eu conversei hoje à tarde com o subchefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Martins. Ele destacou entrosamento entre as defesas civis da União, estados e municípios.
Subchefe da Defesa Civil do RS - Coronel Martins: O governo federal, ele, imediatamente, quando acontecem esses eventos, eles já estão em contato conosco. Então nós informamos que a situação está sob controle e que, se caso seja necessário a solicitação de algum apoio, certamente a gente vai fazê-lo. O entrosamento entre todo o sistema de Defesa Civil, município, estado, União, aqui no Rio Grande do Sul, ele é muito eficiente. Então, a gente tem uma pronta resposta de qualquer situação que venha a acontecer.
Helen: Agora, Nei, a chuva causa estragos também em Santa Catarina, não é mesmo?
Repórter Nei Pereira (ao vivo): Exatamente, Helen. Na tarde deste domingo, uma onda atingiu carros e pessoas que estavam na praia de Balneário Rincão, no litoral sul do estado. Ninguém ficou ferido. O estado também foi castigado por temporais. Em Tubarão, também na região sul, uma menina de sete anos morreu após árvores atingirem o carro em que ela estava. A diretora de respostas aos desastres, da Secretaria de Estado da Defesa Civil, Caroline Margarida, faz um resumo da situação em Santa Catarina.
Diretora de respostas aos desastres - Caroline Margarida: A gente teve ocorrência de vendavais em vários outros municípios do sul. Municípios da região de Tubarão, municípios da região de Criciúma, municípios da região de Araranguá. Este problema de vendaval provocou queda de energia em pelo menos sete municípios da região Sul, isso provocou um problema secundário no abastecimento de água, porque as bombas não estavam bombeando água, então não conseguiu abastecer também alguns municípios da região. Tubarão teve problema também na comunicação e, além de Tubarão, a gente teve um problema no município de Capivari de Baixo, numa escola, onde dois mil alunos, eles estão sem aulas, porque o telhado da escola também foi prejudicado em função do vendaval.
Repórter Nei Pereira (ao vivo): O apoio da Defesa Civil nacional é complementar as ações adotadas pelos estados e municípios, e ajudam no atendimento à população afetada e na recuperação dos locais atingidos, com recursos financeiros, materiais e logísticos. Helen.
Helen: Obrigada, Nei, pelas informações. A gente continua acompanhando a situação aí no sul do país.
Luciano: Sete e 23 no horário brasileiro de verão.
Helen: Um novo plano nacional de segurança pública pra combater a criminalidade no país vai ser lançado esta semana.
Luciano: A estratégia vai levar em conta o mapeamento do crime organizado em todas as capitais.
Helen: a afirmação é do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, que participou hoje da posse do novo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá.
Repórter Natália Melo: O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou que o governo federal vem fazendo desde o mês de maio um mapeamento em todas as capitais brasileiras, para identificar os principais focos de crime organizado. A ideia é usar as informações para um novo plano de combate à criminalidade no país e dar segurança à população.
Ministro da Justiça e Cidadania - Alexandre de Moraes: O que nós vamos fazer com os estados, em conjunto, governo federal e governo estadual, dentro desse novo plano nacional de segurança pública, é algo pra atacar as causas. Em sendo pra atacar as causas, é algo permanente. Exatamente por isso, é esse período de análise de todos os dados, por isso a necessidade dessa atuação conjunta e, volto a insistir, permanente.
Repórter Natália Melo: O ministro defendeu ainda a atuação permanente da Força Nacional, não só no Rio de Janeiro, mas em todo o país. De acordo com Alexandre de Moraes, o novo plano nacional de segurança pública para combater a criminalidade e os homicídios no Brasil deve ser lançado na próxima quarta-feira. Reportagem, Natália Melo.
Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Helen: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Países do BRICS se reúnem e presidente Michel Temer destaca medidas pra facilitar o comércio entre os países e gerar empregos.
Luciano: E pra atrair novos investidores, Temer também reforça que o Brasil dá sinais de recuperação com a queda na inflação e aumento da confiança na economia.
Helen: Este foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Luciano: Produção, EBC Serviços.
Helen: Quer saber mais sobre o Governo Federal? Assista a TV NBR e acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.
Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.
Apresentadora Helen Bernardes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Países do BRICS se reúnem e presidente Michel Temer destaca medidas pra facilitar o comércio entre os países e gerar empregos.
Luciano: E pra atrair novos investidores, Temer também reforça que o Brasil dá sinais de recuperação com a queda na inflação e aumento da confiança na economia.
Helen: Pra realizar cirurgias e acompanhar gestantes e bebês, UPAs e hospitais filantrópicos vão receber novos recursos do governo.
Luciano: E a Voz do Brasil também tem os detalhes do apoio a municípios castigados pela seca no nordeste, enquanto no sul cidades sofrem com as chuvas, ventos e granizos.
Helen: Segunda-feira, 17 de outubro de 2016.
Luciano: Está no ar a sua voz.
Helen: A nossa voz.
Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.
Helen: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Juntos, os países formam o BRICS e somam US$ 16 trilhões de PIB, ou seja, tudo que produzem.
Luciano: É, e representam também novos mercados pro nosso país e novos investidores por aqui.
Helen: E foi exatamente isso que buscou o presidente Michel Temer em reunião do bloco, na Índia, neste final de semana.
Luciano: Temer se encontrou com os presidentes dos quatro países e assinaram acordos pra facilitar a troca de produtos.
Helen: Também se encontrou com empresários. O presidente disse que o Brasil está voltando para os trilhos, que a inflação começa a diminuir e a confiança entre os empresários aumenta. Por isso, é hora de investir aqui.
Repórter Paola de Orte: O presidente Michel Temer chegou a Goa, na Índia, no sábado, para participar da cúpula do BRICS, acompanhado da primeira-dama, Marcela Temer, que fazia sua primeira viagem internacional oficial, e do ministro das relações exteriores, José Serra. Temer almoçou com empresários brasileiros que investem na Índia e com o presidente da Firjan, Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, Eduardo Eugênio Vieira, que falou sobre a importância da visita.
Presidente da Firjan - Eduardo Eugênio Vieira: Nós estamos aqui pra ajudar a mostrar a imagem do novo Brasil, pra mostrar que o Brasil mudou. E nós precisamos muito pro desenvolvimento do nosso país, e pra geração de empregos, dos investidores estrangeiros.
Repórter Paola de Orte: No domingo, Michel Temer participou de uma reunião privada com os líderes de Rússia, Índia, China e África do Sul, países que, junto com o Brasil, formam o BRICS. Os chefes de estado também se reuniram com o conselho empresarial do grupo. O presidente convidou os empresários do BRICS a investirem no Brasil.
Presidente Michel Temer: Estamos empenhados em melhorar o ambiente de negócios. Vamos desburocratizar processos, reduzir custos de operação e zelar pela previsibilidade e pela segurança jurídica. Lançamos já um programa de parcerias de investimentos, fundado em regras [ininteligível]. São 34 projetos iniciais nas áreas de portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, energia, óleo e gás. Convido, portanto, as empresas dos países do BRICS a investirem no Brasil.
Repórter Paola de Orte: Em uma sessão plenária com os líderes, o presidente Temer falou sobre as perspectivas das relações entre os cinco países.
Presidente Michel Temer: A assinatura, nesta cúpula, de acordo aduaneiro entre os BRICS abre possibilidades de maior coordenação entre nossas autoridades portuárias e alfandegárias. Barreiras sanitárias e fitossanitárias são sempre fonte de incerteza no comércio. Devemos impedir que essas medidas sejam utilizadas para fins protecionistas.
Repórter Paola de Orte: Também foram assinados acordos de criação de uma plataforma de pesquisa em agricultura do grupo, de cooperação entre academias diplomáticas e a criação de um comitê aduaneiro. De Goa, na Índia, Paola de Orte.
Luciano: E se queremos atrair investidores, aumentar nossas exportações significa indústria aquecida e geração de novos empregos.
Helen: Pra isso, além de conversar com os quatro países do BRICS, hoje o presidente Michel Temer teve um encontro individual com o primeiro-ministro da Índia.
Luciano: Os dois países assinaram acordos importantes, entre eles o que aumenta a segurança jurídica para investidores dos dois países, facilitando a entrada de empresas brasileiras na Índia e a vinda de companhias indianas ao Brasil.
Repórter Paola de Orte: Um encontro para ampliar o comércio e investimentos. Brasil e Índia assinaram acordos para produção de remédios e, na área de agricultura, fecharam parceria para reprodução de gado e melhoria de recursos genéticos. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, explica que os acordos terão impacto positivo na agropecuária brasileira.
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Blairo Maggi: Nós assinamos hoje um acordo muito importante pra pecuária brasileira, que é a transferência de material genético de bovinos aqui da Índia, já que todo o rebanho brasileiro é de origem indiana. Na área de lentilhas, nós vamos começar agora, a partir da assinatura de um acordo que fizemos aqui, a transferência de material genético pra gente fazer experimentação no Brasil.
Repórter Paola de Orte: O ministro das Relações Exteriores, José Serra, destacou o acordo assinado para facilitar investimentos entre os dois países.
Ministro das Relações Exteriores - José Serra: O Brasil tem equipamentos para exportar, e a Índia é o maior importador do mundo de equipamentos de defesa, embora exporte também. No caso do etanol e do pós-etanol, a facilidade é total, porque a Índia é o segundo maior produtor de açúcar do mundo, depois do Brasil, e a opção de fazer etanol, inclusive quando os preços do açúcar estiverem muito baixos, etc., é sempre presente, ou mesmo de importar, que é uma energia renovável. No caso de medicamentos, os indianos são os maiores produtores do mundo de matérias primas e princípios ativos.
Repórter Paola de Orte: Segundo José Serra, outro acordo para ampliar o comércio com a Índia deve ser assinado até o início do ano que vem.
Ministro das Relações Exteriores - José Serra: Nós temos uma proposta para trocar com a Índia 500 preferências de produtos, isso no âmbito do Mercosul, que aceita perfeitamente. Isso pode ser materializado já em fevereiro, com uma apresentação agora em novembro. Isso é comércio na prática.
Repórter Paola de Orte: O presidente Michel Temer destacou a cooperação entre os dois países nas diversas áreas e falou também sobre o projeto Crescer, que procura atrair investidores estrangeiros para o Brasil.
Presidente Michel Temer: Nós todos sabemos que a Índia se transformou muito nos últimos anos. Hoje é uma das principais economias globais, cresce a taxas elevadas, e aqui vai uma pequena coincidência: Também no Brasil começa agora um processo de transformação. A retomada do crescimento econômico requer presença ativa no Brasil, não só internamente mas nos principais mercados do mundo, e nós temos grande sintonia com as prioridades do primeiro-ministro Modi, no sentido de manter o dinamismo econômico, criar empregos e controlar a inflação.
Repórter Paola de Orte: O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, disse que o encontro comemora os dez anos da parceria estratégica entre os dois países. De Goa, na Índia, Paola de Orte.
Helen: E as relações comerciais entre Índia e Brasil já são antigas, começaram quase 70 anos atrás e se tornaram mais intensas a partir dos anos 90.
Luciano: As trocas entre os dois países estão crescendo e existe potencial para aproximar ainda mais os dois mercados.
Repórter Paola de Orte: Brasil e Índia têm muito em comum e essas semelhanças aproximaram os dois países, tanto na política quanto na economia. Uma relação que começou em 1948, logo após a independência indiana, e, desde a década de 90, com a abertura econômica no Brasil e na Índia, a relação cresceu ainda mais. Segundo a coordenadora-geral da assessoria de Assuntos Internacionais, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Ana Stival, essa área é um dos temas centrais da cooperação entre os dois países.
Coordenadora-geral da assessoria de Assuntos Internacionais - Ana Stival: Nós investimos nessa cooperação com a Índia em torno de R$ 9 milhões, entre 2013 e 2015, e apoiamos 25 projetos, principalmente na área de biotecnologia voltada à agricultura, à saúde, biotecnologia industrial.
Repórter Paola de Orte: O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Wanderley Souza, esteve na Índia neste mês pra aprofundar a cooperação na área.
Diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep - Wanderley de Souza: Eles são grandes produtores de fármacos. Uma outra área importante são as doenças infecciosas e parasitárias. Eles têm lá muitos problemas parecidos com os nossos.
Repórter Paola de Orte: O comércio entre os países não é tão significativo quanto com outros parceiros do BRICS, mas os números têm crescido e, segundo o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, os países têm se esforçado para ver a balança comercial crescer ainda mais no futuro.
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços - Marcos Pereira: Já existe um acordo de preferências tarifárias e estamos negociando um aumento desse acordo entre Mercosul e Índia de preferências tarifárias.
Repórter Paola de Orte: Por enquanto, combustíveis estão entre os principais produtos da pauta comercial, mas, segundo o presidente da Câmara de Comércio Brasil Índia, a ideia é expandir as trocas para outras áreas.
Presidente da Câmara de Comércio Brasil Índia: A Índia tem uma população hoje de 1,320 bilhão mais ou menos. Três coisas básicas pra eles é alimento, saúde e também essa parte toda de educação. Por outro lado, eles têm um problema também sério de logística. Tudo isso são grandes oportunidades.
Repórter Paola de Orte: O intercâmbio entre Brasil e Índia passou de US$ 1 bilhão em 2003 para US$ 11.620.000.000 em 2014. De Goa, na Índia, Paola de Orte.
Helen: É, e de Goa, na Índia, o presidente Michel Temer seguiu para outro país asiático, o Japão.
Luciano: Temer já está em Tókio para a primeira viagem oficial de um chefe de estado brasileiro em onze anos.
Helen: E mais, a ideia é conquistar investidores para os projetos de infraestrutura do Brasil. Lá o presidente se reúne com empresários e tem também na agenda encontros com o primeiro-ministro japonês e com o imperador.
Repórter João Pedro Neto: Parceiros tradicionais, os dois países mantêm relações estratégicas na diplomacia e importante ligação comercial nos investimentos e em cooperação. O embaixador do Brasil no Japão, André Corrêa do Lago, diz que a visita é resultado de uma decisão política de colocar as relações entre as duas nações como prioridade.
Embaixador do Brasil no Japão - André Corrêa Lago: Pra tentar fazer que, com uma visita como essa, dando, botando o Japão no centro das atenções do governo brasileiro, e o Brasil no centro das atenções do governo japonês, você consiga revitalizar certas áreas que estão mais ou menos paradas ou redescobrir certas áreas que não estão sendo atendidas.
Repórter João Pedro Neto: Michel Temer será recebido pelo imperador Akihito e terá uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro Shinz? Abe. Também está marcado um encontro do presidente com empresários e investidores japoneses, em que Michel Temer deve apresentar o PPI, Programa de Parcerias de Investimentos, que prevê uma série de concessões na área de infraestrutura. Aprofundar as relações em diversas dimensões, inclusive nos negócios, também é a expectativa do Japão, como afirma Kazuhiro Fujimura, embaixador em exercício do país no Brasil.
Embaixador do Japão no Brasil - Kazuhiro Fujimura: Nos campos como a política e defesa, comércio e investimento, ciência e tecnologia, cultura, intercâmbios humanos e esportes.
Repórter João Pedro Neto: Na agenda com o Japão, o Brasil também negocia para abrir o mercado do país asiático para a carne bovina brasileira. De Tókio, no Japão, João Pedro Neto.
Luciano: A gente ouviu o presidente Michel Temer falando com otimismo da economia brasileira. E olha que as projeções do mercado financeiro indicam queda maior da inflação e também dos juros no país.
Helen: De acordo com analistas, a inflação deste ano pode fechar em 7,01%, um pouco menor que a expectativa da semana passada. E, com menos inflação, os economistas apostam numa taxa de juros menor.
Luciano: As previsões estão no Boletim Focus, divulgado toda semana pelo Banco Central e que reúne as opiniões de cem analistas.
Helen: Nesta semana, o Comitê de Política Monetária define a nova taxa básica de juros da economia brasileira e a expectativa é que a taxa caia.
Luciano: E, se essa análise se confirmar, essa será a primeira queda na taxa de juros desde outubro de 2012. Sete e 13, no horário brasileiro de verão.
Helen: Mais recursos para o financiamento da saúde nos estados e municípios.
Luciano: O Ministério da Saúde liberou R$ 550 milhões para entidades filantrópicas e Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs.
Helen: A Voz do Brasil conversou com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que explicou como o dinheiro vai ser investido.
Repórter Nasi Brum: Os recursos vão financiar cirurgias, ações de média e alta complexidade, rede cegonha e serviços de pronto atendimento, prestados por entidades filantrópicas e Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, nos estados e municípios. Para as entidades filantrópicas, estão sendo liberados R$ 391 milhões. Outros R$ 159 milhões estão sendo destinados às UPAs. De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a liberação dos recursos foi possível depois que o governo adotou medidas de economia.
Ministro da Saúde - Ricardo Barros: Com a economia que geramos de R$ 1.059.000.000, já nos primeiros cem dias de governo, nós estamos agora anunciando esses recursos dessa rodada. São R$ 550 milhões entre UPAs e hospitais filantrópicos. Depois, nós anunciaremos outra aplicação de mais recursos, para cobrir outros serviços que estão ainda em déficit do governo na sua ação de cofinanciamento da saúde em todo o Brasil.
Repórter Nasi Brum: De acordo com o ministro Ricardo Barros, os recursos vão permitir a melhoria dos serviços prestados à população. O ministro lembrou que, a partir de dezembro, o atendimento será mais eficaz com a informatização de toda a área de saúde. Reportagem, Nasi Brum.
Luciano: O programa Bolsa Família está fazendo aniversário esta semana.
Helen: São mais de 10 anos trazendo melhores condições de vida pra quem realmente precisa.
Luciano: Hoje o Bolsa Família gera renda pra cerca de 14 milhões de famílias.
Helen: E aqui na Voz do Brasil você vai conhecer, durante toda essa semana, história de alguns brasileiros que mudaram de vida graças ao programa.
Repórter André Luís Gomes: Em mais de uma década, o programa ajudou muita gente a sair da pobreza, a progredir na vida. A dona Antônia Alves Ramos, de 33 anos, é um exemplo. Moradora de Campo Maior, no Piauí, ela sabe o que é passar necessidade desde criança, por isso aprendeu a dar valor a cada real que ganha com o próprio suor. Mãe de duas crianças, recebia R$ 102 reais do programa Bolsa Família, que ela usava para complementar o orçamento na hora da feira.
Entrevistada - Antônia Alves Ramos: Às vezes eu estava sem nada em casa. Se não fosse mesmo ele eu acho que estava bravo, viu?
Repórter André Luís Gomes: Mas em janeiro deste ano, por conta própria, Antônia decidiu deixar o programa. Depois de se capacitar e de montar um salão de beleza, viu o negócio progredir e optou em dar a oportunidade para outra pessoa que precisasse mais do que ela do benefício do governo federal.
Entrevistada - Antônia Alves Ramos: O dinheiro do salão, eu guardo para investir no próprio salão e em mim mesma. Guardo meu dinheiro pra fazer esses cursos de aperfeiçoamento.
Repórter André Luís Gomes: Com o que ganha atualmente, Antônia Alves paga as prestações da casa nova comprada por meio do programa Minha Casa Minha Vida. Só em 2015, 56 famílias de Campo Maior procuraram a prefeitura para devolver o benefício. O coordenador do Bolsa Família na cidade, Miguel Ribeiro de Carvalho, explica como é feito o trabalho de conscientização dos beneficiários.
Coordenador do Bolsa Família em Campo Maior - Miguel Ribeiro de Carvalho: Adquirir uma situação de vida melhor, abre esse precedente de desligar do programa voluntariamente, com a certeza de que, se caso ele chegue àquela condição, ele tem a certeza de voltar novamente, né?
Repórter André Luís Gomes: O desligamento voluntário do programa, como Antônia fez, permite que a família possa retornar imediatamente ao Bolsa Família em um período de três anos, caso ela precise do benefício novamente. Reportagem, André Luís Gomes.
Luciano: Para receber o Bolsa Família, é necessário atender os critérios de seleção e fazer o cadastramento na prefeitura.
Helen: O valor médio do benefício é de R$ 170.
Luciano: 1,3 milhão de pessoas no estado de Pernambuco vão ser atendidas com a construção da Adutora do Agreste, obra que vai contar com recursos federais.
Helen: E essa é uma das ações do governo pra combater os efeitos da seca, que já afetou mais de 1.500 municípios em todo o país, só neste ano.
Repórter Nei Pereira: Até a última sexta-feira, o governo federal já havia reconhecido situação de emergência e calamidade em 1.563 municípios de todo o país por conta da seca ou estiagem. Com isso, as cidades afetadas podem receber ajuda federal. Além das ações emergenciais, o governo garante recursos para obras que ajudam a enfrentar a seca. Só na semana passada foram liberados R$ 25 milhões para a construção da Adutora do Agreste, localizada em Pernambuco. A primeira fase da obra vai beneficiar mais de 1,3 milhão de pessoas de 23 municípios. O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, destaca as ações do governo por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil, para diminuir os impactos da seca.
Ministro da Integração Nacional - Helder Barbalho: O Ministério disponibiliza apoio para as famílias, de maneira assistencial e emergencial, e em paralelo também a liberação de recursos para o combate à seca, através de carros-pipa, através de perfuratrizes, através de obras de adutoras de engate rápido, que possam levar abastecimento de água às regiões desabastecidas, e também temos agido no sentido de obras estruturantes, em parceria com os governos estaduais para diminuir a seca, mitigar este sofrimento desses brasileiros e garantir uma segurança hídrica para a população em diversas regiões do nosso país.
Repórter Nei Pereira: A seca castiga até mesmo regiões que, normalmente, apresentam alto índice de chuva, como o norte do país, onde municípios do Acre e do Amazonas enfrentam atualmente situação de emergência. Reportagem, Nei Pereira.
Luciano: E enquanto a seca castiga estados do norte e nordeste do país, na região sul o problema é outro: chuva intensa, ventos fortes, raios e granizo atingem praticamente todas as regiões do Rio Grande do Sul desde o último sábado.
Helen: Até a tarde desta segunda-feira, pelo menos 30 localidades já relataram algum tipo de dano por causa dos temporais e cerca de 900 imóveis foram afetados.
Luciano: Sobre esse assunto, nós vamos conversar ao vivo com o repórter Nei Pereira, que está aqui com a gente no estúdio da Voz do Brasil. Boa noite, Nei, qual é a situação do estado, hein?
Repórter Nei Pereira (ao vivo): Boa noite, Luciano, Helen e ouvintes da Voz do Brasil. Já são mais de 48 horas de chuva no Rio Grande do Sul. Segundo a Defesa Civil Gaúcha, são 945 casas alagadas e 52 famílias tiveram que ser removidas. As localidades mais atingidas estão nas regiões noroeste, centro-sul e metropolitana de Porto Alegre. Os municípios estão fazendo o levantamento dos prejuízos e prestando assistência aos atingidos pelos temporais. Eu conversei hoje à tarde com o subchefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, coronel Martins. Ele destacou entrosamento entre as defesas civis da União, estados e municípios.
Subchefe da Defesa Civil do RS - Coronel Martins: O governo federal, ele, imediatamente, quando acontecem esses eventos, eles já estão em contato conosco. Então nós informamos que a situação está sob controle e que, se caso seja necessário a solicitação de algum apoio, certamente a gente vai fazê-lo. O entrosamento entre todo o sistema de Defesa Civil, município, estado, União, aqui no Rio Grande do Sul, ele é muito eficiente. Então, a gente tem uma pronta resposta de qualquer situação que venha a acontecer.
Helen: Agora, Nei, a chuva causa estragos também em Santa Catarina, não é mesmo?
Repórter Nei Pereira (ao vivo): Exatamente, Helen. Na tarde deste domingo, uma onda atingiu carros e pessoas que estavam na praia de Balneário Rincão, no litoral sul do estado. Ninguém ficou ferido. O estado também foi castigado por temporais. Em Tubarão, também na região sul, uma menina de sete anos morreu após árvores atingirem o carro em que ela estava. A diretora de respostas aos desastres, da Secretaria de Estado da Defesa Civil, Caroline Margarida, faz um resumo da situação em Santa Catarina.
Diretora de respostas aos desastres - Caroline Margarida: A gente teve ocorrência de vendavais em vários outros municípios do sul. Municípios da região de Tubarão, municípios da região de Criciúma, municípios da região de Araranguá. Este problema de vendaval provocou queda de energia em pelo menos sete municípios da região Sul, isso provocou um problema secundário no abastecimento de água, porque as bombas não estavam bombeando água, então não conseguiu abastecer também alguns municípios da região. Tubarão teve problema também na comunicação e, além de Tubarão, a gente teve um problema no município de Capivari de Baixo, numa escola, onde dois mil alunos, eles estão sem aulas, porque o telhado da escola também foi prejudicado em função do vendaval.
Repórter Nei Pereira (ao vivo): O apoio da Defesa Civil nacional é complementar as ações adotadas pelos estados e municípios, e ajudam no atendimento à população afetada e na recuperação dos locais atingidos, com recursos financeiros, materiais e logísticos. Helen.
Helen: Obrigada, Nei, pelas informações. A gente continua acompanhando a situação aí no sul do país.
Luciano: Sete e 23 no horário brasileiro de verão.
Helen: Um novo plano nacional de segurança pública pra combater a criminalidade no país vai ser lançado esta semana.
Luciano: A estratégia vai levar em conta o mapeamento do crime organizado em todas as capitais.
Helen: a afirmação é do ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, que participou hoje da posse do novo secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá.
Repórter Natália Melo: O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou que o governo federal vem fazendo desde o mês de maio um mapeamento em todas as capitais brasileiras, para identificar os principais focos de crime organizado. A ideia é usar as informações para um novo plano de combate à criminalidade no país e dar segurança à população.
Ministro da Justiça e Cidadania - Alexandre de Moraes: O que nós vamos fazer com os estados, em conjunto, governo federal e governo estadual, dentro desse novo plano nacional de segurança pública, é algo pra atacar as causas. Em sendo pra atacar as causas, é algo permanente. Exatamente por isso, é esse período de análise de todos os dados, por isso a necessidade dessa atuação conjunta e, volto a insistir, permanente.
Repórter Natália Melo: O ministro defendeu ainda a atuação permanente da Força Nacional, não só no Rio de Janeiro, mas em todo o país. De acordo com Alexandre de Moraes, o novo plano nacional de segurança pública para combater a criminalidade e os homicídios no Brasil deve ser lançado na próxima quarta-feira. Reportagem, Natália Melo.
Luciano: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Helen: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Países do BRICS se reúnem e presidente Michel Temer destaca medidas pra facilitar o comércio entre os países e gerar empregos.
Luciano: E pra atrair novos investidores, Temer também reforça que o Brasil dá sinais de recuperação com a queda na inflação e aumento da confiança na economia.
Helen: Este foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
Luciano: Produção, EBC Serviços.
Helen: Quer saber mais sobre o Governo Federal? Assista a TV NBR e acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.
Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.