18/04/2012 - A Voz do Brasil
18/04/2012 - A Voz do Brasil
O Governo vai investir mais de R$ 500 milhões para melhorar a estrutura e os equipamentos de cerca de 300 hospitais da rede pública que prestam serviços de atendimento oncológico pelo SUS. Dados do Censo 2010 divulgados hoje mostram que 817 mil brasileiros se autodeclaram indígenas e eles estão espalhados por 80% dos municípios. Técnicos do Departamento Nacional de Obras contra as Secas, DNOCS, dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais participam, hoje e amanhã, de um treinamento do Programa Água para Todos, na cidade pernambucana de Petrolina. Esses técnicos vão ser responsáveis, por exemplo, pela construção de cisternas para garantir o acesso à água no semi-árido nordestino. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Publicado em 09/12/2016 18:24
Apresentadora Kátia Sartório: Governo vai investir mais de R$ 500 milhões no tratamento do câncer, no SUS.
Apresentador Luciano Seixas: Pesquisa mostra que mais de 80% dos municípios do país tem indígenas.
Kátia: Técnicos de cinco estados estão sendo treinados para garantir o acesso à água no semiárido nordestino.
Luciano: Quarta-feira, 18 de abril de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Hoje, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 300 hospitais da rede do Sistema Único de Saúde, SUS, prestam serviços de atendimento oncológico. Apenas os estados do Amapá e de Rondônia não oferecem radioterapia.
Luciano: E, hoje, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou R$ 505 milhões para tratamento de câncer no SUS.
Kátia: Trezentos e vinte e cinco milhões de reais vão para a infraestrutura e 180 milhões para a compra de aceleradores lineares, que são equipamentos usados na radioterapia. Carolina Monteiro tem mais informações.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Elismar Eugênio descobriu que tinha câncer de mama há um ano. Fez quimioterapia, cirurgia e, hoje, faz radioterapia. Ela, que mora em São João da Aliança, em Goiás, precisa vir até Brasília para se tratar. Elismar diz que sente falta de casa.
Elismar Eugênio: Se tivesse um tratamento lá na cidade onde eu moro, aí, todo dia em casa, seria bem mais fácil.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Hoje, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou a liberação de mais de R$ 500 milhões, que vão ser usados para reequipar 48 centros de radioterapia e construir mais 32 centros, em especial em cidades das regiões Norte e Nordeste, além do interior do Brasil. Os novos equipamentos vão aumentar em 20% a capacidade do atendimento, o que representa atender quase 100% da demanda nacional. A compra será feita pelo governo federal, que dará toda a infraestrutura aos municípios atendidos, como explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Agora, é um contrato que é único; ou seja, você compra o equipamento e a construção da sala combinados, dando mais velocidade para a instalação de centros de radioterapia, chegando o serviço mais rápido à população.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Também foi anunciada a fabricação, no Brasil, de um medicamento que é usado no tratamento de alguns tipos de câncer, como a leucemia, o que significa uma economia de US$ 70 milhões por ano. As medidas buscam facilitar o acesso ao atendimento em todo o país, de acordo com o ministro da Saúde.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O Ministério da Saúde está fazendo a parte dele, que é colocar os seus recursos, fazer uma contratação nacional para distribuir esses centros de radioterapia, para reduzir a desigualdade do acesso que tem no país. O nosso olhar é exatamente sobre essas famílias, as pessoas que têm que sair do seu estado para se deslocar para um outro estado e fazer o tratamento.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): O investimento faz parte de um plano para fortalecer a prevenção, diagnóstico e o tratamento do câncer, em especial os de mama e os do colo do útero. Em 2012, segundo dados do Ministério da Saúde, foram identificados 260 mil casos de câncer em mulheres. De Brasília, Carolina Monteiro.
Luciano: E foi feito hoje o lançamento oficial do Programa de Investimento do Complexo Industrial da Saúde, o Procis, que faz parte de um pacote de medidas para o fortalecimento da indústria nacional de medicamentos, insumos e equipamentos.
Kátia: Neste ano, o Ministério da Saúde vai investir cerca de R$ 270 milhões em infraestrutura e qualificação de mão de obra de 18 laboratórios públicos.
Luciano: A expectativa é que o programa receba R$ 2 bilhões em investimentos até 2014.
Kátia: Além de todos esses investimentos em radioterapia e infraestrutura, o Ministério da Saúde anunciou, também, hoje, uma parceria entre laboratórios públicos e privados para produzir um medicamento usado contra leucemia mielóide crônica, uma doença que atinge mais adultos, mas que é muito agressiva nos raros casos infantis.
Luciano: O remédio é o mesilato de imatinibe, que tem um custo que pode chegar a R$ 11 mil pela caixa com 30 comprimidos.
Kátia: Segundo o ministro Alexandre Padilha, 7 mil brasileiros são portadores dessa doença; desses, 6 mil recebem atendimento na rede pública, com medicamentos importados.
Luciano: Com a parceria, o governo deve economizar R$ 70 milhões ao ano.
Kátia: Dados do Censo de 2010, divulgados hoje pelo IBGE, mostram que em 80% dos municípios brasileiros tem pessoas que se autodeclaram indígenas. Ricardo Carandina explica.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Em 1991, pouco mais de 1/3 dos municípios brasileiros tinha habitantes indígenas; hoje, existem representantes de populações nativas em oito de cada dez cidades. Márcio Meira, presidente da Funai, Fundação Nacional do Índio, explica por que as populações tradicionais estão em mais localidades brasileiros.
Presidente da Funai - Márcio Meira: O aumento da mobilidade ou da dinâmica populacional indígena. Mais indígenas saem da sua aldeia para passar um tempo em um município fora da sua terra indígena por razões como, por exemplo, o acesso à educação, à universidade, inclusive, Ensino Superior.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Edneide Maria da Silva faz parte do grupo que deixou a terra natal. Ela é da etnia Atikum, nasceu e cresceu numa aldeia indígena, em Pernambuco. Há três anos foi estudar Nutrição na Universidade de Brasília.
Estudante - Edneide Maria da Silva: Vivi com minha família, meus irmãos, pai, avó, e estudava na escola da aldeia, fiz o primário completo até a quarta série na aldeia, e, na adolescência, quando eu entrei para o Fundamental e 2º Grau, eu fui para uma cidade, que é o município, lá do... Carnaubeira da Penha, para cursar o Fundamental e Ensino Médio.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Em todo o país, 817 mil pessoas se declararam indígenas em 2010; 500 mil a mais que em 1991. A responsável pelo estudo do IBGE, Nilza Pereira, explica que as mudanças feitas no Censo ajudam a conhecer melhor quem são essas pessoas.
Pesquisadora do IBGE - Nilza Pereira: Em 1991 foi o primeiro Censo, aonde a gente pôde separar a categoria indígena da categoria de pardo, dentro desse quesito da cor. E o que aconteceu? Duzentos e noventa e quatro mil pessoas se declararam como indígenas. O Censo 2010 a gente incorporou, inclusive, inovações quanto à captação do indígena, não necessariamente no quesito da cor, mas, sim, a gente introduziu a investigação da etnia, da língua falada e também uma localização geográfica das próprias terras indígenas, para que a gente entendesse quem é essa população que está se declarando como tal.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): A indígena Edneide diz que, quando terminar o curso de Nutrição, quer voltar para a terra natal. Para ela, também conta muito o orgulho que sente das próprias origens.
Estudante - Edneide Maria da Silva: Porque eu nasci e me criei ali, vendo, participando de rituais, o toré, que é uma coisa que eu valorizo muito, enquanto pessoa indígena, eu valorizo muito o ritual, que é a dança do toré. Então, eu tenho muito orgulho, sim, de vir de uma comunidade indígena.
Repórter Ricardo Carandina (Brasília-DF): Outras informações sobre o estudo estão em www.ibge.gov.br. De Brasília, Ricardo Carandina.
Luciano: Técnicos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, Dnocs, dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais, participam hoje e amanhã de um treinamento para o Programa Água para Todos.
Kátia: O treinamento é feito na cidade pernambucana de Petrolina, e os técnicos vão ser responsáveis, por exemplo, pela construção de cisternas para garantir o acesso à água no semiárido nordestino.
Luciano: Assunto da entrevista que Marcela Rebelo fez hoje com o coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração Nacional, João Francisco Araújo.
Repórter Marcela Rebelo: Como é que funciona o Programa Água para Todos?
Coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração - João Francisco Araújo: Então, ele quer fazer com a água o que o Luz para Todos fez com o acesso à energia elétrica. Então, ele tem uma meta, hoje, inicial de atender 750 mil famílias no semiárido brasileiro, que possuem acesso precário à água, e o programa já inicia sua expansão para outros estados também. Ele parte do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico, e identifica as famílias com renda per capita de até R$ 140,00, que possuem acesso precário à água e universaliza o acesso à água para esse público.
Repórter Marcela Rebelo: E como é que é essa universalização?
Coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração - João Francisco Araújo: Olha, o programa, hoje, trabalha com cinco tecnologias: cisternas de consumo e de produção, kits de irrigação, sistemas simplificados de abastecimento e pequenas barragens.
Repórter Marcela Rebelo: E, hoje, o Ministério da Integração está capacitando técnicos para a implementação do programa? É isso?
Coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração - João Francisco Araújo: Está ocorrendo na cidade de Petrolina uma capacitação com vários técnicos do Dnocs, que é um dos executores do programa, através do Ministério da Integração, e vários estados com os quais a gente tem convênio. Capacitação teve início hoje, com a parte... É importante nossa, que é a parte do processo social do programa, tendo em vista a perspectiva do acesso à água como direito, a perspectiva de autonomia das famílias e do controle social, a partir dos comitês municipais do programa. Então, para que a água não vire uma moeda de troca, mas seja um elemento garantidor do direito humano de acesso à água. E, amanhã, vamos em campo, para capacitar as equipes no trabalho de campo, de capacitação das famílias e instalação das cisternas.
Repórter Marcela Rebelo: O programa já chegou em todos os estados do país?
Coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração - João Francisco Araújo: O programa iniciou como prioridade no semiárido brasileiro. Então, o programa, hoje, já tem atuações em todos os estados que compõem a região semiárida brasileira. Além disso, já iniciou o seu processo de expansão para o Rio Grande do Sul, para o Amazonas, como forma de garantir o acesso nesses estados também à água de qualidade.
Repórter Marcela Rebelo: Eu conversei com o coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração, João Francisco Araújo. Coordenador, muito obrigada pela sua participação aqui, na Voz do Brasil.
Coordenador-geral de Programas e Projetos, do Ministério da Integração - João Francisco Araújo: A gente que agradece.
Kátia: E falando em Nordeste, Luciano, a Caravana Contra o Trabalho Infantil chegou ao Piauí hoje.
Luciano: O evento é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Kátia: O secretário da Assistência Social e Cidadania do Piauí, Francisco Guedes, explica como a caravana vai ajudar o combate ao trabalho infantil no estado.
Secretário da Assistência Social e Cidadania do Piauí - Francisco Guedes: Essa caravana do Nordeste contra o trabalho infantil é fundamental para chamar a atenção da população para esse importante problema, para que a gente possa buscar a solução em todos os estados. Primeiro é o encaminhamento para a escola e, depois, paralelamente a isso, o encaminhamento em alguma formação; então, oficina de capacitação do menor aprendiz para algum trabalho de órgão público ou na iniciativa privada.
Luciano: O projeto Caravana do Nordeste Contra o Trabalho Infantil vai percorrer todos os estados do Nordeste.
Kátia: Antes de chegar ao Piauí, a caravana esteve em Fortaleza, no Ceará.
Luciano: A assessora especial da Secretaria de Direitos Humanos, Maria Isabel da Silva, explica que a ideia é sensibilizar a sociedade sobre os danos causados pelo trabalho infantil.
Assessora especial da Secretaria de Direitos Humanos – Maria Isabel da Silva: O principal objetivo da caravana é a sensibilização da sociedade, porque nós ainda temos muito a cultura do trabalho, ainda a cultura na sociedade de que é melhor estar trabalhando do que estar fazendo arte na rua, mas nós sabemos que o trabalho infantil, ele prejudica não só a saúde das crianças trabalhadoras, mas também compromete o seu futuro, uma vez que o seu rendimento escolar, mesmo que ele frequente a escola regularmente, o seu rendimento escolar não é satisfatório, o que prejudica o seu futuro enquanto em potencial trabalhador.
Kátia: A pena para quem explora trabalho infantil varia de cinco a dez anos, que pode ser aumentada para 15 e 30 anos se a atividade resultar em morte dos menores.
Luciano: Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, ou nos conselhos tutelares, nas Delegacias Regionais do Trabalho, nas Secretarias de Assistência Social ou no Ministério Público.
Kátia: Sete e treze.
Luciano: Terminou hoje, aqui, em Brasília, a chamada OGP, 1ª Conferência de Alto Nível da Parceria para o Governo Aberto, organizada pela Controladoria-Geral da União, CGU.
Kátia: Essa conferência é um fórum internacional de participação voluntária que reúne governos e sociedade civil e tem a meta de divulgar e incentivar práticas de promoção da transparência, do combate à corrupção e também da participação social.
Luciano: Segundo o secretário-executivo da Controladoria-Geral da União, Luiz Navarro, a realização dessa conferência aqui, no Brasil, representa o reconhecimento internacional no esforço que o Brasil tem feito para combater a corrupção.
Kátia: Ainda segundo Navarro, o Brasil se comprometeu nesse encontro a ampliar o Portal da Transparência, que foi lançado em 2004 e que permite que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e, dessa forma, ajude a fiscalizar os gastos.
Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União - Luiz Navarro: Nós temos entre nossos compromissos um aperfeiçoamento do Portal da Transparência para que ele se torne ainda mais amigável, para que o seu usuário possa fazer novos cruzamentos, possa com ele fazer gráficos, possa usá-lo com mídias sociais. Então, é toda uma série de medidas que vão demonstrando essa trajetória de governo aberto, de governo transparente, de governo participativo, para que a sociedade realmente possa influir nesse processo.
Luciano: Segundo Luiz Navarro, a próxima reunião da Conferência de Alto Nível da Parceria para o Governo Aberto deve acontecer no ano que vem, em Londres, capital da Inglaterra.
Kátia: Uma delegação brasileira comandada pela ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, participou em Washington, nos Estados Unidos, da Conferência da Comissão Interamericana de Mulheres da OEA, a Organização dos Estados Americanos.
Luciano: O encontro discutiu ações de combate à violência contra mulheres nos países participantes. Sobre o assunto, o nosso editor João Fagundes Neto conversou hoje com Aparecida Gonçalves, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Vamos ouvir.
Editor João Fagundes Neto: Quais ações e experiências no combate à violência contra a mulher aqui, no Brasil, que foram destacadas na conferência e podem servir de modelos a outros países?
Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher - Aparecida Gonçalves: A primeira, é óbvio, que é a questão da Lei da Maria da Penha. A Lei Maria da Penha foi citada por diversos países. A segunda sobre questão que o Brasil foi destacado é com relação à questão do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher. Uma outra coisa é que o Brasil foi um dos únicos dois países que apresentou o número de medidas protetivas de urgência que beneficiaram as mulheres, cerca de 300 mil mulheres pelos Juizados de Violência contra a Mulher.
Editor João Fagundes Neto: Aqui, no Brasil, a Secretaria tem metas a cumprir até 2014. Quais são elas?
Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher - Aparecida Gonçalves: Nós queremos chegar a 10% dos municípios com os serviços especializados de atendimento à mulher, e com um aumento, no mínimo, de 30% de serviços especializados.
Editor João Fagundes Neto: A gente sabe que a denúncia é uma das armas mais importantes para impedir a violência contra as mulheres. Quais são os meios de denunciar, aqui, no Brasil?
Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher - Aparecida Gonçalves: Tem dois que são fundamentais. Temos o telefone 180, onde as pessoas podem ligar, tem informação, orientação, a ligação é gratuita. E para aqueles países como Espanha, Portugal e Itália, nós já temos atendimento internacional. E um outro mecanismo eu acho que a própria Lei Maria da Penha diz: nós temos que ir à autoridade policial, seja delegacia especializada, seja nas delegacias comuns, seja para a Polícia Militar, mas o que é mais importante, a mulher não pode se calar. Hoje, se um vizinho escuta uma mulher sofrendo violência, ele tem o poder de denunciar, João. Ele ou ela tem o poder de ligar no 190, e a Polícia Militar tem obrigação de ajudar essa mulher.
Editor João Fagundes Neto: Eu conversei com Aparecida Gonçalves, secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, participando diretamente de Washington. Obrigado pela sua entrevista, aqui, na “Voz do Brasil”.
Secretária Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher - Aparecida Gonçalves: Eu que agradeço.
Luciano: Cada vez mais as pessoas recorrem à internet para resolver problemas, fazer compras, pagar contas e agendar serviços, Kátia. E com o aumento de acesso dos cidadãos à rede mundial de computadores, a Dataprev, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social, também tem investido na oferta de serviços públicos na internet.
Kátia: Isso mesmo, Luciano, são 28 milhões de benefícios da Previdência processados todo mês.
Luciano: E a importância da tecnologia da informação para a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos foi destaque na abertura oficial da 13ª Conferência Internacional de Tecnologia da Informação e Comunicação em Seguridade Social, que até sexta reúne, aqui, em Brasília, representantes de 70 países. Carla Wathier.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A dona de casa Eva Pereira agendou o atendimento por telefone e, hoje, veio fazer a perícia na agência do INSS. Ela conta que, com o dia e hora marcados, fica mais fácil para quem precisa do serviço. Eva tem 62 anos e, por causa de problemas de saúde, está pleiteando o auxílio-doença.
Dona de casa - Eva Pereira: Está difícil por causa da minha coluna, porque eu não aguento mais ficar em pé, e eu estou até com dois caroços aqui debaixo do pé, porque a minha coluna está cada dia ficando mais grave.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Essa comodidade que hoje o INSS oferece, como o agendamento eletrônico e a possibilidade de acompanhar processos pela internet sem precisar ir até uma agência, foi possível graças à Dataprev, a Empresa de Tecnologia e Informação da Previdência Social. É ela que monta os sistemas e cuida dos dados que a Previdência utiliza para atender a população. São mais de 28 milhões de benefícios processados por mês e quase 50 mil equipamentos conectados à rede do INSS, como explica Rodrigo Assumpção, presidente da Dataprev.
Presidente da Dataprev - Rodrigo Assumpção: É um vasto cabedal de informações e dados que tem que estar à disposição da rede de atendimento do INSS por todo o país para que eles possam atender o público. Eles, hoje, fazem mais de 250 mil atendimentos/dia, e esse atendimento é todo feito a partir de sistemas que são suportados por nós.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O INSS tem uma sala com telões e computadores que é abastecida com informações da Dataprev, onde monitora a movimentação em todas as agências do país. Segundo Makyson Teixeira, que chefia essa Sala de Monitoramento, com esse serviço é possível saber, por exemplo, em tempo real, quantas pessoas estão sendo atendidas e quanto tempo dura o atendimento. Se o tempo de espera passar de duas horas, o sistema emite um aviso e, imediatamente, a agência é acionada para explicar o que está acontecendo.
Chefe da Sala de Monitoramento do INSS - Makyson Teixeira: O nosso objetivo aqui, além de saber o que está acontecendo, é buscar resolver os problemas que impedem o atendimento nas agências da Previdência Social.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Num seminário, em Brasília, representantes de 70 países discutem o uso de tecnologia nas políticas sociais, em especial na Previdência, uma oportunidade para ensinar e também aprender. O Brasil, de acordo com Carlos Eduardo Gabas, secretário-executivo do Ministério da Previdência, já é considerado uma referência pelo trabalho desenvolvido pela Dataprev e pelo INSS.
Secretário-Executivo do Ministério da Previdência - Carlos Eduardo Gabas: Cada vez mais, nós precisaremos de tecnologia da informação para acelerar os processos de trabalho, para colocar essa tecnologia a serviço da sociedade, isso faz com que os serviços sejam mais ágeis, mais precisos, com menos possibilidade de erro e, principalmente, menos possibilidade de fraudes.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Essa conferência é organizada pela Associação Internacional de Seguridade Social e pela Dataprev, e termina na próxima sexta-feira. De Brasília, Carla Wathier.
Luciano: Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil foi o maior exportador de carne bovina no ano passado, com mais de 1 milhão de toneladas, e o segundo maior produtor mundial, com mais de 9 milhões de toneladas.
Kátia: E para continuar oferecendo carne de qualidade, a partir de agora, as informações sobre a criação e o transporte de rebanhos de boi no país vão estar disponíveis na Plataforma de Gestão Agropecuária, uma parceria do Ministério da Agricultura com a Confederação da Agricultura e Pecuária.
Luciano: Significa um maior controle com o novo sistema eletrônico das guias de trânsito animal, que até agora eram feitas de forma manual.
Kátia: Segundo o Ministério da Agricultura, todos os estados vão ter que migrar para esse novo sistema a partir do mês de julho.
Luciano: Ainda de acordo com o Ministério da Agricultura, a Plataforma de Gestão Agropecuária garante, por exemplo, a interrupção do transporte de rebanhos se for registrado problemas sanitários, como animais com febre aftosa.
Kátia: Além da Guia de Transporte Animal, também vão fazer parte da plataforma o Sistema Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, o Sisbov, e o Sistema de Informações Gerenciais de Inspeção Federal.
Luciano: Divulgamos, ontem, o aumento da concessão de crédito pela Caixa Econômica Federal depois que o banco baixou as taxas de juros para pessoas físicas e empresas.
Kátia: E, hoje, o Banco do Brasil também anunciou que o volume das linhas de crédito pessoal aumentou 45% após a queda nos juros para serviços, como cheque especial e cartão de crédito.
Luciano: Segundo o Banco do Brasil, nos últimos quatro dias, a liberação de crédito ultrapassou R$ 1 bilhão.
Kátia: Uma Portaria do Ministério da Justiça autorizou o uso da Força Nacional de Segurança Pública nas ações contra o desmatamento nos municípios de Novo Progresso e Altamira, no Pará.
Luciano: No dia 28 de março, fiscais do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ICMBio, sofreram uma emboscada em Cachoeira da Serra, no distrito de Novo Progresso.
Kátia: A medida tem a validade de 90 dias, mas pode ser prorrogada caso seja necessário.
Luciano: A Receita Federal do Brasil, em parceria com a Polícia Federal e com o Ministério Público Federal, fez hoje a operação “Ferrugem” de combate a um esquema de fraudes em declarações de Imposto de Renda montado no município de Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná.
Kátia: Dez servidores da Receita Federal e oito policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em dois escritórios de contabilidade suspeitos de enviar 10 mil declarações com indícios de fraudes desde o início do ano.
Luciano: Caso o esquema não fosse descoberto, o prejuízo aos cofres públicos seria maior que R$ 60 milhões.
Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Luciano: Governo vai investir mais de R$ 500 milhões no tratamento do câncer no SUS.
Kátia: Pesquisa mostra que mais de 80% dos municípios do país têm indígenas.
Luciano: Técnicos de cinco estados são treinados para garantir o acesso à água no semiárido nordestino.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!
Kátia: Fique agora com o minuto do TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.