19/03/2012 - A Voz do Brasil

Apresentadora Kátia Sartório: Cerca de 9 mil medicamentos não vão ter aumento de preço este ano.

Apresentador Luciano Seixas: Campanha vai alertar pais sobre as faixas de idade adequadas para programas de tevê.

Kátia: Abertas as inscrições para a Olimpíada de Língua Portuguesa.

Luciano: Segunda-feira, 19 de março de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Os preços dos remédios podem ser reajustados em até 5,85%, a partir do dia 31 de março.

Luciano: A decisão da Câmara de Regulação de Medicamentos foi publicada hoje, no Diário Oficial da União.

Kátia: Os preços dos medicamentos são calculados de acordo com o percentual de genéricos presentes nos produtos e também com a inflação.

Luciano: A Câmara de Regulação de Medicamentos, formada por vários Ministérios, é responsável por regular o mercado e definir o reajuste dos preços dos remédios no país, que é previsto por lei e ocorre uma vez por ano.

Kátia: E a boa notícia é que, este ano, 8.840 medicamentos não sofrerão acréscimo inflacionário e manterão os seus preços inalterados nas prateleiras das farmácias.

Luciano: A decisão é válida para uma das três categorias de medicamentos, que inclui produtos como a Ritalina, que trata o déficit de atenção, Stelara, para psoríase, uma doença de pele, e o antirretroviral Caleta, como explica Ivo Bucaresky, secretário-executivo da Câmara de Regulação de Medicamentos.

Secretário-executivo da Câmara de Regulação de Medicamentos - Ivo Bucaresky: O governo brasileiro faz o controle de preços dos medicamentos. A gente define o preço-teto, que é o máximo que ele pode vender o medicamento. E, uma vez por ano, a gente define um índice de reajuste, em três níveis diferentes, para os medicamentos, o que não quer dizer que, necessariamente, tenham aumento. A farmácia, a indústria farmacêutica e os varejistas não são obrigados a repassar o valor desse aumento. Nós demos um reajuste abaixo da inflação para metade dos medicamentos, para 12 mil dos 21 mil medicamentos, que foi de 5,85. Para um outro grupo menor, nós demos autorização para aumentar até 2,80, e, para cerca de 9 mil medicamentos, que representam em torno de 48% dos... medicamentos, nós mandamos abaixar 0,25%. Foi o primeiro reajuste negativo que tem a história do controle de preços no Brasil.
Kátia: Você se preocupa com o que o seu filho assiste na televisão, Luciano?

Luciano: Pois é, Kátia. A gente sabe que alguns programas não são indicados para as crianças, por conter cenas de violência, de sexo, por exemplo.

Kátia: Por isso, antes de exibir o capítulo da novela ou um filme, qualquer atração, os canais devem informar a classificação indicativa com idade apropriada. É uma medida prevista pela Constituição Federal.

Luciano: E, hoje, o Ministério da Justiça lançou uma campanha para alertar os pais da importância da classificação indicativa na tevê. São dois vídeos, em formato de desenho animado, que começam a ser exibidos amanhã, por emissoras de televisão do país.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A campanha é divertida e engraçada, mas o assunto é sério. Com o título “Não se Engane”, chama a atenção dos pais em relação ao que é assistido pelos filhos. Os desenhos retratam cenas de violência e drogas e reforçam, junto à sociedade, a importância da classificação indicativa. O mecanismo é acordado entre as tevês comerciais e o Ministério da Justiça. São seis segmentos que relacionam os conteúdos audiovisuais com a idade de crianças e adolescentes. Indo de “livre” até “não recomendado para menores de 18 anos”, a classificação indicativa não pode ser entendida como um ato de censura, de acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Ministro da Justiça - José Eduardo Cardozo: Uma coisa é a censura, em que você impede alguém de apresentar um pensamento, apresentar um conteúdo de comunicação, ou corta, ou mutila uma situação em que uma pessoa quer se comunicar; outra coisa muito diferente é você permitir a comunicação, apenas indicando, exatamente, aquela faixa etária que, dentro dos valores dominantes na sociedade, pode, sem problemas dentro desse choque de valores, assistir.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): As televisões comerciais enviam para o Ministério da Justiça o conteúdo a ser classificado. Em 60 dias, o Ministério confirma, ou não, a classificação feita pelas emissoras. Quando não existe consenso, o programa é reclassificado. A concordância chega a 90% do material que é analisado. No ano passado, de 5.485 obras monitoradas, nas tevês abertas, apenas 48 advertências foram enviadas às emissoras pelo Ministério da Justiça. Pesquisa realizada em 2007, pelo Painel Nacional de Televisores do Ibope, revela que crianças entre 4 e 11 anos passam, em média, 4 horas e 50 minutos por dia em frente à tevê. E, nesta faixa etária, existem evidências científicas que não há diferenciação entre a ficção e a realidade. É por isso que a classificação indicativa é defendida pela diretora da Sociedade Brasileira de Pediatria, Rachel Niskier.

Diretora da Sociedade Brasileira de Pediatria - Rachel Niskier: Estudos nacionais e internacionais já provaram a exaustão que, se colocados frente a um aparelho, com imagens sucessivas, seja de violência, seja de sexualização ou erotização, isso, sem dúvida nenhuma, pode influenciar, e influencia, crianças e adolescentes.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A empresária do ramo de alimentação de Brasília, Cleide Oliveira, passa a semana com a neta de quatro anos e, além de se preocupar com o que a menina vê na televisão, também orienta a pequena.

Empresária - Cleide Oliveira: Ela mesma já sabe que tem cenas que... Ela até fecha o olhinho, sabe? “Vou fechar o olho, vovó, que essa eu não posso ver”.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Para divulgar ainda mais a classificação indicativa no meio da sociedade, o Ministério da Justiça firmou um termo de cooperação com a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura, a Unesco. O termo de cooperação foi assinado durante a cerimônia de lançamento da campanha “Não se Engane”. De Brasília, Paulo La Salvia.

Luciano: Começaram hoje as inscrições para a terceira edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.

Kátia: Estudantes de escolas públicas da Educação Básica e seus professores de Língua Portuguesa vão trabalhar textos de quatro gêneros literários, todos sobre o tema “O lugar onde vivo”.

Luciano: Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a olimpíada contribui para a formação do professor.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: É uma olimpíada que ajuda, também, na formação dos professores, na motivação dos professores. Os professores constituem redes, são orientados, recebem materiais pedagógicos específicos, e eu tenho certeza que as Olimpíadas de Português, assim como a de Matemática, de Ciências, estão contribuindo decisivamente para que a gente possa evoluir a qualidade da educação, que é o maior desafio que o Brasil possui.

Kátia: Na segunda edição, em 2010, mais de 7 milhões de alunos da Educação Básica e mais de 230 mil professores participaram da Olimpíada de Língua Portuguesa.

Luciano: As inscrições seguem até o dia 25 de maio e podem ser feitas em www.escrevendoofuturo.org.br.

Kátia: E ainda falando em Educação, o Ministério da Pesca e Aquicultura, com o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, o FNDE, vai fazer uma pesquisa sobre o consumo de pescado nas escolas públicas de todo o país.

Luciano: De acordo com o ministro da Pesca, o resultado do estudo vai ajudar a criar políticas públicas que fortaleçam a produção e o comércio de pescado, além de incentivar o consumo de peixes pelos alunos da rede pública.

Ministro da Pesca e Aquicultura - Marcelo Crivella: É tão importante estrategicamente para o Brasil, para o futuro do país, que a gente tenha dados confiáveis para taxar políticas públicas que eu defendo mesmo que isso seja obrigatório e que fique condicionado ao repasse dos recursos do Fundo de Participação de Estados e Municípios as respostas estratégicas que eles forneçam ao governo federal, para que a gente possa conhecer melhor os nossos gargalos, nossos nós, e garantir uma alimentação melhor para as crianças.
Kátia: Gestores e profissionais das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e das escolas federais têm até o dia 30 de abril para preencher um formulário que está disponível na internet.

Luciano: Para preencher o questionário e ter mais informações, acesse: www.mpa.gov.br.

Kátia: A Receita Federal começou hoje, no Rio de Janeiro, a Operação Maré Vermelha, considerada pelo órgão a maior da história no combate à entrada ilegal no país de roupas, calçados, brinquedos e eletrônicos.

Luciano: A Receita informou que vai aumentar o rigor na fiscalização de produtos importados que chegam ao Brasil pelos portos, para impedir crimes que prejudicam a indústria nacional.

Kátia: A expectativa é aumentar as apreensões de mercadorias irregulares, o recolhimento de impostos e aplicação de multas.

Luciano: Segundo o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o objetivo não é regular o comércio exterior brasileiro, função que cabe ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas evitar que produtos entrem ilegalmente no país ou que importadores utilizem artifícios para pagar menos impostos, como subfaturamento, declaração de origem falsa ou classificação errada da mercadoria.

Secretário da Receita Federal - Carlos Alberto Barreto: A Operação Maré Vermelha consiste num grande esforço da Receita Federal para intensificar a fiscalização nas nossas áreas de portos e aeroportos, visando uma intensificação da fiscalização de importações, tendo em vista a situação atual de grande competitividade no mercado internacional, principalmente provocada pela chamada guerra cambial.

Kátia: O secretário da Receita Federal também anunciou hoje a inauguração do Centro Nacional de Gerenciamento de Risco, no Rio de Janeiro, para coordenar as operações de fiscalização em todo o país.

Luciano: A presidenta Dilma Rousseff se reuniu hoje com ministros e líderes do governo, no Congresso Nacional, para discutir a Lei-Geral da Copa.

Kátia: É que o projeto de lei, que aguarda votação na Câmara dos Deputados, pode ser decidido esta semana.

Luciano: O governo garante que todos os compromissos assumidos pelo Brasil com a Federação Internacional de Futebol, Fifa, vão ser cumpridos. Carolina Monteiro.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Na reunião, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, repassou os compromissos assumidos pelo Brasil com a Fifa para a realização da Copa do Mundo de 2014. O ministro afirmou que todos vão ser mantidos.

Ministro do Esporte - Aldo Rebelo: Passamos e repassamos todos os compromissos e os termos aditivos destes compromissos, assumidos pelo governo brasileiro e o governo do presidente Lula, como país-sede da Copa do Mundo, compromissos que foram assinados pelos países que antecederam o Brasil como sede da Copa do Mundo, compromissos que já estão assinados pelos países que sucederão o Brasil como sede da Copa do Mundo - no caso, a Rússia e o Catar -, compromissos que, naturalmente, e não só por estas razões, o governo brasileiro honrará.

Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): A Lei-Geral da Copa foi enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional e vai estabelecer as regras para a Copa do Mundo de 2014 e das Confederações, em 2013. De Brasília, Carolina Monteiro.

Kátia: As informações sobre a Copa do Mundo, inclusive sobre a Lei-Geral da Copa, estão em www.copa2014.gov.br.

Luciano: E falando em Copa do Mundo de Futebol, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, tem um plano de ação específico para as atividades de vigilância sanitária no evento esportivo.

Kátia: Técnicos da Agência já visitaram a cidade de Fortaleza, Curitiba, Porto Alegre e Cuiabá para estruturar as atividades de vigilância sanitária, garantir segurança e qualidade aos produtos oferecidos durante o mundial.

Luciano: Belo Horizonte e Salvador são as próximas cidades que vão receber as equipes da Anvisa ainda neste mês.

Kátia: A Agência vai oferecer, também, cursos de capacitação para quem for vender alimentos durante a Copa do Mundo. A qualificação deve começar ano que vem e vai ser obrigatória para quem for comercializar os produtos.

Luciano: A Anvisa divulgou, nesta segunda-feira, um ‘ranking’ com a classificação sanitária dos 18 navios de cruzeiro que ficam na costa brasileira durante toda a temporada 2011/2012.

Kátia: A lista classifica os navios em quatro categorias: A, B, C e D, e de acordo com grau de risco para a saúde que cada embarcação apresentou na primeira fiscalização realizada pela Agência na chegada desses cruzeiros ao Brasil.

Luciano: A maioria das embarcações, 11, encontra-se na categoria B, ou seja, com boas condições sanitárias. Quatro navios apresentaram excelentes condições e foram englobadas no padrão A da Anvisa.

Kátia: Por outro lado, as embarcações grandes, Holiday e MSC Armonia, classificadas na categoria C, que abrange os navios em condições sanitárias satisfatórias.

Luciano: Já o navio Grand Amazon foi o único que, do ponto de vista sanitário, apresentou condições inadequadas, e foi enquadrado na categoria D.

Kátia: Embarcações da categoria D precisam fazer correções imediatas para serem autorizadas a continuar a navegação de rotina.

Luciano: Sete e catorze.

“Café com a Presidenta”

Kátia: No programa semanal de rádio “Café com a Presidenta” de hoje, o assunto foi o Programa Bolsa-Atleta.

Luciano: A presidenta Dilma explicou que a Bolsa-Atleta tem cinco categorias, e o valor mensal varia de R$ 370,00 a R$ 3.100,00.

Kátia: E que, este ano, vão ser investidos R$ 60 milhões no programa, tanto para apoiar os atletas que já estão no topo, no alto rendimento, como quanto os que estão começando a construir suas carreiras.

Presidenta Dilma Rousseff: Até o ano passado, quem tivesse patrocínio individual não poderia receber o Bolsa-Atleta, mas nós vimos que era preciso mudar a lei para ampliar esse apoio, porque o patrocínio que eles têm, muitas vezes, é temporário, voltado só para um campeonato ou por um período curto de tempo. Isso gera insegurança para o atleta poder planejar o seu treinamento, sua participação em competições e se dedicar integralmente ao esporte.

Luciano: O programa “Café com a Presidenta” é veiculado uma vez por semana, todas as segundas-feiras, às 6h da manhã, com reprises às 7h e 8h30 da manhã e também à 1h da tarde.

Kátia: O programa é transmitido via satélite, no mesmo canal de distribuição de “A Voz do Brasil”.

Luciano: E os arquivos do programa, em baixa e alta resolução, assim como todas as transcrições, estão disponíveis na internet, em www.cafe.ebc.com.br.

Kátia: Dentro de um mês, a região Nordeste entra na fase crítica das chuvas. Por isso, o Ministério da Integração Nacional já começa a mobilizar técnicos da Defesa Civil e também a população para prevenir os efeitos causados por essas chuvas.

Luciano: Oitenta Coordenadorias Municipais e Estaduais das nove capitais do Nordeste vão receber treinamento.

Kátia: Sobre esse assunto, João Mendes conversou hoje com o diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional, Rafael Schadeck.

Repórter João Mendes: A partir de abril, começam as fortes chuvas na região Nordeste. Como esse trabalho do governo vai contribuir para minimizar os efeitos das enchentes aí na região?

Diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional - Rafael Schadeck: Nós vamos trabalhar, agora, em conjunto com os estados e os municípios, nos municípios aonde ocorre com mais frequência desastres relacionados a esse período chuvoso, e a gente vai estar deslocando uma equipe de técnicos, que vai realizar trabalhos em nove estados, são oficinas de preparação, a gente vai tratar do sistema de monitoramento e construção de plano de contingente junto aos municípios, plano de contingência para os municípios, para se preparar para o período de chuva.

Repórter João Mendes: Como será o trabalho com os técnicos e a população da região?

Diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional - Rafael Schadeck: É um trabalho conjunto do Ministério da Integração Nacional, mas envolve também o Centro de Monitoramento de Desastres do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Força Nacional do SUS também vai estar envolvida. São diversos órgãos federais que vão trabalhar diretamente no município, com a conscientização, com uma mobilização dos agentes, dos municípios onde os desastres têm ocorrido com mais frequência, conjuntamente com os estados. E o trabalho termina no dia 28 de abril, com simulados de evacuação de áreas de risco, em oito comunidades, nove comunidades, aliás, dos estados do Nordeste.

Repórter João Mendes: Qual o período mais crítico de chuvas no Nordeste?

Diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional - Rafael Schadeck: O período mais crítico, realmente, é final de abril, começo de maio, decorrer do mês de maio, onde realmente o cuidado deve ser redobrado, as populações que residem em área de risco devem ter um cuidado maior, e é por isso que está fazendo esse trabalho com os municípios, para tentar de uma forma conjunta, União, estados e municípios, preparar essa população para esse período de chuva.

Repórter João Mendes: Conversamos com Rafael Schadeck, diretor da Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração Nacional. Obrigado pela participação na “Voz do Brasil”.

Diretor do Departamento de Minimização de Desastres da Secretaria Nacional da Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional - Rafael Schadeck: Obrigado.

Luciano: A partir do segundo semestre, 35 mil profissionais da assistência social vão ser treinados.

Kátia: Até dezembro, o Programa Nacional de Capacitação vai receber R$ 27 milhões do governo federal. Daniela Almeida.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Em um Centro de Referência Especializado de Assistência Social, Creas, em Brazlândia, no Distrito Federal, são atendidas, em média, 20 famílias por dia, onde há vítimas de violência doméstica ou de abusos sexuais. O trabalho da equipe, formada por psicólogos, pedagogos e assistentes sociais, é oferecer proteção a quem precisa. Hoje, eles se reuniram para organizar tabelas de atendimentos, fazer registros no Suas, Sistema Único de Assistência Social, e acompanhar caso a caso. A assistente social Camila Gabriel Meirelles conhece histórias tristes que vão além das fichas de papel e fotos. Formada há quatro anos, ela sabe como é difícil, por exemplo, construir um ambiente acolhedor para que uma criança fale sobre situações íntimas e de violência. Camila quer estar melhor preparada para fazer um bom trabalho.

Assistente social - Camila Gabriel Meirelles: No caso do abuso sexual, no caso da violência doméstica, quais são as formas de atendimento, como é que a gente pode atuar de maneira que essa família possa se sentir bem, e o nosso trabalho, também, ele possa acontecer de uma forma bacana?

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para melhorar a gestão do Sistema Único de Assistência Social, Suas, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome instituiu o “Capacita Suas”. O coordenador-geral da Gestão do Trabalho do Suas, do Ministério, José Cruz, informa que, a partir do segundo semestre, cerca de 35 mil profissionais serão treinados, entre gestores municipais e estaduais da assistência social, conselheiros e profissionais de Centros de Referência, e de serviços móveis que buscam famílias em situação de extrema miséria.

Coordenador-geral da Gestão do Trabalho do Suas - José Cruz: A capacitação é extremamente importante para que a gente possa, de fato, qualificar a oferta dos serviços socioassistenciais e o aprimoramento da gestão do Sistema Único de Assistência Social.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O Programa Nacional de Capacitação vai pagar aos estados R$ 720,00 por aluno da rede de assistência social da região Norte, e R$ 600,00 para cada capacitado do restante do país. Até dezembro, o “Capacita Suas” vai receber investimentos federais no valor de R$ 27,3 milhões para cursos de inicialização e atualização dos profissionais. Os estados e o Distrito Federal devem aderir ao programa entre os dias 20 e 31 de maio. Para mais informações, acesse o site do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome: www.mds.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.

Luciano: Quem vai viajar de férias é bom ficar atento para alguns detalhes importantes que podem atrapalhar muito o merecido descanso.

Kátia: Para ajudar os viajantes, o Ministério do Turismo lançou uma cartilha de bolso com várias dicas para evitar dores de cabeça na hora de sair de casa.

Luciano: O guia aborda desde a legislação e os direitos do consumidor até as medidas de segurança na hora de contratar serviços, comprar pacotes de viagem, passagens aéreas e alugar veículos. Confira as informações na reportagem de Carla Wathier.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Pelo Brasil ou pelo mundo, não importa o destino. Nunca o brasileiro viajou tanto. No ano passado, o setor de turismo movimentou R$ 127 bilhões, o equivalente a 3,6% do PIB, o Produto Interno Bruto. Aproveitando a licença-maternidade, a nutricionista Clarissa Benício e o marido estão indo para Fortaleza e Natal. A viagem foi planejada com antecedência e é muito especial, principalmente para Maria Luiza, de cinco meses.

Nutricionista - Clarissa Benício: A gente está levando ela, pela primeira vez, para conhecer o mar de Fortaleza e Natal.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Mas antes de embarcar as malas é preciso seguir algumas recomendações para que a viagem dos sonhos não se transforme num pesadelo. O Ministério do Turismo lançou um guia com dicas para quem pretende ou já está com tudo pronto para viajar pelo Brasil. O guia traz informações sobre transporte, reembolso de passagem, extravio de bagagem, cuidados com a saúde e a prevenção de doenças comuns em viagens, hospedagem e agências de turismo, orientações, por exemplo, sobre o que o turista precisa saber sobre a empresa que está contratando e como proceder caso surja algum problema, como detalha Bel Mesquita, secretária nacional de Políticas Públicas de Turismo do Ministério do Turismo.

Secretária Nacional de Políticas Públicas de Turismo do Ministério do Turismo - Bel Mesquita: Na verdade, o turista é um consumidor. É um consumidor do hotel, do carro alugado, da própria agência de viagens. Então, ele precisa estar amparado, estar seguro. Como? Sabendo, principalmente, se a agência de viagem está cadastrada no Ministério do Turismo, se ela está autorizada a trabalhar. Comprou? Reservou hotel? Não esqueça de pegar a reserva, autorização para que chegue lá não tenha aquela surpresa: “Não, não tem reserva nenhuma sua”. Então, tem que ter, tem que ter isso para comprovar. Nota fiscal também é muito necessária, porque, se acontecer alguma coisa, ele vai ter que provar que pagou, que isto, então, ele tem o direito de receber o que ele pagou.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Boas referências também são importantes na hora de contratar um pacote de viagem, alerta William Bruck, que é consultor numa agência de turismo de Brasília.

Consultor - William Bruck: O fornecedor pesa muito nisso, porque tem que ter o conhecimento de boca, é sempre bom, as pessoas que a gente gosta, que indica. Então, se fez uma boa viagem, então procura aquele local e faça a viagem lá. Procure qualquer agência, site, entendeu? Fique bem atento a sites, principalmente, porque vem muita promoção que chama e a pessoa, às vezes, compra, e na hora lá tem o desgosto grande, aí perde a viagem, perde o sonho e o dinheiro.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O guia “Viaje Legal” pode ser consultado no site do Ministério do Turismo, em www.turismo.gov.br. De Brasília, Carla Wathier.

Kátia: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Luciano: Cerca de 9 mil medicamentos não vão ter aumento de preço esse ano.

Kátia: Campanha vai alertar pais sobre as faixas de idade adequadas para programas de TV.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Kátia: Voltamos amanhã. Uma boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.