20/03/2012 - A Voz do Brasil
20/03/2012 - A Voz do Brasil
Educação e Saúde em destaque hoje na Voz do Brasil. O governo federal vai investir quase R$ 2 bilhões por ano, até 2014, para melhorar as condições de estudo de quem mora no campo. O Programa Nacional de Educação no Campo, Pronacampo, lançado hoje, vai garantir, entre outras coisas, 10.000 escolas em tempo integral para estudantes de áreas rurais. A partir de maio, o Ministério da Saúde começa a distribuir gratuitamente o 1º lote dos 20 milhões de preservativos femininos que vão ser entregues durante 2012. E até o final do ano, uma parceria entre o Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz , Farmanguinhos, e um laboratório brasileiro vai distribuir pelo SUS, 30 milhões de unidades do medicamento Tacrolimo, usado para evitar a rejeição de transplantes, beneficiando mais de 25.000 pacientes.
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Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Programa lançado hoje vai investir, até 2014, quase R$ 2 bilhões por ano na educação no campo.
Apresentador Luciano Seixas: SUS começa a distribuir, em maio, 20 milhões de preservativos femininos.
Kátia: A partir de hoje, pacientes que fazem transplantes vão receber medicamento feito no Brasil para evitar rejeição de órgãos.
Luciano: Terça-feira, 20 de março de 2012.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Hoje, as escolas rurais representam 12% das matrículas de Educação Básica no Brasil. São mais de 6 milhões de matrículas, em 76 mil escolas.
Luciano: Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, apontam que 23% da população com mais de 15 anos, que vive no campo, é analfabeta.
Kátia: Por isso, o governo federal vai investir quase R$ 2 bilhões por ano, até 2014, para melhorar as condições de estudo de quem mora no campo.
Luciano: O Programa Nacional de Educação no Campo, o Pronacampo, lançado hoje, vai garantir, entre outras coisas, 10 mil escolas em tempo integral para estudantes de áreas rurais. Daniela Almeida tem os detalhes.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Até 2014, o Programa Nacional de Educação do Campo, Pronacampo, vai investir R$ 1,8 bilhão por ano na educação em áreas rurais e quilombolas. O programa vai atuar em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas; formação de professores; Educação de Jovens e Adultos e Educação Profissional; e infraestrutura física e tecnológica. Para a presidenta Dilma Rousseff, o programa vai trazer mais dignidade às famílias que moram no campo.
Presidenta Dilma Rousseff: Nós estamos com esse programa, não apostamos só no dia de amanhã. Estamos apostando no dia de amanhã, sim, mas nós estamos, sobretudo, apostando que uma outra geração vai também se beneficiar com tudo isso que fazemos nessa, mudando a feição do campo brasileiro e garantindo que ele será um lugar digno, de qualidade, para se morar e se criar os filhos.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Entre as metas do Pronacampo está o fornecimento de energia elétrica, água e esgoto para todas as escolas rurais, instalação de 20 mil computadores e acesso à internet em 10 mil colégios. Também está prevista a distribuição de material didático, adaptado para a realidade do meio rural, a 3 milhões de estudantes. Para facilitar o transporte de alunos, vão ser comprados 8 mil ônibus escolares, 2 mil lanchas e 180 mil bicicletas. Jovens e adultos vão ter acesso a 120 mil bolsas de estudo no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego no Campo. As medidas agradaram alunos de Orizona, no interior de Goiás, que compareceram à cerimônia de lançamento do programa.
Entrevistada: É muito bom, porque dá mais oportunidade para quem vive no campo. Assim, a gente não precisa sair do campo para a cidade, para poder ter um ensino de boa qualidade.
Entrevistado: Ah, eu achei que foi bom. De agora para frente, quero, assim, estudar mais.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Nesta terça-feira, a presidenta Dilma Rousseff também encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei para inibir o fechamento de escolas na zona rural. Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a decisão de fechamento de instituições de ensino deve passar por um Conselho Municipal de Educação.
Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: O prefeito põe uma condução que vai buscar os alunos mais longe e economiza recursos da escola, mas é uma economia que sai cara para o Brasil, porque essas crianças são muito sobrecarregadas, às vezes andando mais de 100 quilômetros, numa estrada de terra, para estudar. Por isso a escola tempo integral, para que elas aproveitem melhor a escola, e mais condução. E o fechamento, ele vai ter que debater no Conselho Municipal de Educação, com a participação da sociedade civil.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para mais informações sobre o Pronacampo, acesse o site do Ministério da Educação. www.mec.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.
Kátia: A partir de maio, o Ministério da Saúde começa a distribuir o primeiro lote dos 20 milhões de preservativos femininos que vão ser entregues durante todo este ano.
Luciano: De acordo com o Ministério da Saúde, as camisinhas para as mulheres vão ser distribuídas de graça a grupos considerados mais vulneráveis a doenças sexualmente transmissíveis, como prostitutas, quem tem o vírus da Aids e mulheres de baixa renda, que teriam dificuldade para comprar os preservativos.
Kátia: Desde 1997, quando a camisinha feminina começou a ser usada no Brasil, o Ministério da Saúde já distribuiu cerca de 16 milhões desses preservativos.
Luciano: As camisinhas foram compradas pelo Ministério, por R$ 27 milhões.
Kátia: E essa é a primeira vez que o governo brasileiro investe em preservativos femininos fabricados com a borracha nitrílica, que tem resistência a rasgos e perfurações três vezes maior do que o látex.
Luciano: Segundo o diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, esse tipo de material vai aumentar a aceitação da camisinha feminina.
Diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde - Dirceu Greco: Quando começaram as primeiras camisinhas femininas, elas eram meio descômodas, a borracha não era muito macia, era mais descômodo de colocar, mas, com a mudança, com a evolução do processo... Atualmente, as que estão sendo adquiridas serão, inclusive, de borracha nitrílica, que é muito fácil de utilização, e os trabalhos que foram feitos, no Brasil, sobre aceitabilidade, foram muito bons.
Kátia: Mais informações em www.saude.gov.br.
Luciano: E por falar em camisinhas femininas, as mulheres, aqui no Brasil, estão cada vez mais conscientes sobre a importância do planejamento familiar.
Kátia: Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, quase 50% das brasileiras afirmam ter planejado a gravidez. Carolina Monteiro.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): Ter uma família grande ou uma família pequena? Será que as mulheres andam planejando quantos filhos querem ter? Lóis Castro tem 27 anos. Ela tem dois filhos, um de nove anos, e outra, de dez meses. Ela conta que as gestações não foram planejadas e que, por isso, criar os filhos não é nada fácil.
Lóis Castro: Eu não me preparei, não... Tive que sair do trabalho, tive que parar com os estudos. Inclusive, da primeira gravidez, eu tive muita dificuldade para voltar a estudar, me readaptar. Então, com certeza, a gravidez não planejada atrapalha um pouquinho.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, as mulheres têm tido em média dois filhos. Hoje, 45% delas afirmam ter planejado a gravidez. A informação é da Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa entrevistou 22 mil mulheres, em 191 municípios. O planejamento familiar conta com o apoio do Ministério da Saúde. O acesso a vasectomias e laqueaduras foi ampliado, assim como a oferta de preservativos. A iniciativa faz parte, também, da Rede Cegonha, programa que busca assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo, atenção humanizada durante toda a gravidez e, também, no desenvolvimento da criança. Ações que buscam ajudar a mulher a planejar a sua vida, como explica o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães.
Secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde - Helvécio Magalhães: Os métodos contraceptivos, o planejamento familiar, a boa orientação, a boa informação à mulher, e especialmente à adolescente, é fundamental.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): O Sistema Único de Saúde oferece oito tipos de métodos contraceptivos. Os mais procurados são a pílula anticoncepcional e o dispositivo intrauterino, o DIU. No posto de saúde da Vila Planalto, em Brasília, as mulheres recebem ainda orientação. Segundo a gerente de Saúde do posto, Sônia Silveira, a informação chega primeiro nas adolescentes; assim as jovens aprendem cedo como decidir a hora de ser mãe.
Gerente de Saúde do posto - Sônia Silveira: Como o serviço, ele oferece as consultas, os métodos... Aí a gente faz uma discussão na escola, muitas dessas meninas vêm com as mães para fazer o atendimento da Ginecologia, dos métodos, e a gente consegue, com isso, fazer um trabalho intersetorial da Saúde e da Educação, entrando o conteúdo de Saúde dentro da formação mesmo de conceitos, de valores dessas crianças.
Repórter Carolina Monteiro (Brasília-DF): E os anticoncepcionais e preservativos estão disponíveis nos postos de saúde e também podem ser comprados, com custo mais baixo, nas farmácias populares. De Brasília, Carolina Monteiro.
Luciano: A partir de hoje, uma parceria entre o Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz, Farmanguinhos, e um laboratório brasileiro vai distribuir o medicamento Tacrolimo, pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
Kátia: Esse remédio é usado para evitar a rejeição de transplantes, principalmente de rins e fígado.
Luciano: Segundo a Farmanguinhos, até o final deste ano, vão ser distribuídas 30 milhões de unidades do medicamento. A meta é beneficiar mais de 25 mil pacientes que usam o remédio.
Kátia: Além de o Brasil passar a dominar a tecnologia de fabricação do medicamento, a Fiocruz estima que a produção nacional vai gerar uma economia de R$ 240 milhões, porque, antes, o remédio precisava ser importado.
Luciano: De acordo com o diretor de Farmanguinhos, Hayne Felipe da Silva, a meta é que a produção seja toda feita pelo instituto até 2015.
Diretor de Farmanguinhos - Hayne Felipe da Silva: E, a partir de 2015, começaremos a produzir aqui, na Fundação Oswaldo Cruz, em Farmanguinhos. Inicialmente, produziremos 50% da demanda, hoje estimada em 36 milhões de unidades farmacêuticas, e aí, ao fim de cinco anos, toda a produção será feita na fábrica da Fiocruz, em Farmanguinhos.
Kátia: Sete e dez.
Luciano: Mais de 500 fiscais da Agência Nacional de Aviação Civil, Anac, fazem inspeção de pilotos e aeronaves em todo o país.
Kátia: A fiscalização é feita para garantir a segurança dos voos e foi intensificada no Pará e Amazonas, onde foram registrados seis acidentes aeronáuticos, em fevereiro desse ano.
Luciano: O resultado desse trabalho vai ser consolidado até o final desse mês, e, hoje, a repórter Carla Wathier acompanhou, com exclusividade, uma blitz, feita pela Anac, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, aqui em Brasília.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A inspeção de rampa é como se fosse uma blitz feita em carros. Os fiscais da Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, verificam a documentação do piloto e da tripulação. É exigido, por exemplo, o certificado de habilitação técnica, semelhante à carteira de motorista. Eles ainda fiscalizam as condições da aeronave e cobram documentos, como seguro, o diário de bordo e a carta de navegação. O procedimento é feito nos aviões que chegam e saem. Há 15 anos no ramo da aviação executiva, o piloto Rodrigo Almeida já se acostumou ao procedimento.
Piloto - Rodrigo Almeida: A fiscalização da Anac, ela nos ajuda, também, a sempre voar com segurança, pois, à medida que você está recebendo uma fiscalização, você pode ter uma real situação da sua aeronave, se ela tem alguma documentação pendente, que, porventura, ou a oficina ou você, como piloto, deixou que aquela documentação, ela vencesse ou está perto de vencer. Isso é muito importante para a segurança de voo.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Além dessa fiscalização direta, a Anac também faz auditorias nas empresas, nas escolas de aviação e aeroclubes. Ao todo, são mais de 570 fiscais atuando em todo o país. Desde o início do ano, o procedimento foi intensificado no Pará e Amazonas, estados onde foram registrados, em fevereiro, seis acidentes com aeronaves. Em todo ano passado, aconteceram 146 acidentes aeronáuticos no país. Quem explica é Carlos Pellegrino, diretor de Operações de Aeronaves da Anac.
Diretor de Operações de Aeronaves da Anac - Carlos Pellegrino: Nós verificamos... de avaliação do risco que houve um aumento acima da normalidade da região Norte no número de acidentes. Constatada essa alteração, nós direcionamos e intensificamos nossa fiscalização para os principais aeroportos daquela região e os demais aeroportos onde a gente encontra informações de ilícitos para que a gente possa fazer frente e coibir que esses atos aconteçam novamente.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A Anac aplicou, em 2011, 4.666 multas aos agentes do setor, totalizando R$ 35 milhões. Em 2010, foram aplicadas 3.481 multas. De Brasília, Carla Wathier.
Kátia: O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou melhor, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, anunciou hoje medidas para que produtores de arroz do país não tenham prejuízos na hora de comercializar a safra.
Luciano: Vão ser aplicados R$ 737 milhões no setor, o que deve garantir preço mínimo do produto acima dos gastos com plantio, transporte e armazenamento. João Fagundes Neto tem os detalhes.
Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): O Ministério da Agricultura vai utilizar como instrumento a chamada aquisição do governo federal, também o contrato de opção de venda, o prêmio para escoamento de produtos e o prêmio de equalização pago ao produtor. De acordo com Caio Rocha, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, todas essas operações vão destinar mais de 2 milhões de toneladas de arroz para comercialização por intermédio da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab.
Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - Caio Rocha: Esses instrumentos se fazem necessários porque nós temos 1 milhão, hoje 1,7 milhão toneladas de arroz estocado, e ainda uma safra que está sendo colhida. Então, se o governo não toma essas medidas, nós não teremos um preço de arroz competitivo que possa ser compatível com o custo que nós temos à lavoura de arroz.
Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, informou também que outras medidas de resultados a longo prazo vão ser traçadas para beneficiar os produtores de arroz.
Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - Caio Rocha: Precisamos de uma ampliação do mercado interno. Então, esta campanha de “coma mais arroz” que nós estamos estruturando será uma dessas medidas. Outras medidas a longo prazo é do ponto de vista que nós temos um grupo de trabalho que iniciou um trabalho estruturante, questões como questões tributárias, questões de ordem de classificação, questões de custo de produção da lavoura, questões de arrendamento, questões de água, questão de estruturação do programa de irrigação.
Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): Segundo o Ministério da Agricultura, a área plantada de arroz diminuiu 9% nesta última safra, e houve queda 17,6% na produção, consequência da estiagem que atingiu o Sul do Brasil. As medidas anunciadas devem ajudar, principalmente, os agricultores do Rio Grande do Sul. O estado é o maior produtor do país e, lá, o preço médio da saca de 50kg de arroz no mercado é de R$ 24,50, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo é de R$ 25,80. De Brasília, João Fagundes Neto.
Kátia: E o assunto ainda é arroz, Luciano. Você sabia que o Brasil, além de produzir 14 milhões de toneladas, importa por ano mais de 430 mil toneladas de arroz da Argentina?
Luciano: Pois é, Kátia. E o Ministério da Agricultura já firmou acordo com o governo do país vizinho, e também com a iniciativa privada, para que a importação ocorra principalmente no período de entressafra, e assim os produtores brasileiros não sejam prejudicados.
Kátia: Brasil e Argentina também fecharam, hoje, um acordo sobre exportação de carne suína.
Luciano: Isso mesmo, foram estabelecidas cotas para as importações argentinas de carne de porco produzida aqui.
Kátia: O limite é de 3 mil toneladas por mês. A cota foi firmada entre os ministros da Agricultura dos dois países, em Buenos Aires.
Luciano: Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha, a decisão ocorreu por causa de um impasse no mês passado, quando a Argentina impôs restrições a todas as importações de produtos, por causa da crise financeira, e o comércio de carne suína quase parou.
Kátia: Caio Rocha explica que a cota estabelecida é satisfatória para o Brasil.
Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura - Caio Rocha: Nós estávamos exportando uma média de 4 mil toneladas de carne suína para a Argentina, isto começou a diminuir, tanto que chegou, ao mês de fevereiro, a 450 mil toneladas; ao mês de março, zero, e está sendo recomposto com cota definida pelo setor muito próximo ao que nós tínhamos antes.
Luciano: O Ministério da Agricultura do Brasil ainda estuda os detalhes do acordo e não definiu a data em que a cota de 3 mil toneladas por mês passa a valer.
Kátia: Setenta e cinco porcento de toda a carne suína importada pelos argentinos é brasileira.
Luciano: O Instituto Brasileiro de Turismo, Embratur, lançou hoje, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o novo canal brasileiro no Youtube, uma página da internet que permite que os usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital.
Kátia: A nova ferramenta, disponível em www.youtube.com/visitebrasil, tem a meta de ajudar os turistas brasileiros a planejarem viagens para cá.
Luciano: Ao acessar a página, o turista deve responder quatro perguntas: quando vem ao Brasil, quantos dias vai ficar, com quem e qual o interesse, se é compras, diversão, esportes, praia, natureza, cultura. A partir daí, a ferramenta disponibiliza uma lista de destinos e atrações ao internauta.
Kátia: Vamos saber mais na entrevista que João Mendes fez hoje com o diretor de Mercados Internacionais da Embratur, Marcelo Pedroso.
Repórter João Mendes (Brasília-DF): Qual o diferencial dessa campanha em relação ao que a Embratur já vem fazendo para divulgar o turismo brasileiro para os estrangeiros?
Diretor de Mercados Internacionais da Embratur - Marcelo Pedroso: Essa ferramenta, ela disponibiliza ao turista internacional a possibilidade de uma mesma plataforma digital, tanto buscar informações em vídeo, em mapas, em opiniões de amigos deles, ou pessoas que já vieram, já foram ao Brasil antes, e dessa maneira, com essas informações, organizar a sua viagem de maneira muito mais integrada, podendo, inclusive, após a viagem, utilizar o mesmo canal para dividir a sua viagem com outras pessoas, ou seja, postar vídeos, postar opiniões, imagens de lugares. É uma ferramenta moderna, uma ferramenta que integra várias plataformas digitais de internet com redes sociais, para disponibilizar para o visitante estrangeiro uma possibilidade de planejar a sua viagem de forma muito mais objetiva, com muito mais conhecimento sobre o Brasil.
Repórter João Mendes (Brasília-DF): Esse canal vai possibilitar que as pessoas escolham os seus destinos de acordo com a preferência, se ele gosta de ecoturismo, se ele prefere praia, se ele prefere cidade histórica, vai ajudar nesse sentido?
Diretor de Mercados Internacionais da Embratur - Marcelo Pedroso: Sim, ele pode fazer uma filtragem inicial informando o período em que ele vai vir ao Brasil, se ele vai vir só ou acompanhado, quantos dias ele vai ficar no Brasil e qual é a principal motivação de viagem dele, se é cultural, ecológica, aventura, enfim. Ele aponta algumas informações iniciais que já vão estabelecer um filtro no banco de dados e selecionar os vídeos, os mapas, os destinos turísticos que têm a ver com aquela pesquisa inicial que ele realizou.
Repórter João Mendes (Brasília-DF): Marcelo Pedroso, diretor de Mercados Internacionais da Embratur. Obrigado pela participação na “Voz do Brasil”.
Diretor de Mercados Internacionais da Embratur - Marcelo Pedroso: Obrigado a você.
Luciano: Pagar uma faculdade não é fácil para ninguém, ainda mais para quem é jovem ou precisa trabalhar para se manter. Por isso, o governo federal criou o Programa de Financiamento Estudantil, Fies.
Kátia: O programa tem um financiamento que funciona como uma espécie de empréstimo, válido para todo o período de estudo na faculdade, com juros bem abaixo do mercado.
Luciano: Até o início de março, o Programa de Financiamento Estudantil, Fies, fechou 92 mil contratos com instituições privadas. Só no ano passado, foram mais de 150 mil financiamentos.
Kátia: A meta para esse ano é beneficiar 200 mil estudantes. Ana Gabriella Sales.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Desde o início de 2012, o Fies já firmou 92 mil novos contratos com instituições privadas, mesmo número que em todo o ano de 2010. E a meta, até dezembro, é chegar a 200 mil estudantes. Para Tatiana Navarro Barreto, estudante de Direito, o Fies foi a melhor saída para cursar a segunda graduação. Ela paga só metade da mensalidade do curso de Direito em Brasília, que custaria mais de R$ 1.000,00 e pesaria no orçamento familiar. O restante só será pago depois da formatura.
Estudante de Direito - Tatiana Navarro Barreto: Eu pesquisei muito e vi que os juros do Fies são bem baixos perto dos juros que eu pegaria em outro financiamento com o banco, ou pagando a faculdade mesmo. Acabei optando por ele porque dá uma diferença pelo benefício e eu ainda tenho muito prazo para pagar.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): De 2010 até agora, são 319 mil beneficiários. De acordo com o Ministério da Educação, o número crescente de contratos se deve à reformulação do Fies, com condições mais acessíveis e atraentes para o estudante, como os juros de 3,4% ao ano e a carência de 18 meses para começar a pagar depois de formado. Também há condições especiais para quem pretende cursar licenciatura ou Medicina. Ao se formar, o profissional vai poder quitar o financiamento trabalhando, como explica a diretora de Políticas e Programas de Graduação do MEC, Paula Branco de Mello.
Diretora de Políticas e Programas de Graduação do MEC - Paula Branco de Mello: Foi possibilitado àqueles estudantes que fazem curso de Medicina e aqueles fazem curso de licenciatura que eles possam, a partir do momento em que for ressarcir ao fundo, fazê-lo com trabalho. Trabalho na área da saúde da família e também sendo professores da Educação Básica da rede pública, que são duas áreas onde, hoje, constata-se uma carência de profissional, tanto médicos quanto professores.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): A adesão das instituições privadas de Ensino Superior é voluntária. Até agora, 1.400 em todo o país participam do Fies. Para pesquisar as instituições que aceitam o programa e simular o valor do financiamento basta entrar na página www.mec.gov.br. De Brasília, Ana Gabriella Sales.
Luciano: O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota, hoje, informando que o Brasil deplora a notícia da morte de um cidadão brasileiro durante operação policial em Sydney, na Austrália.
Kátia: O estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos, foi morto pela polícia australiana em Sydney, no último domingo, em circunstâncias ainda não esclarecidas.
Luciano: De acordo com o Itamaraty, o Consulado-Geral do Brasil em Sydney e a Embaixada do Brasil em Camberra foram instruídos a prestar toda a solidariedade e apoio à família da vítima, além de solicitar os esclarecimentos às autoridades australianas sobre o que ocorreu.
Kátia: O Ministério de Relações Exteriores também reafirmou a confiança de que as autoridades da Austrália vão conduzir as investigações com o rigor necessário.
Luciano: E, na noite desta segunda-feira, o governo brasileiro também divulgou nota de repúdio ao atentado contra uma escola judaica na cidade francesa de Toulouse, que resultou na morte de quatro pessoas, sendo três crianças.
Kátia: De acordo com a nota, o governo brasileiro reitera a condenação a atos de violência praticados sob qualquer pretexto.
Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.
Kátia: Programa lançado hoje vai investir, até 2014, quase R$ 2 bilhões por ano na educação no campo.
Luciano: SUS começa a distribuir, em maio, 20 milhões de preservativos femininos.
Kátia: A partir de hoje, pacientes que fazem transplantes vão receber medicamento feito no Brasil para evitar rejeição de órgãos.
Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Kátia: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Boa noite!
Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.