21/03/2014 - A Voz do Brasil
21/03/2014 - A Voz do Brasil
O governo federal garantiu apoio ao pedido de ajuda do governo do estado do Rio de Janeiro para enfrentar os ataques às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Na próxima segunda-feira, está marcada uma reunião para definir as estratégias que vão ser adotadas para controlar a situação. A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) esclareceram hoje (21) as medidas de defesa aérea e de restrição de voos nas cidades-sede durante a Copa do Mundo. Segundo a Aeronáutica, as ações seguem critérios de segurança internacionais e manutenção dos níveis dos serviços de tráfego aéreo, com mínimo impacto para a aviação comercial. A partir de hoje, todas as operadoras de planos de saúde devem divulgar informações referentes à qualificação dos profissionais e estabelecimentos de saúde que fazem parte de suas redes credenciadas. A medida vai permitir que o usuário consulte a qualidade dos médicos e dos hospitais. Tudo isso você ouviu nesta sexta-feira em A Voz do Brasil!
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
Apresentadora Kátia Sartório: Governo federal vai ajudar a garantir a segurança no estado do Rio de Janeiro.
Apresentador Luciano Seixas: Divulgadas ações de controle do espaço aéreo durante a Copa do Mundo.
Kátia: A partir de hoje, operadoras de planos de saúde vão ter que informar aos usuários a qualidade dos médicos e dos hospitais credenciados.
Luciano: Sexta-feira, 21 de março de 2014.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Lá, boa noite! Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Assista o nosso programa ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Basta acessar agora www.ebcsevicos.com.br/avozdobrasil.
Kátia: O governo federal já garantiu o total apoio ao pedido de ajuda do governo do estado do Rio de Janeiro para enfrentar os ataques às UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora.
Luciano: A UPP, Kátia, é uma pequena força da Polícia Militar com atuação exclusiva em uma ou mais comunidades. Funciona numa parceria entre os governos municipal, estadual e federal, além da sociedade civil.
Kátia: Ao todo, já são 37 UPPs instaladas no Rio de Janeiro, que abrangem 257 comunidades e beneficiam mais de 1,5 milhão de pessoas.
Luciano: E na próxima segunda-feira, já está marcada uma reunião do governo federal com o governo do estado do Rio de Janeiro para definir as estratégias que vão ser adotadas para enfrentar os ataques às UPPs.
Repórter Priscila Machado: Na noite desta quinta-feira, houve ataques às comunidades pacificadas de Manguinhos, Camarista Meier e Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Dois policiais ficaram feridos. Desde que as UPPs começaram a ser plantadas, em 2008, 11 policiais que atuavam nessas unidades foram mortos. Nesta sexta-feira, em reunião com a presidenta Dilma, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu apoio das forças federais de segurança pública no combate ao crime organizado.
Governador do Rio de Janeiro - Sérgio Cabral: Nós solicitamos à presidenta Dilma Rousseff e ao governo federal o apoio das forças federais no combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, que se faz necessário nesse momento em que o crime organizado tenta, com o avanço da política de pacificação, com o avanço dos territórios pacificados, desestabilizar a presença da polícia nessas comunidades com ataques covardes, gerando pânico e o distúrbio nas comunidades, e fazendo vítimas entre PMs e entre civis.
Repórter Priscila Machado: Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o apoio do governo federal ao Rio já terá início neste fim de semana.
Ministro da Justiça - José Eduardo Cardozo: O governo federal já estará apoiando eventuais medidas que possam e devam ser tomadas nesse final de semana. Então, portanto, nós estaremos juntos desde já enfrentando o problema. Isso não prejudica em nada a reunião de segunda-feira, até porque nós temos uma concepção muito clara: governo federal e governo do estado do Rio de Janeiro são mais fortes juntos do que o crime organizado e nós vamos derrotá-los.
Repórter Priscila Machado: Na próxima segunda-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai participar de reunião no Centro Integrado de Comando e Controle, no Rio de Janeiro, com representantes do Ministério da Defesa e do governo do estado para discutir medidas concretas que vão ser tomadas. Reportagem, Priscila Machado.
Kátia: O tráfego de aviões vai ser restrito nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo durante os dias de jogos.
Luciano: O esquema para a proteção dos estádios limita pousos e decolagens em períodos antes e depois das partidas da competição.
Kátia: Essas são algumas das medidas divulgadas hoje pela Força Aérea Brasileira para o controle do espaço aéreo no mundial de futebol.
Repórter Carolina Becker: São 16 aeroportos nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo. Haverá a suspensão de pousos ou decolagens em nove aeroportos por algumas horas nos dias de jogos. As suspensões serão de até três horas antes a quatro horas depois do início das partidas nos aeroportos da Pampulha, em Minas Gerais, Curitiba, no Paraná, Cuiabá, em Mato Grosso, Fortaleza, no Ceará, Manaus, no Amazonas, Santos Dumont, no Rio de Janeiro, Recife, em Pernambuco, Salvador, na Bahia, e São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte. O objetivo é garantir a segurança aérea nas áreas próximas dos estádios onde ocorrem as partidas. É o que explica o major brigadeiro da Força Aérea Brasileira, Antonio Carlos Egito.
Major Brigadeiro da Força Aérea Brasileira - Antonio Carlos Egito: Essas áreas de exclusão foram baseadas em padrões internacionais, normas internacionais de tráfego aéreo, e com a finalidade de garantir a defesa aérea e ao mesmo tempo assegurar um fluxo de tráfego aéreo rápido, seguro e ordenado.
Repórter Carolina Becker: O usuário que tiver o seu voo afetado pelas restrições deve entrar em contato com a companhia aérea para realocação em outro voo sem custo algum. Para o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, Marcelo Guaranys, como as empresas já haviam sido informadas desde janeiro, o impacto não vai ser grande.
Presidente da Anac - Marcelo Guaranys: A gente imagina que os voos que foram planejados, se tiver alguma coisa que está sofrendo restrição, é muito residual. São menos de três mil passageiros impactados, ou seja, isso daria uns 20 voos cheios. Mas caso haja algum passageiro que tenha uma restrição no horário do voo, ou seja, o seu voo passou a sofrer uma restrição que não estava prevista, a empresa vai ter que remanejar aquele voo, porque ela não pode operar, e vai ter que remanejar o passageiro para um outro voo.
Repórter Carolina Becker: Ainda segundo a Força Aérea Brasileira, o modelo de restrição do espaço aéreo já foi testado em outros eventos sediados pelo Brasil, como a Rio+20, a Copa das Confederações e a Jornada Mundial da Juventude. Reportagem, Carolina Becker.
Luciano: A partir de hoje, Kátia, todas as operadoras de planos de saúde devem divulgar informações referentes à qualificação dos profissionais e estabelecimentos de saúde que fazem parte de suas redes credenciadas.
Kátia: Isso mesmo, Luciano. Se um médico tem especialização ou se um hospital possui certificado de acreditação, por exemplo, o livro de convênio e a página da operadora na internet devem ter o ícone relativo a esses atributos nas listas de rede prestadora de serviços de saúde.
Luciano: A divulgação das informações sobre a rede assistencial deve seguir a padronização estabelecida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS.
Kátia: A medida vai permitir que o usuário consulte a qualidade dos médicos e dos hospitais, como explica o diretor-adjunto de Desenvolvimento Setorial da ANS, Leandro Fonseca.
Diretor-Adjunto de Desenvolvimento Setorial da ANS - Leandro Fonseca: Ajuda essencialmente o consumidor a ter mais informação sobre a qualidade da rede daquela operadora e, indiretamente, acaba induzindo a um processo de qualificação cada vez maior do setor, né? Porque obviamente os prestadores, eles vão querer ter aqueles atributos, né, para exatamente serem entendidos como qualificados.
Luciano: Segundo a ANS, é responsabilidade das operadoras conferir a veracidade e a procedência das informações fornecidas pelos prestadores de serviços de saúde antes de divulgarem seus canais.
Kátia: As operadoras de planos de saúde que não incluírem os atributos de qualificação informados pelos prestadores no prazo estabelecido podem ser multadas em R$ 35 mil.
Luciano: Sete e oito.
Kátia: Amanhã, dia 22 de março, Luciano, é comemorado o Dia Mundial da Água.
Luciano: E o governo federal, Kátia, tem contribuído para que famílias que vivem em comunidades rurais do semiárido nordestino tenham acesso à água. Um exemplo é o Programa Água para Todos, que instala cisternas para que as famílias possam armazenar água durante períodos de estiagem.
Kátia: Cada cisterna pode acumular 16 mil litros de água, quantidade que pode atender uma família de cinco pessoas por até seis meses.
Luciano: Assunto da entrevista que a jornalista Carolina Blot fez com a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Repórter Carolina Blot: Fazendo um balanço do Programa Água para Todos, quantas pessoas já foram beneficiadas até agora com a construção de cisternas e qual o perfil dessas famílias?
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Nós estamos com um programa que está chegando em toda a população pobre, extremamente pobre e agricultores familiares no semiárido. Só no governo da presidenta Dilma já foram feitas 524 mil cisternas. Cada cisterna beneficia uma família. Se tiver em conta que na família rural você tem de quatro a cinco pessoas, multiplica esse valor, 424 mil por quatro, por cinco, que a gente vai saber quantas pessoas estão sendo beneficiadas. E para a gente ter uma ideia do perfil dessas famílias, do que é que isso representa, tem gente que andava 10 quilômetros por dia para ir buscar água. Muitos traziam em cima do jumento, tinha gente que trazia balde de água na cabeça. Não só mulheres como crianças. Nós temos estudos que mostram que as mulheres perdiam em média quatro horas por dia para ir buscar água.
Repórter Carolina Blot: O que a senhora acha que o programa tem que faz dele um instrumento de fácil implantação nessas regiões mais pobres?
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Primeiro, que é muito difícil chegar nessas milhares de famílias que vivem em áreas isoladas. Seria caríssimo você levar água encanada e até essa água chegar... Tem lugar que a gente está chegando com medidas estruturais. Mas essas comunidades isoladas, famílias que moram de forma isolada, a cisterna é uma ótima solução. Eles são capacitados para construir a sua própria cisterna. Então a cisterna é construída na região, por gente da região, usando material de construção da região, e essas cisternas têm melhorado muito a vida dessa população.
Repórter Carolina Blot: Ministra, qual é a meta do programa e existe previsão de novas entregas em breve?
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Nós estamos entregando 850 cisternas por dia, e a gente vai comemorar nesse Dia Mundial da Água, o Brasil está conseguindo levar e universalizar o acesso à água para a população, mas nós ainda temos uma boa encaminhada pela frente. A meta é de 750 mil cisternas que a gente tem que entregar até dezembro de 2014.
Repórter Carolina Blot: Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, muito obrigada pela sua entrevista à Voz do Brasil.
Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Obrigada. Estamos às ordens.
>> “Participe”.
Kátia: Hoje, no "Participe", onde a gente divulga iniciativas para a contribuição cidadã, o assunto é a qualidade da alimentação.
Luciano: A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, está com uma consulta pública aberta para definir regras para a prestação de serviços de alimentação em grandes eventos, como a Copa do Mundo.
Kátia: A ideia é garantir a segurança alimentar dos produtos consumidos.
Repórter João Pedro Neto: Na rua, nem sempre é possível saber a origem do que estamos comendo?
Entrevistada: Eu sempre tomo cuidado assim o máximo possível, né?
Entrevistada: Geralmente eu evito frituras porque é pesado, gorduroso, faz mal à noite.
Repórter João Pedro Neto: A maquiadora Fabíola Miranda, por exemplo, já pegou uma infecção depois de comer um prato de macarrão numa festa. Hoje, tenta prestar atenção na preparação da comida.
Maquiadora - Fabíola Miranda: Eu me preocupo na hora que eu vejo a higiene, pelo menos aparente, né, que a gente não sabe o que tem na cozinha, mas se as pessoas estão devidamente uniformizadas, com toca, né? Limpeza no caso do misto quente e do cachorro quente da chapa. Então é nessas coisas visuais, mais visuais mesmo.
Repórter João Pedro Neto: Para ouvir a opinião da sociedade sobre os serviços de alimentação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, está com uma consulta pública aberta. A ideia é definir de forma clara as regras para o preparo, transporte, estoque, distribuição e venda de alimentos em eventos de massa que tenham mais de mil pessoas, sejam públicos ou privados, como explica a gerente-geral de Alimentos da Anvisa, Denise Rezende.
Gerente-Geral de Alimentos da Anvisa - Denise Rezende: Nós propusemos uma resolução em que traz regras para o organizador do evento, para que em se tratando de qualquer natureza de evento, se for servir alimentos, ele tem com 30 dias de antecedência procurar a Vigilância Sanitária e apresentar toda a característica daquele evento para que a Vigilância Sanitária possa avaliar e aí sim fazer o trabalho dela com maior segurança.
Repórter João Pedro Neto: De acordo com a proposta, os organizadores de eventos e empresas contratadas responsáveis pela alimentação poderão responder por eventuais danos à saúde do público. E há vários riscos de se consumir um produto preparado de forma inadequada. É o que diz a nutricionista Simone da Cunha Rocha.
Nutricionista - Simone da Cunha Rocha: Ele pode ter alguma contaminação física, caiu alguma coisa em cima, quebrou um vidro e está lá na salada um pedacinho de vidro, então isso é uma contaminação que pode acontecer também. Pode ter também a temperatura, que o alimento está ali armazenado e não seja suficiente para manter as qualidades dele e a pessoa possa vir a ter uma diarreia ou uma dor de barriga causada por isso.
Repórter João Pedro Neto: Para mais informações sobre a consulta pública, é só acessar o link de consultas públicas no site da Anvisa, em anvisa.gov.br. O órgão recebe contribuições sobre o tema até o dia 26 de março. Reportagem, João Pedro Neto.
Luciano: Kátia, você nasceu aqui em Brasília?
Kátia: Não, Luciano. Eu sou de Cachoeiro de Itapemirim, no Espirito Santo, mas moro aqui há mais de 25 anos, onde vim estudar e resolvi ficar.
Luciano: Pois é, Kátia. Eu também não sou daqui, sou do Rio de Janeiro, e muitas vezes a gente percebe que mudar de cidade ou até de país nem sempre é uma opção. A mudança pode ser por falta de oportunidades de estudar e de trabalhar na terra onde a gente nasceu. E também tem os casos que ocorrem por necessidade de segurança, como é o caso dos refugiados.
Kátia: E como quase sempre quem muda de cidade ou de país passa por muitas dificuldades, vai ser feita a primeira conferência, organizada pelo Ministério da Justiça, para discutir como melhorar as condições de vida de migrantes e de refugiados.
Luciano: Segundo o censo de 2010, 35% da população vive no país em cidades diferentes da que nasceu. E cerca de 1,5 milhão de estrangeiros vivem no Brasil, quatro mil em situação de refugiados.
Repórter Carolina Rocha: Vinda da Colômbia, Matilde Caion está há um mês em Brasília. Na cidade de Barranquillas, a advogada atuava no combate à violência contra a mulher. Depois de enfrentar ameaças por causa do trabalho, procurou refúgio no Brasil.
Refugiada Colombiana - Matilde Caion: Eu acho muito difícil o tema da burocracia para fazer a legalização de listados aqui no Brasil. Muitos trâmites, muitos papéis.
Repórter Carolina Rocha: Mas não só estrangeiros passam por dificuldades quando se mudam para o Brasil. Os próprios brasileiros quando escolhem morar em outras cidades enfrentam desafios. Luciano Lages veio de Campo Aberto, no Piauí, para tentar uma vida nova em Brasília. Mas se mudar para um lugar novo não foi nada fácil.
Migrante Piauiense - Luciano Lages: Eu encontrei muitas dificuldades aqui, ao chegar em Brasília, aonde muitas portas estavam fechadas sobre a busca de meu sonho, como cantor de tenor. Eu passei necessidades nas ruas de Brasília, cheguei a dormir em praças do DF aqui. E se eu não tivesse sido acolhido, eu estaria morando na rua até hoje.
Repórter Carolina Rocha: Na busca de soluções para os desafios vividos pela população migrante ou refugiada, o Ministério da Justiça vai organizar a 1ª Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio, entre os dias 30 de maio e 1º de junho, na cidade de São Paulo. Até lá, cerca de 125 encontros regionais serão realizados em todo o país para construir propostas a serem encaminhadas para a conferência, como explica o secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão.
Secretário Nacional de Justiça - Paulo Abrão: A Comigrar é uma primeira experiência em que o Brasil oferece aos seus migrantes a oportunidade de participar politicamente na elaboração de um Plano Nacional de Integração da Vida dos Migrantes dentro da nossa sociedade.
Repórter Carolina Rocha: Podem participar da conferência associações, grupos de pesquisa, instituições públicas e privadas e pessoas interessadas, independente da nacionalidade e situação migratória no país. Mais informações no portal www.participa.br. Reportagem, Carolina Rocha.
Kátia: Sete e dezessete.
Luciano: Equipes do INSS estão a bordo, desde o último final de semana, de três embarcações do Pronto-Atendimento Itinerante, o PAI, do governo do estado do Amazonas.
Kátia: As equipes vão levar até o final de junho atendimento previdenciário para áreas indígenas localizadas em municípios do estado do Amazonas.
Luciano: A ação complementa o atendimento móvel flutuante realizado pelo Previ-Barco 1 do Amazonas.
Kátia: Os indígenas que produzem no campo em regime de economia familiar são reconhecidos pela Previdência Social como segurados especiais.
Repórter Beatriz Amiden: Quarenta áreas indígenas, localizadas em 19 municípios do estado do Amazonas, estão recebendo atendimento previdenciário. Equipes do INSS estão a bordo de três embarcações do Pronto-Atendimento Itinerante, o PAI, com técnicos, analistas, assistentes sociais e um médico perito. Os barcos vão atender às comunidades residentes na calha dos rios Purus, Juruá e Javari, regiões conhecidas por concentrar boa parte da população indígena do Amazonas. A ideia do programa, que funciona desde 2003, é aumentar a cobertura previdenciária no estado e, com isso, melhorar o Índice de Desenvolvimento Humano da região. Nesses 10 anos, já foram 96 mil atendimentos, e a expectativa para 2014 é realizar mais 30 mil. Clisare Santana, gestor do convênio entre o INSS e o governo do Amazonas, acredita que o programa traz muitos benefícios às populações indígenas.
Gestor do Convênio entre o INSS e o governo do Amazonas - Clisare Santana: Com essas unidades móveis flutuantes, com os Previ-Barcos, com as unidades móveis do governo do estado, o que é que a Previdência estará fazendo? Estará encurtando essas distâncias e esses caminhos até o cidadão. Com isso, estaremos de fato cumprindo a missão do instituto, que é reconhecer o trabalhador e garantir a proteção para ele.
Repórter Beatriz Amiden: A índia Pidá Kalima, de 27 anos, é um exemplo de como o atendimento previdenciário nas aldeias contribui para o bem-estar dessa população. Ela é mãe de quatro filhos e só na última gestação teve acesso ao salário-maternidade, que vai garantir mais tranquilidade para ela e a família.
Índia - Pidá Kalima: Eu vou comprar a canoa, tem o motor, comprar roupa para o meu filho e a minha filha, comprar comida.
Repórter Beatriz Amiden: As equipes estarão na região até junho, quando seguem para atender a população do Rio Negro, Rio Amazonas, Rio Madeira e Baixo Solimões. Reportagem, Beatriz Amiden.
Kátia: A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República lançou o manual de práticas de igualdade da quarta edição do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça.
Luciano: É uma publicação que traz exemplos de boas práticas nos ambientes de trabalho, com menos preconceito de raça e de sexo.
Kátia: Vamos saber mais na conversa entre a repórter Isabela Azevedo com a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.
Repórter Isabela Azevedo: Ministra, o que traz esse manual?
Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres - Eleonora Menicucci: Ele traz resultados que foram implantados pelas empresas públicas estatais e privadas e monitoradas por um grupo de professores que formam o grupo de apoio e de monitoramento dessas práticas. Por exemplo, mostra que nessas empresas o assédio moral e o assédio sexual não existem mais. Que as discriminações de gênero e raça, que eram determinante e estruturante de um processo desigual no mundo do trabalho, não mais existe. Mostra que as mulheres ganham 30% a 32% do que ganham os homens. Por mais escolaridade que elas tenham e maior do que dos homens, elas ocupam menos do que 15% dos cargos de direção nas empresas. E o que nos preocupa não é tanto o acesso dela no mundo do trabalho, é a progressão na carreira, a ascensão e a chegada dessas mulheres aos conselhos das empresas e também a cargos de direção. Outro dado que nos mostra, que é preocupante, é que muito mais do que a metade das mulheres que estão n
o mercado de trabalho são brancas. Isto significa que as mulheres não-brancas, negras e indígenas, elas não só não tiveram acesso a esse mercado de trabalho, mas também a escolaridade delas é muito menor por causa do acesso ao ensino. Então elas, além de serem pobres, elas estão fora do mercado de trabalho. Isso é muito preocupante.
Repórter Isabela Azevedo: Ministra, e o que o governo tem feito para promover essa igualdade racial e entre gênero?
Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres - Eleonora Menicucci: Tem feito por meio da SPM a implementação e consolidação desse problema. Esse programa é um dos carros-chefes da nossa Secretaria de Políticas para as Mulheres, é um dos carros-chefes da política pública federal para eliminar as discriminações de gênero e raça no mundo do trabalho.
Repórter Isabela Azevedo: Ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, muito obrigada pela entrevista.
Luciano: Prorrogado até a próxima segunda-feira, dia 24, o prazo para as universidades federais repassarem os dados para o Censo da Educação Superior.
Kátia: Para as demais instituições o prazo vai até o dia 22 de abril.
Luciano: O censo é um instrumento de pesquisa que reúne dados de matrículas, ingressos, concluintes, cursos e professores.
Kátia: As informações devem ser enviadas pelo Portal do Inep, em inep.gov.br.
Luciano: Por causa da situação de emergência no Acre em virtude do transbordamento do Rio Madeira, que fechou a única via de acesso ao estado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, ANTT, publicou hoje uma resolução que autoriza, em caráter emergencial, o tráfego internacional de cargas entre o Brasil e o Peru, sob condições especiais, para garantir o abastecimento de gêneros essenciais à população.
Kátia: A licença extraordinária será válida por 90 dias e dispensa caminhões brasileiros de empresas sediadas no Acre de cumprirem as exigências do transporte ocasional de cargas.
Luciano: A ideia é reduzir o número de paradas e garantir o envio de alimentos e combustíveis de cidades peruanas ao Acre com mais rapidez.
Kátia: A ANTT está encaminhando aos postos de fiscalização da Receita Federal e dos organismos equivalentes no Peru a lista das empresas autorizadas a realizar o transporte especial.
Luciano: Cento e treze famílias dos municípios de Campo do Meio e Goianá, em Minas Gerais, vão ser beneficiadas com a criação de dois assentamentos.
Kátia: As portarias do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, que criam as áreas, foram publicadas na edição de hoje do Diário Oficial da União.
Luciano: Somados, os assentamentos têm uma área que equivalem a 4.600 campos de futebol.
Kátia: Você ouviu hoje na Voz do Brasil.
Luciano: Governo federal vai ajudar a garantir a segurança no estado do Rio de Janeiro.
Kátia: Divulgadas ações de controle do espaço aéreo durante a Copa do Mundo.
Luciano: A partir de hoje, operadoras de planos de saúde vão ter que informar aos usuários a qualidade dos médicos e dos hospitais credenciados.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga a Voz do Brasil no twitter: twitter.com/avozdobrasil.
Kátia: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Uma boa noite e um bom fim de semana.
Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até segunda.