21/05/2015 - A Voz do Brasil

Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília.

Apresentadora Kátia Sartório: Presidenta Dilma anuncia que, ainda este ano, Mercosul e União Europeia devem fazer acordos comerciais.

Luciano: E, no dia 9 de junho, vai ser lançada a segunda fase do Programa de Investimentos em Logística, que aumenta a infraestrutura das rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos.

Kátia: Cai o preço de frutas e verduras nas Ceasas de três regiões do país no mês de abril.

Luciano: Termina amanhã a campanha de vacinação contra a gripe.

Kátia: Quinta-feira, 21 de maio de 2015.

Luciano: Está no ar, a sua voz.

Kátia: A nossa voz.

Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite! Aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite! A Voz do Brasil, do Poder Executivo, também está ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Kátia: A integração na área de energia elétrica e o comércio entre Brasil e Uruguai foram tratados hoje na primeira visita oficial do presidente uruguaio, Tabaré Vázquez, à presidenta Dilma Rousseff.

Luciano: E ainda o futuro acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Repórter João Pedro Neto: Depois da reunião entre os dois chefes de estado, a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço das resoluções do grupo de alto nível Brasil Uruguai, criado em 2012, onde são tratados os grandes temas da integração bilateral. Dilma disse que os dois países têm trabalhado para construir uma integração no campo de energia e lembrou a conclusão de obras como a linha de transmissão de mais de 400 quilômetros entre San Carlos, no Uruguai, e Candiota, no Estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, e também o Parque Eólico de Artilheiros, no país vizinho.

Presidenta Dilma Rousseff: Todas essas iniciativas, elas fazem parte de um propósito. Esse propósito é estabelecer um processo de intercâmbio permanente de eletricidade entre nossos dois países. São fruto de um acordo inédito entre o Brasil e o Uruguai, atualmente em negociação, que, ao integrar Brasil e Uruguai, do ponto de vista elétrico, será exemplo e modelo para futuras parcerias do Brasil em toda a América do Sul.

Repórter João Pedro Neto: A presidenta Dilma afirmou que os dois países têm promovido o desenvolvimento integrado na faixa de fronteira de cerca de mil quilômetros. Dilma Rousseff destacou ainda que a conclusão de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia é uma prioridade do bloco sul-americano para este ano.

Presidenta Dilma Rousseff: Vamos propor à União Europeia que definamos, para o mais breve prazo possível, a data de apresentação simultânea das nossas ofertas comerciais.

Repórter João Pedro Neto: O Brasil exerce, temporariamente, a presidência do Mercosul, no primeiro semestre desse ano. Reportagem: João Pedro Neto.

Kátia: E quem explica para a gente sobre as relações comerciais entre Brasil e Uruguai é o jornalista Eduardo Biagini, que está, ao vivo, aqui no estúdio. Boa noite, Eduardo. O que a gente vende e compra do Uruguai?

Repórter Eduardo Biagini: Boa noite, Kátia. Boa noite a todos. O Brasil vende, principalmente, para o Uruguai óleo bruto de petróleo, erva mate, caminhões, carros e combustíveis. Já a gente compra dos uruguaios trigo em grãos, borracha e carne bovina. O Uruguai é considerado um parceiro estratégico do Brasil. Somos o segundo maior fornecedor de produtos para o país vizinho e o principal destino das exportações uruguaias. Só no ano passado, para a gente ter uma ideia, o comércio entre os dois países movimentou cerca de R$ 15 milhões. E o Brasil mais vendeu do que comprou, o que chamamos de superávit, e esse superávit foi de cerca de R$ 3 milhões.

Luciano: Hoje, durante o encontro com o presidente do Uruguai, a presidenta Dilma anunciou uma parceria entre os dois países que envolve pontes. Explica para a gente, Eduardo.

Repórter Eduardo Biagini: Luciano, foram anunciadas obras em pontes sobre o Rio Jaguarão, que liga Rio Branco, no Uruguai, e a cidade gaúcha de Jaguarão, aqui no Brasil. Segundo a presidenta Dilma, Luciano, deve ser publicado, até setembro, edital de licitação para restaurar a Ponte Internacional Barão de Mauá, além da construção de uma segunda ponte. A ideia dessa nova ponte é ampliar o transporte de pessoas e mercadorias entre os dois países. E uma curiosidade, Luciano, a Ponte Barão de Mauá foi construída na década de 20 é o primeiro patrimônio cultural do Mercosul. E estamos colocando, agora, no nosso Twitter, um link com imagens da ponte. Acesse lá: twitter.com/avozdobrasil. Kátia.

Kátia: Obrigado, Eduardo Biagini, pela participação, ao vivo, na Voz do Brasil.

Luciano: E a presidenta Dilma voltou a defender a necessidade de readequar as contas públicas para que o país continue a crescer de forma sustentável.

Presidenta Dilma Rousseff: O governo gasta menos em algumas coisas, é isso que acontece. É como numa casa, as pessoas que nos escutam entendem. Quando uma pessoa faz economia, ela não paralisa a casa, ela faz economia. O que nós vamos fazer? Nós vamos fazer uma boa economia, para que o país possa crescer e possa ter sustentabilidade no crescimento.

Kátia: A presidenta Dilma também anunciou que a segunda fase do Programa de Investimentos em Logística vai ser anunciada no dia 9 de junho.

Luciano: O programa, lançado em 2012, prevê o aumento de investimentos públicos e privados em rodovia, hidrovias, portos e aeroportos.

Kátia: Cenoura, alface, batata, banana, laranja e outras frutas e hortaliças estão custando menos no bolso dos consumidores brasileiros.

Luciano: A melancia vendida em São Paulo baixou 27% no mês passado.

Kátia: E a tendência dos preços dos hortifruti é cair mais nos próximos meses, de acordo com um levantamento feito pela Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento, em abril nas Ceasas das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Repórter Daniela Almeida: O boletim Pró-Horti de comercialização de hortigranjeiros e frutas nas centrais de abastecimento é atualizado mensalmente com as informações de 56 das 69 Ceasas de todo o país. Ao todo, são analisados cerca de 240 produtos vendidos nas Ceasas. O gerente de modernização do mercado hortigranjeiro da Conab, Milton Júnior, explica que as informações sobre esses alimentos, como comportamento do mercado e as comparações com pesquisas anteriores, contribuem para o planejamento de ações de produtores, comerciantes, consumidores finais e do próprio governo.

Gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab - Milton Júnior: Esse sistema, ele não só analisa a questão do preço como ele analisa também as condições que esses mercados estão entrando, as intempéries climáticas, as bacias hidrográficas que estão sendo produzidos. Esse conjunto de informações, a gente acredita que é de grande auxílio para produtores, comerciantes, donas de casa, etc.

Repórter Daniela Almeida: A cebola e o tomate tiveram alta de valores nos primeiros meses do ano, devido a condições climáticas que prejudicaram a oferta do produto, mas o gerente de modernização do mercado hortigranjeiro da Conab, Milton Júnior, estima que os preços das duas culturas tendem a se estabilizar e podem até cair nos próximos meses.

Gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab - Milton Júnior: A terceira semana de maio já começa a ter um arrefecimento desses preços. O tomate, a gente acredita que comece uma tendência de baixa agora para aliviar o bolso e o prato dos consumidores.

Repórter Daniela Almeida: O boletim hortigranjeiro da Conab pode ser acessado na página da companhia na internet, www.conab.gov.br. Reportagem: Daniela Almeida.

Luciano: Termina amanhã a campanha de vacinação contra a gripe.

Kátia: De acordo com o boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde, cerca de 19 milhões de pessoas já foram vacinadas, menos de 40% do público alvo da campanha.

Repórter Rafael Gasparoto: Osvaldo Dalvio é um dos cerca de 50 milhões de brasileiros que vão ser beneficiados pela campanha de vacinação contra a gripe. Ele conhece bem as vantagens da vacina, que toma há cinco anos.

>> Não tem mais aquelas gripes costumeiras, é muito bom tomar a vacina. Eu entrei cantando aqui para tomar a vacina hoje. Nunca tive reação.

Repórter Rafael Gasparoto: O Ministério da Saúde disponibilizou 54 milhões de doses para o público alvo da campanha, que inclui crianças de seis meses a cinco anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes e mulheres até 45 dia após o parto. A chefe do Núcleo de Imunização da Secretaria da Saúde do Distrito Federal, Eudóxia Dantas, explica por que essas pessoas vão ter prioridade para receber a vacina.

Chefe do Núcleo de Imunização da Secretaria da Saúde do Distrito Federal - Eudóxia Dantas: Eles têm uma maior vulnerabilidade para ter complicações da gripe, como as internações por doenças respiratórias, complicações respiratórias mais graves, pneumonias e até mesmo óbito.

Repórter Rafael Gasparoto: Para tomar a vacina nos postos de saúde, é importante levar o cartão de vacinação e a carteira de identidade. Pacientes com doenças crônicas têm que apresentar prescrição médica ou se dirigir aos postos em que estão registrados. Reportagem: Rafael Gasparoto.

Kátia: Sete e dez.

Luciano: As ações do governo brasileiro para acabar com a pobreza, promover a qualificação profissional e gerar empregos para a população de baixa renda tem se destacado internacionalmente.

Kátia: Prova disso foi a visita, hoje, da diretora gerente do Fundo Monetário Internacional, FMI, Christine Lagarde, ao Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Luciano: A diretora do FMI, que foi acompanhada pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, elogiou o Bolsa Família e se surpreendeu com a qualidade de vida dos moradores da comunidade.

Repórter Carolina Rocha: A visita aconteceu em uma das estações do teleférico do Complexo do Alemão, onde a diretora do FMI pôde encontrar com moradores que foram beneficiados com programas sociais do governo federal. Uma delas é Márcia Cristina Pinto Silva, mãe de sete filhos e que recebe o Bolsa Família há sete anos.

Beneficiária do Bolsa Família - Márcia Cristina Pinto Silva: Para mim, mudou tudo. Porque os meus três filhos maiores, eu não tinha Bolsa Família, aí você já viu a dificuldade, que o curso do meu filho, de informática, eu pago com o Bolsa Família.

Repórter Carolina Rocha: A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, acompanhou a visita e contou que a diretora do FMI ficou impressionada com os custos e benefícios do programa do Bolsa Família.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Ficou impressionada, porque o Bolsa Família gasta 0,5% do PIB e chega a 50 milhões de pessoas. E que não é só o Bolsa Família, duas questões outras também foram muito discutidas, o Cadastro Único, como a gente conseguiu organizar um cadastro único, que é um sistema de banco de dados super sofisticado para chegar na população pobre e estar levando para a população não só renda, está levando as crianças para a escola, está levando as crianças para a saúde, garantindo o empreendedorismo, garantindo assistência técnica.

Repórter Carolina Rocha: A diretora do FMI também conheceu mulheres donas de pequenos negócios que se formalizaram como microempreendedoras individuais. Desde 2008, o governo federal simplificou o processo de formalização desse tipo de empreendimento. Agora, é possível pagar o valor mínimo de contribuição para ter CNPJ, nota fiscal e acesso a todos os benefícios da Previdência Social, como auxílio-desemprego, salário-maternidade e aposentadoria. Solange Monteiro, dona de uma loja de cosméticos no Complexo do Alemão, estava no encontro e conta que viu sua renda crescer depois que se formalizou.

Microempreendedora Individual - Solange Monteiro: Quando eu resolvi parar de trabalhar como faxineira, procurei o Sebrae, fiz o CNPJ, dali para frente, que tem dois anos, eu só evoluí. Em pouco tempo, eu comprei a minha moto; agora, eu acabei de comprar o meu carro.

Repórter Carolina Rocha: Quinze comunidades compõem o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, onde vivem mais de 60 mil pessoas. O local foi pacificado em 2010 e recebeu recursos federais para projetos de urbanização, entre eles, o Teleférico do Alemão, que mudou a mobilidade entre as comunidades, ajudou a reduzir o tempo de trajetos que levavam uma hora para cerca de 15 minutos. Reportagem: Carolina Rocha.

Kátia: E, hoje à tarde, a diretora gerente do FMI se reuniu com a presidenta Dilma em Brasília.

Luciano: Elas trataram de temas como a economia global, a relação comercial entre o Mercosul e a União Europeia e mudanças climáticas.

Kátia: Anunciados, hoje, os vencedores do Prêmio Jovem Cientista, que, esse ano, teve como tema Segurança Alimentar e Nutricional.

Repórter Luana Karen: A castanha do Brasil, também conhecida como castanha do Pará, ganhou destaque na pesquisa desenvolvida pela doutora em nutrição Bárbara Cardoso. Ela descobriu que o consumo diário da fruta, rica em selênio, pode ajudar a prevenir o Mal de Alzheimer. Como resultado, Bárbara acabou ficando com o primeiro lugar no Prêmio Jovem Cientista, Categoria Mestre Doutor.

Doutora em Nutrição - Bárbara Cardoso: Nós vimos que a castanha do Brasil, uma unidade diariamente foi suficiente para recuperar a deficiência desse mineral e, além disso, nós percebemos uma melhora importante em alguns testes cognitivos aos quais esses pacientes foram submetidos.

Repórter Luana Karen: A edição do Prêmio Jovem Cientista desse ano teve como tema a Segurança Alimentar e Nutricional. O estudante de Arquitetura Deloan Perini teve então a ideia de encurtar o caminho que o alimento percorre do campo até a mesa do consumidor. Para isso, ele identificou os espaços vazios de Erechin, no Rio Grande do Sul, para a instalação de hortas urbanas. O projeto venceu na categoria Nível Superior. Agora, Deloan quer que a sua ideia seja adotada por outros municípios.

Estudante de Arquitetura - Deloan Perini: Inicialmente, já fazer um diagnóstico identificando se existem os vazios, esses lotes desocupados, se existe uma área que seria possível a implantação dessa agricultura, a agricultura urbana, aí sim poderia ser implantado nessa cidade.

Repórter Luana Karen: Há mais de 30 anos, o Prêmio Jovem Cientista reconhece o trabalho de pesquisadores brasileiros. O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, Hernan Chaimovich, destaca a importância do prêmio para o desenvolvimento científico do país.

Presidente do CNPq - Hernan Chaimovich: Além do prêmio, além do reconhecimento nacional e internacional, nós, coletivamente, estamos transferindo para vocês todos e todas a responsabilidade de comunicar à sociedade, de uma forma totalmente compreensível, a importância da contribuição e o impacto intelectual, social e econômico para um desenvolvimento socialmente justo, equitativo e sustentável desse país.

Repórter Luana Karen: Esta edição do Prêmio Jovem Cientista contou com mais de 1.900 inscritos. A premiação vai de computadores a recursos em dinheiro e bolsas de estudo concedidas pelo CNPq. Os prêmios vão ser entregues em junho, em Brasília, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Reportagem: Luana Karen.

Luciano: O desenvolvimento agropecuário da Região Norte do país esteve em debate, hoje à tarde, no Ministério da Agricultura.

Kátia: Na reunião, que contou com a presença dos governos dos estados da região, foram criados grupos de trabalho para propor soluções na área de logística e titulação de terras, por exemplo.

Luciano: A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, disse que uma das ações será o investimento de R$ 12 milhões para controle da mosca da fruta nos estados de Roraima e Amapá.

Kátia: Outra iniciativa dentro do plano é a certificação dos peixes produzidos na região, como explica a ministra Kátia Abreu.

Ministra da Agricultura - Kátia Abreu: Nós vamos desenvolver, com o apoio da Embrapa, o selo do peixe da Amazônia. Esse selo pode ter o peixe da Amazônia do Amazonas, do Tocantins, do Roraima. As pessoas têm o orgulho de querer fazer a sua própria marca? Não tem problema, mas o selão da Amazônia vai estar lá.

Luciano: Além do Norte, o governo já apresentou planos de desenvolvimento da Região Nordeste e do Matopiba, formado por Maranhão, Tocantins, Piauí e Tocantins.

Kátia: Sete e dezessete.

Luciano: Matopiba, formado por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Produzir combustíveis a partir de óleos de plantas tem sido uma alternativa mais sustentável em relação à produção de derivados do petróleo, como a gasolina e o diesel.

Kátia: O biodiesel, por exemplo, emite menos gases de efeito estufa, responsáveis pela elevação da temperatura do planeta.

Luciano: Atualmente, o diesel disponível nos postos tem uma mistura de 7% de biodiesel, mas uma proposta é aumentar essa proporção nos ônibus.

Repórter: O biodiesel é um combustível renovável, é produzido a partir de fontes vegetais, como a soja, dendê e girassol. Esse biocombustível permite que o gás carbônico, liberado pelos motores dos veículos, seja absorvido pelas plantas. Isso significa menos gases de efeito estufa no planeta, que geram o aquecimento global. E a ideia é que, cada vez mais, o biodiesel seja uma alternativa sustentável para substituir combustíveis fósseis, como o diesel. Uma outra vantagem é que ele é isento de enxofre, substância que pode agravar problemas respiratórios na população. Patrícia Kalil, química da Embrapa, fala das vantagens do combustível biológico.

Química da Embrapa - Patrícia Kalil: Ele é sustentável porque ele vem da planta, não é? Ele é produzido a partir do óleo que vem da planta, diferente de um combustível fóssil que vem lá da terra, que é o derivado do petróleo. Então, é um carbono que está já ali e que vai ser liberado para a atmosfera. Já no biocombustível, no biodiesel, é um carbono que está vindo da planta, que vai reutilizar novamente o CO2 para produzir o seu óleo. Então, é um ciclo fechado, é um ciclo completo.

Repórter: Na Embrapa, em Brasília, é possível ver de perto um exemplo de reação química para a produção de biodiesel. Mais de dois mil alunos já visitaram o local desde o ano passado. Fernanda Franco, de São Paulo, foi uma das que conheceu a experiência. Para ela, o desenvolvimento de novas tecnologias de combustíveis é essencial para o desenvolvimento do país.

Estudante - Fernanda Franco: É uma área que a gente não pode ignorar, porque é tanto energética quanto ecológica.

Repórter: Atualmente, o diesel utilizado no Brasil recebe uma mistura de 7% de biodiesel, mas uma proposta quer que os ônibus de 40 cidades com mais de 500 mil habitantes circulem com uma mistura maior, de 20%. É o que você confere na reportagem de Ana Gabriela Sales.

Repórter Ana Gabriela Sales: A proposta foi discutida, nessa quinta-feira, por representantes de prefeituras dessas 40 cidades num seminário em Brasília, organizado pela Embrapa Agroecológico e pela Ubrabio, União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene. A expectativa é que a mistura de 20% de biodiesel no diesel utilizado para abastecer os ônibus reduza em 70% a emissão de gases do efeito estufa nesses municípios, isso porque quanto maior a proporção de biodiesel, menor a quantidade de poluentes na atmosfera. O combustível, chamado de B-20 Metropolitano, já foi utilizado, em fase de teste, por dois mil ônibus da cidade de São Paulo, por exemplo. A ideia agora é expandir para outras cidades consideradas as mais poluentes do país, como explica o chefe geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Souza.

Chefe Geral da Embrapa Agroenergia - Manoel Souza: O objetivo do evento é sensibilizar, é trazer para esses municípios essa discussão e mostrar que nós temos aí todas as condições necessárias para uma implantação imediata de um projeto como esse.

Repórter Ana Gabriela Sales: Segundo a Embrapa, os motores dos ônibus já estão adaptados para rodar com o B-20 Metropolitano, e o Brasil tem matéria-prima farta para a produção. As principais são a soja e a gordura bovina, mas o óleo de fritura também tem um grande potencial e está sendo cada vez mais utilizado. Um projeto piloto em Brasília está coletando o óleo de cozinha usado para a produção de biodiesel. Sueli Barbosa, consultora nutricional de um hotel que participa do projeto, explica como funciona.

Consultora Nutricional - Sueli Barbosa: A minha recomendação é mesmo pela questão do meio ambiente, porque a gente tem certeza do destino do óleo, a gente não descarta no meio ambiente e também não está fornecendo para um outro órgão, uma outra empresa, que a gente não vai ter certeza do destino final do óleo.

Repórter Ana Gabriela Sales: Ao todo, são 110 pontos de entrega voluntária do projeto no Distrito Federal. Todo o óleo de fritura coletado segue para um galpão, onde, futuramente, vai ser transformado em biocombustível. Atualmente, apenas 2% do óleo de fritura é reaproveitado para o biodiesel no país. Reportagem: Ana Gabriela Sales.

Kátia: A situação dos haitianos no Brasil foi tema de uma reunião que acabou agora há pouco, entre a Casa Civil e o Ministério da Justiça. A repórter Priscila Machado tem as informações ao vivo. Boa noite, Priscila. Qual foi o resultado da reunião?

Repórter Priscila Machado (ao vivo): Boa noite, Kátia. Boa noite a todos. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou, agora há pouco, que o governo brasileiro vai intensificar o enfrentamento às organizações criminosas conhecidas por coiotes, que trazem haitianos de forma ilegal para o Brasil. Segundo o ministro, o governo brasileiro vai articular políticas de combate a esses criminosos junto ao governo de países vizinhos, como Peru, Equador e Bolívia. Além disso, segundo José Eduardo Cardozo, o governo também quer criar melhor maneiras para melhorar o atendimento e encaminhamento dos haitianos para outros estados. Normalmente, eles entram no país pelo estado do Acre. O governo brasileiro também quer estimular a vinda legal dos haitianos e o Itamaraty irá aumentar a capacidade de emissão de vistos para os haitianos. Eles começaram a vir ao Brasil em busca de melhores oportunidades de vida após o terremoto que devastou o país em 2010. Segundo dados do Ministério da Justiça, entre 2011 e2014, entraram no Brasil mais de 46 mil haitianos. Ao vivo, Priscila Machado.

Luciano: O Brasil tem mais de 280 milhões de linhas ativas de celular.

Kátia: Números da Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, mostram que a proporção é de mais de uma linha por pessoa.

Luciano: A maior concentração de telefone móvel está no Distrito Federal, com média de duas linhas por pessoa. São Paulo é o segundo colocado, com uma linha e meia por habitante.

Kátia: As linhas pré-pagas ainda são maioria, ocupando cerca de 75% do total.

Luciano: Só em abril, segundo a Anatel, foram habilitadas mais de cem mil novas linhas de celulares no país.

Kátia: E, a partir da hoje, os moradores da cidade de São Paulo e de mais de 27 municípios paulistas vão ser avisados sobre o fim das transmissões analógicas da TV aberta, que deve ocorrer em maio do ano que vem para esta região.

Luciano: Na tela da televisão vai aparecer uma mensagem de alerta sobre o desligamento.

Kátia: Depois do desligamento, somente o sinal digital vai estar disponível, o que garante mais qualidade de som e imagem.

Luciano: Para acessar o cronograma de desligamento da TV analógica do seu estado e tirar dúvidas acesse www.vocenatvdigital.com.br, ou ligue de graça para o telefone 147.

Kátia: Você ouviu, hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Presidenta Dilma anuncia que, ainda este ano, o Mercosul e a União Europeia devem fazer acordos comerciais.

Kátia: E, no dia 9 de junho, vai ser lançada a segunda fase do Programa de Investimentos em Logística, que aumenta a infraestrutura de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos.

Luciano: Cai o preço de frutas e verduras nas Ceasas de três regiões do país no mês de abril.

Kátia: Termina amanhã a campanha de vacinação contra a gripe.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

Kátia: Produção: EBC Serviços.

Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.