21/07/2011 - A Voz do Brasil
21/07/2011 - A Voz do Brasil
Amanhã é o último dia para crianças de 1 a 7 anos de idade tomarem a vacina contra o sarampo em 8 estados brasileiros. Um balanço parcial do Ministério da Saúde aponta que das 10.253.000 crianças nessa faixa etária, quase 8.800.000 já foram imunizadas. Divulgados hoje os números do Censo do Sistema Único de Assistência Social, Suas, referentes ao ano passado. O Censo do Suas é feito todo ano desde 2007 para monitorar os serviços ofertados nos Centros de Referência de Assistência Social, Cras, e nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social, Creas. Cerca de 2.000.000 de pessoas que ainda não são atendidas pelo Sistema, vão ter prioridade no Brasil Sem Miséria. A partir de dezembro do ano que vem todos os berços fabricados no Brasil ou importados deverão ter o selo do Inmetro, atestando sua qualidade. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
Apresentadora Kátia Sartório: Campanha de Vacinação contra o Sarampo termina amanhã, em oito estados.
Apresentador Luciano Seixas: Cerca de 2 milhões de pessoas que ainda não são atendidas pelo Sistema Único de Assistência Social, o Suas, vão ter prioridade no Brasil Sem Miséria.
Kátia: A partir de dezembro do ano que vem, todos os berços fabricados no Brasil ou importados deverão ter o selo do Inmetro.
Luciano: Quinta-feira, 21 de julho de 2011.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A voz do Brasil.
Luciano: Boa noite. Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Amanhã é o último dia para os pais levarem as crianças de um a sete anos de idade para tomarem a vacina contra o sarampo em oito estados brasileiros.
Luciano: Um balanço parcial do Ministério da Saúde aponta que, das 10,253 milhões de crianças nessa faixa etária, quase 8,800 milhões já foram imunizadas.
Kátia: O sarampo é uma doença contagiosa e os sintomas mais comuns são: febre, tosse seca, manchas avermelhadas no corpo, coriza e conjuntivite.
Luciano: A transmissão ocorre de pessoa para pessoa, quando tossimos, falamos ou respiramos, e, se não for tratada, pode matar.
Kátia: Por isso, o Ministério da Saúde alerta para a necessidade de tomar a vacina.
Repórter Renata Corsini (Brasília-DF): A Campanha de Vacinação contra o Sarampo, que começou no dia 18 de junho, termina amanhã, em oito estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Crianças de um a sete anos devem tomar a vacina. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, reforça o alerta para que os pais e responsáveis não deixem de levar os filhos para serem vacinados.
Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde - Jarbas Barbosa: Em alguns casos, o sarampo pode produzir complicações graves. Por isso, é indispensável que todos levem as crianças para vacinar. A vacina é uma vacina extremamente segura, que é aplicada as dezenas de milhões de doses no mundo inteiro, e ela é altamente eficaz, não só para proteger contra o sarampo, mas como é uma vacina tríplice viral, não é, ela, além do sarampo, ela protege contra a rubéola e caxumba.
Repórter Renata Corsini (Brasília-DF): Nos outros estados e no Distrito Federal, a campanha será de 13 de agosto a 16 de setembro. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% das crianças nessa faixa etária. De Brasília, Renata Corsini.
Luciano: Divulgados hoje os números do Censo do Sistema Único de Assistência Social, o Suas, referentes ao ano passado, num evento que reúne até amanhã, aqui, em Brasília, representantes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, das Secretarias, Conselhos e Entidades da Assistência Social.
Kátia: O Censo mostra que cerca de 2 milhões de brasileiros ainda não são atendidos pelo Suas.
Luciano: Esse levantamento foi feito para o Programa Brasil Sem Miséria, lançado, no início de junho, pela presidenta Dilma Rousseff.
Kátia: A ideia é usar o Censo para avaliar e aprimorar o Suas, além de qualificar os serviços, programas e benefícios oferecidos à população.
Luciano: O Censo é feito todo ano, desde 2007, para mapear as Unidades Públicas de Atendimento e monitorar os serviços ofertados nos Centros de Referência de Assistência Social, o Cras, e nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social, o Creas.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O agricultor Carlos Alberto de Lira tem 46 anos, ele mora na Estrutural, Brasília. Há um ano, sofreu um acidente e ficou sem condições de trabalhar. Carlos precisou, então, procurar ajuda do Cras, Centro de Referência em Assistência Social, onde recebeu como ajuda o auxílio-vulnerabilidade.
Agricultor - Carlos Alberto de Lira: Eu fiquei praticamente sem nada. Só não perdi minha vida. Depois de um ano frequentando o Cras, minha vida mudou, graças a Deus.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A assistente social Fernanda Martins explica como é o atendimento do Cras, que, na Estrutural, funciona junto com o Creas, o Centro de Referência Especializado em Assistência Social.
Assistente social - Fernanda Martins: A gente tem a transferência de renda, não é, mas a prerrogativa, mesmo, do Cras é o Programa de Atenção Integral à Família, que se traduz pelo acompanhamento social dessas famílias.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Creas e o Cras fazem parte do Sistema Único de Assistência Social, o Suas, que existe desde 2003. Para saber como está o atendimento desses centros, o Ministério do Desenvolvimento Social realizou um Censo. A pesquisa mostrou que, dos 5.565 municípios brasileiros, 129 ainda não tem Cras; e 25 municípios ainda não aderiram ao Sistema Único de Assistência Social. A secretária nacional de Assistência Social, Denise Colin, explica que o trabalho agora é garantir a cobertura de atendimento também nesses locais.
Secretária nacional de Assistência Social - Denise Colin: Agora, toda a nossa mobilização é para atingirmos a cobertura da implantação desse sistema na totalidade dos 5.565 municípios brasileiros e, depois, o passo subsequente, e que vai dar consistência para a atuação da política de assistência do Plano Brasil Sem Miséria, é conseguir um número proporcional de equipamentos e equipes para o número de pessoas a serem acompanhadas.
Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Segundo o Censo, o Sistema Único de Assistência Social atende a 61 milhões de pessoas. Mas, das 16 milhões em situação de extrema pobreza, no Brasil, estima-se que entre 1,5 milhão e 2 milhões de pessoas ainda não são atendidas pelo Sistema Único de Assistência Social e precisam de um acompanhamento. A pesquisa também mostrou que o número de Cras aumentou de 430, em 2003, para 7 mil neste ano. Já o número de Creas passou de 200 para 2 mil. O Censo pesquisou o atendimento em 4.700 municípios. De Brasília, Priscila Machado.
Kátia: Quem está esperando neném já pensa logo em montar o quarto e, claro, comprar o berço.
Luciano: E o importante não é só achar a nova caminha bonita e confortável, porque todo o cuidado é pouco quando o assunto é segurança do bebê, não é, Kátia?
Kátia: Isso mesmo, Luciano, até porque um teste feito pelo Inmetro, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, em 2007, reprovou todas as marcas de berços vendidas aqui, no Brasil.
Luciano: E, a partir daí, determinou novos critérios de fabricação para os berços. A regulamentação atende aos requisitos das normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Até o ano que vem, todos devem sair de fábrica com o selo do Inmetro.
Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): Letícia tem um ano e sete meses e não gosta muito de ficar no berço. Talvez por isso já tenha tentado fugir dele, como conta Anaíldes Santos, babá da menina.
Babá - Anaíldes Santos: Ela mesmo já tentou subir nesse próprio apoio, não é, que é para não machucar durante a noite, não é? Ela já tentou, mas aí foi quando a gente levantou, suspendeu o berço.
Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): Um teste, feito pelo Inmetro, em 2007, reprovou as 11 marcas de berços vendidas no Brasil no quesito segurança. Entre os principais riscos para o bebê, estão traumas, machucados e até asfixia. Depois de uma consulta pública e de uma parceria com a Comissão de Segurança de Produtos dos Estados Unidos, o Inmetro resolveu definir os critérios para a fabricação dos berços. O berço seguro deve ter as bordas arredondadas, sistema para travar rodas e não mais do que seis centímetros entre as grades. Segundo a gerente da Diretoria de Qualidade do Inmetro, Maria Aparecida Martinelli, outros detalhes também merecem atenção.
Gerente da Diretoria de Qualidade do Inmetro - Maria Aparecida Martinelli: É importante que os pais, por exemplo, verifiquem se há a identificação, no berço, do fabricante, do distribuidor, do varejista... Tem que haver um registro de quem é o responsável por aquele produto. Verificar se não existem partes que sejam pontiagudas, que sejam arestas, que possam ferir ou machucar. Elas têm que ser arredondadas. É importante verificar se não existe algum adesivo, algum rótulo na parte interna, na superfície interna do berço, essa questão de parafusos, que estejam bem afixados, o espaçamento entre as ripas, no estrado, para impedir, por exemplo, que o braço do bebê, ou uma perna, possa entrar e ele possa se machucar. Se o berço não vier com o colchão já, tem que haver uma recomendação, no berço, de que o colchão tem que atender uma espessura máxima de 120 milímetros, de acordo com a norma da ABNT.
Repórter Angélica Coronel (Brasília-DF): Os fabricantes têm até dezembro de 2012 para se adequar às novas regras, mas alguns já estão fazendo mudanças. Para saber se o berço é totalmente seguro, é preciso observar se ele possui o selo da Associação Brasileira de Normas Técnicas. De Brasília, Angélica Coronel.
Kátia: Nove empresas já estão cadastradas para produzir tablets aqui, no Brasil. Esses equipamentos são aqueles computadores de mão, sem teclado, com tela sensível ao toque. A informação foi dada hoje, pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, no Programa Bom Dia, Ministro.
Luciano: Segundo o ministro, para baratear o preço dos equipamentos, as empresas vão receber isenção de tributos, como Pis e Cofins, e a redução em 80% da cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI.
Ministro das Comunicações - Paulo Bernardo: Nós fizemos uma medida que significa uma diminuição de impostos, que vai dar uma redução de custos de até 36% no preço dos tablets, e a última informação que eu tive, lá, do Ministério de Ciência e Tecnologia, é que já temos nove empresas cadastradas para produzir. Algumas devem começar a fazer em agosto, já, equipamentos aqui, no Brasil. Portanto, deve dar um salto grande no consumo, porque vai baratear o preço, tem muitas empresas, a concorrência acirrada entre elas, e como é um, digamos, um equipamento bastante ambicionado, vamos dizer assim, pelas pessoas, com certeza vai ter vendas compatíveis. A população está com um poder aquisitivo bom, eu acho que vai, com o perdão da palavra, vai ‘bombar’, no fim do ano, a venda de tablets e, com certeza, isso vai ajudar a baratear o preço também.
Kátia: O Plano Nacional de Banda Larga também foi assunto do programa Bom Dia, Ministro.
Luciano: Paulo Bernardo reforçou que o país vai ter internet rápida ao custo de R$ 35 por mês para o consumidor e que este preço foi definido depois de ouvir a população.
Ministro de Comunicações – Paulo Bernardo: Esse valor, Kátia, de R$ 35 não foi inventado. Nós fizemos uma pesquisa que mostrava que as pessoas... Primeiro, a maioria das pessoas que não tem internet declaram que não tem porque é caro. Uma boa parte, também, porque não tinha oferta. O resultado é que só tem 27% dos domicílios com internet hoje. É muito pouco. Então, nós, na pesquisa, mostrávamos assim: “Olha, se for R$35, você paga? Se for R$ 15, você tem condição?”. Trinta e cinco tinha uma aceitação, assim, de aproximadamente 70%. A pessoa fala: “Não, isso aí eu acho que dá para pagar”. Então, nós trabalhamos com esse valor de R$ 35 e fizemos uma revisão, também, nos termos de regulação que nós temos com as empresas de telefonia, porque nós regulamos telefonia e achamos que internet tem a ver com isso também. Houve uma briga enorme, porque as empresas não aceitavam, achavam que isso era uma coisa fora do contrato de telefonia, mas a verdade é que elas vendem internet. Então, nós acabamos, digamos, acertando com elas metas, onde elas vão oferecer internet em todo o Brasil, até 2014, um megabit de velocidade inicial, depois isso vai crescendo, e vamos fazer com R$ 35 para começar.
Kátia: O ministro das Comunicações também explicou que o prazo para as empresas se adaptarem às mudanças para oferecer internet ao preço de R$35 por mês vence no final de setembro.
Ministro de Comunicações – Paulo Bernardo: Foi dado um prazo, a partir do dia que foi assinado, 30 de junho, de 90 dias. Portanto, já está quase completando 30 dias. Isso não quer dizer que eles têm que esperar 90 dias para oferecer. Em 90 dias, no máximo, terá que estar sendo oferecido, e há um cronograma, onde vai gradativamente incorporando cidades. Além disso, nós estamos fazendo outras ações. A Telebras foi reativada, está vendendo internet no atacado para provedores. Aqui, na região de Brasília, mesmo, já começou, já assinou contratos, onde pequenos provedores farão oferta de internet a R$ 35, mas a Telebras vai vender no atacado mais barato, também, para eles. Então, isso já começou. E, além disso, assinamos também um contrato com uma operadora de telefonia celular, a Tim, que também aderiu e pretende fazer, até o ano que vem, a implantação do mesmo serviço a R$ 35 em mil municípios. Portanto, eu acho que vai avançar muito rapidamente, depois que as empresas fizerem essas adaptações iniciais.
Luciano: O ministro Paulo Bernardo também afirmou que o Brasil vai contar com maior acesso à rede, por meio dos novos celulares de quarta geração, que começam a ser lançados no mercado ainda neste ano.
Ministro de Comunicações – Paulo Bernardo: No ano que vem, nós vamos ter a licitação do celular de quarta geração, que é uma tecnologia que permite operar até 100 megabits de velocidade. Evidente que nós não estamos colocando isso com o mesmo patamar de R$ 35, mas a nossa previsão é que, em 2014, nós vamos ter um quadro completamente diferente, em termos de internet.
Kátia: E, hoje, a Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, aprovou o Plano Geral de Metas de Competição.
Luciano: Esse plano vai estabelecer formas para garantir a concorrência nos mercados de telefonia fixa e móvel, banda larga e TV por assinatura.
Kátia: Antes de entrar em vigor, o Plano de Metas de Competição vai passar por uma consulta pública, durante 45 dias, para que a população participe, dê sugestões sobre as medidas que vão ser adotadas.
Luciano: Informações em www.anatel.gov.br.
Kátia: Sete e quatorze.
Luciano: O Exército fez hoje, em Formosa, cidade goiana, que fica a cerca de 80 quilômetros de Brasília, mais uma demonstração do lançamento de foguetes “terra-terra”, fabricados aqui no Brasil.
Kátia: Além de serem produzidos por uma empresa privada brasileira, a tecnologia desses foguetes também é nacional.
Luciano: A meta do Ministério da Defesa é comprar esses foguetes, reequipar o Exército e, com isso, atrair a atenção de outros países para comprar as armas produzidas aqui. Carla Wathier acompanhou o lançamento e tem mais informações.
- Três, dois, um... Fogo!
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Os foguetes atingem alvos de até 90 quilômetros de distância. Com tecnologia brasileira, o equipamento foi utilizado na Guerra do Golfo, no Iraque, na década de 90. O sistema Astros II é formado por seis viaturas, é o braço forte do Exército. Alto poder de destruição, fácil mobilidade. Apenas mudando a munição, é possível aumentar a área atingida e a distância também. O carro de comando de controle, totalmente informatizado, coordena todas as etapas de lançamento de foguetes de forma rápida e precisa. O treinamento realizado hoje foi acompanhado pelo vice-Presidente da República, Michel Temer.
Vice-Presidente da República - Michel Temer: Você só pode estar ao lado de grandes países se você tiver instrumentos de defesa também grandiosos, como esses que nós vimos e outros que poderão vir mais adiante.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Para se ter uma ideia da capacidade do Astros II, em apenas 16 segundos, ele consegue lançar quase 200 foguetes, tecnologia que faz do Brasil referência mundial na área de artilharia, uma posição que o país não quer perder. A Avibras e o Exército brasileiro são parceiros na fabricação do sistema, que está em produção desde os anos 80. De acordo com o general Mattioli, diretor do Departamento de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, agora, a meta é adquirir uma frota mais moderna, capaz de enviar mísseis com alcance de 300 quilômetros, um custo de R$ 960 milhões, mas que pode retornar por meio da balança comercial, já que o país exporta com sucesso esse produto para a Ásia e Oriente Médio.
Diretor do Departamento de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa - Aderico Mattioli: Já existem países que demandam esse produto, mas a primeira pergunta que fazem é: “O seu país adota? O seu país tem?”. Enquanto a gente não tiver, pelo menos, a primeira, fica difícil de nós mantermos esse nicho ou ocuparmos um nicho um pouco maior, no mercado internacional.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O ministro da Defesa, Nelson Jobim, deixou claro que é interesse do governo que o Exército se modernize.
Ministro da Defesa - Nelson Jobim: Nós vamos ter condições de dar continuidade a esse acervo tecnológico que não pode ser perdido. Nós temos um acervo tecnológico imenso. O que vocês viram aqui é produção exclusivamente brasileira. Há interesses, inclusive, mundiais na aquisição desse material. Lembre-se que a última exportação que fizemos da Avibras foi para a Malásia. A Malásia comprou € 219 milhões.
Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A demonstração do lançamento de foguetes foi feita no Campo de Instrução do Exército, em Formosa, estado de Goiás. De Brasília, Carla Wathier.
Kátia: A inflação, Luciano, pode ser definida como o aumento no preço dos produtos, como alimentos comprados nos supermercados e nas feiras, por exemplo.
Luciano: É verdade, Kátia. E a gente que é mais velho sabe exatamente o que significa a variação alta de preços, as maquininhas de remarcação de preços, que presenciamos durante muitos anos aqui no Brasil.
Kátia: É isso mesmo. Mas, desde a metade dos anos 90, a inflação está controlada, inclusive com metas anuais estabelecidas pelo governo.
Luciano: Hoje, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, divulgou uma pesquisa sobre o comportamento da inflação no Brasil, nos últimos dez anos.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Houve uma época, no Brasil, em que cada vez mais dinheiro comprava menos produtos. Entre as décadas de 1980 e 1990, hiperinflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, entre 1985 e 1994, a inflação média foi de mil porcento ao ano. Num supermercado em Brasília, o funcionário público Antônio Luciano de Moraes faz uma comparação entre os preços dos alimentos de hoje e da hiperinflação.
Funcionário público - Antônio Luciano de Moraes: Hoje, a diferença é muito grande, tanto dos produtos, que pode considerar de uma qualidade muito boa, variadas, com preços estabilizados, que não tem aquele aumento diário, como era antes. Então, sem dúvida que, atualmente, está bem melhor, está dando acesso para todos fazerem uma compra boa, principalmente nos supermercados.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Naquela época, os supermercados eram o termômetro da hiperinflação. O mesmo produto poderia ter um preço de manhã e outro, bem maior, no fim do dia. Com o Plano Real, a inflação foi controlada. E um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea, divulgado hoje, em Brasília, mostra que o controle da inflação se deve a alguns fatores: à política de juros do Banco Central, à taxa Selic, que serve de referência para o custo do dinheiro emprestado para empresas e consumidores, o real que tem valor variável em relação ao dólar, o chamado câmbio flutuante, e a economia que é feita todo ano pela administração pública. A conclusão é que, enquanto os preços de alimentos, bebidas e serviços pressionaram a inflação para cima, na última década, os preços monitorados, como as tarifas de energia elétrica e telefonia e de produtos industrializados, como vestuário e automóveis, pressionaram a inflação para baixo. O técnico do Ipea, Thiago Martinez, explica que o poder de compra do cidadão, hoje, é maior do que o de 30 anos atrás.
Técnico do Ipea - Thiago Martinez: Aquela inflação descontrolada, inflação que a gente tinha, ficou para trás, desde a época do Plano Real. E aí, depois, no começo do Plano Real, a inflação foi controlada. A gente teve problemas, aí, com o crescimento da economia. Ficou muitos anos crescendo pouco, o desemprego muito alto, e, agora, a gente está com as duas coisas: inflação controlada, desemprego baixo e a economia crescendo. Portanto, a gente está em uma situação bem favorável.
Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O estudo do Ipea concluiu ainda que a inflação não é uma barreira para a continuidade do crescimento econômico do país. De Brasília, Paulo La Salvia.
Kátia: As queimadas e incêndios florestais ficam mais comuns, nessa época do ano, nos estados da região Centro-Oeste do país, por causa do clima seco.
Luciano: Por isso, os integrantes do Centro Integrado Multiagência se reúnem semanalmente para discutir o Plano de Prevenção e Combate a Queimadas.
Kátia: O grupo é formado pelos Ministérios do Meio Ambiente, Integração Nacional e Defesa, além do Ibama, do Instituto Chico Mendes, da Funai, da Força Nacional, da Polícia Rodoviária Federal e de corporações de bombeiros.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Com base em imagens de satélites e mapas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de previsão do tempo e focos de grandes queimadas, os membros do Ciman estão se preparando para promover ações integradas de prevenção e para combate a incêndios florestais. A estiagem do inverno já atingiu a maior parte do país, principalmente as regiões Norte e Centro-Oeste. A Secretaria Nacional de Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional, já está pronta para atuar nas ocorrências, como explica o secretário-adjunto, Coronel Ivan Ramos.
Secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Defesa Civil – Coronel Ivan Ramos: Cada Secretaria é um plano de capacitação para todos os agentes envolvidos, no sentido de que nós possamos desenvolver prática da gestão do desastre. Quer dizer, como organizar o desastre no cenário. Isso é importante para que a gente possa ter um menor número de equipamentos envolvidos e uma maior eficiência.
Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): O Instituto Chico Mendes também já disponibilizou 98 postos espalhados pelo país, e o Centro Especializado do Prevfogo do Ibama vem implantando brigadas municipais, onde as queimadas são mais críticas. De Brasília, Adilson Mastelari.
Luciano: A Controladoria-Geral da União, CGU, abriu hoje mais quatro sindicâncias e processos administrativos disciplinares por causa das denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes e em órgãos vinculados à pasta.
Kátia: Em nota, a CGU informa que, agora, já são sete investigações abertas para apurar as denúncias envolvendo servidores do Ministério dos Transportes.
Luciano: Estão sendo investigados desde indícios de direcionamento de recursos para empreiteiras que têm convênios com o Ministério até o superfaturamento em obras tocadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Dnit.
Kátia: A CGU também apura supostas irregularidades na execução de serviços de pesagem de cargas, que estariam sendo feitos por uma empresa privada, sem contrato.
Luciano: Ainda segundo a Controladoria-Geral da União, outras 18 sindicâncias e processos administrativos já tinham sido abertos para apurar irregularidades no Ministério dos Transportes, antes das denúncias recentes.
Kátia: As denúncias sobre irregularidades envolvendo servidores do Ministério dos Transportes começou no início do mês... Na verdade, começaram no início do mês e, desde então, houve troca de ministro, demissão de servidores, acusados de cometerem irregularidades.
Luciano: Termina amanhã o prazo para os municípios concorrerem aos R$ 5 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para a implantação de unidades de apoio à distribuição de alimentos da agricultura familiar.
Kátia: É a primeira vez que o Ministério apoia a construção dessas unidades que apoiam a distribuição dos alimentos.
Luciano: Mais informações em www.mds.gov.br.
Kátia: Atenção, estudantes estrangeiros, vindos de países em desenvolvimento, interessados em fazer Doutorado e pós-Doutorado, aqui, no Brasil.
Luciano: O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq, está recebendo propostas para bolsas de estudo dentro do programa de cooperação com a Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento.
Kátia: As inscrições já estão abertas e terminam no dia 29 desse mês.
Luciano: Informações em www.cnpq.br.
Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Luciano: Campanha de Vacinação contra o Sarampo termina amanhã, em oito estados.
Kátia: Cerca de 2 milhões de pessoas que ainda não são atendidas pelo Sistema Único de Assistência Social, o Suas, vão ter prioridade no Brasil Sem Miséria.
Luciano: Nove empresas já estão cadastradas para produzir tablets no Brasil, os computadores de mão, sem teclado, com tela sensível ao toque.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite!
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.