22/09/2015 - A Voz do Brasil

Governo envia proposta ao Congresso Nacional para aumentar a receita e reequilibrar o orçamento de 2016. No Dia Mundial Sem Carro, Ministério das Cidades lança cartilha e placas de sinalização para orientar ciclistas e motoristas. Divulgado planejamento do setor aéreo para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

22/09/2015 - A Voz do Brasil

Governo envia proposta ao Congresso Nacional para aumentar a receita e reequilibrar o orçamento de 2016. No Dia Mundial Sem Carro, Ministério das Cidades lança cartilha e placas de sinalização para orientar ciclistas e motoristas. Divulgado planejamento do setor aéreo para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

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Publicado em 09/12/2016 18:23

A VOZ DO BRASIL – 22/09/2015


Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília.

Apresentadora Helen Bernardes: Sair de casa pedalando. No “Dia Mundial Sem Carro”, novas placas de sinalização vão orientar quem usa a bicicleta como meio de transporte.

Luciano: Trinta e nove aeroportos vão ter esquema especial de funcionamento para as Olimpíadas e Paraolimpíadas do ano que vem.

Helen: Reequilibrar as contas. O governo envia ao Congresso Nacional propostas para aumentar a receita do orçamento do ano que vem. Entre elas, a retomada da CPMF e a venda de imóveis públicos.

Luciano: Especial. Hoje, a Voz do Brasil fala de ações para incentivar a igualdade entre homens e mulheres e o cumprimento da meta da ONU de redução de mortalidade infantil pelo país.

Helen: Terça-feira, 22 de setembro de 2015.

Luciano: Está no ar a sua voz.

Helen: A nossa voz.

Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite. Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Helen Bernardes.

Helen: Olá, boa noite. Acompanhe a Voz do Brasil do Poder Executivo ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Helen: Pedalar faz bem à saúde.

Luciano: É, mas hoje andar de bicicleta também significa economia, menos poluição ao meio ambiente e menos congestionamentos no trânsito.

Helen: No “Dia Mundial Sem Carro”, hoje, foram lançadas pelo Ministério das Cidades placas de sinalização para que o ciclista possa pedalar com segurança, uma forma de incentivar o uso seguro da bicicleta como meio de transporte.

Luciano: Uma cartilha também foi publicada para orientar ciclistas sobre a segurança e as regras de trânsito. Luana Karen.

Repórter Luana Karen: Em todo o Brasil, mais de 70 milhões de bicicletas estão em circulação, segundo o Ministério das Cidades, e já são mais de dois mil quilômetros de ciclovias só nas capitais. Mas a falta de respeito ao ciclista ainda é uma barreira para o uso mais frequente desse meio de transporte nas cidades brasileiras. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2013, 1.348 ciclistas morreram em acidentes nas vias do país. Para que mais vidas não se percam, foi lançada neste “Dia Mundial Sem Carro” a cartilha do ciclista, que traz informações sobre itens obrigatórios e acessórios que aumentam a segurança do ciclista. Também foram apresentadas duas novas sinalizações relacionadas à bicicleta: uma é a placa para indicar espaços compartilhados por ciclistas e pedestres, e outra para indicar a existência de rota sinalizada para ciclistas. É o que explica o diretor do Departamento Nacional de Trânsito, Alberto Angerami.

Diretor do Departamento Nacional de Trânsito - Alberto Angerami: O trânsito é a utilização das vias, mas essa utilização precisa ser harmoniosa. Então, para que não haja dúvidas a respeito de espaços é preciso que tenhamos placas e, acima de tudo, que façamos um trabalho de educação, de conscientização para a harmonia entre pedestres, veículos motorizados e bicicletas.

Repórter Luana Karen: O transporte público é também uma alternativa para que o carro fique na garagem. Desde 2003, o governo federal investiu R$ 153,5 bilhões em obras de mobilidade urbana, como metrô e faixas exclusivas para ônibus articulados, como afirma Gilberto Kassab, ministro das Cidades.

Ministro das Cidades - Gilberto Kassab: Nós passamos a ter uma atenção maior, o poder público, com a mobilidade urbana, com o transporte público, em especial nas grandes cidades o transporte público sobre trilhos ou os BRTs, corredores de ônibus.

Repórter Luana Karen: Em São Paulo, um funcionário público trocou o carro pela bicicleta para ir trabalhar, e o repórter Leonardo Meira acompanhou o trajeto dele.

Repórter Leonardo Meira: O assistente jurídico Thiago Hermel tem 34 anos e adotou as pedaladas no dia a dia. Thiago, quanto tempo já que você anda de bike?

Assistente Jurídico - Thiago Hermel: Já há um ano e meio nas ruas de São Paulo.

Repórter Leonardo Meira: E você usa ela para trabalhar, para lazer, para quê?

Assistente Jurídico - Thiago Hermel: Para tudo, para ir para qualquer lugar eu estou indo de bicicleta.

Repórter Leonardo Meira: E encontra muita dificuldade aqui para conseguir andar em São Paulo?

Assistente Jurídico - Thiago Hermel: Olha, bastante dificuldade. Melhorou bem nos últimos tempos, mas ainda está difícil.

Repórter Leonardo Meira: E quais são os itens de segurança aí que você costuma usar?

Assistente Jurídico - Thiago Hermel: Geralmente, apesar de não ser obrigatório, eu uso o capacete, tenho lanterna, tem refletor na bicicleta, e para a segurança da bicicleta também uma boa corrente.

Repórter Leonardo Meira: O Thiago demora uns dez minutos para chegar até à ciclovia da Avenida Paulista. Inaugurada em junho, já fez dobrar o número de bicicletas que trafegam pela região, de acordo com a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo. Ele conta que é mais seguro pedalar num trecho exclusivo e bem sinalizado.

Assistente Jurídico - Thiago Hermel: A gente se sente muito mais protegido, muito mais tranquilidade, menos tenso, não fica tomando fina de ônibus, de carro. Então quando se cria um espaço para o ciclista, é mais seguro, é mais tranquilo e, mais do que isso, incentiva a gente a começar a andar de bicicleta.

Repórter Leonardo Meira: Thiago conta qual é o principal ganho que sente dessa troca do carro pela bicicleta.

Assistente Jurídico - Thiago Hermel: Principalmente a economia, porque eu gasto dinheiro com coragem, gasto dinheiro com IPVA, gasto dinheiro com gasolina. Tudo isso eu não gasto usando a bicicleta. E em segundo lugar tem o lugar da minha própria saúde. Eu estou fazendo um exercício num tempo que estaria perdido de qualquer maneira, que é o tempo de me deslocar. E em terceiro lugar é a possibilidade de você evitar qualquer congestionamento, qualquer evento que tenha no trânsito; o carro fica parado e a bicicleta vai.

Repórter Leonardo Meira: Em São Paulo, para quem optar pela bicicleta, como fez o Thiago, já existem 325 quilômetros de ciclovias em funcionamento. Reportagem, Leonardo Meira.

Helen: E você pode baixar a cartilha no nosso Twitter: twitter.com/avozdobrasil.

>> “Brasil 2016”.

Luciano: No ano que vem, os aeroportos brasileiros precisam estar preparados para receber atletas e turistas que vão participar dos Jogos Olímpicos.

Helen: E não só é o Rio de Janeiro que vai movimentar passageiros, não. Os jogos de futebol, por exemplo, vão ser realizados em outras cinco capitais: Brasília, Manaus, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo.

Helen: É por isso que 39 aeroportos vão contar com esquema especial de funcionamento entre julho e setembro.

Helen: Um centro de monitoramento também vai acompanhar em tempo real o movimento nos terminais durante as Olimpíadas e Paraolimpíadas.

Repórter Leandro Alarcon: O público estimado para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, é de mais de dois milhões de pessoas. Para receber tanta gente, os aeroportos já começam a ser preparados. Um manual lançado hoje vai padronizar a operação dos 39 aeroportos brasileiros que vão atender à demanda dos jogos em 2016. O documento define normas nas áreas de segurança e defesa, treinamento de pessoal, como os de mais de dois mil controladores de voos, melhorias no conforto e acessibilidade e no gerenciamento de infraestrutura e capacidade dos aeroportos. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, explica que o manual foi criado de acordo com a experiência adquirida pelo Brasil durante eventos de grande porte, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo no ano passado.

Ministro-Chefe da Secretaria de Aviação Civil - Eliseu Padilha: Hoje nós estamos em outro estágio. Nós olhamos toda essa experiência do passado, de todos os eventos que nós mencionamos, e que agora estamos consolidando neste manual que aqui está, que é a primeira versão.

Repórter Leandro Alarcon: O manual prevê ainda a criação de um centro de comando e controle nacional para monitorar a operação dos aeroportos durante a realização dos jogos. Segundo o secretário-executivo da Secretaria de Aviação Civil, Guilherme Ramalho, esse centro de comando vai reunir em um mesmo local representantes de todos os setores do governo envolvidos na organização dos aeroportos do país.

Secretário-Executivo da Secretaria de Aviação Civil, Guilherme Ramalho: A lógica é que a operação aeroportuária seja monitorada 24 horas por dia e qualquer decisão possa ser tomada na hora, porque você vai ter todos os atores ali sentados lado a lado monitorando o sistema e rapidamente podem ou tomar a decisão ou acionar quem tem que ser acionado.

Repórter Leandro Alarcon: Também estão sendo realizadas simulações da chegada dos atletas para capacitar os funcionários dos aeroportos nos casos, por exemplo, da entrada no país de armas e munições para as provas de tiros, cavalos usados nas competições de hipismo e cães-guias de esportistas com deficiência visual. Reportagem, Leandro Alarcon.

Luciano: Sete e nove.

Helen: O governo enviou hoje para o Congresso Nacional medidas para reequilibrar as contas públicas.

Luciano: São duas medidas provisórias, um projeto de lei e duas propostas que alteram a Constituição.

Helen: E quem dá mais detalhes para a gente é a jornalista Luciana Vasconcelos. Boa noite, Luciana. Uma dessas medidas de hoje é em relação à CPMF, não é isso?

Repórter Luciana Vasconcelos (ao vivo): Isso mesmo, Helen. Uma das propostas de emenda constitucional propõe a retomada da CPMF, que deixou de ser cobrada em 2007. A proposta agora é que a contribuição tenha prazo, quatro anos, e com uma alíquota de 0,2% sobre movimentações financeiras. A arrecadação iria exclusivamente para o sistema de Previdência Social para pagar, por exemplo, as aposentadorias. A previsão do governo é arrecadar mais de R$ 32 bilhões por ano com a medida.

Luciano: E dentro das propostas também tem alguma mudança no Imposto de Renda?

Repórter Luciana Vasconcelos (ao vivo): Também tem, Luciano. O governo está propondo uma cobrança de imposto progressivo sobre a venda ou alienação de bens, como imóveis. Atualmente a cobrança sobre o ganho de capital é 15%. A ideia é que continue em 15% para ganhos de até R$ 1 milhão e vá subindo até chegar a 30% quando a venda for maior do que R$ 20 milhões.

Helen: E o que mais está dentro dessas medidas enviadas hoje?

Repórter Luciana Vasconcelos (ao vivo): Então, Helen, o governo ainda está propondo um projeto de lei para garantir a implementação do teto de remuneração do serviço público, também a venda de 20 imóveis de imediato e a alienação de outros 119 no ano que vem, além da eliminação do abono de permanência, que é um valor que é pago a servidores que podem ser se aposentar, mas continuam trabalhando. O saldo nas contas públicas com todas essas medidas aprovadas passaria dos R$ 37 bilhões.

Luciano: E o que já está valendo, Luciana?

Repórter Luciana Vasconcelos (ao vivo): Luciano, das cinco propostas, duas são medidas provisórias: uma que trata da venda e alienação de imóveis da União e a outra sobre a mudança no Imposto de Renda para ganhos de capital. Mesmo assim, para não perder o efeito, precisam ser aprovadas pelos deputados e senadores. Já as outras só entram em vigor depois da aprovação do Congresso Nacional. Luciano, Helen.

Luciano: Obrigado, Luciana Vasconcelos, pela participação, ao vivo, aqui na Voz do Brasil.

Helen: Olha, e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou hoje que as medidas para o equilíbrio fiscal vão ajudar a estruturar a economia do país para que ela volte a crescer.

Ministro da Fazenda – Joaquim Levy: Nós sabemos que nós temos que ter uma agenda de crescimento, uma agenda de desenvolvimento. Ela envolve evidentemente nós alcançarmos um equilíbrio fiscal adequado, ela envolve nós alcançarmos uma inflação suficientemente baixa para que não haja distorções expressivas, nem incertezas grandes, nem deterioração do poder de compra da população, mas evidentemente tanto a política monetária como a política fiscal são os fundamentos para uma política de desenvolvimento, uma política de crescimento econômico mais ampla.

Luciano: Está prevista para hoje, em sessão do Congresso Nacional, a análise de vetos presidenciais a projetos de lei que aumentam gastos do governo.

Helen: Ao vivo, do Congresso Nacional, o repórter Rafael Gasparotto tem mais informações. Boa noite, Rafael. Que horas é a previsão de início dessa votação?

Repórter Rafael Gasparotto (ao vivo): Boa noite, Helen. A previsão é que o Congresso Nacional comece a apreciar os vetos a partir das oito da noite. Como já foi falado, esses vetos presidenciais que vão ser analisados são de projetos que aumentam gastos do governo. Entre os temas analisados estão o reajuste no salário dos servidores do Poder Judiciário, propostas alternativas ao cálculo do fator previdenciário e extensão do reajuste do salário mínimo a aposentados e pensionistas do INSS. Segundo o Ministério do Planejamento, caso os vetos sejam derrubados, o impacto nas contas do governo vão ser de R$ 128 bilhões nos próximos quatro anos. De acordo com o ministro do Planejamento, Nélson Barbosa, esse cenário é incompatível com a estabilidade fiscal e com o atual esforço do governo para buscar o reequilíbrio das contas públicas. Ao vivo, Rafael Gasparotto.

Luciano: Projetos que discutem e promovem a igualdade de gênero entre homens e mulheres na escola, no mercado de trabalho e na vida acadêmica foram premiados hoje pela Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Helen: E a cerimônia acabou agora há pouco. A repórter Carolina Becker acompanhou e tem mais informações, ao vivo. Boa noite, Carolina.

Repórter Carolina Becker (ao vivo): Boa noite, Helen. Boa noite, Luciano. Nesse ano, o prêmio “Construindo a Igualdade de Gênero” teve mais de 2.500 inscrições. A professora Gina Vieira foi uma das premiadas. Ela dá aula de língua portuguesa para os últimos anos do ensino fundamental de uma escola pública da Ceilândia, no Distrito Federal. O projeto vencedor da professora se chama “Mulheres Inspiradoras”. A ideia foi ajudar os jovens a entenderem que as mulheres podem, sim, ocupar lugares de prestígio social e intelectual sem ser pela sexualização ou pela aparência. Para a professora Gina Vieira, que tem 25 anos de magistério, a escola é um dos lugares para discutir as questões de gênero.

Professora - Gina Vieira: Perceberem como é negativo essa ideia de reduzir a mulher a partir do quanto ela é sexualmente desejável. É uma cultura que a gente deve combater e a escola é um espaço importante para a gente fazer isso e provocar transformações na forma como as alunas se percebem, como os meninos se percebem também. O maior prêmio que um educador pode receber é a certeza de que tem feito a diferença na vida dos seus alunos.

Repórter Carolina Becker (ao vivo): No total, foram 43 projetos premiados. Para a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, o prêmio consolida a importância de se discutir a questão de gênero no Brasil.

Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres - Eleonora Menicucci: Dez anos desse prêmio. O prêmio tem várias categorias. Tem a categoria de ensino médio, a categoria de redação, a de escolas promotoras de boas práticas de gênero, que isso me encanta como professora, e a pós-graduação. Então, é um prêmio que ele contempla todas as etapas da vida e do estudante e também envolve as professoras e professores como orientadores.

Repórter Carolina Becker (ao vivo): Para saber mais sobre os projetos vencedores do prêmio “Construindo a Igualdade de Gênero” acesse www.igualdadedegenero.cnpq.br. Ao vivo, Carolina Becker.

Luciano: Sete e dezesseis.

>> “Organização das Nações Unidas - 70 anos”.

Helen: E nós falamos, agora há pouco, sobre as ações que estão incentivando a igualdade entre homens e mulheres.

Luciano: Iniciativas como essas podem ajudar o Brasil a alcançar mais uma meta da ONU: a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres.

Helen: O compromisso é um dos oito Objetivos do Desenvolvimento do Milênio.

Luciano: Hoje, em mais um episódio da nossa série especial, a Voz do Brasil vai mostrar que o nosso país vem avançando em políticas de igualdade.

Helen: As mulheres estão estudando mais. Segundo o IBGE, já são maioria dentro das universidades. E, com elas, não tem trabalho para homem e trabalho para mulher; é tudo uma questão de vocação.

Repórter Sumaia Villela: Coisa de menino... Coisa de menina... No projeto de extensão “Meninas Velozes”, da Universidade de Brasília, não tem disso. Lá, as meninas podem ter gosto pelos carros. Elas têm contato com veículos de competição e lidam com programas de computador especializados, por exemplo. O objetivo é mostrar que ser bom nesta área não depende de ser homem ou mulher, como explica a professora de engenharia mecânica da UnB e coordenadora da iniciativa, Diane Vianna.

Professora de Engenharia Mecânica da UnB - Diane Vianna: Engenharia também é para mulheres, que a engenheira mecânica não é só graxa.

Repórter Sumaia Villela: O projeto é patrocinado por programas de incentivo federal, como o Programa de Extensão Universitária do Ministério da Educação. A ação levou a estudante Raíssa da Silva a pensar em uma futura profissão.

Estudante - Raíssa da Silva: Eu sempre amei carros desde pequena, sempre foi o meu forte. Eu via um carro, eu ficava: “Meu Deus”. E quando eu descobri sobre engenharia automotiva ou a engenharia mecânica também que se mete com essas coisas, foi que eu fiz saber mesmo, né, como mexer com carros.

Repórter Sumaia Villela: Ana Carolina Leandro, de 15 anos, quer vencer preconceitos.

Estudante - Ana Carolina Leandro: São poucas mulheres na engenharia. Eu queria fazer parte dessa porcentagem de mulheres que, digamos assim, venceu um preconceito.

Repórter Sumaia Villela: A divisão da escolha profissional por sexo foi observada pelas Nações Unidas e virou um dos desafios a serem revertidos para que o Brasil atenda o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio que promove a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres. Em 2012, por exemplo, as mulheres respondam por mais de 70% das matrículas em cursos nas áreas de humanas e 30% na de exatas. A oficial de programa do Pnud, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Ieva Lazareviciute, destaca que ainda assim houve avanços.

Oficial de Programa do Pnud - Ieva Lazareviciute: Com certeza tem mais equidade, inegavelmente. Existe uma rede de serviços onde nós poderíamos deixar o nosso filho ou a nossa filha durante o dia em segurança sendo estimulado, né, tendo cuidados, para poder nos dedicarmos à atividade profissional. É um fator que é importante no sentido de inserir e incentivar mulheres a trabalharem numa atividade remunerada ou, então, correr atrás do próprio negócio.

Repórter Sumaia Villela: De acordo com o último relatório feito pelas Nações Unidas, a igualdade entre os sexos dos estudantes do ensino fundamental foi alcançada em 1990, mas no ensino superior as mulheres estão em maior número. Reportagem, Sumaia Vilela.

Luciano: E quando o assunto é saúde da mulher e da criança, o Brasil se destaca.

Helen: O país conseguiu reduzir acima da média mundial a mortalidade infantil, uma das metas dos Objetivos do Milênio da ONU.

Luciano: O cuidado com as mamães também foi ampliado e a mortalidade materna também caiu. Quem detalha esses resultados é a repórter Ana Gabriela Sales.

Repórter Ana Gabriela Sales: O Brasil não só cumpriu, mas superou as metas do Quarto Objetivo do Milênio, que é reduzir a mortalidade na infância. É o que destaca a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Tereza Campello: Enquanto o mundo reduziu em 53% a mortalidade infantil, o Brasil reduziu em 73%. Essa é uma vitória, mas nós temos ainda que trabalhar muito, que nós não podemos admitir que essas crianças acabem morrendo muitas vezes por falta de cuidados.

Repórter Ana Gabriela Sales: De acordo com o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, em 1990 a taxa de mortalidade entre crianças de até cinco anos no país era de 53,7 a cada mil nascidos vivos. Essa média caiu para 16, em 2015. A redução da pobreza com mais acesso à renda, à alimentação e à saúde foi considerada um dos principais motivos que levaram a essa marca histórica.

>> “Choro de criança”

Repórter Ana Gabriela Sales: A auxiliar de cozinha Nelma de Souza, mãe da Brenda, de um aninho de idade, conta que não perde uma consulta no pediatra, além de manter as vacinas da filha em dia.

Auxiliar de Cozinha - Nelma de Souza: É importante para saber o dia a dia do bebê, se está bem a saudezinha, o peso.

Repórter Ana Gabriela Sales: E a atenção começa desde cedo, ainda na barriga da mãe. O pré-natal é considerado essencial para garantir uma gestação saudável e um parto seguro. Nas consultas num posto de saúde em Brasília, que a estudante Elaine de Oliveira, grávida de 24 semanas, descobriu que estava com sobrepeso. Passou a se cuidar melhor e, agora, se prepara para a chegada da segunda filha.

Estudante - Elaine de Oliveira: Eu correria até o risco de perder até o bebê, né? E também contribuir também com diabetes gestacional, nascer com cegueira o meu bebê. Mas foi muito bom essas orientações que tive agora.

Repórter Ana Gabriela Sales: Todos os cuidados, desde o planejamento familiar até a criança completar dois anos, são oferecidos no Sistema Único de Saúde pela Rede Cegonha. A iniciativa, presente em mais de cinco mil municípios, está ajudando o Brasil a conquistar outro Objetivo do Milênio: o de melhorar a saúde materna. Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, o estímulo ao parto normal também faz parte das ações e pode salvar vidas.

Ministro da Saúde - Arthur Chioro: Há uma grande expansão do atendimento pré-natal na rede básica de saúde em todo o país, agora reforçado com mais de 18 mil médicos do Programa Mais Médicos. Com a Rede Cegonha nós também ampliamos muito a oferta e qualificamos muito a assistência nas maternidades para as gestantes, porque no momento do parto é decisivo você ter uma boa qualidade para reduzir a mortalidade materna.

Repórter Ana Gabriela Sales: O Brasil conseguiu reduzir a taxa de mortalidade materna em 55%, de 1990 a 2011, o maior avanço da América Latina. A oficial de programa do Pnud, Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, Ieva Lazareviciute, afirma que a atuação brasileira serve de inspiração para outros países.

Oficial de Programa do Pnud - Ieva Lazareviciute: Esses tipos de mecanismos, as políticas que promovem a vacinação, que promovem a amamentação materna, bancos de leite, que inclusive já serviram como inspiração para vários outros países, são alguns destaques nesse sentido.

Repórter Ana Gabriela Sales: Só no ano passado, o SUS registrou mais de 20 mil consultas de pré-natal, mais que o dobro de 2003. Reportagem, Ana Gabriela Sales.

Helen: Seiscentas e quarenta e quatro famílias, com renda de até R$ 1.600,00, foram beneficiadas com unidades habitacionais entregues hoje pelo Minha Casa, Minha Vida no Estado do Rio de Janeiro.

Luciano: Foram 404 moradias no Residencial Venda Velha II, em São João do Meriti, e outras 240 do Residencial Ingá II, em Volta Redonda.

Helen: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Reequilibrar as contas. O governo envia ao Congresso Nacional propostas para aumentar a receita para o orçamento do ano que vem. Entre elas, a retomada da CPMF e a venda de imóveis públicos.

Helen: Sair de casa pedalando. No “Dia Mundial Sem Carro”, novas placas de sinalização vão orientar quem usa a bicicleta como meio de transporte.

Luciano: Trinta e nove aeroportos vão ter esquema especial de funcionamento para as Olimpíadas e Paraolimpíadas do ano que vem.

Helen: Especial. Hoje, a Voz do Brasil falou de ações para incentivar a igualdade entre homens e mulheres e o cumprimento da meta da ONU de redução da mortalidade infantil pelo país.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Helen: Produção: EBC Serviços.

Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil.

Helen: Quer saber mais os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.