22/11/2013 - A Voz do Brasil

Apresentadora Kátia Sartório: Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais, foram arrematados em mais de R$ 20,8 bilhões, na terceira rodada de concessões de aeroportos brasileiros.

Apresentador Luciano Seixas: Investimento em mobilidade urbana no Ceará chega a R$ 8,5 bilhões.

Kátia: A partir de agora, cães e gatos vão ter passaporte para trânsito nacional e internacional.

Luciano: Sexta-feira, 22 de novembro de 2013.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite! Estamos também ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Acesse agora em www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Kátia: Os aeroportos de Confins, em Minas Gerais, e Galeão, no Rio de Janeiro, foram leiloados por mais de R$ 20,8 bilhões.

Luciano: A assinatura dos contratos será em março do ano que vem. Os consórcios vencedores vão ficar com 51% do controle de cada aeroporto. A Infraero, estatal do governo, terá 49%.

Repórter João Mendes (Brasília-DF): Cinco consórcios participaram do leilão, realizado na Bolsa de Valores em São Paulo. As empresas vencedoras vão investir mais de R$ 9 bilhões em obras de ampliação, manutenção e exploração de Galeão e de Confins. Para operar o aeroporto internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, venceu o Consórcio Aeroportos do Futuro, pela concessão por 25 anos com a proposta de R$ 19 bilhões - quase 300% a mais do lance mínimo fixado pelo governo. Entre as obras obrigatórias para o aeroporto, estão 26 pontos de embarque, estacionamento para, no mínimo, 1850 veículos, adequação das instalações para armazenamento de carga e ampliação do pátio dos aviões. Já para o aeroporto internacional Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, a proposta vencedora foi do consórcio AeroBrasil, que conquistou a concessão por 30 anos. O vealor foi de mais de 1,8 bilhão. Entre as obras obrigatórias estão a construção de novo terminal de passageiros, com, pelo menos, 14 pontos de desembarque, e a ampliação do pátio dos aviões. O ministro da Secretaria de Aviação Civil Moreira Franco afirmou que o objetivo da concessão é garantir a qualidade dos serviços prestados aos passageiros.

Ministro da Secretaria de Aviação Civil - Moreira Franco: Nós não queremos medir os resultados dessa operação pelos números das mudanças físicas. Nós queremos medir o resultado dessa operação pela mudança da qualidade do serviço prestado ao passageiro brasileiro.

Repórter João Mendes (Brasília-DF): Em Fortaleza, a presidenta Dilma Rousseff comentou o leilão.

Presidenta Dilma Rousseff: Isso mostra duas coisas. Primeiro, um enorme interesse dos investidores em investir no Brasil. Segundo, mostra claramente que o Brasil continua sendo uma das grandes oportunidades para os brasileiros, e eles têm de ter orgulho do que têm e do que pode ter.

Repórter João Mendes (Brasília-DF): Galeão e Confins respondem pela movimentação de 14% dos passageiros do país; 10% da carga e 12% das aeronaves do tráfego aerobrasileiro. A estimativa da Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, é que aumente de 28 milhões para 100 milhões o número de passageiros ao ano, nos dois aeroportos, até o fim do prazo das concessões. De Brasília, João Mendes.

Luciano: Já são seis aeroportos concedidos à iniciativa privada. Além do Galeão e Confins, foi leiloado, em agosto de 2011, São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, e, em fevereiro de 2012, Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e o de Brasília.

Kátia: Hoje, em Fortaleza, no Ceará, a presidenta Dilma Rousseff anunciou que os investimentos em mobilidade urbana para o estado alcançaram os R$8,5 bilhões.

Luciano: Os recursos incluem as linhas leste e oeste de metrô de Fortaleza, além de VLT, BRT e corredores exclusivos para ônibus.

Kátia: Além disso, a presidenta Dilma inaugurou a UPA 24 horas, uma Unidade de Pronto Atendimento, na cidade de Horizonte, na região metropolitana de Fortaleza. Carla Wathier tem os detalhes.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Serão investidos R$ 2 bilhões para a duplicação e eletrificação da linha oeste do metrô de Fortaleza para a construção de novas estações, a substituição dos três atuais a diesel por três elétricos, além da implantação de VLTs, BRTs e corredores exclusivos para ônibus. A linha leste do metrô também receberá investimentos do governo federal. A ordem de serviço para as obras foi assinada nesta sexta-feira, pela presidenta Dilma Rousseff, pelo governador do Ceará, Cid Gomes, e pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. A linha leste vai passar por 12 bairros da cidade, beneficiando diariamente 400 mil passageiros.

>> Aqui, no Ceará, em mobilidade urbana, já são praticamente R$ 8,5 bilhões, se somarmos todos os investimentos de metrô, de VLT, de BRT, de corredores exclusivos.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A presidenta Dilma Rousseff lembrou que houve um tempo em que não se achava importante investir em metrô e em mobilidade urbana, uma realidade que está mudando segundo ela. Dilma destacou a importâncias das parcerias entre União, estados e municípios. Para ela, o Ceará se esforça para ter investimentos nessa área.

Presidenta Dilma Rousseff: Essa visão que olha o Brasil e sempre diminui o que o Brasil deve ser, pode ser e será é a visão que nós rompemos hoje, que o Cid sempre rompeu, e que, por isso, eu devo reconhecer aqui que, aqui, em Fortaleza, e aqui, no Ceará, se faz o maior esforço para investimento em mobilidade urbana para o metrô, e eu sempre estou dizendo que uma das grandes iniciativas aqui foi, não só fazer o metrô, mas procurar fazer o metrô de forma rápida e mais barata.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Também foi inaugurada uma Unidade de Pronto Atendimento, a UPA 24 horas, na região metropolitana de Fortaleza. A presidenta Dilma Rousseff visitou as instalações. A nova unidade terá capacidade para atender 300 pacientes por dia. A obra também é uma parceria entre a União e o estado. O governo federal investiu na construção da nova unidade R$ 2 milhões, e o governo estadual, R$ 1,9 milhão. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a maior parte dos pacientes tem seu atendimento resolvido nas Upas.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Aonde as UPAs 24 horas já estão funcionando no Brasil, de cada 100 pessoas que precisavam ir procurar um pronto socorro, 97 têm o seu problema resolvido aqui na UPA 24 horas, mais perto de casa, sem ter que sair daqui.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): E, durante a viagem, também foi assinada a ordem de serviço para a construção de 86 creches em Fortaleza. Com investimento de R$ 117 milhões, as creches fazem parte do PAC 2 e vão ser construídas em até sete meses. De Brasília, Carla Wathier.

Luciano: E o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou hoje que todos os municípios do semiárido cearense que solicitaram profissionais do Mais Médicos vão ter a demanda atendida ainda este ano.

Kátia: Já chegaram 350 médicos ao estado, em 119 municípios.

Luciano: E a previsão é de que, até março do ano que vem, 886 médicos do programa estejam atendendo nos municípios cearenses.

Kátia: Sete e nove, no horário brasileiro de verão.

Luciano: A quantidade de passageiros que viaja com animais domésticos aumenta a cada ano. Por esse motivo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento criou um modelo de passaporte para o trânsito de cães e gatos, que vai facilitar o trânsito dos animais.

Kátia: A instrução normativa com os requisitos e procedimentos para a concessão, emissão, validade e legalização desse documento foi publicada hoje, no Diário Oficial da União.

Luciano: Para facilitar o transporte dos bichos de estimação, o passageiro vai poder solicitar o passaporte para trânsito de cães e gatos nas unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional, Vigiagro, localizadas em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas oficiais.

Kátia: O documento vai ser feito e fornecido de graça pelo Ministério da Agricultura.

Luciano: Para ter o passaporte, além de apresentar um atestado de saúde e a carteira de vacinação, o cão ou o gato devem ter implantado no corpo um dispositivo de identificação eletrônica, um microchip, método que já é utilizado e exigido pelos países da União Europeia.

Kátia: Antes do embarque, o dono do animal deve pedir ao médico veterinário que registre as informações sanitárias num documento, como dados de vacinação, tratamentos, exames laboratoriais e análises exigidas pelo país de destino.

Luciano: E, para a legalização das informações, o passageiro deve levar o documento a uma unidade do Vigiagro.

Kátia: O dono do cão ou do gato também pode optar pelo certificado convencional, caso não queira aderir ao passaporte, porém, o processo é mais demorado, porque são exigidos no mínimo três documentos para autorizar o trânsito dos animais.

Luciano: O Ministério da Agricultura entrega o passaporte em 30 dias, desde que o passageiro tenha fornecido toda a documentação exigida.

Kátia: O documento é individual e intransferível, com validade por toda a vida do animal. A medida entra em vigor 90 dias após a publicação.

Luciano: E o Ministério da Agricultura anunciou hoje que os cafeicultores que tinham dívidas vencendo no final desse ano vão poder renegociar o débito.

Kátia: Quem planta café vai poder pagar os primeiros 20% da dívida que tem até o dia 1° de julho de 2015, e os 80% restantes poderão ser quitados em cinco anos, sem juros.

Luciano: A decisão vale para todos, tanto para os produtores individuais
Quanto para as cooperativas.

Kátia: O ministro da Agricultura, Antônio Andrade, explica.

Ministro da Agricultura - Antônio Andrade: ... obrigatórios, todos serão renegociados. Nós queremos que todos os produtores tenham tranquilidade e não tenham que vender café para fazer frente às suas dívidas. É claro que a renegociação do custeio e da comercialização, ele tem que pagar 20% da dívida.

Luciano: O produtor rural tem até o dia 15 de janeiro para optar pela renegociação junto ao banco onde fez o financiamento.

Kátia: Na semana passada, noticiamos aqui, na Voz do Brasil, que o desmatamento na região amazônica aumentou 28% entre agosto de 2012 e julho deste ano.

Luciano: E, hoje, aqui em Brasília, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reuniu com secretários e técnicos dos governos da região amazônica para tratar estratégias e conter o avanço do desmatamento.

Repórter Audiley Ribeiro (Brasília-DF): No encontro, a ministra Izabella Teixeira e o grupo de secretários e técnicos discutiram a situação de cada estado e definiram os pontos em que existe a necessidade de mudança na gestão.

Ministra do Meio Ambiente - Izabella Teixeira: Nós estamos saindo daqui, que nós estamos convencendo aqueles estados que precisam informatizar o mais rápido possível e dotar um sistema de controle integrado com a União. Quer dizer, o que, no passado, foi feito, em 2006, quando se mandou tudo para os estados, sem integração com a União, nós estamos revertendo. Teríamos uma base só de dados, o que facilita, não só o controle, mas a capacidade de resposta de todo o poder público em relação ao desmatamento ilegal.

Repórter Audiley Ribeiro (Brasília-DF): A ministra ressaltou que, apesar do aumento de 28%, essa foi a segunda menor taxa de desmatamento, desde 1988, quando começaram as medições. Izabella Teixeira informou também que os projetos apoiados pelo Fundo Amazônia no combate ao desmatamento chegam a R$ 600 milhões. Destes, 210 milhões foram contratadas somente neste ano. De Brasília, Audiley Ribeiro.

Kátia: Na semana que vem, o Rio de Janeiro vai sediar a sexta edição do Fórum Mundial de Ciência.

Luciano: Essa é a primeira vez que o fórum é feito fora da Europa.

Kátia: E, para se preparar para o encontro, o Brasil faz vários encontros preparatórios. Um deles foi o seminário que reuniu cientistas e governo e que terminou hoje.

Luciano: Vamos saber mais na entrevista que Raquel Mariano fez hoje com o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Antonio Elias.

Repórter Raquel Mariano: Como o Brasil está se preparando para receber esse fórum?

Secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Luiz Antonio Elias: Esse fórum é muito importante, até porque aceitou a proposta que fizemos de que, nesse encontro, o tema central fosse o desenvolvimento sustentável global, olhando a questão das mudanças climáticas, a importância da questão, da utilização das biodiversidades de forma sustentável, dando mais sustentabilidade aos produtos que são entregados, quer no setor industrial, quer no setor geral das economias, em termos gerais.

Repórter Raquel Mariano: Quantos países devem participar?

Secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Luiz Antonio Elias: São quase 400 convidados internacionais, que têm uma representação muito significativa, com 120 países representados.

Repórter Raquel Mariano: Houve sete encontros preparatórios, né? Como é que foram esses encontros?

Secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Luiz Antonio Elias: Foram sete estados. Esses encontros tiveram quatro temas, que foram temas transversais, por assim dizer. Educação e ética; a questão do acesso ao conhecimento; a interconexão entre os diversos... e na cooperação internacional; a questão de...
da sustentabilidade, como um dos eixos centrais, e do desenvolvimento social. Ou seja, como o olhar da ciência pode ser mais direcionado para a questão da saúde, para a questão urbana, para a questão das grandes metrópoles, o que a ciência tem a contribuir em novos materiais para a questão das tecnologias assistivas. Portanto, a ideia foi trazer temas atuais, em que a Ciência pode, através da sua pujança, da sua dimensão e da formação de quadros nacionais, impulsionar o processo de crescimento do Brasil.

Repórter Raquel Mariano: Secretário, está terminando hoje o seminário que está discutindo com especialistas e o governo esse tema central do fórum. Como é que foi essa discussão? Como é que está sendo esse pré-encontro?

Secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Luiz Antonio Elias: Nesses dois dias, nós concentramos aqui na Universidade Estadual do Rio de Janeiro todos aqueles que participaram durante o sétimo encontro e alguns convidados, inclusive convidados latino-americanos, convidados institucionais, a Unesco, que nos ajudou muito. Especialmente a Unesco regional, com sede em Montevidéu, a Fepal, que nos ajudou bastante. Varias instituições parceiras. E nós estamos hoje fazendo as balanças. Nós temos grandes temas que apareceram. E, como eu disse, nós tivemos quatro temas transversais, mas, em cada um desses regionais, tivemos um tema específico sobre a questão de água, sobre a questão de proveniência no trópico, sobre a questão da biodiversidade, olhando as florestas, os biomas brasileiros, como nós podemos desenvolver tecnologias que se adéquem a esses biomas brasileiros e possamos, com sustentabilidade, agregar valor aos produtos nacionais. Tem também uma declaração. Essa declaração já está disponibilizada no site do Ministério e das entidades que eu mencionei, que é uma declaração que aponta os caminhos. Esse documento aponta basicamente o quê? Fazendo ciência e de muito boa qualidade. Nós temos que aprofundar nossas questões para corrigir as nossas assimetrias. E esse documento, assim como o caderno, que representa a síntese global de tudo o que foi feito, será apresentado no Fórum Global de Ciência, que começa no dia 24.

Repórter Raquel Mariano: Secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luiz Antonio Elias. Muito obrigada pela sua entrevista na Voz do Brasil.

Secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Luiz Antonio Elias: Muito obrigado.

Kátia: Começa na próxima quarta-feira a 3ª Conferência Nacional de Cultura.

Luciano: E quem quiser colaborar conta com uma plataforma digital.
Um espaço de participação prévia na internet que servirá de termômetro sobre as propostas que vão ser discutidas no evento.

Kátia: O assunto da conversa que o repórter Paulo La Salvia teve com o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Bernardo da Mata Machado.

Repórter Paulo La Salvia: Secretário, como os internautas, eles podem participar dessa etapa virtual da 3ª Conferência?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo da Mata Machado: Eles devem acessar o endereço cncvirtual.culturadigital.br e tomar conhecimento das propostas que entrarão em discussão, fazer comentários, propor quais que eles consideram as prioritárias que o governo federal deve encaminhar e transformar em política pública.

Repórter Paulo La Salvia: Quando o internauta entrar nessa página, ele vai entrar em contato com quantas propostas?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo da Mata Machado: São 614 propostas, dividas em quatro grandes eixos temáticos, e cada eixo temático divido em quatro subtemas. Ou seja, ele tem muito assunto para ler e para discutir.

Repórter Paulo La Salvia: Essas 614 propostas foram selecionadas a partir de conferências municipais e estaduais. Quais delas mereciam destaque?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo da Mata Machado: Principalmente de defesa de fomento às artes, de fomento ao patrimônio cultural e de proteção daqueles grupos de identidade, que são mais carentes no Brasil, como populações indígenas, culturas afro-brasileiras, culturas ciganas, pessoas com deficiência. Esses grupos vêm com muita força para Brasília reivindicar um lugar na política cultural.

Repórter Paulo La Salvia: Em relação às duas conferências anteriores, essa participação digital é inédita nessa conferência. Qual é a expectativa do Ministério?

Secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura - Bernardo da Mata Machado: A expectativa é que tanto a sociedade em geral, mas principalmente os delegados eleitos, façam uma espécie de aquecimento para os debates. Tomem conhecimento antecipado das propostas, discutam uns com os outros, discutam nas suas bancadas estaduais e cheguem mais preparados e mais aquecidos para o debate de 27 a 1º de dezembro próximo.

Repórter Paulo La Salvia: Quem conversou com exclusividade com a Voz do Brasil foi o secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Bernardo da Mata Machado.

Luciano: Sete e dezoito, no horário brasileiro de verão.

>> Bolsa-Família, 10 anos.

Kátia: Retirar os recursos da natureza mantendo a fauna e a flora brasileiras. Essa é a proposta do programa Bolsa-Verde. Em todo o país, 40 mil beneficiários do Bolsa-Família participam do Bolsa-Verde e a cada três meses recebem o benefício de 300 reais.

Luciano: Os participantes desenvolvem atividades de conservação em áreas de florestas nacionais, reservas extrativistas e projetos de assentamento florestal, por exemplo.

Kátia: E a caatinga é uma das áreas de atuação do programa. O bioma ocupa 11% do território nacional e está presente em dez estados do país. Tema da quinta reportagem da série dos 10 anos do Bolsa-Família.
Daniela Almeida.

Repórter Daniela Almeida (Delmiro Gouveia-AL): Vegetação rasteira, paisagem árida e de poucas cores. É assim o cenário da área rural de Delmiro Gouveia, município do sertão de Alagoas. A cidade está localizada numa área do país onde o bioma predominante é o da caatinga. No idioma tupi, caatinga quer dizer mata branca, uma referência à vegetação sem folhas que predomina durante a seca. A estrutura pequena da planta é uma estratégia natural de sobrevivência para quando falta água e a temperatura do solo chega a 60 graus. Mas ali nem o clima semiárido nem a vida difícil desanimam a assentada rural Gilvanete Alves Monteiro.

Assentada rural - Gilvanete Alves Monteiro: Nasci e me criei dentro da caatinga. Esse lugar aqui foi Deus que mandou para mim. É um lugar abençoado.

Repórter Daniela Almeida (Delmiro Gouveia-AL): O governo federal quer que mais pessoas reconheçam a importância da caatinga. De acordo com o Ministério do Meio-Ambiente, o bioma tem um imenso potencial e, se bem explorado, é decisivo para o desenvolvimento da região. Para melhorar as condições de vida na terra seca e frágil, foi criado o Bolsa-Verde, programa que integra o Plano Brasil Sem Miséria. O agente de Assistência Técnica e Extensão Rural, José Evandro Barros, quer
envolver a população para incentivar o uso sustentável do ecossistema.

Agente de Assistência Técnica e Extensão Rural - José Evandro Barros: Manter aquela muda, aquela planta original, né, é muito importante para as próximas gerações conhecerem, para a gente mesmo, para o meio-ambiente, né, em si. Tem plantas medicinais, que usa muito. Tem plantas que servem como adubação para outras crescerem. Então, cada uma tem sua função dentro do meio-ambiente, né?

Repórter Daniela Almeida (Delmiro Gouveia-AL): Noêmia Josefa da Conceição, de 62 anos, é uma das guardiãs da caatinga. Como beneficiária do programa Bolsa-Família, ela foi escolhida para participar do Bolsa-Verde. Há pouco mais de um ano, ela recebe R$ 300,00 a cada três meses. Em troca a principal missão dela é evitar o desmatamento. Ela conta que, quando a terra seca não renda a plantação que deveria, os recursos do Bolsa-Verde, recebidos por meio do cartão do Bolsa-Família garantem as refeições.

Noêmia Josefa da Conceição: A gente pode até comprar um feijão a mais, botar dentro de casa para ficar comendo, não é verdade? Esse ano mesmo, para nós aqui, foi seco demais. Não existiu quase chuva. A gente fez o plantio. Todo mundo perdeu. Ninguém tirou nem para comer.

Repórter Daniela Almeida (Delmiro Gouveia-AL): Para ajudar na tarefa, os agricultores familiares têm apoio de técnicos especializados, que explicam como plantar e extrair produtos da terra sem destruir o bioma. Gilvanete Alves Monteiro aprova as informações que recebe para conservar, explorar e, ao mesmo tempo, gerar riquezas a partir da biodiversidade.
Como é que você avalia essa ajuda deles aqui?

Assentada rural - Gilvanete Alves Monteiro: Muito boa, né? Porque a gente, às vezes, não sabe se a terra dá aquela planta que a gente quer plantar, né? Aí eles explica...

Repórter Daniela Almeida (Delmiro Gouveia-AL): Além dos sertanejos assentados que preservam o bioma da caatinga, há também extrativistas e ribeirinhos em outras regiões do país que recebem recursos para continuar a produzir sem degradar o meio-ambiente. Mais informações em bolsafamilia10anos.mds.gov.br ou pelo telefone: 0800-707 2003. A ligação é de graça. De Delmiro Gouveia, em Alagoas, Daniela Almeida.

Luciano: Abertas as inscrições para o Fórum Mundial de Direitos Humanos, que será realizado de 10 a 13 de dezembro, aqui em Brasília.

Kátia: Assunto da entrevista que a repórter Graziela Mendonça fez com a secretária executiva da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Patrícia Barcelos.

Repórter Graziela Mendonça: Quem pode participar desse fórum?

Secretária executiva da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República - Patrícia Barcelos: Todas as pessoas interessadas em debater o tema de direitos humanos e também as organizações, instituições, organismos internacionais, governos, que estão interessados em entrar nesse debate. Hoje nós temos um comitê organizador do fórum, com mais de 650 instituições que já se colocaram como participantes do nosso fórum.

Repórter Graziela Mendonça: Como as pessoas podem fazer essa inscrição?

Secretária executiva da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República - Patrícia Barcelos: Bom, basta acessar o nosso site, que é o www.fmdh.sdh.gov.br, e você poderá se inscrever como participante do fórum, pedir adesão ao comitê organizador do fórum, e também nós temos outras formas de participação, como, por exemplo, voluntários.
As pessoas podem se inscrever para trabalhar, vim ter essa experiência de voluntariado no Fórum Mundial de Direitos Humanos.

Repórter Graziela Mendonça: Agora, falando um pouquinho do evento, quais são os temas que vão ser discutidos?

Secretária executiva da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República - Patrícia Barcelos: O fórum, ele tem dois grandes blocos de atividades. O primeiro bloco são temas gerais. São três eixos.
O primeiro vai trabalhar a questão dos direitos humanos, como luta dos povos; o segundo vai trabalhar sobre os grupos de maior vulnerabilidade, como crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência, migrantes, etc., e o terceiro bloco vai trabalhar toda a questão da política pública em direitos humanos, que é a transversalidade dos direitos humanos.

Repórter Graziela Mendonça: Muito obrigada pela sua entrevista.
Lembrando que as inscrições no evento são gratuitas.

Luciano: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Kátia: Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais, foram arrematados em mais de R$ 20,8 bilhões, na terceira rodada de concessões de aeroportos brasileiros.

Luciano: Investimento em mobilidade urbana no Ceará chega a R$ 8,5 bilhões.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Voltamos na segunda-feira. Boa noite, bom fim de semana.

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite, bom fim de semana e até segunda.