22/12/2011 - A Voz do Brasil

A taxa de desemprego no mês passado ficou em 5,2% e é a menor desde março de 2002. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje pelo IBGE, o desemprego em novembro registrou queda de 0,6 p.p em relação a outubro. Nessa época do ano, aumentam os casos de dengue. Isso porque a água parada e o calor ajudam na reprodução do mosquito transmissor da doença, o aedes egypti. Para controlar a dengue, o Ministério da Saúde já repassou R$ 52 milhões a 512 cidades. A presidenta Dilma Rousseff participou hoje, em São Paulo (SP), de uma celebração de Natal com catadores de materiais recicláveis e a população que mora na rua. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a indústria da reciclagem movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano, envolve 1 mil cooperativas e até um 1 milhão de brasileiros que vivem dessa atividade. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasl!

22/12/2011 - A Voz do Brasil

A taxa de desemprego no mês passado ficou em 5,2% e é a menor desde março de 2002. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada hoje pelo IBGE, o desemprego em novembro registrou queda de 0,6 p.p em relação a outubro. Nessa época do ano, aumentam os casos de dengue. Isso porque a água parada e o calor ajudam na reprodução do mosquito transmissor da doença, o aedes egypti. Para controlar a dengue, o Ministério da Saúde já repassou R$ 52 milhões a 512 cidades. A presidenta Dilma Rousseff participou hoje, em São Paulo (SP), de uma celebração de Natal com catadores de materiais recicláveis e a população que mora na rua. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a indústria da reciclagem movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano, envolve 1 mil cooperativas e até um 1 milhão de brasileiros que vivem dessa atividade. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasl!

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Publicado em 09/12/2016 18:24


A VOZ DO BRASIL - 22.12.2011

Apresentadora Edla Lula: Desemprego registrado em novembro é o menor para o mês, desde 2002.

Apresentador Luciano Seixas: Quinhentos e doze municípios já receberam R$52 milhões para combater a dengue.

Edla: Presidente Dilma participa de Natal com catadores de materiais recicláveis e defende o cadastramento desses profissionais.

Luciano: Quinta-feira, 22 de dezembro de 2011.

Edla: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Edla: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Edla Lula.

Edla: A taxa de desemprego, no mês passado, ficou em 5,2% e é a menor, desde março de 2002.

Luciano: De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada hoje pelo IBGE, o desemprego, em novembro, registrou queda de 0,6 ponto percentual, em relação a outubro.

Edla: O estudo do IBGE foi feito em seis regiões metropolitanas e quatro delas tiveram redução na taxa de desemprego, como explica Cimar Azeredo, gerente da pesquisa.

Gerente da pesquisa - Cimar Azeredo: Em novembro de 2011, quatro das seis regiões metropolitanas atingiram os menores patamares da série histórica, no que diz respeito à taxa de desocupação. São elas Recife, com a taxa de 5,5; Salvador, 8,4; Belo Horizonte, 4,2; e São Paulo, 5%.

Luciano: A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Edla: Nessa época do ano, aumentam os casos de dengue. Isso porque a água parada e o calor ajudam na reprodução do mosquito transmissor da doença, o Aedes Aegypti.

Luciano: Para controlar a dengue, o Ministério da Saúde já repassou R$ 52 milhões a 512 municípios.

Edla: E o repórter Adilson Mastelari acompanhou hoje uma equipe de agentes de saúde, aqui no Distrito Federal, e nos conta agora algumas maneiras de prevenir e combater a doença.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Até o final deste ano, o Ministério da Saúde vai transferir os R$ 38 milhões, restantes do total de R$ 90 milhões, para os municípios com maior situação de risco de dengue. Ao todo, 989 cidades de todas as regiões do país têm direito a esses recursos, mas só vão receber os municípios que apresentarem um plano de qualificação das ações de prevenção e controle da dengue, como explica o coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho.

Coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde - Giovanini Coelho: Os compromissos abrangem desde ações de prevenção, para evitar que ocorram epidemias de dengue, assim como ações de assistência à saúde, para evitar, caso ocorra transmissão de dengue, a ocorrência de óbitos pela doença.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Em pleno período de festas de fim de ano e férias, as atenções do combate ao mosquito Aedes Aegypti devem ser redobradas. É que muita gente aproveita para viajar. O biólogo Israel Martins, da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, orienta a população.

Biólogo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal - Israel Martins: Lacrar os vasos com fita crepe, bloqueando a entrada do mosquito, o acesso dele até a água. Se houver plantas, também, dentro de casa, ter aquele cuidado de acrescentar areia nos pratos, até em cima, de maneira que não forme nenhuma lâmina de água, né? Os ralos dos banheiros, também, é necessário lacrá-los. Verificar se a calha está entupida ou desnivelada, acumulando água. Fazer uma varredura no quintal, procurando recipientes que possam vir a acumular água da chuva. Cubra a piscina, evitando o acesso do mosquito, e até lacre, usando uma fita, também, porque sempre sobra um espaço entre a capa e o chão.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Segundo o Ministério da Saúde, durante 2011, estados e municípios de todo o país receberam R$ 1 bilhão para ações de vigilância e saúde. O governo estima que 70% desse valor foram utilizados em ações de combate à dengue. De Brasília, Adilson Mastelari.

Luciano: A presidenta Dilma Rousseff participou hoje, em São Paulo, de uma celebração de Natal com catadores de materiais recicláveis e a população que mora na rua.

Edla: Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a indústria de reciclagem movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano e envolve mil cooperativas e até 1 milhão de brasileiros que vivem dessa atividade.

Luciano: Durante o discurso, a presidenta Dilma defendeu que seja feito um cadastramento dos catadores para garantir o direito a eles.

Repórter Paulo La Salvia (São Paulo-SP): A presidenta Dilma Rousseff seguiu uma tradição iniciada pelo ex-presidente Lula. Os catadores e Dilma prestaram uma homenagem ao ex-presidente, porque se recupera de um câncer na laringe. Dois convênios foram assinados entre o governo federal e o movimento nacional para capacitar catadores e cooperativas, com investimentos de R$ 28 milhões. A presidenta Dilma Rousseff defendeu o cadastramento dos catadores como forma de garantir direitos.

Presidenta Dilma Rousseff: Cadastrar os catadores é uma forma também de permitir que o governo federal proteja os catadores, que o governo federal exija políticas públicas. Quando se tratar do dinheiro do governo federal a ser passado para os municípios, que nós exijamos a contratação de catadores para o uso daquela verba, daquele dinheiro, daquela quantia.
Repórter Paulo La Salvia (São Paulo-SP): A presidenta também prometeu um amplo diálogo para evitar a incineração de materiais recicláveis a partir de 2014, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, e pediu aos poderes públicos estaduais uma parceria para evitar as mortes de moradores de rua, estimadas em 142, em 2011.

Presidenta Dilma Rousseff: Nós vamos ter de lutar muito em 2012 contra essa violência que atinge os moradores de rua. Nós temos, de fato, esse compromisso, de lutar contra elas, de sermos, em conjunto, um grupo determinado, e o governo federal será assim: um grupo determinado no combate a essas violências.

Repórter Paulo La Salvia (São Paulo-SP): O Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis e uma organização não governamental ligada ao meio ambiente aproveitaram a presença da presidenta Dilma Rousseff para lançar um jogo educativo, chamado “Reciclando”, para informar à sociedade e aos próprios catadores sobre a importância da reciclagem. De São Paulo, Paulo La Salvia.

Edla: E o Ministério da Saúde convidou hoje o Movimento Nacional dos Moradores de Rua e o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis para participarem de ações de combate ao uso de drogas pela população de rua.

Luciano: A ideia é levar o atendimento do Sistema Único de Saúde para essa população.

Edla: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica que o governo está criando consultórios de rua para atender essa população.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Eles vão nos ajudar a conhecer essa realidade para quem está na situação de dependência química ou uso e abuso de drogas e que vive na rua, que é a oferta do serviço de saúde, de cuidar. A repressão, o recolhimento compulsório tem que ser feito aos traficantes, ao mercado do tráfico de drogas, aos bandidos. Agora, pessoas que estão na situação de dependência química, tem que ser oferecido para ela acolhimento, cuidado à saúde, e os consultórios na rua querem contar com esses movimentos como apoio a essa iniciativa e também acompanhar o trabalho dos profissionais de saúde.

Luciano: Os governos estaduais, as prefeituras e a população precisam estar preparados para as enchentes, deslizamentos de encostas e de todos os problemas causados pelo excesso de chuva.

Edla: Por isso, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais está funcionando 24 horas por dia.

Luciano: É esse centro que avisa à Defesa Civil nacional a ocorrência de chuva acima da média em determinada região do país e garante o trabalho de prevenção contra desastres naturais.

Edla: Assunto da entrevista que Marcela Rebelo fez com Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Vamos ouvir.

Repórter Marcela Rebelo: Como é que funciona esse Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, o Cemaden?

Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Carlos Nobre: Ele recebe informações ambientais, meteorológicas, hidrológicas, climáticas, geológicas de todo o Brasil e ele produz, rotineiramente, em operação 24 horas por dia, 365 dias por ano, alerta sobre a iminência de desastres naturais para todo o Brasil. Inicialmente, agora, com o começo das operações do Cemaden, nos últimos dias, nós começamos com 56 municípios que têm muitas áreas críticas de deslizamentos de encostas, inundações, enxurradas, enchentes, que é a região Sudeste do Brasil, que nós estamos já na estação chuvosa. E o ano que vem, também, mais 34 municípios entram no sistema, no começo do ano que vem, para a região Leste e o Nordeste também, sujeita a esse tipo de desastre natural, principalmente devido às chuvas de abril a agosto. E, eventualmente, nos próximos anos, nós vamos atingindo todos os municípios do Brasil que tenham riscos.

Repórter Marcela Rebelo: Para onde esses alertas do Cemaden são encaminhados, secretário?

Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Carlos Nobre: Nós estamos diretamente articulados com o Centro Nacional de Gestão de Riscos e Desastres Naturais, que é um órgão do Ministério da Integração Nacional, na esfera de atuação da Defesa Civil. Então, todos os alertas do Cemaden são enviados imediatamente a esse órgão da Defesa Civil, o Cenad, e aí o Cenad tem todas as ferramentas para, recebido o alerta, entrar em contato com as estruturas de Defesa Civil estaduais e municipais, nas áreas correspondentes aos alertas. Nos últimos dias, a situação de chuvas intensas na região de Belo Horizonte, grande Belo Horizonte, Diamantina, Vespasiano, Ouro Preto se tornaram muito críticos para deslizamentos, para inundações, enxurradas e enchentes, e o Cemaden lançou uma série de alertas. Esses alertas foram dirigidos à Defesa Civil nacional, que os repassou à Defesa Civil estadual e municipal... E já houve uma ação concatenada de proteção, de ação, na ponta mesmo, nas cidades, nas áreas de risco, e eu diria - uma primeira avaliação que nós temos -, com bastante sucesso.

Repórter Marcela Rebelo: Conversei com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre. Secretário, muito obrigada pela sua participação aqui, na Voz do Brasil.

Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - Carlos Nobre: Muitíssimo obrigado pela oportunidade.

Luciano: Sete e onze, no horário brasileiro de verão.

Edla: Na reportagem especial de hoje sobre o primeiro ano do governo da presidenta Dilma Rousseff, o repórter Paulo La Salvia foi conferir, aqui em Brasília, como as medidas adotadas pelo governo contra a crise internacional ajudam a gerar emprego, renda e a manter a economia do país.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Carros importados, geralmente mais caros que os nacionais. O Imposto sobre Produtos Industrializados, o IPI, é 30% maior para veículos do exterior, uma forma de garantir empregos no Brasil. No canteiro de obras, o Brasil também gera empregos.

O armador Raimundo Duarte ficou cinco meses desempregado, neste ano. Com dois filhos pequenos para criar, ele está garantindo orçamento de casa com o novo trabalho em uma construção, em Brasília. São R$ 1.000,00 de salário por mês. Raimundo se sente aliviado.

Armador - Raimundo Duarte: Porque a gente está garantido, tem a feira do mês, né? Aí é um negócio muito garantido, é muito bom a gente ter seu emprego fichado, que é muito importante para a gente.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): Maximiliano José dos Santos também teve sorte. Chegou do Maranhão há seis meses, entrou para uma obra em Brasília como servente e, em pouco tempo, foi promovido.

Maximiliano José dos Santos: Para quem quer trabalhar tem muito emprego, tanto aqui em Brasília como no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte. Tem bastante emprego.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): A construção civil foi um dos setores que mais gerou empregos no país, nos últimos cinco anos. Foram 890 mil postos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A área ainda ajuda, de acordo com o IBGE, a manter, nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, quase 23 milhões de pessoas ocupadas, ganhando salário e consumindo. E quem não gosta de fazer uma comprinha? Com os juros em queda no Brasil, muito dinheiro circulando na praça, corte e redução de impostos para fogões, geladeiras, máquinas de lavar e tanquinhos, o consumo da população tende a aumentar, o que também é bom para a economia. É o que defende o pensionista Sandoval Teixeira Pereira.

Pensionista - Sandoval Teixeira Pereira: Partindo do consumo é que vem a geração de empregos e onde, também, você consegue sustentar um pouco, também, a própria economia. Nessa crise mundial que nós estamos passando aí, principalmente a Europa, você vê que lá está uma situação mais difícil do que a nossa. Nós estamos conseguindo suportar isso aí.

Repórter Paulo La Salvia (Brasília-DF): O que impulsiona o consumo no Brasil, além do emprego e da renda, é o crédito. São R$ 1,3 trilhão, segundo o Banco Central. De Brasília, Paulo La Salvia.

Luciano: E ainda falando sobre a economia no primeiro mandato da presidenta Dilma, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, avalia que o Brasil está conseguindo enfrentar a crise internacional, sem comprometer o crescimento do país.

Ministra do Planejamento - Miriam Belchior: Nós conseguimos diminuir a pressão inflacionária que nós tínhamos no início do ano, no país, e costumo dizer que nós estamos... Frente à situação difícil internacional, nós estamos em uma situação serena, portanto, tranquila, mas atentos a esses desdobramentos e tomando medidas para enfrentar a crise internacional. Então, o aumento do salário mínimo, as desonerações, para o setor privado poder fazer mais investimentos, ampliação das faixas do Supersimples, todas elas medidas importantes para garantir que, no ano que vem, a gente continue crescendo. E temos o PAC e o Minha Casa, Minha Vida, que serão fundamentais para gerar ainda mais empregos no país e garantir o crescimento sustentável.

Edla: A ministra do Planejamento também destaca o esforço do governo para controlar os gastos públicos.
Ministra do Planejamento - Miriam Belchior: Gostaria, aqui, de citar um exemplo disso, que são as compras compartilhadas. O que é isso? Um conjunto de órgãos do governo se reunir para comprar produtos comuns. Quero dar aqui o exemplo da contratação dos serviços de telefonia. Trinta órgãos federais se reuniram para contratar serviço de telefonia fixa e telefonia celular. Nós tivemos uma economia de R$ 33 milhões nessa licitação, pelo fato de termos feito juntos. Tivemos um desconto de 38% nas ligações fixas e 63% nas ligações de celular. Estamos fazendo agora, em dezembro, uma licitação para comprar 11 mil computadores para 79 órgãos federais. Nós temos uma expectativa de uma economia grande com isso. E não é só economia de recursos; é economia, também, dos processos administrativos de 70 órgãos fazendo licitações diferentes, é o fato de, ao padronizarmos os equipamentos, isso facilitar, depois, os custos de manutenção. Ou seja, a gente tem vários ganhos acumulados.

Luciano: E se não fosse a crise internacional, o Brasil cresceria entre 4 e 4,5% este ano. Esta é a avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que fez hoje um balanço da economia em 2011. Edla, você acompanhou esse evento. Fala para a gente quais os principais destaques desse balanço do ministro.

Edla: Principalmente, a previsão de crescimento desse ano e do próximo, Luciano. Ele admitiu que a crise financeira vai provocar um crescimento menor do que o governo esperava esse ano. Mantega acredita que o conjunto das riquezas produzidas no país vai crescer entre 3 e 3,5%, em 2011. Para 2012, ele está mais otimista. O ministro da Fazenda avalia que o Brasil vai alcançar um crescimento entre 4 e 5%.

Luciano: É uma previsão bem otimista, Edla, perto do que está sendo projetado por outros países. 

Edla: É, sim. E aí eu destaco outro assunto comentado por Mantega, viu, Luciano? Ele disse que o Brasil se preparou bem para evitar o contágio da crise. A prova disso é que os investimentos estrangeiros aqui estão crescendo muito. Vamos ouvir o que o ministro da Fazenda disse.

Ministro da Fazenda - Guido Mantega: Em 2011, o Brasil se tornou mais confiável do que ele já era. Nós temos ganho confiança. E isso é importante. Vocês sabem que, em economia, a confiança é quase tão importante quanto o desempenho real. Então, nós ganhamos graus de confiança em que pode ser mensurado, por exemplo, pelo aumento do investimento direto. O Brasil, hoje, é um dos principais endereços de investimento externo. Então, nós vamos ter... Está previsto US$ 65 bilhões de investimento externo e direto, no ano de 2011.

Edla: Outro tema que o ministro comentou foi o Relatório de Inflação. O Banco Central divulgou hoje o último relatório do ano, e o documento aponta que a inflação está chegando no limite máximo da meta estabelecida para este ano, que é de 6,5%. Guido Mantega garantiu que o país vai encerrar o ano com inflação abaixo dos 6,5% ou nos 6,5.

Luciano: Termina, no próximo dia 30, o prazo para os municípios com até 50 mil habitantes enviarem propostas para participar do Programa Minha Casa, Minha Vida. Cada prefeitura pode apresentar até duas propostas.

Edla: A jornalista Vera Oliveira conversou com Marta Garske, gerente de Projetos do Ministério das Cidades. Vamos ouvir.

Repórter Vera Oliveira: Como vai funcionar o processo de seleção?

Gerente de Projetos do Ministério das Cidades - Marta Garske: Esse processo de cadastramento de propostas dos municípios com população de até 50 mil habitantes, ele iniciou no início de dezembro, está indo até o final, agora, de dezembro, e os municípios, todos os municípios, com população até 60 mil habitantes, podem, pelo site do Ministério das Cidades, cadastrar os seus projetos de empreendimento ou de produção de unidade isolada. As orientações também acompanham a proposta no site.

Repórter Vera Oliveira: Quantos municípios serão atendidos e quantas moradias serão construídas nesse programa?

Gerente de Projetos do Ministério das Cidades - Marta Garske: Esse programa é uma modalidade no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida e está previsto, até 2014, 220 mil cotas, que correspondem... Cada cota corresponde a uma unidade habitacional. Então, serão 220 mil unidades habitacionais. Este leilão, agora, essa oferta pública que está sendo feita, e esse cadastramento de proposta é para o concurso de 110 mil unidades habitacionais.

Repórter Vera Oliveira: E quanto o governo federal irá investir nesse programa?

Gerente de Projetos do Ministério das Cidades - Marta Garske: Somente neste processo, agora, das 110 mil unidades, o repasse do governo federal para a construção de cada uma das unidades habitacionais será de R$ 25 mil. Portanto, esse recurso vai girar em torno de R$ 3 bilhões, só nessa primeira fase.

Repórter Vera Oliveira: Marta Garske, gerente de Projetos do Ministério das Cidades. Muito obrigada pela sua participação na Voz do Brasil.

Gerente de Projetos do Ministério das Cidades - Marta Garske: Obrigada a você.

Luciano: Mais informações na página www.cidades.gov.br.

Edla: Os moradores do entorno, aqui, do Distrito Federal devem ganhar mais uma alternativa de transporte no ano que vem.

Luciano: Isso porque o governo federal assinou um Acordo de Cooperação com os governos de Goiás e do Distrito Federal para fazer estudos sobre a possibilidade de que uma linha de trem, já existente na região, também seja usada para o transporte de passageiros. Priscila Machado.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Aproximadamente 600 mil pessoas moram na chamada região do Entorno Sul do Distrito Federal. Grande parte estuda ou trabalha em Brasília e precisa pegar ônibus diariamente. Este é o caso de Prisciane Fernandes, que mora em Luziânia, Goiás.

Prisciane Fernandes: Eu levanto quatro e meia da manhã e pego o ônibus às 5h15. Chego aqui em torno de 7h40, oito horas, todo dia.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O trajeto, de cerca de 75 quilômetros, muitas vezes, é demorado por conta dos engarrafamentos, como conta o estudante Andrei de Castro.

Estudante - Andrei de Castro: É o tempo de traslado, né, que varia de uma hora e quarenta a duas horas, isso com o trânsito bom, né? Com trânsito ruim, consegue, às vezes, até três horas de trânsito. Então, realmente, é bem desgastante.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Os Ministérios dos Transportes e da Integração Nacional estudam explorar o transporte de passageiros na atual linha de trem exclusivo para carga, existente entre Luziânia e Brasília. A ideia é que seja usado o VLT, Veículo Leve sobre Trilhos. O trajeto entre Luziânia e Brasília, que hoje pode levar até duas horas e meia, com engarrafamentos, cairia para 45 minutos, como explica Marcelo Dourado, diretor-superintendente da Sudeco, Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste.

Diretor-superintendente da Sudeco - Marcelo Dourado: A estrutura que nós temos hoje não comporta o fluxo de carros, veículos e ônibus, que têm uma estrutura precária. Com o trem, nós vamos ter já, em um primeiro momento, a retirada em torno de 50 a 60 mil veículos do Distrito Federal. E você tem um transporte rápido, que é o VLT. Ele vai rodar isso em torno de 80 a 100 quilômetros por hora. Então, hoje, um passageiro que pega um ônibus e demora de duas a duas horas e meia para sair do Entorno para o Plano Piloto, ele, com o VLT, vai demorar 40 minutos, 30 a 40 minutos.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): A previsão é que o trem possa começar a operar já em 2012. O governo estima que, com a nova opção de transporte, cerca de 80 mil carros deixem de circular no Distrito Federal, que conta hoje com mais de 1,3 milhão de carros. De Brasília, Priscila Machado.

Edla: A Secretaria de Aviação Civil informou hoje que está monitorando diariamente a movimentação nos aeroportos brasileiros e o cumprimento da operação especial de fim de ano.

Luciano: De acordo com a Secretaria, uma avaliação feita até o dia 20 de dezembro mostra um crescimento de quase 10% no movimento das aeronaves em relação a dezembro do ano passado.

Edla: Até as cinco e meia da tarde de hoje, foram registrados atrasos em 23% dos 2.191 voos, programados nos 66 aeroportos da Infraero.

Luciano: Esse número é inferior ao registrado no ano passado, quando 38% dos voos registraram atraso. Os dados são da Infraero.

Edla: A expectativa do governo é que, somente neste mês, mais de 16 milhões de passageiros embarquem nos aeroportos brasileiros, um aumento de 12% na comparação com o ano passado.

Luciano: E os passageiros que tiverem problemas com companhias aéreas, bagagens, atrasos e cancelamentos de voos podem fazer reclamações para a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, pelo telefone 0800-7254445.

Edla: Mais informações em www.anac.gov.br.

Luciano: O consórcio responsável pelas provas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2009, que vazaram antes de serem aplicadas, vai ter que devolver R$ 73 milhões ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

Edla: A decisão foi tomada pela Justiça Federal, com base na ação ajuizada pela Advocacia-Geral da União contra o Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção.

Luciano: O prejuízo aos cofres públicos foi causado porque o governo federal teve que contratar outras empresas para aplicar o Enem de 2009, depois da descoberta do vazamento.

Edla: O prazo para a devolução do dinheiro é de cinco dias.

Luciano: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Edla: Desemprego registrado em novembro é o menor para o mês, desde 2002.

Luciano: Quinhentos e doze municípios já receberam R$ 52 milhões para combater a dengue.

Edla: Presidenta Dilma participa de Natal com catadores de materiais recicláveis e defende cadastramento desses profissionais.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Edla: Siga a “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.