23/04/2012 - A Voz do Brasil

A Caixa Econômica Federal lançou hoje uma linha de financiamento de R$ 2 bilhões para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca pelos participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida. O Governo vai aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, baratear custos e melhorar a competitividade da agricultura brasileira. Hoje o Brasil importa 70% dos fertilizantes e 90% do potássio que utiliza. O Ministério da Cultura deve investir mais de R$ 300 milhões no Plano Nacional do Livro e Leitura, o PNLL. Os programas de construção e modernização de bibliotecas vão ter prioridade. Pelo menos R$ 220 milhões vão ser empregados nessa área. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

23/04/2012 - A Voz do Brasil

A Caixa Econômica Federal lançou hoje uma linha de financiamento de R$ 2 bilhões para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca pelos participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida. O Governo vai aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, baratear custos e melhorar a competitividade da agricultura brasileira. Hoje o Brasil importa 70% dos fertilizantes e 90% do potássio que utiliza. O Ministério da Cultura deve investir mais de R$ 300 milhões no Plano Nacional do Livro e Leitura, o PNLL. Os programas de construção e modernização de bibliotecas vão ter prioridade. Pelo menos R$ 220 milhões vão ser empregados nessa área. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Kátia Sartório: Programa Minha Casa, Minha Vida vai ter linha de financiamento para móveis e eletrodomésticos.

Apresentador Luciano Seixas: Governo vai aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, baratear custos e melhorar a competitividade da agricultura brasileira.

Kátia: Ministério da Cultura investe R$ 373 milhões para melhorar o acesso a livros no Brasil.

Luciano: Segunda-feira, 23 de abril de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: A Caixa Econômica Federal lançou, hoje, uma linha de financiamento para a compra de móveis e eletrodomésticos da linha branca destinada aos participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Luciano: Para a nova linha, vão ser disponibilizados R$ 2 bilhões e as operações vão poder ser feitas a partir do dia 4 de maio.

Kátia: Vamos saber mais na entrevista que João Mendes fez hoje com Fábio Lenza, vice-presidente de Pessoas Físicas e Serviços Bancários da Caixa.

Repórter João Mendes: Essa linha de financiamento é para todos os participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida, independente de renda?

Vice-presidente de Pessoas Físicas e Serviços Bancários da Caixa - Fábio Lenza: A linha Credimóveis é uma linha com taxas bem acessíveis para todos os clientes participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida, tanto para faixa 1, faixa 2 e faixa 3 de renda do Programa do Minha Casa, Minha Vida.

Repórter João Mendes: E o que elas devem fazer para ter acesso a esse recurso?

Vice-presidente de Pessoas Físicas e Serviços Bancários da Caixa - Fábio Lenza: Eles devem procurar as agências da Caixa, a partir do dia 4 de maio, que já estão preparadas para orientar e fazer as análises de concessão para cada cliente.

Repórter João Mendes: Qual é a taxa de juros cobrada pela Caixa?

Vice-presidente de Pessoas Físicas e Serviços Bancários da Caixa - Fábio Lenza: A taxa de juro, ela depende da faixa de renda. Para a faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, que é até R$ 1.600,00 de renda, a taxa é de 1%; para a faixa 2 é de 1,5% ao mês; e para faixa 3, de 2% ao mês. É taxa bem acessível.

Repórter João Mendes: Quanto cada família poderá pedir emprestado?

Vice-presidente de Pessoas Físicas e Serviços Bancários da Caixa - Fábio Lenza: O valor de empréstimo, ele depende da capacidade de pagamento de cada família. Procurando-se a agência da Caixa, é feita na análise de crédito e, nessa análise de crédito, é definida a capacidade de pagamento para o sistema Crediscore de cada família. E essa capacidade de pagamento define a prestação, que define o valor, que pode ser no prazo máximo até de 48 meses. Só para te dar um exemplo, nós pesquisamos na internet, nos sites de compra, nós conseguimos montar uma casa de dois quartos com geladeira, fogão, tanquinho, armário para cozinha, mesa, o quarto do casal, o quarto da criança, a sala com sofá, com rack para tevê, por R$3.759,00. Então, a parte de armários mais linha branca ficou em R$3.759,00. Na taxa de 1% ao mês, na faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, dá uma prestação, em 48 meses, de R$ 98,00.

Repórter João Mendes: Fábio Lenza, vice-presidente de Pessoa Física e Serviços Bancários da Caixa Econômica Federal. Obrigado pela participação na “Voz do Brasil”.

Vice-presidente de Pessoas Físicas e Serviços Bancários da Caixa - Fábio Lenza: Eu que agradeço.

Luciano: Hoje, o Brasil importa 70% dos fertilizantes e 90% do potássio que utiliza.

Kátia: Por isso, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje que é estratégico para o Brasil aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, baratear custos e melhorar a competitividade da agricultura brasileira.

Luciano: A declaração foi feita em Rosário do Catete, em Sergipe, na assinatura do contrato entre a Petrobras e a Vale para arrendamento das reservas de potássio do estado. O repórter Ricardo Carandina acompanhou e tem os detalhes.

Repórter Ricardo Carandina (Rosário do Catete-SE): O contrato assinado hoje vai permitir à Vale explorar por mais 30 anos as reservas de potássio em Sergipe. A mineradora também vai poder levar adiante um projeto que deve criar 4 mil empregos na fase de instalação da planta para extração do minério e outros 700 empregos durante a operação. O projeto também deve dobrar a produção atual de 600 mil toneladas por ano. O presidente da Vale, Murilo Ferreira, acredita que isso vai levar o Brasil a economizar US$ 17 bilhões em cerca de 30 anos.

Presidente da Vale - Murilo Ferreira: Será a maior planta de extração de potássio do Brasil, contribuindo para os esforços da Vale em aumentar a produção de insumos para o mercado agrícola brasileiro e reduzindo a dependência da importação de fertilizantes pelo país.

Repórter Ricardo Carandina (Rosário do Catete-SE): O potássio é um mineral que, no Brasil, é encontrado também no Amazonas, mas só é explorado em Sergipe. Hoje, o Brasil importa 90% do potássio que necessita para produzir fertilizantes. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o aumento da produção do mineral vai melhorar a produtividade da agricultura.

Ministro de Minas e Energia - Edison Lobão: O que nós precisamos fazer nesta matéria é aumentar a produtividade, mas sem fertilizantes esta produtividade não se alcançará. Vamos sacar do fundo da terra a matéria-prima e produzir o fertilizante que precisamos para a grande produção agrícola que serve e servirá ainda mais no futuro ao povo brasileiro.

Repórter Ricardo Carandina (Rosário do Catete-SE): A presidenta Dilma Roussefff visitou o depósito de cloreto de potássio na unidade da Vale, em Rosário do Catete, há 40 quilômetros de Aracajú. Segundo ela, a produção de potássio é estratégica para o país porque o fertilizante é crucial para a produção de alimentos, e a assinatura do contrato entre Vale e Petrobras faz parte de um esforço para melhorar a vida da população.

Presidenta Dilma Rousseff: Hoje, alimento tem a ver com energia e fertilizante. Nós somos importadores de fertilizantes. Nós somos dependentes de fertilizantes, mas não devíamos ser porque somos um país com recursos naturais diversificados e, certamente, hoje, aqui, o que nós estamos anunciando é um passo fundamental na produção de um dos componentes dos fertilizantes mais difícil de ser encontrado, que é o potássio.

Repórter Ricardo Carandina (Rosário do Catete-SE): A Vale explora a mina arrendada da Petrobras desde 1992. Com a assinatura do contrato de hoje, a mineradora deve construir uma planta de exploração de potássio que será a maior do país. De Rosário do Catete, em Sergipe, Ricardo Carandina.

Kátia: E ainda em Sergipe, na capital Aracajú, a presidenta Dilma se reuniu com governadores para tratar das regiões afetadas pela seca.

Luciano: O repórter Ricardo Carandina volta agora com informações ao vivo. Boa noite, Carandina.

Repórter Ricardo Carandina (ao vivo): Boa noite, Luciano. O governo vai destinar R$ 2,7 bilhões para ações de socorro à população atingida pela seca. Uma medida provisória vai ser editada nos próximos dias, com crédito suplementar de R$ 164 milhões para a “Operação Carro-Pipa” e para atender a estados onde já começa a faltar água em áreas urbanas. Vai ser antecipada a liberação de recursos do Programa Água para Todos. Até dezembro, vão ser liberados quase R$ 800 milhões para a construção de cisternas e de sistemas de abastecimento de água simplificados, perfuração de poços e distribuição de kits de irrigação para pequenos produtores rurais. O governo também vai instituir o sistema de transferência de renda para os agricultores que não estão incluídos no “Garantia-Safra”. O ministro Fernando Bezerra, da Integração Nacional, chamou de “Bolsa-Estiagem” o programa que vai repassar R$ 400,00 a pequenos produtores rurais. Também vai ser aberta uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para grandes e pequenos agricultores. De acordo com o ministro Fernando Bezerra, mais de 1.100 cidades do Nordeste podem sofrer com os efeitos da seca nos próximos meses. Até agora, 500 municípios estão em situação de emergência. O ministro da Integração Nacional disse que, na Bahia, já são 6 milhões de pessoas atingidas pela estiagem que pode afetar toda a população do semiárido, que é de 12 milhões de pessoas, Luciano.

Luciano: Obrigado, Ricardo Carandina, pelas informações ao vivo, aqui, na “Voz do Brasil”.

“Café com a Presidenta”

Presidenta Dilma Rousseff: O Ciências Sem Fronteiras, que está com as inscrições abertas para estudantes que querem estudar em instituições de Ensino Superior fora do país, foi o tema do programa de rádio “Café com a Presidenta” de hoje.

Luciano: De acordo com a presidenta Dilma Rousseff, a ideia é levar os estudantes brasileiros com melhor desempenho para as melhores instituições de ensino do mundo, que depois de formados vão trazer o conhecimento adquirido lá fora para o Brasil.

Presidenta Dilma Rousseff: Eles vão ter contato com o que há de mais avançado em ciência e tecnologia. Os cursos que escolhemos são nas áreas de ciências exatas, física, química, matemática, biologia, nas áreas de ciências médicas, nas da ciência da computação e em todas as áreas de engenharia. Quando esses estudantes voltarem, eles vão trazer conhecimento para aplicar aqui no Brasil, e vão ajudar a nossa indústria, o governo a fazer tecnologias novas e a provocar processos de inovação dentro das empresas. Nós temos já quase 3.700 estudantes já no exterior iniciando os seus cursos. No final de abril, vamos selecionar 10.300 bolsistas, e, em junho, mais 6 mil bolsistas. Assim, nesse ano, o total de bolsistas selecionados chegará a 20 mil.

Kátia: Ainda no programa semanal de rádio, a presidenta Dilma informou que o governo vai oferecer cursos de línguas para facilitar o aprendizado dos estudantes lá fora.

Presidenta Dilma Rousseff: Por isso, nossas universidades vão oferecer cursos intensivos de língua durante as férias. Mas o que é muito importante é que quem for selecionado para o Ciências Sem Fronteiras terá, ainda, a chance de aperfeiçoar o idioma em cursos no país onde será bolsista. Todo mundo sabe que cursos de imersão no país estrangeiro é a forma mais eficiente de aprendizado da língua. O governo pagará seis meses de curso, no mínimo, para todos os estudantes que passarem no Ciências Sem Fronteiras.

Luciano: Dilma Rousseff afirmou que a meta até 2014 é levar 101 mil estudantes para estudar no exterior.

Kátia: Falando nisso, Luciano, neste final de semana, dez estudantes brasileiros de escolas públicas, selecionados pelo Programa Universidade para Todos, Prouni, foram estudar na Espanha.

Luciano: Eles vão ser alunos, durante quatro anos, da Universidade de Salamanca.

Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): Natasha Cosmo de Souza, de 20 anos, é do Distrito Federal e ficou feliz ao saber que iria fazer o curso superior de matemática na Universidade Salamanca, instituição de Ensino Superior mais antiga da Espanha.

Estudante - Natasha Cosmo de Souza: Comecei a chorar de nervoso. Meu sonho é ser professora de matemática.

Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): Eles vão receber Bolsa-Permanência de R$ 28.900,00 por ano para cobrir custos com hospedagem, alimentação e viagens da Espanha para o Brasil nas férias e no retorno, ao final do curso. O desembarque no continente europeu marca uma nova etapa na vida dos estudantes brasileiros. Serão quatro anos fora do país. Andressa de Oliveira, de 20 anos, é do Pará e já faz planos de continuar estudando na Europa depois de concluir a graduação em matemática.

Estudante - Andressa de Oliveira: Planejo fazer especializações, mestrado, doutorado, e o que eu puder ganhar de conhecimento de lá eu quero.

Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): De acordo com a diretora de Políticas e Programas de Graduação do MEC, Paula Branco de Melo, esta já é a terceira turma de estudantes brasileiros que vai estudar em Salamanca, na Espanha, com bolsas do Prouni.

Diretora de Políticas e Programas de Graduação do MEC - Paula Branco de Melo: O Prouni internacional, ele iniciou-se em 2010, com um convênio feito com a Universidade de Salamanca, para que se enviasse a cada ano, durante quatro anos, dez estudantes para cursar a sua graduação na Universidade de Salamanca.

Repórter Icaro Matos (Brasília-DF): Em 2013, parte a última turma, que vai totalizar 40 estudantes brasileiros na Espanha. Com a colaboração de Adilson Mastelari, de Brasília, Icaro Matos.

Kátia: Sete e treze.

Luciano: O governo deve investir mais de R$ 300 milhões no Plano Nacional do Livro e Leitura.

Kátia: Os programas de construção e modernização de bibliotecas vão ter prioridade.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): A maior parte dos R$ 373 milhões, 260 milhões vai para a construção de novas bibliotecas e reforma das que já existem. O Programa Arca das Letras, que leva a literatura para as comunidades rurais e de baixa renda, também vai ser beneficiado. Para Emília Maria da Silva, voluntária do projeto na cidade goiana de Padre Bernardo, há 80 quilômetros do centro de Brasília, a comunidade vai ser estimulada a ler mais livros.

Voluntária do projeto - Emília Maria da Silva: Os meninos não tinham tanto acesso a gibi, a livros. E aí, com a chegada, foi incentivo para eles lerem e para as suas famílias também, porque aí as crianças veem o livro, não sabe ler direito ainda, pede para a mãe ler.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Os recursos do Ministério da Cultura vão ser aplicados em 32 projetos, entre eles a criação de livrarias populares para a venda de livros com preços mais baixos e caravanas de escritores para regiões mais distantes. Além dos recursos liberados para o Plano Nacional do Livro e Leitura, o Ministério da Cultura quer mais parceiros atuando nessa área e está lançando novos editais para programas, como agentes de leitura, e a realização de feiras e festivais de literatura em cidades das periferias das capitais e do interior do país, como explica Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional.

Presidente da Fundação Biblioteca Nacional - Galeno Amorim: A partir de hoje, nós estamos publicando uma série de editais com chamadas públicas para apoiar a realização de feiras de livros, de festivais de literatura em pequenas, médias e grandes cidades brasileiras, também na periferia das regiões metropolitanas, e, ao mesmo tempo, a contratação de agentes de leitura, que tanto são jovens que vão trabalhar nas cidades e junto aos estudantes nas escolas do campo, no interior do Brasil, e ainda nas regiões metropolitanas das grandes cidades.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Para a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, os novos projetos vão não só estimular o hábito da leitura, mas também promover mais inclusão cultural da população de baixa renda.

Ministra da Cultura - Ana de Hollanda: A informação básica vem na educação, mas a capacidade de refletir mais, poder refletir, questionar, analisar com seus próprios conceitos o que você leu, fazer alguma outra leitura a mais, você vai desenvolvendo a partir da cultura.

Repórter Adilson Mastelari (Brasília-DF): Os editais para novos projetos de leitura e a íntegra de como os recursos vão ser aplicados já estão no portal do Ministério da Cultura: www.cultura.gov.br. De Brasília, Adilson Mastelari.

Luciano: A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República deve concluir, até o fim do ano, uma pesquisa sobre a situação escolar dos presos no país. Os resultados vão servir para levar mais educação para dentro das penitenciárias.

Kátia: O assunto foi discutido hoje, aqui, em Brasília, num seminário feito pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em parceria com o Conselho Nacional de Educação. João Fagundes Neto.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): Os presídios do país têm, hoje, 0,5 milhão de detentos. Segundo dados do Conselho Nacional de Educação, apenas 55 mil deles têm acesso aos estudos dentro das cadeias, 66% dos presos não chegaram a concluir o Ensino Fundamental e 11% são analfabetos. A maioria tem idade entre 18 e 34 anos. Entre as ações para mudar essa realidade, foi realizado hoje, em Brasília, o seminário sobre educação nas prisões. Segundo Adeum Sauer, representante do Conselho Nacional de Educação, os participantes discutiram as chamadas Diretrizes Nacionais de Educação de jovens e adultos em situação de privação de liberdade e também formas para ampliar a oferta dos estudos nas prisões.

Representante do Conselho Nacional de Educação - Adeum Sauer: Para a ressocialização dos presos, a educação é um fator importante. O que diz a lei? A prisão é um tempo para que ele volte à sociedade. Essas diretrizes são orientações que têm que ser implementadas, têm que ser implantadas, e aqui é uma chamada para a oferta de educação na prisão, que é um direito humano.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, explica que, até o final do ano, o governo deve concluir um estudo sobre a situação escolar de todos os presos para definir de que forma a educação será levada aos presídios. Para ela, os estudos são a melhor estratégia para o presidiário ter uma vida melhor depois de cumprir a pena.

Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República - Maria do Rosário: A educação está em primeiro plano, significa ter uma ponte para uma vida melhor, diminuir, inclusive, com o que a lei já permite, o seu tempo de prisão em determinadas circunstâncias, já que a cada três dias de trabalho, ou de estudo, nós temos a remissão da pena. Então, nós temos a possibilidade de diminuir o tempo de cárcere e qualificar, depois que esse presidiário sair de lá, com trabalho, com educação, e recuperando seus vínculos familiares.

Repórter João Fagundes Neto (Brasília-DF): Também participaram do seminário representantes das Secretarias de Educação do Rio de Janeiro, Paraná e de países latino-americanos. Com colaboração de Cleide Lopes, de Brasília, João Fagundes Neto.

Luciano: As cédulas de 2, 5, 10 e de 20 reais têm vida útil, em média, de um ano e dois meses. É o que revela o estudo divulgado hoje pelo Banco Central.

Kátia: Já as notas de 50 e de 100 reais duram mais, em média três anos e um mês. Ana Gabriella Sales.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Segundo pesquisa do Banco Central, as notas de 2, 5, 10 e 20 duram, em média, 14 meses, enquanto as de 50 e de 100 têm vida útil de até 37 meses. Mas, no Brasil, 15% das cédulas estão danificadas e já deveriam ter sido substituídas. Quanto menor o valor, mais desgastadas, e cabe ao comerciante ou ao cidadão comum levar a nota a uma agência bancária para trocar quando perceber algum problema, como explica o diretor de Administração do Banco Central, Altamiro Lopes.

Diretor de Administração do Banco Central - Altamir Lopes: Os bancos são obrigados a recolher as cédulas danificadas, cédulas que não estejam próprias para a circulação.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Mais do que um cartão de visitas para o estrangeiro, o dinheiro bem conservado, segundo o Banco Central, evita a falsificação, e mais, representa economia para os cofres públicos. Para se ter uma ideia, só no ano passado foram gastos R$ 377 milhões para repor notas danificadas. E quando o assunto são as moedinhas metálicas, a população gosta de guardar. A pesquisa revela que 27% de todas as moedas emitidas desde 1994, na criação do plano real, estão fora de circulação, ou porque foram perdidas, ou porque estão guardadas nos famosos cofrinhos, como é o caso de Rafael Cunha. O bancário de Brasília não abre mão do costume.

Bancário - Rafael Cunha: Usar as moedas na carteira, elas acabavam atrapalhando, pela minha carteira ser bem pequena. Então, todo dia, eu chegava em casa e ia colocando elas num cantinho, aí eu vi a necessidade de fazer um cofrinho.

Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): Hábitos como o de Rafael Cunha já tiraram de circulação mais de 5 bilhões de moedas, o equivalente a R$ 508 milhões. O Banco Central orienta o cidadão a aplicar o dinheiro do cofrinho numa conta poupança, por exemplo, para que ele renda e as moedas voltem a circular. Ainda segundo o Banco Central, por ano, deixam de circular 7% de moedas de um centavo, e 3% de moedas de um real. De Brasília, Ana Gabriella Sales.

Luciano: O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, reafirmou hoje o compromisso do governo federal de atender, até 2014, 100 mil mulheres.

Kátia: E o anúncio foi feito durante visita do Governador-Geral do Canadá, David Johnston, aqui, em Brasília.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Programa Mulheres Mil faz parte das ações do Brasil Sem Miséria e tem a meta de dar formação profissional a 100 mil brasileiras até 2014. Neste ano, o investimento para criar novas vagas no programa é de R$ 10 milhões, como explica o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Ministro da Educação - Aloizio Mercadante: Em alguns casos, é estimular a formação de cooperativas, como é o caso das mulheres catadoras, mulheres que são coletoras, que fazem determinado tipo de serviço. Então, você organiza aquela comunidade e abre linhas de crédito, de incentivo, e outras vão para o mercado de trabalho profissionalizadas em melhores condições de ter um emprego de melhor remuneração.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Selma da Silva hoje é camareira de um hotel em Fortaleza. A profissão ela aprendeu com o projeto Mulheres Mil.

Camareira - Selma da Silva: Aumentou a minha renda, aumentou em tudo em casa. Aumentou a autoestima, aumentou tudo completamente.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Programa Mulheres Mil foi criado em 2007, como uma parceria entre o Ministério da Educação e instituições de ensino no Canadá. Quase 1.200 mulheres passaram por cursos profissionalizantes, como turismo, gastronomia e confecção. No ano passado, o projeto-piloto foi instituído como um programa do governo federal e conta com a adesão de 99 unidades de institutos federais de educação. Hoje, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, recebeu o Governador-Geral do Canadá, David Johnston. Segundo Johnston, os dois países têm problemas semelhantes e podem trabalhar juntos. Mais de 10 mil mulheres já são atendidas pelo programa. Uma norma chamada pública para novos cursos na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica deve gerar outras 20 mil vagas ainda este ano. O programa tem uma página na internet: mulheresmil.mec.gov.br. De Brasília, Priscila Machado.

Luciano: Começou hoje a 1ª Conferência Nacional sobre Assistência Técnica e Extensão na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária.

Kátia: Todas as áreas da chamada Ater, que é a sigla para a Assistência Técnica e Extensão Rural, vão ser representadas durante os quatro dias de debate.

Luciano: A conferência vai construir propostas para o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural. É o que explica o diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins.

Diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Argileu Martins: Vai permitir, pelo debate, que os países se organizem e sistematizem melhor a oferta dos serviços de Ater, além, é claro, de ouvir atores que, muitas vezes, ficam quase invisíveis no campo da inovação tecnológica e da qualificação das políticas públicas, que são as duas atribuições centrais da extensão rural hoje.

Kátia: O Diário Oficial da União publicou hoje a nomeação de Marta Maria do Amaral Azevedo como nova presidenta da Fundação Nacional do Índio, Funai.

Luciano: Marta Maria do Amaral Azevedo é antropóloga e é a primeira mulher a ocupar a presidência da Funai.

Kátia: Ela assume o lugar de Márcio Vieira, que pediu para ser exonerado e foi nomeado assessor especial do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Kátia: Programa Minha Casa, Minha Vida vai ter linha de financiamento para móveis e eletrodomésticos.

Luciano: Governo vai aumentar a produção de fertilizantes para reduzir a dependência externa, baratear custos e melhorar a competitividade da agricultura brasileira.

Kátia: Ministério da Cultura investe R$ 373 milhões para melhorar o acesso a livros no Brasil.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Kátia: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Boa noite!

Luciano: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.