23/07/2012 - A Voz do Brasil

Quase vinte e oito milhões de pessoas melhoraram de condição de vida entre 2003 e 2009. As informações estão no relatório “Perfil do Trabalho Decente no Brasil”, da Organização Mundial do Trabalho. O estudo mostra que a pobreza no país caiu 36%. Os brasileiros vão ganhar mais um aliado no combate ao câncer de mama. O medicamento de alto custo Trastuzumab vai passar ser usado pelo Sistema Único de Saúde, SUS, para o tratamento da doença. As novas cédulas de dez e de vinte reais começaram a circular hoje. Os mecanismos de segurança das novas notas estão mais modernos e mais fáceis de identificar. Tudo isso você ouviu nesta segunda-feira em A Voz do Brasil!

23/07/2012 - A Voz do Brasil

Quase vinte e oito milhões de pessoas melhoraram de condição de vida entre 2003 e 2009. As informações estão no relatório “Perfil do Trabalho Decente no Brasil”, da Organização Mundial do Trabalho. O estudo mostra que a pobreza no país caiu 36%. Os brasileiros vão ganhar mais um aliado no combate ao câncer de mama. O medicamento de alto custo Trastuzumab vai passar ser usado pelo Sistema Único de Saúde, SUS, para o tratamento da doença. As novas cédulas de dez e de vinte reais começaram a circular hoje. Os mecanismos de segurança das novas notas estão mais modernos e mais fáceis de identificar. Tudo isso você ouviu nesta segunda-feira em A Voz do Brasil!

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Publicado em 09/12/2016 18:24

A VOZ DO BRASIL - 23.07.2012

Apresentadora Luciana Vasconcelos: Mais de 1 milhão de novos empregos formais são criados no Brasil, nos seis primeiros meses do ano.

Apresentador Max Gonçalves: Medicamento que reduz o risco de morte por câncer de mama vai passar a ser oferecido pelo SUS.

Luciana: Lançadas novas cédulas de 10 e 20 reais.

Max: Segunda-feira, 23 de julho de 2012.

Luciana: Está no ar a sua voz.

Max: A nossa voz.

Luciana: A Voz do Brasil.

Max: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Max Gonçalves, e Luciana Vasconcelos.

Luciana: O Brasil gerou mais de 1 milhão de empregos formais, no primeiro semestre desse ano. Com isso, a quantidade de trabalhadores com carteira assinada aumentou quase 3% em comparação com dezembro de 2011.

Max: Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. A construção civil e o setor agrícola estão entre as áreas que mais empregaram. As informações na reportagem de Mara Kenupp.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Em Brasília, uma agência de empregos chega a atender em média 300 pessoas que estão à procura de colocação no mercado de trabalho. Raiane Valença é uma delas. Aos 19 anos, está à procura do primeiro emprego.

Raiane Valença: Tenho bastante esperança de conseguir, porque tem muita gente precisando de alguém que trabalhe junto, e eu estou disposta.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Verônica Marques tem seis anos de experiência em venda, está desempregada há dois meses. Quer uma vaga com carteira assinada.

Verônica Marques: Todo o trabalhador necessita ter uma carteira assinada, ter seus direitos em pauta, né?

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho, no primeiro semestre de 2012, foram criadas 1,04 milhão de vagas no mercado de trabalho. Em comparação aos últimos 12 meses, houve crescimento de 4,08% de empregos. Foram criados mais de 1,5 milhão de postos de trabalho. O morador de Catu, na Bahia, Lucas Martins, começou a trabalhar no ramo da engenharia petrolífera, em março. Para Lucas, existem muitas oportunidades de trabalho no país.

Engenheiro - Lucas Martins: Para Engenharia, eu vejo que o mercado está bem aquecido, e você tem várias oportunidades de emprego.

Repórter Mara Kenupp (Brasília-DF): Ainda de acordo com o Caged, de janeiro a junho deste ano, houve expansão de empregos em oito setores da atividade econômica. Destaque para os de serviços, com aumento de 3,05%; construção civil com elevação de 7,13%; e o setor agrícola, que registrou taxa de crescimento de 8,69%. O relatório sobre o nível de emprego com carteira assinada do primeiro semestre de 2012 está disponível na internet, no endereço www.mte.gov.br. De Brasília, Mara Kenupp.

Luciana: E quase 28 milhões de pessoas melhoraram de condição de vida entre 2003 e 2009.

Max: As informações estão no relatório Perfil do Trabalho Decente no Brasil, da Organização Mundial do Trabalho. O estudo mostra que a pobreza no país caiu 36%.

Luciana: Além disso, houve queda de 11% no trabalho infantil. Assunto da entrevista que o jornalista Leandro Alarcon fez com a secretária adjunta de Avaliação e Gestão de Informação Paula Montagner. Vamos ouvir.

Repórter Leandro Alarcon: O que a gente pode atribuir a essa redução da pobreza?

Secretária adjunta de Avaliação e Gestão de Informação - Paula Montagner: Nós temos uma combinação de políticas sociais de inclusão, dos quais a Bolsa-Família... são aspectos importantes, mas tem também o crescimento da atividade econômica, o aumento... a política de salário mínimo, que conseguiram trazer mais gente para uma renda melhor, nos últimos anos.
É um conjunto de crescimento econômico, de geração de emprego, política de salário mínimo, que amplia tanto o salário dos trabalhadores quanto as aposentadorias, mais Bolsa-Família e as políticas de benefícios de prestação continuada. É essa combinação que leva... Levou a essa importante... A esse importante declínio da pobreza no Brasil, junto com o crescimento econômico, né? Nem tenha dúvidas. Crescimento econômico e geração de emprego são aspectos muito importantes também.

Repórter Leandro Alarcon: Agora, secretária, esse relatório da OIT também constatou que houve uma redução no trabalho infantil no Brasil. De que forma que é...

Secretária adjunta de Avaliação e Gestão de Informação - Paula Montagner: No período de 2004-2009.

Repórter Leandro Alarcon: De que forma que essa redução da pobreza está relacionada com a redução do trabalho infantil?

Secretária adjunta de Avaliação e Gestão de Informação - Paula Montagner: Acho que a gente não pode fazer uma correlação entre a redução da pobreza e a redução do trabalho infantil. A redução do trabalho infantil está associada a programas específicos de... que são ações da sociedade como um todo, mais a ação governamental para a retirada de crianças do trabalho. A gente sabe que isso é um custo importante para as famílias. Aí, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, que, hoje em dia, está integrado ao Bolsa-Família, tem um aspecto importante para diminuir horas de trabalho, para retardar o ingresso das crianças no mercado de trabalho, mas é principalmente uma compreensão da importância que essas crianças estejam na escola, para se formarem no tempo adequado, que ajuda à diminuição do trabalho infantil. O que nós estamos propondo com as políticas de erradicação do trabalho infantil é que essas crianças estejam num espaço de convivência, apoiados pela família e principalmente na escola, independente da renda da família.

Repórter Leandro Alarcon: Paula Montagner, secretária adjunta de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social. Obrigado, secretária, pela entrevista aqui, na “A Voz do Brasil”.

Secretária adjunta de Avaliação e Gestão de Informação - Paula Montagner: Muito obrigada a você.

Max: Os brasileiros vão ganhar mais um aliado no combate ao câncer de mama.

Luciana: Um medicamento de alto custo chamado Trastuzumabe vai passar a ser usado pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, para o tratamento da doença.

Max: De acordo com o Ministério da Saúde, R$ 130 milhões vão ser investidos por ano para a compra do remédio, que deve estar disponível para a população em até 180 dias.

Luciana: A iniciativa faz parte do Plano Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo de Útero e de Mama, uma estratégia para expandir a assistência às pessoas com câncer no país.

Max: Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o medicamento faz parte de uma nova linha para o tratamento contra o câncer e a expectativa é que o remédio cause menos efeitos colaterais. Além disso, reduz o risco de morte e os casos de reincidência da doença.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Estudos mostram que, nessas mulheres, diminui até em 22% o risco de morte. Você evita muito o risco de morte - ou seja, de cada cinco, uma pode sobreviver em função desse tipo de medicamento - e você reduz muito o risco de ela voltar a ter o câncer. A expectativa é que você consiga reduzir a recidiva de um caso a cada 20 mulheres que recebem esse tipo de tratamento.

Luciana: As notas de 10 e de 20 reais estão de cara nova. As cores são as mesmas, mas alguns elementos de identificação estão mais evidentes, principalmente para as pessoas com deficiência visual.

Max: É isso mesmo, Luciana. As novas cédulas começaram a circular hoje. Elas fazem parte da segunda família do Real, que já conta com as notas de 50 e 100 reais.

Luciana: Os mecanismos de segurança das novas notas também estão mais modernos e mais fáceis de identificar.

Max: No ano que vem, será a vez de trocar as cédulas de cinco e de dois reais.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): As novas cédulas são mais modernas. As cores predominantes das notas de 10 e 20 reais continuam as mesmas, vermelho e amarelo, e os temas também, arara e mico leão dourado. As notas da segunda família do Real têm marcas táteis e tamanhos diferentes, o que facilita a identificação pelas pessoas com deficiência visual. Além da marca d’água e do número escondido, possíveis de serem vistos com a luz, a grande novidade das notas é um novo elemento de segurança. Ao movimentar a cédula, o numeral correspondente ao valor da nota muda de cor, do azul para o verde, e uma barra brilhante parece ser movimentada sobre o número. Altamir Lopes, diretor de Administração do Banco Central, afirma que é fundamental que a população conheça esses elementos de segurança.

Diretor de Administração do Banco Central - Altamir Lopes: Isso é importante: conferir o elemento de segurança. São tão poucos. Não basta apenas conferir o valor da sua cédula. Confira também o elemento de segurança, de forma a evitar a ação dos falsários.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O modelo antigo das notas de 10 e 20 reais continua a ser aceito. Por isso, não é preciso trocar pelas novas cédulas. As duas famílias vão circular juntas até a substituição completa pelo novo modelo. Para o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, após 18 anos da criação, o Real já é um padrão monetário estável, o que permite uma nova versão das notas. No evento de lançamento, nesta segunda-feira, ele disse que, apesar do cenário internacional desfavorável, a economia brasileira responde aos estímulos dados pelo governo.

Presidente do Banco Central - Alexandre Tombini: A perspectiva para os próximos trimestres é de aceleração do crescimento. A indústria, nesse segundo semestre, inicia o período com estoques em níveis mais adequados, mais baixos, após um processo de ajuste, que se iniciou em meados de 2011. O setor agrícola também deverá contribuir positivamente, após a forte retração observada no primeiro trimestre deste ano, em função dos fatores climáticos, e o setor de serviços tende a manter seu dinamismo ao longo do ano.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Foram produzidas 232 bilhões de novas cédulas de 10 e 20 reais. No ano que vem, está previsto o lançamento de novas cédulas de dois e cinco reais, que completam o projeto da segunda família do Real. A previsão é que, até 2015, estejam em circulação apenas as notas no novo padrão. De Brasília, Priscila Machado.

“Café com a Presidenta”.

Luciana: E a presidenta Dilma Rousseff destacou hoje, no programa semanal de rádio “Café com a Presidenta”, a importância do Programa Bolsa-Atleta para o desenvolvimento do esporte brasileiro.

Max: De acordo com a presidenta, mais de 4 mil esportistas recebem o Bolsa-Atleta em todo o Brasil. E, nesse ano, mais de R$ 60 milhões vão ser investidos no programa.

Presidenta Dilma Rousseff: Para você ter uma ideia da importância desse programa, dos 259 atletas que vão participar dos Jogos de Londres, 111 recebem o Bolsa-Atleta. Esse, Max, é um benefício importante, porque permite que o atleta se dedique com muito mais tranquilidade aos treinamentos e às competições.

Luciana: A presidenta Dilma Rousseff aproveitou para mandar uma mensagem de incentivo aos atletas brasileiros que vão competir nos Jogos Olímpicos de Londres, que começam na sexta-feira.

Presidenta Dilma Rousseff: Eu queria deixar uma mensagem para os nossos atletas que estão lá em Londres. Eu quero dizer a eles que tenham muita determinação e muita coragem, e que eles podem contar com a nossa torcida e o carinho de todos nós, brasileiras e brasileiros.

Max: E a presidenta Dilma Rousseff embarca amanhã à tarde para a cidade de Londres. Além de participar da abertura dos Jogos Olímpicos, na sexta-feira, Dilma vai ter três dias de compromissos oficiais.

Luciana: A presidenta vai se encontrar com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, com a rainha da Inglaterra, Elizabeth II e outros chefes de Estado.

Max: Além disso, a presidenta vai participar de um almoço com a delegação dos atletas brasileiros que vão participar da Olimpíada.

Luciana: Faltam quatro dias para a abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. O maior evento esportivo do mundo começa oficialmente nessa sexta-feira.

Max: O Brasil vai estar representado na Olimpíada por mais de 250 atletas, que vão competir em 32 modalidades.

Luciana: E a bandeira do Brasil foi hasteada hoje, na Vila Olímpica, na capital inglesa. A repórter Daniela Almeida, de Londres, acompanhou o evento e tem as informações.

Max: E, ainda falando em Olimpíada, Luciana, quem for para a capital inglesa durante os Jogos Olímpicos vai contar com o “Guia do Torcedor Brasileiro”, elaborado pelo Itamaraty.

Repórter Daniela Almeida (Londres-Inglaterra): A cerimônia de hasteamento da bandeira do Brasil foi realizada hoje, na zona internacional da Vila Olímpica, em Londres, capital da Inglaterra. O evento contou com as presenças do embaixador do Brasil em Londres, Roberto Jaguaribe de Gomes Mattos, e do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, COB, Carlos Arthur Nuzman. Ao som do hino brasileiro, o chefe da missão do Brasil em Londres, Bernard Rajzman, elevou a bandeira verde, amarela, diante dos vários atletas que vão defender o Brasil nos Jogos Olímpicos que começam nessa sexta-feira, dia 27, e terminam em 12 de agosto. O aposentado Márcio Kruger chegou hoje à capital inglesa e está confiante no bom desempenho dos brasileiros no evento.

Aposentado - Márcio Kruger: Eles estão em um período de boa alta, né? Então, o povo aqui está vendo eles com bons olhos. E agora depende deles, não de nós. Nós estamos aqui para admirar e torcer.

Repórter Daniela Almeida (Londres-Inglaterra): Estampado no rosto dos atletas, dos turistas e na cultura, o Brasil já deu mostras que chegou ao Reino Unido para participar do maior evento esportivo do mundo. No último sábado, por exemplo, dois blocos de carnaval de rua do Rio de Janeiro arrastaram 2 mil foliões, por 12 quilômetros de avenidas na capital britânica. Paralelo à festa canarinha, o momento é de observação. Muitas autoridades do governo brasileiro aproveitam a oportunidade para observarem a logística do evento e terem exemplos para a cidade do Rio de Janeiro, sede da próxima Olimpíada, em 2016. A brasileira Célia Regina, que, mais uma vez, visita Londres, quer ver a mesma organização no Brasil daqui a quatro anos, principalmente na área de segurança.

Célia Regina: Eles estão muito bem preparados. Eu fiquei impressionada como eles ajudaram a gente no aeroporto, nas estações de trem. E para servir de exemplo, também, o que eles vão fazer de segurança, aqui, também, né? As autoridades... A polícia já está preocupada com a segurança.

Repórter Daniela Almeida (Londres-Inglaterra): Oficialmente, a missão brasileira em Londres conta com 259 atletas, sendo 136 homens e 126 mulheres, inscritos em 32 modalidades esportivas. Entre elas, atletismo, basquete, boxe, handball, saltos ornamentais, taekwondo, vôlei de praia, além da natação e do futebol. Para mais informações sobre os atletas participantes das Olimpíadas de 2012, acesse www.esporte.gov.br.
De Londres, Daniela Almeida.

Luciana: Nós ouvimos agora a repórter Daniela Almeida, que está em Londres, acompanhando os jogos, e acompanhou, nesse último domingo, o hasteamento da bandeira na Vila Olímpica, na capital inglesa.

Max: E falando em olimpíada, Jogos Olímpicos, Luciana, eu dizia que o Itamaraty lançou o “Guia do Torcedor Brasileiro” para quem for a Londres nesse período da Olimpíada.

Luciana: Pois é, Max. A cartilha traz, por exemplo, quais documentos os turistas brasileiros devem apresentar no Departamento de Imigração do Reino Unido. Informa também os serviços prestados pelo consulado do Brasil em Londres e explica o que deve ser feito em caso de necessidade de atendimento médico ou detenção.

Max: E o Guia está disponível na página www.itamaraty.gov.br.

Sete e dezessete.

Luciana: Combater a fome e o desperdício. Essa é a função dos bancos de alimentos, que vão passar a comprar das centrais de abastecimento frutas, verduras e legumes que não têm mais valor comercial, mas ainda mantêm o teor nutricional.

Max: Estados e municípios interessados em instalar ou modernizar banco de alimentos podem enviar projetos ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome para receber recursos. Adriana Franzin tem os detalhes.

Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): Evitar o desperdício e valorizar a produção local. Essa é a ideia do Banco de Alimentos, programa desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Tudo que não tem mais valor comercial, mas serve para alimentação, é aproveitado. Além disso, os bancos compram produtos da agricultura familiar. Legumes, frutas e hortaliças são selecionados e distribuídos de graça para as instituições do Sistema Único de Assistência Social, que garantem refeições para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Os bancos também contribuem para o abastecimento dos restaurantes populares, cozinhas comunitárias e escolas. O banco do Distrito Federal, por exemplo, movimenta 32 toneladas por semana. São 25 mil beneficiários de mais de 200 instituições. Por enquanto, a central só distribui o que compra dos agricultores locais, mas, até outubro, deve implantar um sistema para aproveitar os produtos que seriam desperdiçados na central de abastecimento, como explica a coordenadora do Banco, Maria Luiza da Silva.

Coordenadora do Banco - Maria Luiza da Silva: Até o consumo, se perde 30 a 40% dos alimentos, no processo de armazenamento, no transporte, na manipulação desses alimentos. Então, nós, de dentro da Ceasa, vamos captar esses alimentos que são próprios para o consumo - simplesmente não têm um valor comercial imediato -, e, captando esses alimentos aqui dentro da Ceasa, nós vamos higienizá-los, armazená-los e fazer a distribuição para essas entidades socioassistenciais.

Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): Atualmente, existem no país 74 Bancos de Alimentos; dez deles foram instalados dentro das centrais de abastecimento. De acordo com Cíntia de Paula, coordenadora do Programa Banco de Alimentos, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o objetivo é evitar o desperdício e aproveitar o que não foi vendido e seria descartado.

Coordenadora do Programa Banco de Alimentos- Cíntia de Paula: Esses alimentos que são... muitas vezes que têm o valor nutricional, mas não têm mais o valor comercial, eles estavam sendo jogados fora e destinados a outros valores, que não ao combate ao desperdício. Então, nesse ano de 2012, nós achamos por estratégia, realmente, implantar Bancos de Alimentos em centrais de abastecimento.

Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): E o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome está com o edital aberto até o dia 27 de julho para que estados e municípios possam implantar ou modernizar os Bancos de Alimentos dentro das Ceasas. São R$ 7,5 milhões. O dinheiro pode ser usado em obras, compra de equipamentos, materiais, utensílios e até de veículos. A coordenadora Cíntia de Paula explica como participar.

Coordenadora do Programa Banco de Alimentos- Cíntia de Paula: Podem participar os municípios, os governos dos estados, os entes federados que possuem centrais de abastecimento em seu território.

Repórter Adriana Franzin (Brasília-DF): Só no ano passado, os Bancos de Alimentos distribuíram 30 mil toneladas de alimentos, que beneficiaram 1,6 milhão de pessoas em todo o país. De Brasília, Adriana Franzin.

Luciana: Como vimos na reportagem, o prazo para cadastramento das propostas do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal, Siconv, vai até o dia 27 de julho.

Max: O endereço é www.convenios.gov.br/sinconv. Siconv se escreve com S-I-C-O-N-V.

Luciana: Max, você já imaginou perder um documento importante, que guarda há muitos anos, porque ele rasgou ou molhou, por exemplo?

Max: É uma situação desagradável mesmo, Luciana. Por isso, o Laboratório de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, desenvolveu uma ferramenta para arquivar todas as pesquisas desenvolvidas no computador.

Luciana: Além de garantir a integridade dos arquivos, a Ata Eletrônica, como foi chamada, facilita a busca por dados antigos e já está sendo cobiçada por outras unidades da Embrapa.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): O papel foi por muitos anos a única forma de registrar as descobertas feitas no Laboratório de Agroenergia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa. É lá que são desenvolvidas pesquisas com formas alternativas de energia, como o dendê, por exemplo. Os passos dos pesquisadores são registrados em cadernos e mais cadernos de anotações. Para não perder nenhuma informação e facilitar o trabalho, a Embrapa passou a usar um novo sistema de arquivamento. É a chamada Ata Eletrônica. Com tudo armazenado no computador, a busca ficou muito mais fácil. É o que explica Angélica Gomes, supervisora do setor de Gestão de Laboratórios da Embrapa Agroenergia.

Supervisora do setor de Gestão de Laboratórios da Embrapa Agroenergia - Angélica Gomes: A memória de pesquisa da unidade, ela é concentrada em um único lugar. Então, ela fica sempre no sistema nosso de TI, no nosso servidor. A gente vai conservar e, quando precisar, a gente tem onde resgatar isso.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): O projeto foi desenvolvido pela própria Embrapa Agroenergia, e um detalhe chama a atenção: o baixo custo. A plataforma foi adaptada às necessidades da empresa a partir de softwares livres. A equipe multidisciplinar envolvida levou oito meses para finalizar a versão de testes da Ata Eletrônica. Durante este período, o grupo de trabalho visitou grandes empresas para ver como elas preservavam a memória das pesquisas. Eles observaram que as anotações manuais ainda predominam neste setor, tanto que o projeto da agroenergia já despertou o interesse de outros setores da própria Embrapa, como comenta Manoel Teixeira Souza Júnior, chefe geral da Embrapa Agroenergia.

Chefe geral da Embrapa Agroenergia - Manoel Teixeira Souza Júnior: O que nós divulgamos internamente na Embrapa é a existência dessa Ata Eletrônica, da Embrapa Agroenergia, e, sim, já recebemos manifestações de interesse de algumas outras unidades da Embrapa para conhecer melhor esse sistema, já com o intuito de implementar nessas outras unidades.

Repórter Patricia Scarpin (Brasília-DF): A Ata digital ainda está em fase experimental. Nos primeiros seis meses, um grupo irá acompanhar os pesquisadores para avaliar se os documentos estão sendo preenchidos de acordo com os procedimentos estabelecidos. O projeto deve servir de exemplo para as outras unidades da Embrapa. De Brasília, Patricia Scarpin.

Luciana: Foi lançado hoje, aqui em Brasília, o Comitê Estratégico do Agronegócio do Ministério da Agricultura.

Max: A função do grupo é assessorar o trabalho do Ministério na definição das políticas agrícolas, dos indicadores de desempenho do setor e na construção de uma agenda estratégica para o agronegócio.

Luciana: A linha de financiamento para materiais de construção da Caixa Econômica Federal caiu. Agora, a taxa mínima é de 1,40%, e a máxima, 2,35% ao mês.

Max: O prazo de pagamento do produto foi estendido para até 96 meses, podendo o cliente optar por ter seis meses de carência para execução das obras.

Luciana: Você ouviu hoje, na “A Voz do Brasil”.

Max: Mais de 1 milhão de novos empregos formais são criados no Brasil, nos seis primeiros meses do ano.

Luciana: Medicamento que reduz o risco de morte por câncer de mama vai passar a ser oferecido pelo SUS.

Max: Lançadas novas cédulas de 10 e 20 reais.

Luciana: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Max: Siga a “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Luciana: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite e até amanhã.