24/09/2013 - A Voz do Brasil

As recentes revelações sobre casos de espionagem eletrônica no mundo ferem o direito internacional e são uma afronta aos princípios que regem as relações entre os países. A afirmação da presidenta Dilma Rousseff foi feita hoje (24) na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A presidenta Dilma defendeu também que a Organização das Nações Unidas deve desempenhar um papel de liderança para regular o comportamento dos países frente ao uso da internet. As superintendências regionais do Trabalho foram convocadas a participar de força tarefa que está fazendo um levantamento dos convênios firmados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A ideia de reavaliar todos os convênios ocorre depois da Operação Esopo, deflagrada pela Policia Federal, no início deste mês, que revelou suposto esquema de fraude de parcerias do ministério, e prendeu acusados de suspeita de desvio de recursos públicos em dez estados e no Distrito Federal. Já estão abertas as inscrições para empresas que têm interesse em oferecer o Vale-Cultura aos funcionários. O cartão, no valor de R$ 50, pode ser usado pelos trabalhadores para comprar bens culturais, como DVDs, livros e revistas, e também para assistir peças de teatro, shows e ir ao cinema. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

24/09/2013 - A Voz do Brasil

As recentes revelações sobre casos de espionagem eletrônica no mundo ferem o direito internacional e são uma afronta aos princípios que regem as relações entre os países. A afirmação da presidenta Dilma Rousseff foi feita hoje (24) na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A presidenta Dilma defendeu também que a Organização das Nações Unidas deve desempenhar um papel de liderança para regular o comportamento dos países frente ao uso da internet. As superintendências regionais do Trabalho foram convocadas a participar de força tarefa que está fazendo um levantamento dos convênios firmados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A ideia de reavaliar todos os convênios ocorre depois da Operação Esopo, deflagrada pela Policia Federal, no início deste mês, que revelou suposto esquema de fraude de parcerias do ministério, e prendeu acusados de suspeita de desvio de recursos públicos em dez estados e no Distrito Federal. Já estão abertas as inscrições para empresas que têm interesse em oferecer o Vale-Cultura aos funcionários. O cartão, no valor de R$ 50, pode ser usado pelos trabalhadores para comprar bens culturais, como DVDs, livros e revistas, e também para assistir peças de teatro, shows e ir ao cinema. Tudo isso você ouviu nesta terça-feira em A Voz do Brasil!

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Duração:

Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Kátia Sartório: Brasil vai apresentar propostas para regulação internacional do uso da internet por causa das espionagens eletrônicas.

Apresentador Luciano Seixas: Superintendências Regionais do Trabalho vão participar da força-tarefa para análise dos convênios firmados pelo Ministério do Trabalho, em todo o país.

Kátia: Empresas ou pessoas jurídicas que tenham trabalhadores com carteira assinada já podem se cadastrar para oferecer Vale-Cultura aos funcionários.

Luciano: Quarta-feira, 24 de setembro de 2013.

Kátia: Terça-feira.

Luciano: Terça-feira.

Kátia: Terça-feira, 24 de setembro de 2013.

Luciano: Está no ar a sua voz.

Kátia: A nossa voz.

Luciano: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, no estúdio, da Voz do Brasil, na EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Olá, boa noite! Quer conhecer os bastidores da Voz do Brasil do Poder Executivo? Assista agora o nosso programa ao vivo, em vídeo, pela internet.

Luciano: Basta acessar: www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.

Kátia: As recentes revelações sobre casos de espionagem eletrônica no mundo ferem o direito internacional e são uma afronta aos princípios que regem as relações entre os países.

Luciano: A afirmação da presidenta Dilma Rousseff foi feita hoje, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, Estados Unidos.

Kátia: A presidenta Dilma defendeu que a Organização das Nações Unidas, a ONU, deve desempenhar um papel de liderança para regular o comportamento dos países frente ao uso da internet.

Luciano: E afirmou que o Brasil vai apresentar propostas para a criação de um marco civil multilateral para governança e uso da internet. O repórter Paulo La Salvia está em Nova Iorque e tem mais informações.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): No discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU, a presidenta Dilma Rousseff condenou a espionagem dos Estados Unidos sobre a população, empresas e o governo brasileiro.

Presidenta Dilma Rousseff: Estamos, Sr. Presidente, diante de um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis, da invasão e captura de informações sigilosas relativas às atividades empresariais e, sobretudo, de desrespeito à soberania nacional do meu país. Fizemos saber ao governo americano o nosso protesto, exigindo explicações, desculpas e garantias de que tais procedimentos não se repetirão.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): Dilma Rousseff afirmou que a interceptação ilegal de informações é um desrespeito à soberania brasileira e representa uma grave violação à democracia e à liberdade de opinião das pessoas. Disse, ainda, que a espionagem não se justifica, já que o Brasil não abriga grupos terroristas, e defendeu que o governo brasileiro vai redobrar os esforços legais e de tecnologia para evitar a interceptação ilegal de dados e comunicações. A presidenta apresentou cinco propostas para a criação de um marco civil mundial para o uso da internet.

Presidenta Dilma Rousseff: Precisamos estabelecer para a rede mundial mecanismos multilaterais capazes de garantir princípios como, primeiro, da liberdade de expressão, privacidade do indivíduo e respeito aos direitos humanos. Segundo, da governança democrática, multilateral e aberta, exercida com transparência, estimulando a criação coletiva e a participação da sociedade, dos governos e do setor privado. Terceiro, da universalidade, que assegura o desenvolvimento social e humano e a construção de sociedades inclusivas e não discriminatórias. Quarto, da diversidade cultural, sem imposição de crenças, costumes e valores. Cinco, da neutralidade da rede, ao respeitar apenas critérios técnicos e éticos, tornando inadmissíveis restrições por motivos políticos, comerciais, religiosos ou de qualquer outra natureza.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): Outros temas internacionais foram comentados. Dilma Rousseff pediu cooperação de todos os países para a recuperação da economia mundial e descartou uma ação militar na guerra civil da Síria sem a aprovação do Conselho de Segurança da ONU. Também voltou a pedir a reforma das Nações Unidas e do Fundo Monetário Internacional e afirmou que as decisões da Rio+20 devem nortear as ações para o desenvolvimento depois de 2015.

Presidenta Dilma Rousseff: O grande passo que demos no Rio de Janeiro foi colocar a pobreza no centro da agenda do desenvolvimento sustentável. A pobreza, Sr. Presidente, não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento. E a proteção ambiental não é uma meta apenas para quando a pobreza estiver superada. O sentido da agenda pós-2015 é a construção de um mundo, no qual seja possível crescer, incluir, conservar e proteger.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): Sobre o Brasil, a presidenta lembrou que, nos últimos dois anos, 22 milhões de pessoas foram retiradas da extrema pobreza e que o país foi o que mais investiu no mundo em educação, no ano passado. Já sobre as manifestações de junho, a presidenta Dilma Rousseff reafirmou que elas são parte da democracia no país. De Nova Iorque, nos Estados Unidos, Paulo La Salvia.

Kátia: E, na tarde de hoje, a presidenta Dilma Rousseff participou do Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, também na sede da ONU, em Nova Iorque.
Luciano: O evento discute os desdobramentos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, realizada no ano passado, no Rio de Janeiro.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): A Rio+20 estabeleceu mudanças na discussão sobre a conservação ambiental. Isso porque incluiu a erradicação da pobreza como condição para o crescimento econômico e o desenvolvimento sustentável. A afirmação foi feita pela presidenta Dilma Rousseff nas Nações Unidas. Na avaliação da presidenta, pela primeira vez na história, está ao nosso alcance a meta de erradicar a pobreza extrema no mundo.

Presidenta Dilma Rousseff: Para o Brasil, trata-se de meta que já estamos atingindo com todas as pessoas cadastradas no Programa Brasil Sem Miséria. E, agora, por meio da Busca Ativa, que o Estado Brasileiro assume para alcançar aquelas pessoas que, de tão pobre, não têm consciência da sua própria cidadania.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): Dilma Rousseff também destacou que a presença do Brasil no fórum é uma reafirmação do compromisso brasileiro com o avanço da sustentabilidade.

Presidenta Dilma Rousseff: Esse compromisso com a proteção ambiental se reflete, por exemplo, no fato de sermos, de acordo com as Nações Unidas, o país que mais tem feito pela redução das emissões de gás de efeito estufa.

Repórter Paulo La Salvia (Nova Iorque-EUA): Nesta quarta-feira, a presidenta Dilma Rousseff encerra, em Nova Iorque, o encontro com empresários do Brasil e dos Estados Unidos. O programa de investimentos em logística é o principal assunto. O programa prevê investimentos de R$500 bilhões em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e no setor de energia, nos próximos 30 anos no país. De Nova Iorque, nos Estados Unidos, Paulo La Salvia.

Kátia: E a concessão de vistos para cidadãos sírios que estão saindo da república árabe, por causa da guerra civil e que desejam se refugiar aqui no Brasil, vai ser facilitada.

Luciano: Uma resolução publicada pelo Comitê Nacional para os Refugiados, Conare, no Diário Oficial da União de hoje, regulamenta a liberação dos vistos de caráter especial, por parte dos Ministérios ou do Ministério das Relações Exteriores.

Kátia: Segundo a resolução, razões humanitárias foram levadas em consideração para autorizar o refúgio, além dos laços históricos entre a Síria e o Brasil, onde reside grande população de ascendência daquele país.

Luciano: Duzentos e cinquenta refugiados sírios já têm visto para ficar aqui no Brasil.

Kátia: Os confrontos na Síria entre grupos de oposição e o regime do presidente Bashar al-Assad já duram dois anos.

Luciano: Segundo a ONU, o conflito já matou 100 mil pessoas e levou dois milhões de sírios a saírem do país.

Kátia: Sete e nove.

Luciano: As Superintendências Regionais do Trabalho foram convocadas, hoje, a participar da força-tarefa que está fazendo um levantamento dos convênios firmados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Kátia: A ideia de reavaliar todos os convênios ocorre depois da Operação Esopo, deflagrada pela Polícia Federal no início desse mês e que revelou suposto esquema de fraude de parcerias do Ministério, prendeu acusados de suspeita de desvio de recursos públicos em dez estados e aqui no Distrito Federal e já resultou na exoneração e demissão de funcionários do Ministério.

Luciano: Numa reunião aqui em Brasília, com os superintendentes dos 26 estados e do Distrito Federal, o ministro Manoel Dias fez um relato das ações que estão sendo desenvolvidas pelos técnicos e das medidas tomadas até o momento. O repórter Leandro Alarcon tem as informações.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, se encontrou nesta terça-feira com superintendentes regionais para reforçar as ações de análise de convênios firmados pelo Ministério do Trabalho. O ministro anunciou que as superintendências vão participar da força-tarefa, criada para realizar a prestação de contas do Ministério. Segundo o ministro Manoel Dias, o resultado final das análises é que vai definir a continuidade ou não dos contratos.

Ministro do Trabalho e Emprego - Manoel Dias: Feita essa análise, será expedido uma nota técnica, que vai determinar a continuação destes convênios até o seu término ou a suspensão de acordo com o que foi encontrado, possíveis irregularidades. Então, no prazo que a gente estipulou de 30 dias, nós estaremos liberando aqueles que estão sendo realizados normalmente e cancelando aqueles que apresentarem irregularidades.

Repórter Leandro Alarcon (Brasília-DF): A reunião é um desdobramento da Operação Esopo, deflagrada no começo desse mês pela Polícia Rodoviária para desarticular uma organização criminosa que desviava recursos públicos em 11 estados. A investigação aponta fraudes em diversos serviços, como a construção de cisternas e a produção de eventos. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 400 milhões. As fraudes aconteciam por meio de licitações. O Ministério do Trabalho já havia decidido suspender os repasses de recursos aos convênios, durante 30 dias, para concluir a situação de cada contrato. De Brasília, Leandro Alarcon.

Kátia: Já estão abertas as inscrições para empresas que têm interesse em oferecer o Vale-Cultura aos funcionários.

Luciano: O cartão, no valor de R$ 50,00, pode ser usado pelos trabalhadores para comprar bens culturais, como DVDs, livros, revistas e também para assistir peças de teatro, shows e ir ao cinema.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Qualquer pessoa jurídica que empregue trabalhadores com carteira assinada pode se inscrever. O Vale-Cultura é um benefício de R$ 50,00 mensais para que trabalhadores, principalmente aqueles que recebem até cinco salários mínimos, possam ter acesso a bens culturais como livros, CDs, ingressos para cinemas, peças, espetáculos e exposições, além de cursos de formação cultural.

Entrevistado: Com certeza eu gastaria comprando livros.

Entrevistada: Eu ia usar com o cinema, teatro e livros.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): O programa vai funcionar nos moldes do Vale-Alimentação, por exemplo. Com cartão pré-pago, o trabalhador pode utilizar o crédito para adquirir produtos culturais no valor do benefício, usar para complementar o valor do produto cultural ou deixar acumular os créditos. A cada mês, a recarga é feita sem a necessidade de solicitação, e os créditos não têm data de validade. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, explica como os empregadores podem participar e oferecer o benefício aos funcionários.

Ministra da Cultura - Marta Suplicy: Está aberto, desde ontem, no site do Ministério da Cultura, a possibilidade para o empresário se cadastrar para poder dar ao seu funcionário o Vale-Cultura. Nós, primeiro, credenciamos os operadores, que são os operadores do cartão de crédito. Agora o empresário escolhe o cartão de crédito que ele quer que seja a sua bandeira. E aí ele credencia os seus funcionários, distribui aquele cartão de crédito de R$ 50,00 para os seus funcionários, e o funcionário passa a usufruir de tudo que a cultura tem de bom.

Repórter Carolina Becker (Brasília-DF): Para participar do programa, a empresa deve preencher o cadastro no site do Ministério da Cultura, apresentar os documentos solicitados e escolher uma operadora do cartão Vale-Cultura. As empresas têm de oferecer o benefício prioritariamente aos trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos. Se quiser, o empregador pode ofertar para todo o quadro de funcionários. Como incentivo, as empresas de lucro real podem deduzir até 1% do Imposto de Renda devido para abater as despesas com o benefício. As empresas que utilizam o regime de lucro presumido ou simples também poderão aderir, e o valor do benefício não terá atribuído com encargos sociais, nem terá a natureza salarial. Mais informações em www.cultura.gov.br/valecultura. De Brasília, Carolina Becker.

Kátia: O Estatuto da Juventude, o Plano Juventude Viva, foram alguns assuntos em destaque hoje, no programa Brasil em Pauta, que entrevistou a secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Repórter Rosamélia de Abreu (Brasília-DF): A secretária nacional de Juventude, Severine Macedo, informou que o Brasil possui atualmente 51 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, de acordo com dados do IBGE. Para a secretária, o Estatuto da Juventude, sancionado em agosto pela presidenta Dilma Rousseff, é fundamental para aprofundar as ações públicas que vão atender as necessidades dos jovens brasileiros nas áreas de educação, trabalho, saúde, cultura.

Secretária Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República - Severine Macedo: Então a nossa tarefa, enquanto estado, é proporcionar um conjunto maior de políticas que permitam a inclusão, a emancipação desses jovens, e o Estatuto da Juventude é um passo importante para isso, na medida em que ele garante que a política de juventude seja percebida como uma política de estado para além da transitoriedade dos nossos governos.

Repórter Rosamélia de Abreu (Brasília-DF): Em relação ao combate à violência contra os jovens, a secretária nacional de Juventude lembrou que os homicídios são a principal causa de morte de jovens no país. As mortes atingem especialmente negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas metropolitanas dos centros urbanos. A secretária Severine Macedo destacou o Plano Juventude Viva como uma das ações do governo federal para combater essa violência.

Secretária Nacional de Juventude da Secretaria-Geral da Presidência da República - Severine Macedo: O Plano Juventude Viva, ele é um conjunto de iniciativas de dez Ministérios do governo federal, coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude junto com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, e ele busca oportunizar aos jovens desses municípios, dos bairros mais expostos à violência, a ampliação do acesso aos programas e políticas do governo federal, estadual e municipal, ampliar também o acesso aos equipamentos públicos do campo do lazer, da cultura, da saúde, nesses territórios, e também envolver a sociedade, a mídia, os agentes sociais, os movimentos juvenis, os movimentos comunitários, na campanha de sensibilização da sociedade sobre a reversão dos estereótipos.

Repórter Rosamélia de Abreu (Brasília-DF): A secretária Severine Macedo informou ainda que o Plano Juventude Viva já foi implantado no Distrito Federal e entorno, Alagoas e Paraíba. Nos próximos meses, o plano será lançado também em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Pará. De Brasília, Rosamélia de Abreu.

Luciano: Sete e dezessete.

Kátia: Duzentos e setenta e três municípios de todas as regiões do país vão receber R$ 287 milhões do Ministério da Saúde.

Luciano: O dinheiro é para construir e ampliar 643 Unidades Básicas de Saúde.

Kátia: A portaria foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.

Luciano: Esse investimento faz parte da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2.

Kátia: E o assunto ainda é saúde, Luciano. Essa semana, 87 médicos estrangeiros ou formados no exterior receberam o registro profissional para trabalhar no Programa Mais Médicos.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Para começar a atuar no Brasil, os médicos estrangeiros precisam do registro provisório, que é concedido pelos Conselhos Regionais de Medicina. Até agora, 87 profissionais já receberam o documento e podem iniciar o atendimento à população. São 28 médicos com registros na Bahia, 29 no Ceará, 11 em Pernambuco e 19 no Rio Grande do Sul. A previsão é que fossem liberados mais 115 registros nesta terça-feira e outros 184 até o próximo sábado. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o atendimento médico das cidades que contam com o programa já mostra melhorias para a população.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Os primeiros médicos que chegam já começam a mudar a realidade do atendimento nesses centros de saúde, nessas cidades. Por isso que é muito importante, o Ministério da Saúde vai continuar lutando para isso, que não exista nenhum empecilho para o começo do trabalho da atuação desses médicos e comunidades tão carentes.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Segundo o Ministério da Saúde, a apesar de não haver previsão legal, a concessão de registro para os médicos estrangeiros tem sido prejudicada por exigências indevidas dos Conselhos Regionais de Medicina, fora do que foi definido pela Medida Provisória que criou o Programa Mais Médicos. De acordo com o ministro Padilha, várias ações judiciais determinam que os Conselhos Regionais liberem os registros dos profissionais estrangeiros.

Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: O Ministério da Saúde está agindo, não só o Ministério da Saúde, a AGU, a Justiça já deu em várias ações a determinação para os CRMs emitir o registro, todos os documentos estabelecidos na lei foram entregues, e nós vamos, inclusive, se necessário, através da Justiça, exigir a emissão desses registros.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Na semana passada, um parecer da Advocacia-Geral da União determina que os Conselhos Regionais de Medicina não podem exigir para a concessão do registro documentos que não estejam na Medida Provisória que criou o programa. Os profissionais estrangeiros, participantes do Programa Mais Médicos, vão trabalhar no Brasil por três anos. Segundo as regras do programa, eles podem atuar apenas na atenção básica e nos municípios que foram definidos pelo Ministério da Saúde. Esses médicos são acompanhados por tutores e supervisores. De Brasília, Priscila Machado.

Luciano: E a repórter Priscila Machado conversou, agora há pouco, com a médica cubana Dâmara Morejon, que já tem o registro e começa a trabalhar na quinta-feira, dia 26, no distrito de Barreira, em Araci, no Estado da Bahia.

Repórter Priscila Machado: Qual a sua expectativa agora?

Médica - Dâmara Morejon: As expectativas são muitas. Agora estamos aqui, na Secretaria de Saúde, conhecendo mais acerca do trabalho, das doenças mais frequentes, tudo acerca das Unidades Básicas de Saúde, onde nós vamos começar a trabalhar. E estamos muito entusiasmadas, animadas, para começar. Acho que tudo vai fluir mais passo a passo, pouco a pouco.

Repórter Priscila Machado: E como é que a população te recebeu? Eles estão contentes com a chegada de um médico?

Médica - Dâmara Morejon: Muito contentes. Muitos acolhedores, tudo muito bom, muito bom, tudo muito bonito.

Repórter Priscila Machado: O que essa população precisa mais?

Médica - Dâmara Morerron: As doenças mais frequentes nessa... nessa região são as infecções parasitárias, intestinais e parasitárias. Agora mesmo eu estava olhando todas as pessoas, todos os indicadores, que também são muito frequentes as infecções respiratórias. Eu acho que o trabalho vai ser principalmente trabalhar com a comunidade... Há muito tempo que não tem médico ali, nessa Unidade Básica de Saúde, e esse trabalho... O trabalho na comunidade é muito importante.

Repórter Priscila Machado: Muito obrigada, viu, Dâmara?

Médica Cubana do Programa Mais Médicos - Dâmara Morejon: Obrigada.

Luciano: E já começou a Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos, que vai entrevistar 38.400 pessoas, em 245 cidades.

Luciano: Assunto da entrevista que a repórter Gláucia Gomes fez com Carlos Gadelha, secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

Repórter Gláucia Gomes: Secretário, como vai ser feita essa pesquisa e quem pode participar?

Secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde - Carlos Gadelha: Essa pesquisa, ela é uma pesquisa inédita, é a pesquisa mais ampla já feita nesse país, envolvendo 38.400 pessoas. Nós vamos entrar na casa da pessoa com o crachá totalmente identificado, com uma carta do Ministério da Saúde, e vamos saber como é que essa pessoa, ela utiliza os medicamentos. Se ela utiliza com receita médica, se ela usa isso de forma racional, tem desperdício, ela se automedica. Por favor, a pessoa não pode se automedicar. Ela tem que ter um acompanhamento médico do sistema de saúde. Então, nós vamos dar um retrato total de como que o cidadão brasileiro, em 245 municípios, em todos os estados do país e no Distrito Federal, nas cinco regiões brasileiras, consomem medicamentos. Hoje o medicamento é visto como um bem, um bem que traz saúde, muito importante. Olha aí o Farmácia Popular como um grande programa brasileiro. Mas, se o medicamento não for tomado de forma correta, for tomado de forma sem receita médica e for tomado como automedicação, ele pode trazer malefício. Hoje, mais de 10 mil pessoas são internadas por ano por intoxicação com o uso errados de medicamentos. Então, essa é uma pesquisa inovadora, que nós pedimos que sejamos bem acolhidos, como a gente acolhe o IBGE, quando faz pesquisa, vamos ter o crachá para identificar os nossos pesquisadores para que a gente tenha um retrato profundo de como a população brasileira consume os medicamentos. Os medicamentos têm que trazer saúde e não trazer malefício para o cidadão.

Repórter Gláucia Gomes: Nessa pesquisa, o Ministério da Saúde tem a meta de mapear algumas doenças específicas?

Secretário de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde - Carlos Gadelha: É isso. O foco nosso são as doenças crônicas: hipertensão, diabetes, asmas, aquelas que exigem que você tome o medicamento de forma permanente, contínua e segura. E, ao mesmo tempo, aqueles serviços que estão lá na ponta da atenção básica à saúde; 80% dos problemas de saúde são resolvidos lá na ponta, junto do cidadão. Então, nós vamos ver como é que o cidadão enfrenta. Por exemplo, se ele tem uma doença de hipertensão, ele faz exercício físico? Ele se alimenta adequadamente? A questão da saúde não é só o medicamento, é como ele usa esse medicamento, a dose que ele usa, se ele faz o acompanhamento, e, ao mesmo tempo, quais são os hábitos de vida que ele possui. Então, são mais de 100 perguntas para a gente ter o retrato profundo de como as pessoas lidam com o medicamento. O medicamento é um meio, não é o fim. Não acha que o medicamento resolve o problema de saúde. Ele é um meio importante para ajudar o cidadão a ter uma melhor saúde.

Repórter Gláucia Gomes: Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, muito obrigada pela entrevista aqui, na Voz do Brasil.

Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.

Luciano: Brasil vai apresentar propostas para a regulação internacional do uso da internet por causa das espionagens eletrônicas.

Kátia: Superintendências Regionais do Trabalho vão participar da força-tarefa para análise dos convênios firmados pelo Ministério do Trabalho em todo o país.

Luciano: Empresas ou pessoas jurídicas que tenham trabalhadores com carteira assinada já podem se cadastrar para oferecer Vale-Cultura aos funcionários.

Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de Jornalismo da EBC Serviços.

Luciano: Siga a Voz do Brasil no twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã. Boa noite.

Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.