25/04/2012 - A Voz do Brasil

A Caixa Econômica Federal anunciou mais uma queda nos juros, desta vez para o financiamento de imóveis. De acordo com o valor do imóvel e o prazo de pagamento, a redução nos juros pode chegar a até 21%. As novas condições passam a valer no próximo dia 4. E as famílias brasileiras pagaram juros mais baixos em março deste ano. O relatório do Banco Central diz que a taxa média caiu de 45,5% para 44,4%. A coleta seletiva de lixo reciclável cresceu 120% entre 2000 e 2008, em quase mil cidades do país. É o que revela um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

25/04/2012 - A Voz do Brasil

A Caixa Econômica Federal anunciou mais uma queda nos juros, desta vez para o financiamento de imóveis. De acordo com o valor do imóvel e o prazo de pagamento, a redução nos juros pode chegar a até 21%. As novas condições passam a valer no próximo dia 4. E as famílias brasileiras pagaram juros mais baixos em março deste ano. O relatório do Banco Central diz que a taxa média caiu de 45,5% para 44,4%. A coleta seletiva de lixo reciclável cresceu 120% entre 2000 e 2008, em quase mil cidades do país. É o que revela um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.

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Publicado em 09/12/2016 18:23

Apresentadora Kátia Sartório: Juros para financiar imóveis pela Caixa Econômica ficam cerca de 20% mais baixos.

Apresentador Luciano Seixas: E as famílias brasileiras pagaram juros mais baixos em março deste ano.

Kátia: Coleta seletiva de lixo reciclável aumentou 120% em quase mil cidades brasileiras.

Luciano: Quarta-feira, 25 de abril de 2012.

Kátia: Está no ar a sua voz.

Luciano: A nossa voz.

Kátia: A Voz do Brasil.

Luciano: Boa noite! Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.

Kátia: Nas últimas semanas, Luciano, bancos públicos e privados baixaram as taxas de juros do cartão de crédito, do cheque especial, do crédito consignado, do financiamento para comprar carros e também do crédito para empresas.

Luciano: É verdade, Kátia. E, hoje, a Caixa Econômica Federal anunciou mais uma queda nos juros, desta vez para o financiamento de imóveis.

Kátia: De acordo com o valor do imóvel e o prazo de pagamento, a redução dos juros pode chegar até 21%. As novas condições passam a valer no próximo dia 4.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O motoboy Rolioni Aguiar há seis meses comprou um imóvel novinho pelo Programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal. Com renda familiar de R$ 2.000,00, Rolioni não tinha dinheiro para pagar um imóvel à vista, por isso parcelou R$ 82 mil em 300 prestações. Rolioni está feliz no novo lar.

Motoboy - Rolioni Aguiar: A vantagem é que você está morando no que é seu, você não está jogando um dinheiro praticamente fora, que aluguel é um dinheiro que você nunca mais vai ver, e você está investindo num bem que é seu. E quando você está na casa, é outra coisa. Quando eu botei o pé, a primeira vez, falei: Agora eu estou na minha casa. É uma sensação inexplicável. Muito ótimo!

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): E para quem vai financiar a casa própria, como fez o motoboy Rolioni Aguiar, a Caixa Econômica Federal anunciou hoje a redução de juros do crédito imobiliário em até 21%. O percentual varia conforme o tipo de relacionamento do cliente com o banco público, quanto mais serviços bancários contratados, como cheque especial e conta-salário, menor vai ser o juro do parcelamento. O vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, explica as novas taxas.

Vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa Econômica Federal - José Urbano Duarte: Independente de ele ter conta, cheque especial, cartão de crédito, ela caiu de 10 para 9. Mas, se ele tiver esses produtos também, ela vai cair, por exemplo, de 10 até 7.9%, ou seja, então você vai crescendo essa redução para o cliente em função do tipo de relacionamento que ele tem com você.

Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): As novas medidas, no entanto, não valem para empréstimos já contratados, e os juros mais baixos são para contratos assinados a partir de 4 de maio, quando vai começar a oitava edição do Feirão Caixa da Casa Própria. A feira vai passar por 13 cidades até 10 de junho; mas os novos contratos podem ser assinados fora dos feirões, em qualquer agência da Caixa Econômica Federal. Para conferir a as cidades que vão receber o Feirão Caixa da Casa Própria e ainda consultar a redução dos juros, acesse www.caixa.gov.br. De Brasília, Daniela Almeida.

Luciano: E por falar em juros, o Banco Central divulgou hoje relatório sobre política monetário e operações de crédito.

Kátia: E o relatório mostra que caíram os juros e caiu o ‘spread’ bancário, que é a diferença entre a taxa que o banco cobra do cliente e aquela que o banco paga para outras instituições financeiras para realizar esses empréstimos.

Luciano: Sobre isso vamos conversar agora com a jornalista Edla Lula, que está aqui, ao vivo, no estúdio da “Voz do Brasil”. Boa noite, Edla.

Repórter Edla Lula: Boa noite, Luciano. Boa noite, Kátia.

Kátia: Boa noite, Edla.

Luciano: Pagamos menos juros nos empréstimos no mês passado?

Repórter Edla Lula: Olha, Luciano, na média, pagamos menos juros sim. O relatório do Banco Central disse que, no caso dos juros, a taxa média caiu um ponto percentual, de 45,5 para 44,4%. E o ‘spread’ médio caiu de 28,5 pontos percentuais, em fevereiro, para 28,1 ponto percentual em março.
A queda no ‘spread’ para pessoa física foi um pouco maior, saiu de 35,8 pontos para 35 pontos.

Kátia: Essa queda nos juros e no ‘spread’ cobrado já é uma consequência das reduções praticadas tanto por bancos públicos quanto pelos bancos privados, Edla?

Repórter Edla Lula: Ainda não, viu, Kátia. Porque o primeiro anúncio feito pela Caixa Econômica aconteceu no dia 9 de abril. O anúncio do Banco do Brasil foi no dia 13; depois vieram os públicos. E o levantamento feito pelo Banco Central se refere ao mês de março. Inclusive, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, na entrevista coletiva em que falou sobre o relatório, confirmou isso hoje, que ainda não é possível perceber os efeitos dessas reduções nos juros e no ‘spread’.

Luciano: O que explica, então, a queda?

Repórter Edla Lula: Quando so bancos formulam as taxas de juros, eles consideram principalemnte duas coisas: o lucro e o risco. A taxa de juros que cobra dos clientes é sempre mais alta que o valor que o banco pega em outras instituições, para que tenha o lucro. Além disso, o banco põe nessa conta o risco do cliente não pagar o que deve. E o que o relatório do Banco Central mostra, Luciano, é que caiu o número de clientes, especialmente no caso de pessoas físicas, que deixam de pagar as parcelas acertadas com os bancos, e foi isso que resultou a queda do ‘spread’ e dos juros.

Kátia: Ou seja, caiu a inadimplência, as pessoas honraram as dívidas.

Repórter Edla Lula: Exatamente, Kátia. A taxa de inadimplência caiu de 7,6% para 7,4%. É considerado inadimplente - só para lembrar - a pessoa ou empresa que deixa de pagar as parcelas por mais de 90 dias.

Luciano: Obrigado, Edla Lula, pela participação ao vivo, aqui, na “Voz do Brasil”.

Repórter Edla Lula: Tchau!

Kátia: A coleta seletiva de lixo reciclável cresceu 120% entre 2002 e 2008 em quase mil cidades do país. É o que revela um estudo divulgado hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea.

Luciano: O relatório aponta que a maioria desses municípios fica nas regiões Sul e Sudeste. Os detalhes na reportagem de Carla Wathier.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): A cooperativa de catadores, onde o Ivan Guedes trabalha, há 30 quilômetros de Brasília, recolhe 150 toneladas de lixo por mês, material que vem de residências, órgãos públicos e empresas.

Catador - Ivan Guedes: Aqui, a gente faz de tudo. A gente recicla, pega, vai buscar o material; chega, a gente descarrega, separa o material todo, a pet, o papel branco.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Na cooperativa trabalham cerca de 200 pessoas, todos tiram de lá o sustento da família. Domingas de Jesus é uma das fundadoras. Ela gosta do que faz, mas acha que a profissão deveria ser mais valorizada.

Catadora - Domingas de Jesus: Não é só pelo dinheiro, mas, sim, pelo meio ambiente, pelas ruas, pela cidade ficar limpa.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): Segundo o levantamento do Ipea, existem hoje, no país, entre 400 e 600 mil catadores de recicláveis; 10% participam de alguma cooperativa. A maioria trabalha em condições precárias, principalmente em lixões, e os rendimentos não passam de um salário mínimo. Para chegar à valorização tão desejada pela catadora Domingas de Jesus, o estudo aponta que há um longo caminho, por isso a recomendação é que eles se organizem, como explica Igor Ferraz, técnico do Ipea que ajudou na elaboração da pesquisa.

Técnico do Ipea - Igor Ferraz: O caminho para a inclusão social dos catadores é uma maior formalização das cooperativas, o maior número de cooperativas, simultaneamente, ao maior fortalecimento da estrutura técnica, tecnológica das cooperativas.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O estudo do Ipea também mostrou que a coleta seletiva no país cresceu 120% de 2000 a 2008, em 994 cidades do país, a maioria nas regiões Sul e Sudeste; mas a prática é uma realidade em apenas 18% dos municípios brasileiros. Outro desafio apontado pelo estudo é o que fazer com o lixo depois de coletado. A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina o fim dos lixões até 2014. Para Albino Alvarez, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea, essa é uma meta difícil de ser cumprida a curto prazo. Uma das saídas é investimentir em consórcios intermunicipais, onde as prefeituras se unem para construir aterros sanitários.

Técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea - Albino Alvarez: Mais de 4 mil municípios brasileiros têm menos de 50 mil habitantes. Exige, realmente, uma articulação regional para que se trabalhe, organizando em consórcios intermunicipais.

Repórter Carla Wathier (Brasília-DF): O estudo completo pode ser acessado em www.ipea.gov.br. De Brasília, Carla Wathier.

Kátia: Estudantes universitários brasileiros podem estudar de graça no exterior.

Luciano: É verdade, basta participar do Programa Ciências Sem Fronteiras, que oferece 101 mil bolsas, sendo 75 mil do governo e o restante da iniciativa privada.

Kátia: As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 30 de abril. Priscila Machado tem os detalhes.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): Maria Júlia Sanchez tem 23 anos e cursa o 4º semestre de Engenharia Mecânica na Universidade de Brasília.
Ela se prepara para ir passar um ano nos Estados Unidos; foi selecionada pelo Programa Ciências Sem Fronteiras e vai receber uma bolsa de estudos.

Estudante - Maria Júlia Sanchez: Os Estados Unidos são um marco em engenharia, assim como em tecnologia. Eles são muito desenvolvidos nessas áreas todas. Então, a oportunidade de estudar lá é trazer, assim, uma coisinha a mais que, às vezes, a gente não tem aqui e que vai agregar muito.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O cearense Antônio Camilo Filho, de 21 anos, também foi selecionado pelo Ciências Sem Fronteiras e já está nos Estados Unidos há quatro meses. Ele estuda Medicina em uma universidade da Pensilvânia, e conta como está sendo participar do programa.

Estudante - Antônio Camilo Filho: A diferença é que ela é muito engrandecedora, tanto do ponto de vista de um intercâmbio cultural, você está aprendendo uma nova cultura, você está vendo o mundo com outros olhos, quanto no sentido mesmo do principal, o ideal do programa que você está inserido num centro de tecnologia.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O Programa Ciências Sem Fronteiras está com inscrições abertas para novas bolsas de estudo. São quase 6 mil vagas. As oportunidades são para sete países: Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Holanda e Portugal. Podem concorrer estudantes de graduação que já tenham concluído de 20 a 90% do curso no Brasil. Márcio Silva, diretor de Relações Internacionais da Capes, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, explica o apoio que os selecionados recebem.

Diretor de Relações Internacionais da Capes - Márcio Silva: Na verdade, é um pacote, é um enxoval. Além da bolsa, dependendo do país, ele vai receber uma bolsa diferente da outra, do outro país, mas ele recebe uma bolsa, um auxílio-instalação, que é equivalente a uma nova bolsa, ele recebe US$ 1.000,00 para a compra de um computador, ou um tablet, e ele tem ainda o seguro-saúde pago, passagem de ida e volta e as taxas cobradas pelas universidades, no caso de países que cobram no Ensino Superior.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): O diretor de Relações Internacionais da Capes explica que os estudantes também têm possibilidade de fazer estágio em grandes empresas internacionais.

Diretor de Relações Internacionais da Capes - Márcio Silva: Isso já vem acontecendo. Por exemplo, nos Estados Unidos, nós temos alunos fazendo estágios agora na Nasa, na Microsoft, na Boeing; e a mesma coisa acontecerá com empresas da França, Alemanha, e nesses outros países cobertos dentro do edital.

Repórter Priscila Machado (Brasília-DF): As vagas abertas são para as áreas de engenharia, ciências agrárias e biológicas. As inscrições podem ser feitas até o dia 30 de abril pela internet, no endereço: www.cienciasemfronteiras.gov.br. De Brasília, Priscila Machado.

Kátia: Sete e doze.

Luciano: Os municípios que ainda não se cadastraram no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, Pronatec, têm até 8 de maio para aderir.

Kátia: De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, pelo menos 293 prefeituras com mais de 50 mil habitantes ainda não se inscreveram no programa.

Luciano: As cidades que aderirem ao Pronatec podem receber, por ano, um valor mínimo de R$ 54 mil.

Kátia: E toda semana, 4 mil beneficiários de programas sociais e pessoas inscritas no Cadastro Único de Políticas Sociais se inscrevem em cursos do Pronatec.

Luciano: Mais detalhes na reportagem de Cleide Lopes.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Gilvanir Borges tem 30 anos, ela mora no Gama, cidade do Distrito Federal. Estudou até o Ensino Médio e ainda não conseguiu realizar o sonho de ter um emprego formal com carteira assinada. Por isso, Gilvanir decidiu fazer um curso de capacitação de operadora de caixa oferecido pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, o Pronatec. Ela é uma das 64 mil pessoas que se inscreveram, só este ano, para um dos cursos de capacitação. Para Gilvanir Borges são novas oportunidades para mudar de vida.

Gilvanir Borges: É abrir as portas para o mercado de trabalho. É o que eu espero. Com esse projeto do Pronatec, eu acredito que agora, sim, eu vou ter um emprego garantido, carteira fichada.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Um dos principais objetivos do Plano Brasil Sem Miséria é oferecer cursos de qualificação profissional a pessoas em situação de extrema pobreza. Podem participar beneficiários de programas sociais de transferência de renda, como o Bolsa-Família e o Benefício de Prestação Continuada. Quatro mil alunos ingressam por semana nos cursos de capacitação profissional do Pronatec. De acordo com o diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Luiz Müller, a meta do governo é fechar este ano com 230 mil alunos em sala de aula. Hoje, segundo ele, existem vagas para 189 cursos.

Diretor de Inclusão Produtiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Luiz Müller: Nós temos cursos de pedreiro, pizzaiolo, camareira, cabeleireiro, carpinteiro. São todas funções que, na verdade, o mercado de trabalho hoje está demandando, seja na área de serviço, seja na área mesmo de contratação de pessoas através de carteira assinada.

Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): A pré-matrícula é feita pelas prefeituras nos Centros de Referência de Assistência Social, os Cras, depois essas pessoas são encaminhadas para as matrículas. O curso é de graça e o aluno tem direito ao vale-transporte e um lanche durante o período de treinamento. De Brasília, Cleide Lopes.

Kátia: Mais informações em pronatecportal.mec.gov.br.

Luciano: O Brasil vai sediar eventos esportivos importantes, como a Copa das Confederações, no ano que vem, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. E a expectativa é de receber muitas pessoas nas cidades onde os jogos vão ser realizados. E aí a gente pergunta: estamos preparados para hospedar tanta gente que vem de outros países e de outros estados brasileiros?

Kátia: Para responder, o IBGE fez no ano passado uma pesquisa de serviços de hospedagem. O levantamento foi divulgado hoje e traz dados como o número e tipos de estabelecimentos, como hotéis e pousadas, o porte e a categoria de cada um. O estudo aponta que 75% da capacidade total de hóspedes se concentram nas capitais, como explica o pesquisador do IBGE, Roberto Saldanha.

Pesquisador do IBGE - Roberto Saldanha: A região metropolitana de São Paulo é a maior, é a que concentra a maior rede hoteleira, com 1.323 estabelecimentos; região metropolitana do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. Esses são os quatro maiores.

Luciano: Em relação ao número de estabelecimentos, como hotéis e pensões, o pesquisador do IBGE informa que a cidade de Fortaleza é a que oferece mais opções.

Pesquisador do IBGE - Roberto Saldanha: É o município de Fortaleza, é o município que concentra, em termos relativos, o maior número de estabelecimentos, com 76,5%. Em seguida, vem São Paulo, em segundo lugar, com 73,5% dos estabelecimentos; em terceiro lugar vem Rio de Janeiro, com 70,4% dos estabelecimentos.

Kátia: A pesquisa ouviu mais de 7 mil estabelecimentos com mais de 300 mil suítes, apartamentos, quartos e chalés com capacidade de cerca de 740 mil hóspedes.

Luciano: A íntegra da pesquisa está em www.ibge.gov.br.

Kátia: Luciano, ontem a gente divulgou, aqui, na “Voz do Brasil”, que o governo federal divulgou os projetos contemplados no PAC Mobilidade Grandes Cidades.

Luciano: O programa vai destinar R$ 32 bilhões a obras para melhorar o transporte público nas grandes cidades do país e, assim, reduzir os engarrafamentos.

Kátia: São obras como o metrô de Curitiba, na capital do Paraná, que vai beneficiar mais de 400 mil pessoas por dia. O projeto custa R$ 2,350 bilhões.

Luciano: Desse valor, R$ 1 bilhão é investimento do governo federal pelo PAC Mobilidade Grandes Cidades.

Kátia: E o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, explica que essa obra é aguardada há muito tempo pelos moradores da cidade.

Prefeito de Curitiba - Luciano Ducci: Nós vamos ter uma grande obra, uma obra esperada já há muitos e muitos anos na nossa cidade, que é a obra do metrô. O metrô é um projeto que vem da região Sul da cidade, uma região fortemente adensada, e que vem em direção ao centro da cidade. Serão 14 quilômetros de metrô, início desse grande projeto para nossa cidade, com 13 estações ao seu longo, e numa região fortemente adensada.

Luciano: Em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o metrô também vai ser a prioridade do PAC Mobilidade Grandes Cidades.

Kátia: A obra vai custar R$ 2,4 bilhões. E desse valor, R$ 1 bilhão é repasse do governo federal.

Luciano: Para o prefeito da capital gaúcha, José Fortunati, a expectativa é que o metrô vai atender 300 mil passageiros por dia.

Prefeito de Porto Alegre - José Fortunati: O levantamento que fizemos mostra que 300 mil pessoas por dia serão beneficiadas assim que o metrô estiver pronto. Com o passar do tempo, naturalmente, a demanda pelo metrô deverá aumentar ainda mais na cidade. Mas deveremos iniciar em 2017, quando a obra estiver pronta, com uma demanda atendida de 300 mil passageiros/dia.

Kátia: Uma pesquisa feita pelo Ministério da Justiça, em parceria com a União Europeia e um organismo internacional especializado em migração e que teve foco no Brasil, na Itália e em Portugal, mostra que as vítimas do tráfico de pessoas nem sempre conseguem reconhecer que estão sendo exploradas.

Luciano: Entre os principais motivos para se tornar uma possível vítima desse tipo de crime está a expectativa que a pessoa tem de arrumar um emprego fora do Brasil, e o desejo de viver uma experiência na Europa, tudo isso aliado à falta de informação.

Kátia: A pesquisa identificou também um aumento contínuo no recrutamento de transexuais e de mulheres no Nordeste e na Amazônia.

Luciano: Paraná, Pará, Piauí e Pernambuco também aparecem como zonas de risco.

Kátia: Sobre essa pesquisa, o nosso editor Leandro Alarcon conversou hoje com a diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça, Fernanda dos Anjos.

Editor Leandro Alarcon: Quais são os principais pontos dessa pesquisa?

Diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça - Fernanda dos Anjos: A pesquisa buscou em essência conhecer a dimensão, as razões pelas quais essas pessoas decidiram migrar e, em especial, a forma como elas foram envolvidas pelas redes de aliciamento do tráfico de pessoas. Essa pesquisa é fruto de um projeto desenvolvido em parceria com a União Europeia e com o ICMPD, que é um instituto austríaco que trabalha no tema de migrações, e ela teve o foco da sua realização no Brasil, em Portugal e na Itália.

Editor Leandro Alarcon: Por que Portugal e Itália?

Diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça - Fernanda dos Anjos: Portugal e Itália foram parceiros na implementação desse projeto, que é o “Projeto Promovendo Parcerias Transnacionais” sobre o tema de prevenção e resposta ao combate ao tráfico de seres humanos, que foi um projeto realizado no bojo de um grande edital da União Europeia, e, em especial, porque já havia uma percepção de rotas com informações internas da própria Polícia Federal de rotas de tráfico de pessoas para esses países.

Editor Leandro Alarcon: E essa pesquisa, ela foi divulgada em um livro chamado “Jornadas Transatlânticas”.

Diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça - Fernanda dos Anjos: Essa publicação recente, a “Jornadas Transatlânticas”, revela, em especial, um pouco sobre o porquê essas pessoas acabaram sendo envolvidas nesse processo de tráfico, faz uma análise muito interessante sobre o contexto e o avanço das políticas locais, até da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, e, ao mesmo tempo, aponta um conjunto de desafios a serem enfrentados pelo Estado, pela sociedade civil organizada no que tange essa temática. A boa nova é que boa parte desses desafios já se encontram com respostas dadas no segundo Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico que está para ser lançado governo brasileiro em breve.

Editor Leandro Alarcon: Como é que o cidadão faz para ter acesso a esse livro, diretora?

Diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça - Fernanda dos Anjos: Essa pesquisa, ela está disponível para acesso a qualquer pessoa interessada, qualquer cidadão interessado, pelo site do Ministério da Justiça, na versão eletrônica, cujo endereço é www.mj.gov.br/traficodepessoas. Lá, nós temos o ‘link’ direto para pesquisa; e, além disso, caso alguém deseje ter o acesso de fato à publicação, nós recomendamos que solicite pelo e-mail: traficodepessoas@mj.gov.br. É uma edição limitada, mas alguns exemplares ainda estão disponíveis na coordenação para distribuição gratuita.

Editor Leandro Alarcon: Diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça, Fernanda dos Anjos. Obrigado, diretora, pela entrevista, aqui, na “Voz do Brasil”.

Diretora do Departamento de Justiça, do Ministério da Justiça - Fernanda dos Anjos: Muito obrigada.

Luciano: Uma Portaria do Ministério da Saúde, publicada hoje no Diário Oficial da União, cria a “Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência”, que tem a meta de ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência temporária ou permanente no Sistema Único de Saúde, SUS.

Kátia: A rede vai promover também a reabilitação e a reinserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Luciano: Mais informações em www.saude.gov.br.

Kátia: Atenção quem ainda não fez a declaração do Imposto de Renda: o prazo para entrega acaba no dia 30 de abril.

Luciano: De acordo com a Receita Federal, 9 milhões de contribuintes ainda não enviaram a declaração.

Kátia: Esse ano, a Receita espera receber 25 milhões de declarações. Até às 4h da tarde de hoje, 16 milhões já foram entregues.

Luciano: A Receita alerta que quem deixar para a última hora poderá encontrar dificuldades para acessar o site da instituição.

Kátia: Mais informações em www.receita.fazenda.gov.br, ou no Receitafone, 146.

Luciano: Você ouviu hoje na “Voz do Brasil”.

Kátia: Juros para financiar imóveis pela Caixa Econômica ficam cerca de 20% mais baixos.

Luciano: E as famílias brasileiras pagaram juros mais baixos em março deste ano.

Kátia: Coleta seletiva de lixo reciclável aumentou 120% em quase mil cidades brasileiras.

Luciano: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.

Kátia: Siga “A Voz do Brasil” no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Nós voltamos amanhã. Uma boa noite!

Luciano: Fique agora com o minuto do TCU e, em seguida, as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.