25/05/2015 - A Voz do Brasil
25/05/2015 - A Voz do Brasil
Inscrições para o Enem estão abertas e podem ser feitas até o dia 5 de junho. Presidenta Dilma chega hoje ao México. Novos acordos devem ser assinados para aumentar o comércio entre os países. Já está valendo a lei que dá maior controle sobre desmanches de veículos. Semana dos Alimentos Orgânicos divulga alimentação saudável e a consciência ambiental em 21 estados e no Distrito Federal. Tudo isso você ouviu na Voz do Brasil desta segunda-feira (25)!
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:23
A VOZ DO BRASIL - 25.05.2015
00:25:00
Apresentador Luciano Seixas: Sete da noite, em Brasília.
Apresentadora Kátia Sartório: Inscrições para o Enem estão abertas e podem ser feitas até o dia 5 de junho.
Luciano: Presidenta Dilma chega hoje ao México. Novos acordos devem ser assinados para aumentar o comércio entre os países.
Kátia: Já está valendo a lei que dá maior controle sobre desmanches de veículos.
Luciano: Semana dos Alimentos Orgânicos divulga a alimentação saudável e a consciência ambiental em 21 estados e no Distrito Federal.
Kátia: Segunda-feira, 25 de maio de 2015.
Luciano: Está no ar, a sua voz.
Kátia: A nossa voz.
Luciano: A Voz do Brasil. Boa noite! Aqui no estúdio da Voz do Brasil, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: Olá, boa noite! Acompanhe a Voz do Brasil, do Poder Executivo, ao vivo, em vídeo, pela internet.
Luciano: Acesse www.ebcservicos.com.br/avozdobrasil.
Kátia: A lei que regula e disciplina a atividade de desmanche de peças de veículos automotores no Brasil começou a valer este mês.
Luciano: Agora, somente empresas de desmontagem registradas vão poder comprar os automóveis para o aproveitamento de peças.
Kátia: E alguns itens como volante, vidros e cinto de segurança não vão poder ser vendidos.
Repórter Ana Gabriela Sales: Com a regulamentação da lei, o controle da compra e venda de peças de veículos usados fica mais rigoroso. Antes, não havia nenhuma legislação própria para a atividade, como destaca o diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, Silvain Fonseca.
Diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito do Distrito Federal - Silvain Fonseca: Vai ser um norte, um marco para que os órgãos possam ter um caminho, uma linha a seguir. E, com certeza, não somente a legislação, mas a atuação dos órgãos é que vai fazer cumprir a legislação, é que vai fazer a diferença.
Repórter Ana Gabriela Sales: A nova lei determina que os veículos que podem ser desmontados para o aproveitamento das peças são aqueles apreendidos, incendiados, com algum outro dano ou ainda os alienados, aqueles não quitados e dados como garantia num financiamento. A partir de agora, apenas as empresas registradas nos estados ou no Distrito Federal vão poder adquirir os veículos direto dos proprietários ou por meio de leilão. Segundo as regras, peças como as do sistema de freio, suspensão, cintos de segurança, direção e vidros com o número do chassi têm a revenda proibida. E outros itens passam a ser controlados com o uso de etiquetas padrão, elas permitem o rastreamento da peça usada. O comprador também vai poder saber a procedência de cada item. Os Detrans dos estados vão ser os responsáveis pela fiscalização. As empresas que quiserem atuar ou permanecer no ramo de compra e venda de peças usadas vão ter que estar credenciadas, além de seguir a legislação ambiental. Para o diretor do Detran do Distrito Federal, a lei também pretende inibir a prática ilegal de compra e venda de peças roubadas ou furtadas.
Diretor do Detran do Distrito Federal: É um controle mais efetivo daquilo que está sendo comercializado, de que forma está sendo comercializado, o controle de forma a evitar a venda de produtos ilícitos de veículos que sejam roubados ou furtados, de realmente saber quem trabalha com esse tipo de produto. Então, ter um controle efetivo do Estado, sabendo quem está mexendo, a origem e destinação dessas peças.
Repórter Ana Gabriela Sales: Há 15 anos no mercado de peças usadas, o empresário Alexandre Reis já está de olho na nova lei e na documentação exigida. Para ele, a medida vai fortalecer o mercado legal de peças usadas e quebrar até preconceitos.
Empresário - Alexandre Reis: Hoje em dia, a sociedade vê o desmanche como uma coisa muito feia, é roubo, aquela coisa toda. Agora, a partir do momento que essa lei vigorar, a gente vai estar passando para a sociedade uma transparência e uma legalização melhor do desmanche. Não vai ser mais o desmanche, vai ser a venda de peças legal.
Repórter Ana Gabriela Sales: As empresas tiveram um ano para se adaptar e a lei está em vigor desde o último dia 20 de maio. Para qualquer orientação é preciso buscar o Detran local. Reportagem: Ana Gabriela Sales.
Luciano: A presidenta Dilma Rousseff está, nesse momento, a caminho do México. Essa é a primeira visita oficial que a presidenta faz ao país.
Kátia: Ao vivo, da Cidade do México, a repórter Luana Karen tem mais informação. Boa noite, Luana. O que vai ser tratado nessa visita da presidenta ao México?
Repórter Luana Karen (ao vivo): Boa noite, Kátia. Boa noite a todos. Agora são 17h03 aqui na capital mexicana, duas horas a menos em relação ao horário de Brasília. A presidenta Dilma Rousseff chega à Cidade do México daqui a pouco, as 20h15, no horário aí de Brasília. Nessa terça-feira, a presidenta Dilma vai ser recebida pelo presidente mexicano Enrique Peña Nieto no Palácio Nacional, sede do governo mexicano. Dilma e o presidente mexicano vão assinar pelo menos três acordos, um para facilitar os serviços aéreos entre o México e o Brasil, outro de cooperação turística e um terceiro acordo de investimentos, com a definição de regras para as trocas comerciais entre os dois países. Brasil e México já têm dois acordos em vigor na área, um que envolve 800 produtos e outro que trata do comércio de automóveis. A ideia agora é expandir ainda mais a compra e venda de produtos. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no ano passado, o Brasil exportou cerca de R$ 11 bilhões em produtos para o México. Já as importações foram de cerca de R$ 16 bilhões.
Luciano: E, Luana, quais são os produtos que o Brasil compra e vende do México?
Repórter Luana Karen (ao vivo): Bom, os produtos que o Brasil mais vende aos mexicanos, Luciano, são motores de veículos, automóveis, aviões, máquinas e aparelhos de terraplanagem. Os produtos mais comprados são peças e veículos. O Brasil é o segundo país que mais recebe investimentos mexicanos, atrás apenas dos Estados Unidos. São cerca de R$ 70 bilhões em áreas como alimentação, bebidas e telecomunicações. A presidenta Dilma Rousseff retorna ao Brasil na quarta-feira, dia 27 de maio. Ao vivo, da Cidade do México, Luana Karen.
Kátia: Sete e sete.
Luciano: Começou hoje e vai até o dia 5 de junho o prazo de inscrições para o Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio.
Repórter Isabela Azevedo: As provas do Enem estão marcadas para os dias 24 e 25 de outubro. Os candidatos têm, portanto, cerca de cinco meses para revisar conteúdos e intensificar a leitura. E é preciso estratégia para garantir uma boa nota no exame.
>> O melhor jeito de estudar é usando as provas, que nem os simulados.
>> Refazer provas velhas.
>> Eu faço cursinho aqui de tarde e de manhã, algumas vezes na semana, eu planejo com os alunos daqui e a gente vem para a monitoria e estuda também.
Repórter Isabela Azevedo: O Enem é aplicado pelo Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, e abre portas para diversos programas do governo federal. Um deles é o Sistema de Seleção Unificada, o Sisu, que distribui os candidatos conforme as vagas oferecidas pelas universidades federais e outras instituições públicas de Ensino Superior. É o objetivo da Isadora Castelo Branco, de 19 anos.
Estudante - Isadora Castelo Branco: Pelo Enem, eu gostaria de passar em vários cursos. Como você escolhe depois, eu tenho várias áreas de interesse. Uma delas é Economia, que eu gostaria muito de fazer no Rio. Eu gostaria de fazer Sociologia também. Eu gostaria de fazer várias coisas.
Repórter Isabela Azevedo: Já a aluna Amanda Silva, de 18 anos, quer ir além. A brasiliense pensa em usar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio para participar do programa Ciência sem Fronteiras.
Estudante - Amanda Silva: Tem os programas que o governo criou, ultimamente, como o Ciência sem Fronteiras, que te dá a oportunidade de passar um ano fora estudando numa universidade boa. E o governo te ajuda, te dá uma assistência muito boa sobre isso e é uma coisa que você pode levar para a sua vida inteira.
Repórter Isabela Azevedo: Além do Sisu e do Ciência sem Fronteiras, o Enem também é usado na avaliação do ProUni, que concede bolsas de estudo em instituições privadas de Ensino Superior, e para o Fies, o Programa de Financiamento Estudantil. O diretor de Avaliação e Educação Básica do Inep, Alexandre André dos Santos, afirma que o exame é uma forma de democratizar o acesso ao Ensino Superior.
Diretor de Avaliação e Educação Básica do Inep - Alexandre André dos Santos: Hoje, o estudante, lá em Boca do Acre, fazendo a inscrição para o Enem, ele está concorrendo, em igualdade de condições, com qualquer estudante do Brasil a mais de 200 mil vagas das universidades públicas federais.
Repórter Isabela Azevedo: A inscrição do Enem vai até o dia 5 de junho e custa R$ 63. Não precisam pagar esse valor os alunos de escolas públicas que estão concluindo o Ensino Médio esse ano e os participantes que declararem não possuir renda suficiente. Mas, atenção, quem tiver isenção da taxa e não comparecer à prova perde o benefício na próxima edição do Enem. Para se inscrever basta acessar o site enem.inep.gov.br. Reportagem: Isabela Azevedo.
Kátia: E 74 instituições que mantêm faculdades foram desligadas, pelo Ministério da Educação, do ProUni, o Programa Universidades para Todos.
Luciano: Motivo é que elas não comprovaram regularidade fiscal junto à Receita Federal.
Kátia: Pelas regras do ProUni, as entidades devem apresentar a quitação de tributos e contribuições federais ao final de cada ano.
Luciano: Caso descumpram essa regra, são desvinculadas do programa e impedidas de oferecer novas bolsas de estudo. As entidades podem recorrer.
Kátia: E, atenção, a decisão não prejudica os estudantes já beneficiados pelo programa e que estudam nas faculdades desligadas.
Luciano: Produtor Orgânico: Parceiro da Natureza na Promoção da Vida. Esse é o trema dessa edição da Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos, que começou nesse domingo.
Kátia: Realizada em vários estados, a semana conta com atividades como feiras, aulas de campo, degustações, palestras e exposições. A repórter Carolina Becker visitou a feira aqui em Brasília.
Repórter Carolina Becker: O objetivo da 11ª Edição da Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos é levar, para quem mora nas cidades, informações sobre a forma de produzir os alimentos, mostrar que um produto orgânico não é somente livre de agrotóxicos, mas um alimento sustentável que preserva a saúde de quem produz e de quem consome e que leva em conta princípios agroecológicos e também de desenvolvimento social para um consumo consciente. Quem explica mais sobre a iniciativa é o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rogério Dias.
Coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Rogério Dias: Você não transforma um produto em orgânico, você tem que transformar o seu sistema produtivo. E aí passa pela maneira como você lida com o solo, com a água, como que você lida com a biodiversidade. Você tem que trabalhar para preservar a biodiversidade, porque ela é que é a fonte do equilíbrio do sistema. Você tem que trabalhar também a questão social, a relação de trabalho, as pessoas que estão envolvidas, a qualidade de vida das pessoas que estão envolvidas, os insumos que você vai usar. Você não pode usar insumos que possam causar qualquer tipo de agressão para a saúde, tanto de quem vai consumir, de quem trabalha e o meio ambiente.
Repórter Carolina Becker: Em Brasília, a abertura da semana foi realizada no parque da cidade. Produtores levaram alimentos como frutas, verduras, molhos, café e mel para que os visitantes do local pudessem conhecer. Valdecir de Cali, militar, estava fazendo uma corrida e parou para experimentar os produtos. Provou uma salada de alface, cenoura, tomate, queijo e molho de maracujá, tudo orgânico.
Militar - Valdecir de Cali: Muito saudável, muito gostosa e complementa a atividade física, não é?
Repórter Carolina Becker: A professora Miriam Fontes, que estava andando de bicicleta, parou para comprar algumas verduras e conversar sobre as técnicas de produção orgânica. Miriam quer levar para a escola onde trabalha os conhecimentos dos produtores.
Professora - Miriam Fontes: Na escola, a gente está tentando trazer essa mentalidade para os estudantes, até porque eles comem, mas não sabem direito o que estão comendo, não é?
Repórter Carolina Becker: O tema dessa edição da semana é Produtor Orgânico: Parceiro da Natureza na Promoção da Vida. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, hoje são mais de dez mil produtores orgânicos no país. Verinaldo da Silva é um desses trabalhadores. Ele faz parte de uma marca de produtos orgânicos que está há 20 anos no mercado. Ele explica como é a produção de um alimento orgânico.
Produtor Orgânico - Verinaldo da Silva: Não é só realmente usar nenhum tipo de agroquímico, existe todo um conjunto ambiental sustentável que permite um crescimento sustentável do local.
Repórter Carolina Becker: A Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos é realizada em quase todo o país, com atividades como feiras, aulas de campo, degustações, palestras, exposições e fóruns. Para saber a programação de cada estado, acesse o site do ministério, em www.agricultura.gov.br. Reportagem: Carolina Becker.
Luciano: As medidas de ajuste na economia que o governo enviou ao Congresso Nacional estão, novamente, na pauta do Senado e da Câmara, essa semana.
Kátia: O tema foi discutido hoje na reunião de coordenação política do governo, com a presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer e ministros de estado, além de parlamentares.
Luciano: Ao final da reunião, os ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e da Fazenda, Joaquim Levy, afirmaram que o governo vai intensificar o trabalho junto aos deputados e senadores para aprovação das medidas.
Repórter Daniela Almeida: No total, são quatro medidas que estão na agenda do Congresso Nacional, três no Senado Federal e uma na Câmara dos Deputados. As que vão ser votadas pelos senadores já foram aprovadas pela Câmara. Uma delas altera as regras da pensão por morte e do fator previdenciário, usado para cálculo das aposentadorias. A outra medida provisória muda as regras de concessão do seguro-desemprego, abono salarial e seguro-defeso. O ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, disse que o governo não está cortando direitos, mas sim corrigindo distorções em alguns benefícios, como é o no caso do seguro-desemprego.
Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República - Aloizio Mercadante: Nós estamos pagando em torno de R$ 42 milhões de seguro-desemprego e uma taxa de desemprego bastante baixa comparada com a nossa história econômica. E 74% do seguro-desemprego está sendo pago para o primeiro emprego, é uma distorção. Então, nós estamos procurando corrigir, estendendo o prazo de seis meses para doze meses de permanência no emprego para ter acesso ao seguro-desemprego. É um pequeno sacrifício? É, mas é indispensável para a gente poder ter o seguro-desemprego protegendo, e continua protegendo, com uma pequena alteração na regra de acesso.
Repórter Daniela Almeida: Também no Senado, será votada uma medida provisória que aumenta alíquotas de contribuições sobre as importações. Já na Câmara dos Deputados, a expectativa é que entre na pauta de votação, nessa semana, o projeto de lei que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamentos, que hoje é de 1% a 2% e passaria a ser de 2,5% a 4,5% sobre o faturamento das empresas. Para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, é necessário clareza das regras, para que os empresários e o governo possam planejar as atividades no segundo semestre.
Ministro da Fazenda - Joaquim Levy: O que a gente tem percebido entre as empresas, contadores, enfim, todo esse universo do setor produtivo é que eles entenderam a necessidade do ajuste, eles se prepararam respondendo à apresentação muito clara que o governo fez, que a presidenta Dilma fez, desde o início do ano, de qual é a estratégia para a gente começar a reequilibrar as contas e estão prontos. Eles querem avançar e por isso que delongas não favorecem a retomada do crescimento.
Repórter Daniela Almeida: Todas as medidas que vão ser votadas no Senado e da Câmara essa semana estão dentro da proposta do governo de reequilibrar as contas e fazer a economia voltar a crescer no país. Reportagem: Daniela Almeida.
Kátia: E ainda na reunião de coordenação política foi criada uma comissão técnica para discutir temas do mercado de trabalho e Previdência Social.
Luciano: O grupo vai ser formado pelos ministros Joaquim Levy, da Fazenda, Carlos Gabas, da Previdência Social, Ricardo Berzoini, das Comunicações, e Nelson Barbosa, do Planejamento. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que também vai participar, explicou a ideia.
Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República - Aloizio Mercadante: Esse grupo de trabalho vai ajudar também no fórum que está sendo constituído, que vai tratar do problema da rotatividade do trabalho, o problema da terceirização e o tema da sustentabilidade da Previdência Social ao longo das próximas décadas, das próximas gerações, que é, eu diria, um preocupação também estratégica para o futuro do sistema previdenciário no Brasil.
Kátia: Este fórum citado pelo ministro Mercadante foi anunciado no fim de abril pela presidenta Dilma e, além do governo, vai contar com representantes de centrais sindicais, de empresários e de aposentados e pensionistas.
Luciano: De acordo com Mercadante, o governo trabalha para que o fórum comece a funcionar já na semana que vem.
Kátia: Sete e dezoito.
Luciano: Buscar fontes privadas nacionais e internacionais para o financiamento de obras de infraestrutura, para viabilizar investimentos estratégicos e retomar o crescimento econômico sustentado, com preservação ambiental.
Kátia: Esse é o principal objetivo do Seminário Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, promovido hoje pelo Ministério do Planejamento e que teve a participação de representantes de organismos e bancos do Brasil e do exterior.
Luciano: Entre os assuntos discutidos, está o Programa de Investimentos em Logística do governo brasileiro, que prevê concessões à iniciativa privada para ampliar os investimentos em rodovias, portos e aeroportos.
Repórter João Pedro Neto: A segunda fase do Programa de Investimentos em Logística vai ampliar os investimentos em infraestrutura no país e deve ser lançada no dia 9 de junho. Com as concessões, o governo transfere para empresas a administração de um trecho de uma rodovia ou de um aeroporto, por exemplo. Essa infraestrutura vai ser explorada por um tempo e a empresa tem que fazer investimentos e melhorar os serviços. Para o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Diogo Oliveira, os novos investimentos em infraestrutura são o primeiro passo para a retomada do crescimento do país.
Secretário-Executivo do Ministério do Planejamento - Diogo Oliveira: O investimento, propriamente, já funciona como um ‘drive’ da economia. Ao ser realizado, ele gera emprego, gera renda, gera atividade econômica, e a gente sabe que o investimento tem um multiplicador atrelado a ele, então ele ativa a economia. Além disso, ele traz ganhos de redução de custo de transporte, principalmente, que aumenta, melhora a competitividade dos produtos e, dessa maneira, torna a nossa economia mais competitiva internacionalmente.
Repórter João Pedro Neto: O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, lembrou que o ajuste nas contas públicas, que está sendo adotado pelo governo federal, é fundamental para o interesse da iniciativa privada nas concessões.
Ministro da Fazenda - Joaquim Levy: Sobre o financiamento da infraestrutura, a gente tem falado com bastante frequência em relação a isso, temos feito contato com diversas fontes eventuais desse financiamento, desenhado a questão da infraestrutura de uma maneira que facilite esse financiamento. Agora, a gente não vai ter financiamento de longo prazo, principalmente financiamento pelo mercado, se a gente não tiver equilíbrio fiscal. E a gente não vai ter equilíbrio fiscal se houver um descompasso entre a criação de despesas e a sustentação das receitas.
Repórter João Pedro Neto: E para discutir formas de financiar esses e outros projetos de infraestrutura no Brasil, representantes do governo federal, de bancos de desenvolvimento e de fundos nacionais e internacionais se reuniram em Brasília. A ideia é discutir alternativas para conseguir acesso aos recursos necessários para essas obras. Uma das alternativas, segundo o governo federal, são os recursos do novo banco de desenvolvimento, instituição ligada aos Brics, o bloco formado por Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul. A Câmara dos Deputados aprovou, na última semana, a criação do banco, que vai atuar, inicialmente, com um capital de US$ 100 bilhões para financiar projetos em economias emergentes. Representantes de instituições como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e do Banco de Desenvolvimento da América Latina também se colocaram como parceiros e destacaram a necessidade de maior participação de instituições privadas e também de parcerias público-privadas para o financiamento da infraestrutura no país. A primeira fase do Programa de Investimentos em Logística contemplou diversas áreas da infraestrutura do país. Foram concedidos à iniciativa privada os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Minas Gerais. Nas ferrovias, estão previstos investimentos de quase R$ 100 bilhões em 11 mil quilômetros de linhas. Mais de 5.300 quilômetros de rodovias federais foram concedidos à iniciativa privada e vão receber cerca de R$ 32 bilhões em investimentos. Reportagem: João Pedro Neto.
Kátia: E, no seminário, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, Luciano Coutinho, adiantou que a instituição dispõe de R$ 611 bilhões para os próximos quatro anos em projetos no país, em rodovias, telecomunicações, portos, aeroportos e outras áreas prioritários.
Luciano: Também no evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou a preocupação do governo brasileiro em promover uma economia sustentável e com baixa emissão de carbono. A ministra lembrou que o novo Plano de Investimentos, que vai ser lançado no mês que vem, vai dar atenção à preservação ambiental.
Kátia: Para saber mais sobre o Seminário Internacional sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, acesse www.planejamento.gov.br.
Luciano: Quatrocentas e cinquenta e três famílias de Mogi Guaçu, no estado de São Paulo, foram beneficiadas com a entrega de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Kátia: O Condomínio Pantanal I tem rede de água, esgoto, energia elétrica, iluminação pública, pavimentação, urbanização e transporte público.
Luciano: O investimento foi de mais de R$ 40 milhões.
Kátia: Uma das famílias beneficiadas é a da empregada doméstica Juliana Teixeira. Ela, o marido e os dois filhos vão morar em uma das unidades habitacionais.
Empregada Doméstica - Juliana Teixeira: Eu morava em três cômodos cedidos pela minha mãe, mas três cômodos bem precários. Agora, eu vou poder fazer um quarto para os meus filhos. Eu nunca tive uma sala, eu vou poder ter uma sala para receber uma visita. Então, para mim é maravilhoso, não é?
Luciano: No estado de São Paulo, o Programa Minha Casa, Minha Vida já contratou quase 700 mil moradias, com um investimento de R$ 51,6 bilhões.
Kátia: E, em todo o Brasil, são 3,8 milhões de unidades habitacionais, com recursos de R$ 254,4 bilhões.
Luciano: Você ouviu, hoje, na Voz do Brasil.
Kátia: Inscrições para o Enem estão abertas e podem ser feitas até o dia 5 de junho.
Luciano: Presidenta Dilma chega hoje ao México. Novos acordos devem ser assinados para aumentar o comércio entre os países.
Kátia: Já está valendo a lei que dá maior controle sobre desmanches de veículos.
Luciano: Semana dos Alimentos Orgânicos divulga a alimentação saudável e a consciência ambiental em 21 estados e no Distrito Federal.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma realização da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.
Luciano: Produção: EBC Serviços.
Kátia: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil.
Luciano: Quer saber mais sobre os serviços e informações do governo federal? Acesse www.brasil.gov.br. Boa noite.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Boa noite a todos e até amanhã.