25/08/2011 - A Voz do Brasil
25/08/2011 - A Voz do Brasil
A taxa de desemprego do mês de julho ficou em 6%, o menor resultado para esse mês desde 2002, quando começou a série histórica do IBGE. O programa Saúde não tem Preço, criado em fevereiro, oferece remédios de graça para hipertensão e diabetes, ao todo são 11 medicamentos. 4.831.711 brasileiros já foram beneficiados retirando os remédios em quase 18 mil farmácias populares. E segundo o ministro da Saúde Alexandre Padilha, a lista de medicamentos distribuídos de graça vai ser ampliada na 2ª etapa do programa. O sistema penitenciário brasileiro vai ser ampliado e modernizado, com um plano de investimentos de R$ 1 bilhão. O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante audiência na Comissão Temporária de Segurança Pública do Senado. Tudo isso você ouviu hoje na Voz do Brasil.
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Duração:
Publicado em 09/12/2016 18:24
Apresentadora Kátia Sartório: Brasil registrou, em julho, a menor taxa de desemprego para o mês desde 2002.
Apresentador Luciano Seixas: Mais remédios vão ser incluídos na lista do Programa Saúde Não Tem Preço para serem distribuídos de graça.
Kátia: R$ 1 bilhão vão ser liberados para criar mais vagas nos presídios.
Luciano: Quinta-feira, 25 de agosto de 2011.
Kátia: Está no ar a sua voz.
Luciano: A nossa voz.
Kátia: A Voz do Brasil.
Luciano: Boa noite. Aqui, nos estúdios da EBC Serviços, eu, Luciano Seixas, e Kátia Sartório.
Kátia: A taxa de desemprego no mês de julho ficou em 6%, o menor resultado para esse mês desde 2002, quando começou a série histórica do IBGE.
Luciano: Em junho, a taxa era de 6,2%. A população desocupada, que era de 1,4 milhão de pessoas, permaneceu a mesma, mas é 12% menor que a de julho do ano passado, o que significa 200 mil pessoas a menos em busca de trabalho.
Kátia: Assunto da entrevista que Priscila Machado fez hoje com Cimar Azeredo, gerente de Pesquisas no IBGE. Vamos ouvir.
Repórter Priscila Machado: Por que a taxa de desocupação foi a menor? O que fez o país alcançar esse dado?
Gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Cimar Azeredo: Esse número, na verdade, ele é o menor número da série para o mês de julho, e caiu porque a população ocupada cresceu, provocando com isso uma redução de 200 mil no contingente de pessoas procurando emprego. Então, se vem percebendo que gradativamente o mercado vem aumentando o número de pessoas ocupadas. E não é só isso, tem também o outro fato é que não só o mercado tem gerado postos de trabalho, mas tem gerado postos a base de qualidade, a gente vem vendo o aumento da carteira de trabalho, que é um indicador que mostra como aumenta a qualidade do emprego. A carteira de trabalho, em um ano, ela teve um avanço em torno de 726 mil postos de trabalho com a carteira de trabalho assinada em um ano, ou seja, isso cresceu quase o dobro do que cresceu a população ocupada.
Repórter Priscila Machado: E a gente poderia destacar as áreas aonde surgiu o maior número de vagas de trabalho?
Gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Cimar Azeredo: Se você olhar na comparação com 2010, nós temos o grupamento de serviços prestados em empresa, que é um grupamento muito voltado para a terceirização, que neste grupamento houve um aumento de 243 mil postos, em torno de 7,3%. Só para a gente ter mais ou menos uma ideia, esse grupamento representa, hoje, 16% da população ocupada. A construção também, ela apresentou um avanço significativo, foi em torno de 90 mil postos gerados em um ano, dá um aumento na construção de 5,5%.
Repórter Priscila Machado: Agora, se a gente fosse falar por áreas, por regiões do Brasil, por capitais, como que a gente poderia dizer as regiões aonde tem a maior e a menor taxa de ocupação?
Gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Cimar Azeredo: Nós temos diferenças regionais grandes, em diferentes regiões. Por exemplo, Belo Horizonte e Porto Alegre estão com as taxas mais baixas, em torno de 4,7%, mas aí você tem Salvador com a taxa de 9,8%. Pela primeira vez, em Salvador, a taxa desceu de 10%. Você tem, em Recife, uma taxa em torno de 6,3%, que chega ser maior do que a taxa estimada em São Paulo, que está em torno de 6,5%. Então assim, são diferenças grandes que a gente tem nesse ‘ranking’, quando você monta o ‘ranking’ das taxas de desocupação. A informalidade nas regiões onde os destinos são muito maior, você tem rendimentos na região Sudeste que são maiores.
Repórter Priscila Machado: Agora, essa pesquisa mediu também o rendimento do trabalhador, não é isso?
Gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Cimar Azeredo: Foi observado um aumento de 2,2% na comparação com junho de 2011, com o mês passado, e na comparação com julho do ano passado o crescimento chegou a 4%. Isso aconteceu, praticamente, em quase todas as regiões onde houve avanço significativo do poder de compra.
Repórter Priscila Machado: Então a gente pode dizer que o trabalhador brasileiro está recebendo mais pelo seu trabalho.
Gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE - Cimar Azeredo: Eu acho que você pode até dizer mais. Você pode dizer que o mercado de trabalho brasileiro, medido por essas seis regiões metropolitanas, ele aponta, na comparação com 2011, um aumento significativo no quantitativo de pessoas ocupadas, redução da desocupação e um aumento considerável da qualidade do emprego.
Repórter Priscila Machado: Nós conversamos com Cimar Azeredo, ele é gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.
Luciano: O Programa Saúde Não Tem Preço, criado em fevereiro, oferece remédios de graça para hipertensão e diabetes. Ao todo, são 11 medicamentos.
Kátia: E 4.831.711 brasileiros já foram beneficiados, retirando os remédios em quase 18 mil Farmácias Populares.
Luciano: A lista de medicamentos distribuídos de graça vai ser ampliada na segunda etapa do Programa Saúde Não Tem Preço.
Kátia: Foi o que disse hoje o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no programa Bom Dia, Ministro.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Nós estamos estudando a inclusão, quando nós lançamos esse programa gratuito dentro do Saúde Não Tem Preço, uma das medidas foi ter um comitê técnico de avaliação da implantação do programa. Esse é um programa que tem seis meses ainda, não tem nem um ano esse programa, mas com um impacto muito positivo. E a segunda etapa agora do trabalho do comitê, que teve um trabalho intenso nesses primeiros seis meses, de melhorar o sistema de informação, combater as fraudes, nós mudamos o sistema de informação, temos uma força-tarefa que faz auditorias prévias nas Farmácias Populares, para coibir qualquer tipo de fraude, e agora estão se concentrando nesse 2º semestre para estudar a incorporação de novas doenças que podem ser incluídas no Saúde Não Tem Preço.
Kátia: Por exemplo.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Abrindo o leque, o nosso foco são doenças de uso crônico de medicamentos. Então, estamos analisando osteoporose, problemas de hiperplasia benigna da próstata, problemas de tireóide, ou seja, estamos analisando doenças crônicas que possam ter um impacto positivo.
Luciano: O ministro Alexandre Padilha lembrou das medidas para frear o consumo de cigarros no país.
Kátia: Perto do Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, o ministro citou a medida provisória regulamentada na última segunda-feira, que prevê aumento na carga tributária dos cigarros, além de fixar preço mínimo de venda do produto no varejo.
Luciano: Padilha contou como foi a reunião da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco no Brasil, que aconteceu nesta quarta-feira aqui, em Brasília.
Ministro da Saúde - Alexandre Padilha: Foi muito importante em dois sentidos. Primeiro, nós debatemos detalhadamente essa nova medida do governo que está tramitando no Congresso Nacional, que aumenta os impostos sobre o cigarro e estabelece um preço mínimo. O decreto já foi assinado pela Presidenta já no começo da semana, que estabelece um preço mínimo de venda para o cigarro e medidas de fiscalização, de multa, inclusive, com risco de fechamento para os estabelecimentos comerciais que vendam o cigarro abaixo desse preço mínimo, como principais medidas para reduzir o consumo do tabaco.
Kátia: A secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, do Ministério da Saúde, explica que a medida de aumentar impostos para o cigarro pode contribuir para redução do número de fumantes no Brasil.
Secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco - Tânia Cavalcante: O próprio Banco Mundial, que aconselha os países nas políticas nacionais de controle do tabaco, reconhece que essa medida de aumentar preços e impostos é uma das medidas mais efetivas para reduzir o consumo de produtos e tabaco, especialmente entre jovens. E, com isso, a gente consiga ajudar a Política Nacional de Controle do Tabaco na prevenção da iniciação entre adolescentes.
Luciano: A Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco é presidida pelo ministro da Saúde e composta por representantes de 16 Ministérios.
Kátia: Segundo o Instituto Nacional do Câncer, Inca, o trabalho da comissão, aqui, no Brasil, contribuiu para grandes avanços na política de controle do tabagismo em diferentes áreas, como a obrigatoriedade de imagens de advertência nas embalagens de cigarro.
Luciano: Também a proibição do trabalho de menores de 18 anos na produção do fumo.
Kátia: A comissão proíbe, ainda, a utilização do crédito público do Programa Nacional de Agricultura Familiar, Pronaf, para a produção de fumo.
Luciano: O material de campanha contra o fumo já está em www.saude.gov.br.
Kátia: O tema da campanha é “Viver bem é viver com saúde. Fique longe do cigarro”.
Luciano: O sistema penitenciário brasileiro vai ser ampliado e modernizado com um plano de investimentos de R$ 1 bilhão.
Kátia: O anúncio foi feito hoje pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, durante uma audiência na Comissão Temporária de Segurança Pública do Senado.
Luciano: Além do aumento no número de vagas em presídios de todo o país, o ministro da Justiça afirmou que vão ser adotadas medidas para que os presos que forem soltos possam trabalhar, estudar, viver em sociedade.
Ministro da Justiça - José Eduardo Cardozo: A ênfase desse plano que será lançado pela Presidenta da República é de uma ampliação como nunca antes nós tivemos em curto espaço de tempo. Serão alocadas verbas de aproximadamente R$ 1 bilhão. Mas, em síntese, dentro de tudo aquilo que foi feito, do que está sendo feito, do que será feito, nós temos uma tentativa de ataque à violência, tentativa de ataque ao crime organizado, ao uso de drogas.
Kátia: O plano para melhorar as prisões deve ser anunciado oficialmente pelo governo no mês que vem.
Luciano: E corrigindo uma informação. Noticiamos a queda de um avião da Força Aérea Brasileira, nesta quarta-feira, no município de Pureza, no Rio Grande do Norte.
Kátia: A informação sobre o acidente postada no site da FAB estava correta, mas a data era 12 de maio deste ano. Pedimos desculpas pelo erro.
Luciano: O ‘déficit’ da Previdência Social caiu 24% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Kátia: Segundo os dados divulgados hoje pelo Ministério da Previdência Social, o pagamento de benefícios foi de R$ 2 bilhões superior à arrecadação da Previdência.
Luciano: Nos sete primeiros meses do ano, a diferença entre os benefícios que a Previdência paga e o que arrecada está negativa em R$ 21 bilhões.
Kátia: E 17 integrantes de uma quadrilha que fraudava benefícios previdenciários em Salvador, na Bahia, foram presos na manhã de hoje pela força-tarefa formada pela Polícia Federal.
Luciano: De acordo com o Ministério da Previdência, entre os presos estão quatro servidores do INSS, dois contadores e um funcionário da Caixa Econômica Federal. Ainda de acordo com o Ministério, as investigações identificaram a existência de vínculos empregatícios falsos nos sistemas da Previdência para conseguir benefícios de forma ilegal.
Kátia: Foram rastreados mais de 500 benefícios com suspeita de irregularidades e o prejuízo é estimado em R$ 20 milhões aos cofres da União.
Luciano: Os presos vão ser indiciados pelo crime de estelionato, formação de quadrilha e corrupção.
Kátia: Sete e onze.
Luciano: Kátia, na semana passada, veiculamos, aqui, na Voz, notícias sobre parcerias feitas pela Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, Hemobrás, com os hemocentros estaduais para melhorar a coleta do plasma sanguíneo e deixá-lo com qualidade industrial.
Kátia: Isso mesmo, Luciano. Mas só relembrando, o plasma é um componente líquido do sangue onde ficam dissolvidas proteínas, nutrientes e anticorpos, é a matéria-prima para a produção de medicamentos.
Luciano: E são remédios importantes como os do tratamento para leucemia, que é um tipo de câncer, e até para combater o vírus do HIV.
Kátia: O Brasil ainda não produz os medicamentos. O plasma retirado aqui é enviado a um laboratório na França e depois retorna ao Brasil como medicamento.
Luciano: Por isso, a Hemobrás vai construir uma fábrica para a produção desses remédios.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Quem doa tem consciência do ato de solidariedade.
Entrevistado 1: Muitas pessoas estão hospitaladas, estão necessitadas desse sangue e um ato tão simples.
Entrevistado 2: A gente tem que pensar não só na gente, mas nos outros também.
Entrevistado 3: Tem muitas pessoas que precisam, principalmente as pessoas que sofrem acidentes de trânsito.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): O que muitas pessoas não imaginam é que o sangue doado pode ser utilizado além da transfusão. O plasma, que é a parte líquida do sangue, que normalmente é descartada, serve para produzir os chamados hemoderivados. Essas substâncias compõem medicamentos essenciais à vida de pacientes com leucemia, hemofílicos, portadores do vírus HIV, entre outros. Desde julho deste ano, a Hemobrás, Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia, vinculada ao Ministério da Saúde, tem firmado parcerias com hemocentros para aperfeiçoar processos de produção, qualificação e armazenagem do plasma sanguíneo. A estatal repassa às instituições, como a Fundação Hemocentro de Brasília, de R$ 20,00 a R$38,00 por litro de plasma. A diretora-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Beatriz MacDowell Soares, fala sobre a parceria.
Diretora-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília - Beatriz MacDowell Soares: Esse acordo, ele traz mais um incentivo à melhoria da qualidade do plasma, e sempre é um incentivo a mais, porque sempre temos que melhorar, sobretudo quando a gente está lidando com material de origem humana, que exige um cuidado especial, porque tem um risco em potencial por ser um produto biológico.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Para aumentar o volume de plasma humano destinado à indústria, a Hemobrás reuniu durante dois dias, em Brasília, representantes dos 72 principais serviços de hemoterapia públicos e privados do país. Luiz Amorim, diretor técnico da Hemobrás, estima que com a melhoria da gestão a fábrica da Hemobrás, que vai ficar pronta em 2014, vai gerar economia significativa aos cofres públicos.
Diretor técnico da Hemobrás - Luiz Amorim: Os hemoderivados são medicamentos importados. A produção local vai ser, obviamente, muito mais barata do que a gente paga hoje para importar esses remédios e vai resultar num maior acesso dos pacientes a medicamentos. Então isso vai ser muito melhor para todo mundo: para o sistema de saúde, que vai gastar menos, e para os pacientes, que vão ter acesso a mais produtos e produtos fabricados - é muito importante - com o plasma brasileiro.
Repórter Daniela Almeida (Brasília-DF): Atualmente, as doações de sangue geram 150 mil litros de plasma com qualidade industrial para fabricar os remédios. A expectativa é alcançar a média de 300 mil litros no ano de 2014, volume ideal para que a fábrica da Hemobrás, localizada em Pernambuco, produza 500 mil litros de plasma por ano. De Brasília, Daniela Almeida.
Kátia: Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Ipea, mostra que mais de R$ 560 bilhões foram investidos no ano passado em programas sociais do governo federal.
Luciano: Destaque para as áreas de educação e desenvolvimento social, a despesa representa 15% do Produto Interno Bruto, que é a soma de todas as riquezas do país. Aline Bastos.
Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): Gastos com política social indicam aonde o governo federal vem fazendo investimentos, envolvem, por exemplo, gastos em assistência e Previdência Social. Benefícios a servidores federais, educação, saneamento, indicam também o que vem sendo feito para melhorar o Sistema Único de Saúde. No ano passado foram desembolsados R$566 bilhões, 15% da soma de todas as riquezas do país, que é o Produto Interno Bruto, foi um aumento de 7% em relação ao ano anterior, como explica o pesquisador do Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, José Valente Chaves.
Pesquisador do Ipea - José Valente Chaves: A gente está notando que o crescimento é sustentável, o crescimento do gasto social. Então, houve uma expansão muito grande em 2009 em relação a 2008 por conta da crise internacional, e o governo alocou mais recursos na área social para minimizar o efeito dessa crise. Nós já esperávamos que houvesse essa expansão.
Repórter Aline Bastos (Brasília-DF): O estudo do Ipea apontou como destaque o Ministério da Educação, que fez investimentos principalmente na Educação Básica, e também o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em especial com gastos na área de proteção social básica, que busca tirar famílias de situação de risco. De Brasília, Aline Bastos.
Kátia: O vice-Presidente da República, Michel Temer, recebeu hoje a Medalha do Pacificador.
Luciano: A medalha é concedida a personalidades civis e militares pelo Exército Brasileiro.
Kátia: Além do vice-presidente, os ministros da Defesa, Celso Amorim, da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, também receberam a homenagem.
Luciano: Kátia, você sabia que capim, sorgo e até eucalipto podem servir para a fabricação de biocombustível?
Kátia: Pois é, Luciano. A Embrapa Agroenergia está desenvolvendo pesquisas para produzir etanol a partir dessas plantas.
Luciano: A ideia é ajudar a diminuir o preço do combustível para o consumidor e preservar o meio ambiente. Cleide Lopes tem os detalhes.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): Em breve, o álcool, combustível utilizado no Brasil, pode deixar de ser um produto feito só a partir da cana-de-açúcar. A Embrapa Agroenergia iniciou uma série de pesquisas para testar a viabilidade de produção de etanol com outras fontes, entre elas o sorgo, capim-elefante braquiária, bagaço e palha de cana, e o eucalipto. A Embrapa acredita que os açúcares complexos existentes na composição dessas plantas possam também ser convertidos no combustível denominado etanol de segunda geração. Segundo Darciana Rodrigues, pesquisadora da Embrapa, o desenvolvimento de novos processos para a produção de etanol de segunda geração é importante para o país, além de ampliar a oferta do combustível pode tornar o Brasil referência mundial na produção de bioetanol. A pesquisadora também explica que, além de dominar novas tecnologias e consolidar o Programa Brasileiro de Energia Renovável, a produção de etanol, a partir de biomassas, tem outras vantagens.
Pesquisadora da Embrapa - Darciana Rodrigues: O processo para a produção desse etanol é um processo limpo, ambientalmente favorável, demanda baixa energia para a produção do etanol, também essas novas biomassas podem ser cultivadas em diferentes regiões do país, com forte impacto na redução de custos, porque dispensa o transporte dessas biomassas de um local para o outro para a produção de etanol e não há mais aquela competição da utilização dessa biomassa para produção de alimentos ou para a produção de biocombustíveis, como é o caso da cana-de-açúcar, que existe a utilização para a produção de açúcar ou para a produção de etanol.
Repórter Cleide Lopes (Brasília-DF): De acordo com a Embrapa, o projeto tem orçamento de cerca de R$ 1 milhão e deverá estar concluído dentro de três anos. De Brasília, Cleide Lopes.
Kátia: O Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade, ICMBio, comemora este mês quatro anos.
Luciano: E para marcar a data, o instituto anunciou ações para ajudar a conservar o meio ambiente, dentre elas o Plano Nacional de Proteção aos Animais em Extinção.
Kátia: Também foi lançada uma cartilha de regularização fundiária de unidades de conservação. Ana Gabriella Sales tem os detalhes.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): O Instituto Chico Mendes é responsável pelas 310 unidades de conservação federais, são 75 milhões de hectares entre parques nacionais, reservas e outros espaços que ajudam a conservar a riqueza da fauna e da flora do país. O ICMBio também foi criado para proteger as espécies em extinção, mas quer ir além e evitar que novos animais sejam ameaçados. Para isso, lançou um plano de ação nacional, como explica o presidente do instituto, Rômulo Melo.
Presidente do ICMBio - Rômulo Melo: Nós estamos começando agora a desfazer os erros que nós mesmos cometemos como seres humanos ao prejudicar o ambiente e levar algumas espécies à condição de ameaçada. Há uma participação ampla a despeito de pesquisadores brasileiros, são informações que nós coletamos junto aos especialistas, sintetizamos e colocamos como compromisso para que nós e a sociedade possamos desenvolver essas atividades e, sim, recuperar espécies.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): De acordo com o presidente, o instituto também quer incentivar a educação nas unidades de conservação, como instrumento de conscientização dos visitantes. Por isso, lançou também a Estratégia Nacional em Comunicação e Educação Ambiental. Nos quatro anos de ICMBio também foi lançada uma cartilha de regularização fundiária das unidades de conservação que mostra passo a passo como concluir esse processo. O Parque Nacional de Brasília, por exemplo, tem toda a parte antiga já regularizada, mas uma parte nova de 11 mil hectares ainda depende de demarcação e possível indenização dos proprietários, como afirma Amauri Motta, chefe do Parque.
Chefe do Parque Nacional de Brasília - Amauri Motta: O nosso grande desafio agora é fazer com esses 11 mil hectares que foram incorporados em 2006, nós estamos visitando os ocupantes que estão nessa terra pública, são terras da União, para avaliar se a benfeitoria que lá existir no momento, porque não pode ser feito mais nada, é passível de indenização ou não.
Repórter Ana Gabriella Sales (Brasília-DF): A partir de agora, a captação e o uso das imagens nas unidades de conservação também vão ter novas regras. Segundo o Instituto Chico Mendes, o objetivo é simplificar o processo e tornar os fotógrafos parceiros da natureza. Mais informações sobre esta instrução normativa na página www.icmbio.gov.br. De Brasília, Ana Gabriella Sales.
Luciano: E R$ 9,3 milhões foram liberados pelo governo para prevenir, diagnosticar e tratar o câncer de colo de útero e o de mama, de acordo com portaria divulgada hoje no Diário Oficial da União.
Kátia: Segundo o Instituto Nacional do Câncer, Inca, são registrados 49 mil casos e 11 mil mortes por câncer de mama no país a cada ano.
Luciano: Já o câncer de colo de útero mata cerca de 4 mil brasileiras e 18 mil novos casos são registrados por ano.
Kátia: O número de desembarques domésticos em aeroportos brasileiros no mês de julho foi o maior já registrado desde 1990.
Luciano: Esse novo recorde supera o anterior registrado em janeiro do ano passado, em 8,17%.
Kátia: Já os desembarques internacionais aumentaram cerca de 14%.
Luciano: Os números de desembarques foram apurados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, Infraero, e são dos indicadores utilizados pelo governo federal para avaliar o crescimento da atividade turística no país.
Kátia: E a Polícia Federal desarticulou hoje um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresas de alimentação fornecedoras de merenda escolar para prefeituras de Pernambuco.
Luciano: Segundo a Polícia Federal, a quadrilha era investigada desde 2007 também por desvio de dinheiro referente a salários de funcionários fantasmas.
Kátia: O prejuízo para os cofres públicos é estimado em cerca de R$ 1,8 milhão somente em 2007.
Luciano: Os integrantes do grupo vão ser indiciados pelos crimes de formação de quadrilha, uso de documentos falsos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Kátia: Você ouviu hoje, na Voz do Brasil.
Luciano: Brasil registrou, em julho, a menor taxa de desemprego para o mês desde 2002.
Kátia: Mais remédios vão ser incluídos na lista do Programa Saúde Não Tem Preço para serem distribuídos de graça.
Luciano: R$ 1 bilhão de reais vão ser liberados para criar mais vagas nos presídios.
Kátia: Esse foi o noticiário do Poder Executivo, uma produção da equipe de jornalismo da EBC Serviços.
Luciano: Siga a Voz do Brasil no Twitter: twitter.com/avozdobrasil. Voltamos amanhã, boa noite.
Kátia: Fique agora com as notícias do Poder Judiciário e do Congresso Nacional. Uma boa noite a todos e até amanhã.